CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - Memória

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - Além da Terra, Além do Céu

Além da Terra, além do Céu,
no trampolim do sem-fim das estrelas,
no rastro dos astros,
na magnólia das nebulosas.
Além, muito além do sistema solar,
até onde alcançam o pensamento e o coração,
vamos!
vamos conjugar
o verbo fundamental essencial,
o verbo transcendente, acima das gramáticas
e do medo e da moeda e da política,
o verbo sempreamar,
o verbo pluriamar,
razão de ser e de viver.

ARTHUR DA TÁVOLA - Ter ou não Ter namorado(a), eis a questão.

Quem não tem namorada(o) é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. Namorada(o) é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado(a) de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabira, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas namorada(o) mesmo é muito difícil.
Namorado(a) não precisa ser o mais bonito(a), mas ser aquele(a) a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele(a) a gente treme, sua frio, e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele(a) não precisa ser parruda ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado(a) não é quem não tem amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento, dois amantes e um esposo(a); mesmo assim pode não ter nenhum namorado(a). Não tem namorado(a) quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas,  sanduíche da padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado(a) quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado(a) quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade, ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de curar.
Não tem namorado(a) quem não sabe dar o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora que passa o filme, da flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque, lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada, de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia, ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado(a) quem não gosta de dormir, fazer sesta abraçado(a), fazer compra junto. Não tem namorado(a) quem não gosta de falar do próprio amor nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele(a); abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado(a) quem não redescobre a criança e a do amado(a) e vai com ela a parques, fliperamas, beira d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.
Não tem namorado(a) quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de seu bem ser paquerado(a). Não tem namorado(a) quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir quem curte sem aprofundar. Não tem namorado(a) quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado(a) de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado(a) quem ama sem se dedicar, quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.
Não tem namorado(a) que confunde solidão com ficar sozinho(a) e em paz. Não tem namorado(a) quem não fala sozinho(a), não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo(a).
Se você não tem namorado(a) é porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando 200Kg de grilos e de medos. Ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesma e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenção de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteio.
Se você não tem namorado(a) é porque não enlouqueceu aquele pouquinho necessário para fazer a vida parar e, de repente, parecer que faz sentido.

MARTHA MEDEIROS - Promessas Matrimoniais

Em maio de 98, escrevi um texto em que afirmava que achava bonito o ritual do casamento na igreja, com seus vestidos brancos e tapetes vermelhos, mas que a única coisa que me desagradava era o sermão do padre: "Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?" Acho simplista e um pouco fora da realidade. Dou aqui novas sugestões de sermões:

- Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?
- Promete saber ser amiga e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?
- Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?
- Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela?
- Promete se deixar conhecer?
- Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?
- Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?
- Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?
- Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?
- Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?

Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declaro-os maduros.

CONFÚCIO - As coisas em ordem


Os grandes antigos, quando queriam propagar altas virtudes, punham seus Estados em ordem.

Antes de porem seus Estados em ordem, punham em ordem suas famílias.

Antes de porem em ordem suas famílias, punham em ordem a si próprios.

E antes de porem em ordem a si próprios, aperfeiçoavam suas almas, procurando ser sinceros consigo mesmos e ampliavam ao máximo seus conhecimentos.

A ampliação dos conhecimentos decorre do conhecimento das coisas como elas são (e não como queremos que elas sejam).

Com o aperfeiçoamento da alma e o conhecimento das coisas, o homem se torna completo.

E quando o homem se torna completo, ele fica em ordem.

E quando o homem está em ordem, sua família também está em ordem.

E quando todos os Estados ficam em ordem, o mundo inteiro goza de paz e prosperidade.

HOMENS x MULHERES - Por que eles estão ficando para trás


Eles não são mais os mesmos: nascem frágeis, vão mal na escola, 
pior na faculdade e perderam terreno nas empresas.
Elas, por sua vez, ainda não sabem jogar com as regras que 
o mundo privilegia.
Entenda aqui o que está acontecendo com os sexos 
e quais são nossas diferenças. 
E por que, na verdade, são os homens que falam mais.

"Ela não queria que seus filhos crescessem achando que eram diferentes. Por isso, educou o menino e a menina da mesma maneira: vestiu-os com roupas iguais, deu bonecas para o filho e carrinhos para a filha. Certo dia ela entrou no quarto da menina de 3 anos e a flagrou brincando. No colo estava um caminhãozinho de brinquedo que a menina ninava de um lado para o outro dizendo: ‘Não chore, carrinho. Vai ficar tudo bem’." A história é de uma paciente de Louann Brizendine, neurobióloga de Harvard. E serve para deixar bem claro: sempre há alguma diferença entre os sexos. Infelizmente nem todas as distinções são tão óbvias quanto carrinhos e bonecas. A maioria delas envolve genética, comportamento e expectativas sociais - tudo misturado. Leia nas próximas páginas, separadamente, o que nos distingue - e por que também estamos ficando cada vez mais parecidos.
Para cada 170 concepções de meninos, 100 meninas são geradas.

Homens

Vida de espermatozoide não é fácil. Primeiro, é curta: não passa dos 3 ou 4 dias. Depois, é cruel: um espermatozoide tem de disputar uma corrida com outros 280 milhões de concorrentes e atravessar útero e trompas de falópio, tudo para alcançar seu alvo - um óvulo grande e preguiçoso que espera apenas 24 horas por sua chegada. Se você está vivo hoje, é porque um desses espermatozoides vitoriosos lhe deu origem. E, se você é uma mulher, saiba que é mais vitoriosa ainda, porque é muito mais comum um óvulo ser fecundado por um espermatozoide masculino do que por um feminino: calcula-se que para cada 100 óvulos fertilizados por um espermatozoide com o cromossomo X, existam outros 170 fertilizados com o cromossomo Y. Ou seja, na concepção, para cada 100 mulheres geradas, 170 homens estão sendo desenvolvidos. Assim, logo de cara vão por água abaixo todas as esperanças de igualdade entre os sexos: desde o início a mãe natureza cuida de tratar cada gênero de maneira diferente. E esse é só o começo.

Se tantos homens a mais são fecundados todos os dias, por que o mundo não está lotado deles (aliás, para desespero das mulheres casadoiras, o censo brasileiro há décadas revela o fenômeno inverso)? A resposta cruel é: a maioria deles não chega a nascer. Muitos não passam da fase do zigoto. Tantos outros são eliminados naturalmente durante a gravidez: um aborto espontâneo tem probabilidade 30% maior de se tratar de um feto masculino do que de um feminino. Quando os bebês vêm à luz, a diferença já caiu: nascem cerca de 105 homens para cada 100 mulheres. E continua caindo fora do útero. Mesmo nos países desenvolvidos a mortalidade infantil é 22% maior para meninos e eles têm probabilidade 50% maior de desenvolver problemas respiratórios. A diferença é tão grande que os médicos costumam dizer que o maior fator de risco para bebês prematuros é seu gênero. Ou seja, os homens são o sexo frágil quando nascem - e a culpa é das mulheres.

Quando o feto masculino se desenvolve dentro do útero da mãe, faz sentido dizer que as mulheres são de Vênus e os homens são de Marte: é como se a mulher gerasse um alienígena dentro de si. O cromossomo Y do feto começa a produzir o antígeno H-Y, uma proteína que causa a rejeição de órgãos quando um tecido masculino é implantado no corpo feminino. O antígeno faz com que o sistema imunológico da mulher rejeite de leve o feto masculino. Isso torna o bebê mais frágil e mais suscetível à falta de alimentos ou infecções. Nessa disputa quem perde são os homens. A fragilidade masculina infantil dura muitos meses: nos primeiros anos, eles vão se desenvolver mais lentamente.

Meninos não ficam quietos

Vá até um jardim de infância e observe as crianças brincando. Com poucas exceções, o quadro que você verá serão grupos de três ou quatro meninas sentadas brincando em roda com grandes bandos de meninos correndo ao redor. Meninos simplesmente não conseguem ficar quietos. E isso tem a ver com o amadurecimento cerebral mais lento nos primeiros anos de vida. A questão aqui é o que os cientistas chamam de controle de inibição. Parar de pular de um lado para o outro ou a habilidade de seguir ordens exigem um lobo central desenvolvido, a parte do cérebro responsável pelos movimentos voluntários, pela atenção e pela memória. "A vantagem do controle de inibição das meninas é a maior diferença entre os sexos nas crianças dos 3 aos 13 anos", diz Lise Eliot, neurocientista da Universidade Rosalind Franklin, em seu livro Pink Brain, Blue Brain (Cérebro Rosa, Cérebro Azul; sem tradução no Brasil). Essa diferença é crítica porque abrange boa parte da vida escolar. E o colégio exige dos alunos exatamente aquilo que os meninos mais têm dificuldade de fazer: sentar quietos, concentrar-se. Há estudos que mostram que os meninos têm até mais dificuldade em aprender a levantar a mão antes de falar na sala de aula. Não é à toa que há anos as meninas vão melhor na escola, inclusive em matemática, uma matéria na qual homens supostamente têm uma vantagem inata.

Mas não é só na escola que os meninos ficam para trás. Quando chegam à universidade, a desvantagem é clara. No Brasil, 55% das pessoas que entram na faculdade e 59% das que a terminam são mulheres. Seja porque eles começam a trabalhar mais cedo, seja por falta de interesse, 40% mais homens largam os estudos em todos os níveis. A situação é tão preocupante que nos EUA já estão aceitando até a possibilidade de cotas para homens em universidades. Tudo começou em 2006, quando Jennifer Britz, responsável pela seleção de alunos do Kenyon College, em Ohio, escreveu um artigo para o jornal The New York Times. No texto, ela admitia que aprovava constantemente garotos menos qualificados para garantir que ao menos 40% dos alunos no campus sejam homens. As mulheres, dizia ela, tinham de ter fichas de inscrição muito mais impressionantes para ser admitidas. (Ironicamente, a própria filha de Jennifer, uma aluna aplicada e qualificada, acabou rejeitada por uma universidade de elite.) Olhando para esses dados, fica difícil não perguntar: o que está acontecendo com esses homens?

Eles estão perdidos. Pelo menos é o que acredita um dos mais respeitados psicólogos do mundo, Philip Zimbardo, da Universidade Stanford, que desde a década de 1950 estuda a relação das pessoas com a maldade, a timidez, o tempo, a loucura, a persuasão e, ufa, o papel dos gêneros. "Os homens estão ferrando a sociedade, e não de um jeito bom", diz ele. "Eles estão abandonando os estudos, preferem a companhia de outros homens, não conseguem manter relacionamentos estáveis e vivem em mundos alternativos, como os videogames e os filmes pornô." De fato, quando chega aos 21 anos, o jovem médio já passou 10 mil horas de sua vida jogando videogame, de acordo com um estudo feito pela especialista Jane McGonigal. E assiste a cerca de 50 vídeos pornográficos por semana. Para Zimbardo, eles precisam fugir da realidade para encontrar estímulos e se afastam da vida em sociedade. O resultado? Homens que não sabem levar uma vida adulta e que deixam as mulheres assumir o papel de provedoras e líderes. Isso pode também explicar por que, em 2010, as mulheres viraram maioria na força de trabalho americana. Mas não explica por que são eles que chegam às chefias. Ou por que elas continuam ganhando apenas 75% do salário deles para fazer o mesmo trabalho. Para entender esse fenômeno, temos de voltar ao jardim de infância.

Meninos não ficam quietos (2)

Voltemos à mesma cena de crianças brincando. Pequenos grupos de meninas sentadas cercadas por bandos de meninos correndo ao redor. A professora chama para voltar à sala de aula. As meninas juntam suas coisas e entram. Os meninos continuam correndo. A professora os chama de novo. Apenas na terceira vez, porque os meninos não têm controle de inibição, eles obedecem. Essa cena fictícia, um pouco caricatural, mostra uma característica importante que os meninos aprendem cedo: desafiar a autoridade. O mesmo estudo que mostrou que eles têm mais dificuldade de levantar a mão antes de falar em sala de aula concluiu também que eles não precisam levantar a mão para ser ouvidos. As professoras permitem que os meninos as interrompam mais. De fato, uma pesquisa do Centro Psicobiológico de Pittsburgh mediu os níveis de cortisol (o hormônio liberado em situações de estresse) no sangue de crianças entre 7 e 16 anos e concluiu: eles se estressam muito mais com autoridade do que elas.

O mesmo vale para desafios e como os meninos aprendem a lidar com eles. Um estudo feito com bebês de 11 meses mostra como os pais tratam de maneiras diferentes filhos e filhas. Nesse experimento, os bebês tinham de descer uma rampa inclinada engatinhando. Menininhos e menininhas conseguiram descê-la sem diferenças. Mas, quando o grau de inclinação da rampa era definido pelas mães, elas sempre expunham os filhos a inclinações maiores e poupavam as filhas, como se assumissem que elas não completariam o trajeto. Ou seja, a ideia de que mulheres são frágeis e homens são audaciosos pode ser apresentada aos meninos pelas próprias mães. Mas essa, claro, não é a única diferença. Para entender o que separa os sexos é preciso olhar as mulheres de perto também. Por isso, leia agora o lado feminino desta reportagem.

Mulheres

Você já foi mulher um dia. Mesmo que você seja homem, até a oitava semana de gestação não havia como diferenciá-lo da Lady Gaga ou da Regina Casé. Até esse período todos os fetos são idênticos. É apenas nesse estágio do desenvolvimento embrionário que a distinção dos sexos começa, graças a um gene chamado SRY, que fica no cromossomo Y. É ele o responsável pela produção de testosterona ainda dentro do útero - e, por consequência, é ele o responsável pelo que você carrega hoje no meio das pernas. Sim, porque, se não houver testosterona circulando no feto, mesmo que seja do sexo masculino, ele vai se desenvolver como mulher. É o que acontece com os portadores da síndrome de insensibilidade a andrógenos. Eles têm cara, corpo e comportamento de mulher, mas carregam o cromossomo Y. Muitas vezes passam a vida sem saber que são geneticamente homens, até a puberdade chegar e a menstruação não dar as caras. (A síndrome rendeu um caso no seriado House: segunda temporada, 13º episódio.) Mas vamos supor que você seja uma mulher, com o cromossomo X no lugar certo e tudo: por que um fato simples, como a exposição de testosterona durante a gravidez determina que a sua vida - e o seu papel social - seja tão diferente da dos homens?

Durante a infância, as diferenças entre meninos e meninas são mínimas (a mais importante delas está no texto ao lado). Mas já dá para reconhecer aquelas características que durante tanto tempo foram responsabilizadas pelas diferenças intelectuais entre os gêneros. Meninas falam mais cedo - e usam mais palavras para se comunicar, já a partir do primeiro ano de idade. Também conversam com frases mais complexas ("Me dá boneca", em vez de só "Bola"), o que rendeu a elas a fama de matracas - injustamente, como veremos. Meninos, por sua vez, mostram desde cedo uma facilidade com questões espaciais, aquelas que exigem rotações mentais de objetos. Essa habilidade, aliás, é a que deu fundamento à teoria de que homens são melhores em matemática do que mulheres. (Em 2005, até mesmo o reitor de Harvard insinuou isso - o que acabou provocando sua saída do cargo.) E foi usada para explicar por que homens e mulheres escolhem carreiras diferentes para trabalhar: eles vão para a engenharia, elas vão para a psicologia, como se fossem geneticamente predestinados para isso. O problema aqui não está na dificuldade com números (que, aliás, as mulheres não têm: resolver problemas espaciais jamais foi correlacionado à facilidade para estudar matemática). Está nas consequências da escolha da profissão.

Meninas não pedem

Em 2003, um estudo realizado pela fundação americana Gallop perguntou que carreiras eram as mais desejadas entre adolescentes. Para os garotos, profissões relacionadas à computação estavam em primeiro lugar, seguidas das engenharias. Para as meninas, não apareciam nem entre o top 10 - elas queriam artes cênicas, música e educação. E eis o problema: computação e engenharia são as áreas que pagarão os melhores salários nos próximos anos. Já as mulheres preferem profissões que historicamente pagam mal. E assim se explica, em parte, por que as mulheres continuam ganhando menos - elas gostam de carreiras que pagam menos. Mas há outros fatores.

Linda Babcock é uma professora de economia na Universidade Carnegie Mellon, nos EUA, que inclusive já foi tema de reportagem aqui na SUPER. Um dia ela reparou em uma diferença alarmante entre seus alunos: todos seus doutorandos do sexo masculino já estavam lecionando, enquanto as mulheres não passavam do cargo de professoras assistentes. Intrigada, ela foi investigar o motivo da discriminação. E descobriu: todos os homens haviam pedido a oportunidade de dar aulas - mas nenhuma mulher havia feito o mesmo. Assim, ela observou um traço de personalidade comum entre homens: a iniciativa de dar a cara a bater. Babcock conduziu uma pesquisa comparando os salários de recém-formados. Em média, os homens recebiam 7,6% a mais. A maior diferença, no entanto, estava na maneira como foram contratados: 57% dos homens tinham negociado o valor do salário que receberiam (mas apenas 7% das mulheres fizeram o mesmo). Ou seja, tinham tido coragem de pedir mais dinheiro antes de começar a trabalhar. "As mulheres têm uma abordagem mais colaborativa do que a dos homens. Infelizmente essa estratégia costuma ser mal interpretada e dá a elas um ar de fraqueza porque elas não pedem o que querem e ficam quietas", diz Babcock. Isso tem consequências surpreendentes: por exemplo, em grupos mistos de homens e mulheres, são eles que falam mais. Pois é, em 56 estudos que analisaram o número de palavras ditas em conversas informais, os homens falaram mais em 24 deles - as mulheres só ganharam em dois casos. (Milhares de mulheres respiram aliviadas neste momento.) A fala, como tantas outras coisas, é definida pelo status social - e o dos homens continua mais alto.

A vontade de encarar desafios também é mais acentuada entre homens. John List, economista da Universidade de Chicago, organizou um estudo no qual anunciou a oferta de duas vagas de emprego: um com salário fixo e predeterminado, outro com um salário fixo mais baixo, mas com a possibilidade de ganhar um bom bônus caso o desempenho fosse melhor que o dos outros contratados. Para a primeira vaga, 80% dos candidatos que apareceram eram mulheres. Para a segunda, havia 55% mais homens concorrendo ao emprego. Ou seja, quando a descrição do trabalho envolvia competição direta com outros funcionários, as mulheres acharam melhor se abster. A escolha foi delas. Isso torna os homens mais competentes? Não, apenas garante que eles não fujam da possibilidade de ganhar mais dinheiro.

Por que meninas não pedem

Mas todos esses estudos ignoram um aspecto importante: as pessoas não esperam que mulheres sejam agressivas e competitivas. Outras pesquisas mostram que, quando elas são gananciosas e começam a subir de cargo, as pessoas deixam de gostar delas. Para um homem, o fato de ser bem-sucedido o torna um cara bacana e admirável. Para uma mulher, basta ela virar chefe para que as pessoas comecem a enxergá-la com desconfiança. "Sucesso e admiração caminham juntos nos homens, mas não nas mulheres. Todas nós sabemos que isso é verdade", disse Sheryl Sandberg, COO (chefe de operações) do Facebook, em uma apresentação no fórum de tendências TED. E esse é apenas um dos contratempos que as mulheres bem-sucedidas encontram na carreira. Há piores.

Em 1996, Ben Barres, neurobiólogo da Universidade Stanford, deu uma palestra sobre células nervosas para uma plateia de cientistas. A apresentação foi um sucesso: Ben foi aplaudido e ainda ouviu elogios: "Seu trabalho é muito melhor do que o da sua irmã". Só havia um problema: o cientista não tem irmã - a pessoa a que ele foi comparado era Barbara Barres, o próprio Ben antes de passar por uma mudança de sexo. Assim, Ben constatou as diferenças de expectativa que os gêneros enfrentam. Quando ele era ela, tinha de provar sua capacidade com mais frequência do que depois que virou homem. Um estudo feito na Universidade de Chicago com transexuais revelou numericamente essa diferença. Homens que viram mulheres recebem um salário 32% menor do que antes da troca de sexo. Já mulheres que viram homens ganham um aumento de 1,5%.

Assim, é compreensível que homens e mulheres ainda não tenham alcançado a igualdade. É até admirável o avanço que as mulheres tiveram em poucas décadas. Embora 97% dos CEOs ainda sejam homens, elas já ocupam cerca de 40% dos cargos de gerência. Se eles nascem com desvantagens físicas e terminam a faculdade em menor número, é um sinal claro de que esse número deve aumentar. O que ainda sustenta os homens é seu comportamento - mais agressivo e competitivo. Se, como os estudos indicam, eles também estiverem perdendo isso, a balança deve se equilibrar em breve.

Meninos têm probabilidade 50% maior de morrer de problemas respiratórios quando nascem.

A mortalidade infantil de meninos é 22% maior que a de meninas.

105 nascimentos de meninos.

100 nascimentos de meninas.

Aos 4 anos e meio, meninos são duas vezes melhores em testes de rotação espacial.

Aos 2 anos e meio, meninas usam OITO palavras por frase para se comunicar. Meninos usam 6.

Pesquisadores na área de engenharia no Brasil: 72% homens.

Homens têm probabilidade 40% MAIOR de largar a escola.

Mulheres em psicologia: 80%.

97% dos CEOs do mundo são homens. E esse número nunca diminuiu.

No Brasil, mulheres ganham apenas 75% do salário dos homens para fazer o mesmo trabalho.

1/3 das mulheres largaria o emprego para ter filhos.
por Karin Hueck  

MARTHA MEDEIROS - Aula de cinema

Covardia não é uma palavra que me defina, mas fujo de brigas. Se pressinto que vou me incomodar desapareço pela porta. De certa forma, isso explica por que, desde os primeiros comentário que li sobre o novo filme de Pedro Almodóvar, resolvi que não iria assistir, mesmo sendo sua fã assumida. Bizarro, grotesco, chocante, era o que eu ouvia a respeito de “A pela que habito”. Tudo indicava que era um filme soturno. Uma amiga chegou a sair antes de terminar. Pensei: nessa época do ano, quero investir em levezas, e não no que pode me atingir feito um chumbo. Não vou. Verei no DVD mais adiante, bem mais adiante.
Até que minha filha, no dia em que passou no vestibular par cinema, me convidou para assistir a nova obra do espanhol com ela. Poderia estar comemorando com os amigos em algum bar, mas quis saudar a nova etapa do seu jeito – e me senti honrada em ser sua convidada exclusiva.
Pois bem. “A pele que habito” é bizarro, grotesco, chocante, soturno e muito mais. E é este muito mais que o torna imprescindível para acordarmos do marasmo. A vida intelectual nos tem sido servida em bandeja de prata, parece proibido causar desconforto. A arte continua sendo vital, mas não tem sido viral. Não nos desacomoda da cadeira, não perturba, não assombra, não nos faz perguntar qual terá sido o truque. Os truques estão vindos todos explicados no rodapé.
Já Almodóvar perturba, assombra, provoca e fascina, sem nos dar um minuto para respirar. E essa quantidade de reações é que torna “A pela que habito” uma lição de cinema para todos, não só para os bichos da faculdade. Está tudo ali. Grandioso como a tela exige: o roteiro inventivo e insano, a direção magistral, a fotografia espetacular. O superlativo assumido, ainda que a estética kitsch que o caracterizou em outras obras esteja cada vez mais refinada – mas nunca refinada a ponto de se tornar palatável. O indigesto que Almodóvar oferece é uma iguaria da qual nós, famintos por magia, precisamos para nos alimentar – também.
Podem parecer disparatadas essas minhas argumentações, mas ficou evidente, ao sair do cinema, o quanto é necessário abandonarmos nossa zona de conforto para enfrentarmos o absurdo, para desmascarar tudo que existe de secreto e indizível que nos revoluciona por dentro, e dentro se mantém encarcerado. A arte serve para isso – dar voz ao incômodo. Há quem faça filmes de terror de maneira crua e explícita, sem sutilezas, sem mistério, sem psicologia, sem utilizar os recursos que o bom cinema oferece. Não é o caso de Almodóvar, que sempre faz uma empolgada declaração de amor ao seus ofício, ao mesmo tempo que dá um tremendo crédito ao seu espectador: ele realmente acredita na ausência de covardes na platéia.

CECÍLIA MEIRELES - LEILÃO DE JARDIM


Leilão de jardim

Quem me compra um jardim com flores?
Borboletas de muitas cores,
Lavadeiras e passarinhos,
Ovos verdes e azuis nos ninhos?
Quem me compra este caracol?
Quem me compra um raio de sol?
Um lagarto entre o muro e a hera,
Uma estátua da Primavera?
Quem me compra este for-migueiro?
E este sapo, que é jardineiro?
E a cigarra e a sua canção?
E o grilinho dentro do chão?
(Este é o meu leilão!)

ARNALDO JABOR - Os Homens desejam as mulheres que não existem

Está na moda - muitas mulheres ficam em acrobáticas posições ginecológicas para raspar os pêlos pubianos nos salões de beleza. Ficam penduradas em paus-de-arara e, depois, saem felizes com apenas um canteirinho de cabelos, como um jardinzinho estreito, a vereda indicativa de um desejo inofensivo e não mais as agressivas florestas que podem nos assustar. Parecem uns bigodinhos verticais que (oh, céus!...) me fazem pensar em... Hitler.
Silicone, pêlos dourados, bumbuns malhados, tudo para agradar aos consumidores do mercado sexual. Olho as revistas povoadas de mulheres lindas... e sinto uma leve depressão, me sinto mais só, diante de tanta oferta impossível. Vejo que no Brasil o feminismo se vulgarizou numa liberdade de "objetos", produziu mulheres livres como coisas, livres como produtos perfeitos para o prazer. A concorrência é grande para um mercado com poucos consumidores, pois há muito mais mulher que homens na praça (e-mails indignados virão...) Talvez este artigo seja moralista, talvez as uvas da inveja estejam verdes, mas eu olho as revistas de mulher nua e só vejo paisagens; não vejo pessoas com defeitos, medos. Só vejo meninas oferecendo a doçura total, todas competindo no mercado, em contorções eróticas desesperadas porque não têm mais o que mostrar. Nunca as mulheres foram tão nuas no Brasil; já expuseram o corpo todo, mucosas, vagina, ânus.
O que falta? Órgãos internos? Que querem essas mulheres? Querem acabar com nossos lares? Querem nos humilhar com sua beleza inconquistável? Muitas têm boquinhas tímidas, algumas sugerem um susto de virgens, outras fazem cara de zangadas, ferozes gatas, mas todas nos olham dentro dos olhos como se dissessem: "Venham... eu estou sempre pronta, sempre alegre, sempre excitada, eu independo de carícias, de romance!..."
Sugerem uma mistura de menina com vampira, de doçura com loucura e todas ostentam uma falsa tesão devoradora. Elas querem dinheiro, claro, marido, lugar social, respeito, mas posam como imaginam que os homens as querem.
Ostentam um desejo que não têm e posam como se fossem apenas corpos sem vida interior, de modo a não incomodar com chateações os homens que as consomem.
A pessoa delas não tem mais um corpo; o corpo é que tem uma pessoa, frágil, tênue, morando dentro dele.
Mas, que nos prometem essas mulheres virtuais? Um orgasmo infinito? Elas figuram ser odaliscas de um paraíso de mercado, último andar de uma torre que os homens atingiriam depois de suas Ferraris, seus Armanis, ouros e sucesso; elas são o coroamento de um narcisismo yuppie, são as 11 mil virgens de um paraíso para executivos. E o problema continua: como abordar mulheres que parecem paisagens?
Outro dia vi a modelo Daniela Cicarelli na TV. Vocês já viram essa moça? É a coisa mais linda do mundo, tem uma esfuziante simpatia, risonha, democrática, perfeita, a imensa boca rósea, os "olhos de esmeralda nadando em leite" (quem escreveu isso?), cabelos de ouro seco, seios bíblicos, como uma imensa flor de prazeres. Olho-a de minha solidão e me pergunto: "Onde está a Daniela no meio desses tesouros perfeitos? Onde está ela?" Ela deve ficar perplexa diante da própria beleza, aprisionada em seu destino de sedutora, talvez até com um vago ciúme de seu próprio corpo. Daniela é tão linda que tenho vontade de dizer: "Seja feia..."
Queremos percorrer as mulheres virtuais, visitá-las, mas, como conversar com elas? Com quem? Onde estão elas? Tanta oferta sexual me angustia, me dá a certeza de que nosso sexo é programado por outros, por indústrias masturbatórias, nos provocando desejo para me vender satisfação. É pela dificuldade de realizar esse sonho masculino que essas moças existem, realmente. Elas existem, para além do limbo gráfico das revistas. O contato com elas revela meninas inseguras, ou doces, espertas ou bobas mas, se elas pudessem expressar seus reais desejos, não estariam nas revistas sexy, pois não há mercado para mulheres amando maridos, cozinhando felizes, aspirando por namoros ternos. Nas revistas, são tão perfeitas que parecem dispensar parceiros, estão tão nuas que parecem namoradas de si mesmas. Mas, na verdade, elas querem amar e ser amadas, embora tenham de ralar nos haréns virtuais inventados pelos machos. Elas têm de fingir que não são reais, pois ninguém quer ser real hoje em dia - foi uma decepção quando a Tiazinha se revelou ótima dona de casa na Casa dos Artistas, limpando tudo numa faxina compulsiva.
Infelizmente, é impossível tê-las, porque, na tecnologia da gostosura, elas se artificializam cada vez mais, como carros de luxo se aperfeiçoando a cada ano. A cada mutação erótica, elas ficam mais inatingíveis no mundo real. Por isso, com a crise econômica, o grande sucesso são as meninas belas e saradas, enchendo os sites eróticos da internet ou nas saunas relax for men, essa réplica moderna dos haréns árabes. Essas lindas mulheres são pagas para não existir, pagas para serem um sonho impalpável, pagas para serem uma ilusão. Vi um anúncio de boneca inflável que sintetizava o desejo impossível do homem de mercado: ter mulheres que não existam... O anúncio tinha o slogan em baixo: "She needs no food nor stupid conversation." Essa é a utopia masculina: satisfação plena sem sofrimento ou realidade.
A democracia de massas, mesclada ao subdesenvolvimento cultural, parece "libertar" as mulheres. Ilusão à toa. A "libertação da mulher" numa sociedade ignorante como a nossa deu nisso: superobjetos se pensando livres, mas aprisionadas numa exterioridade corporal que apenas esconde pobres meninas famintas de amor e dinheiro. A liberdade de mercado produziu um estranho e falso "mercado da liberdade". É isso aí. E ao fechar este texto, me assalta a dúvida: estou sendo hipócrita e com inveja do erotismo do século 21? Será que fui apenas barrado do baile?

FRITJOF CAPRA - Fragmentos



“De acordo com o pensamento oriental, a subdivisão da natureza em objectos separados não tem justificativa, e os objectos têm todos um carácter fluído, encontrando-se em mudança permanente. A cosmovisão oriental é dinâmica, as suas características essenciais são o tempo e a mudança. O cosmo é visto como uma realidade indivisível ― em movimento permanente, viva, orgânica; simultaneamente espírito e matéria. Sendo assim, a imagem oriental do divino não é a imagem de um soberano que orienta o mundo a partir do alto, mas sim de um princípio que conduz tudo a partir do interior”.

*******
"Não somos nada além de uma grande mutação.
Não Há Fim?…
Tudo conspira,
Para que haja vida!
Morte: mutação?
Constantemente em mutação. Essencialmente a mesma.
Lemos para nos tornar melhores, fluentes no falar, partícipes da sociedade em constante mutação. Lemos por dever, por obrigação, por prazer, por distração.
Vivo em uma constante mutação, e é essa essência que eu tanto digo
Mutação
…E acontece aqui dentro como uma revolução, são outros pensamentos, outros sonhos movidos por essa realidade, e tudo vai mudando, vai movendo os meus gestos, a minha alma.
Sou fruto, vento, paixão, poesia. Mutação, luz, renascimento. Delírio, desejo,loucura, segredo.Pele, cheiro, cor, amor, riso.Corpo, magia e melodia.
A busca dos sinônimos torna a mutação do viver em algo pleno”.

ARTUR XEXÉO - Iogurte dá samba?

Os tempos do samba do crioulo doido pareciam enterrados para sempre. A paródia de samba-enredo genialmente composto por Sergio Porto em 1968 — aquela em que Chica da Silva obrigava a princesa Isabel a se casar com Tiradentes — falava de um tempo em que temas históricos eram obrigatórios no desfiles de escolas de samba e que compositores ingênuos se atrapalhavam em lições aprendidas em tempo recorde. O Rio evoluiu (evoluiu?), o carnaval se sofisticou, os enredos ficaram abstratos, e as alas de compositores não pagam mais mico falando do que não sabem. Quer dizer, era assim até o carnaval deste 2012 porque o Grêmio Recreativo Escola de Samba Porto da Pedra respeita a tradição e recupera a era do samba do crioulo doido. O que mais se poderia esperar de uma escola que acredita que iogurte possa ser enredo de carnaval?
Tecnicamente, o enredo recebeu o título “Da seiva materna ao equilíbrio da vida”. O samba foi chamado de “Poema à vida e ao seio jorrando amor à seiva materna”. Mas pode me chamar de samba do iogurte mesmo. Os autores são Fernando Macaco, Tião Califórnia, Cici Maravilha, Bento, Denil e Oscar Bessa — seis ao todo, o que indica que é uma colcha de retalhos que pega um pouquinho de um e costura com um pouquinho de outro. As surpresas provocadas por tema tão inusitado e por tão grande grupo de compositores começam logo nas primeira estrofes: “Hera gera o caminho das estrelas”. Hera gera? Mas o que é isso? Alguma expressão popular, alguma entidade africana? Não. Hera é a mulher de Zeus, e, no samba, é ela quem cria o caminho das estrelas. Iogurte com isso?.
Na missão quase impossível de dar algum sentido carnavalesco à história do iogurte, os compositores foram em frente: “A dádiva que fez o animal sagrado fermentou fartura e saber, fonte rica de prazer”. Peraí... quem fermentou fartura: a dádiva ou o animal sagrado? E qual é a fonte rica de prazer: a fartura ou a fartura e o saber?
Estou com boa vontade, mas... À certa altura, o samba diz que “seguiu o alimento vencendo batalhas”. O carnavalesco não pode se esquecer de ilustrar a principal batalha que o iogurte trava neste carnaval: a batalha contra o bom senso.
“Iogurte é leite, tem saúde e muito mais”. Sinto muito, mas fazer uma escola inteira cantar isso sem que cada componente ganhe uma parcela do patrocínio é maldade. Mas aí vem o refrão: “Cada porção traz um cuidado especial para o deleite e a emoção no carnaval”. Já estou vendo todo o Sambódromo acompanhando o desfile enquanto consome iogurte.
Isso que o samba, depois de ganhar a disputa na quadra, sofreu algumas mudanças para, de acordo com a escola, “transmitir clareza para o público”.
Vem cá, quer dizer que o samba já foi menos claro? Pois resolvi: só canto o samba da Porto da Pedra na avenida se a fábrica de produtos lácteos que inventou essa sandice me pagar cachê.

MENINO DE 13 ANOS SE INSPIRA EM ÁRVORES E REVOLUCIONA CAPTÇÃO DE ENERGIA SOLAR

Ele apenas olhou para uma árvore e teve uma idéia genial.

Aidan, de 13 anos, construiu uma árvore com 40 placas de captação de energia posicionadas como se fossem folhas. As placas apontadas para várias direções absorvem mais luz do que na disposição plana.
Aidan está na sétima série. No tempo livre, gosta de ficar no quarto dedilhando as cordas da guitarra. Ele tem a rotina como a de qualquer garoto da idade dele, mas descobriu uma maneira revolucionária de transformar a luz do sol em energia e agora é considerado um pequeno gênio.
Aidan conta que tudo começou em uma viagem de férias. “A gente ficou em um lugar que tinha um painel solar, eu e meus pais queríamos ter um igual, mas na nossa casa não tinha espaço”, conta.
E como resolver esse problema? Foi observando as árvores que Aidan teve uma ideia: talvez elas pudessem indicar o caminho para captar energia do sol de maneira mais eficiente e em um espaço menor, que coubesse no quintal da casa dele.
As árvores coletam a luz para produzir a própria energia. Então pensei: ‘elas estão aqui há milhões de anos e, com certeza, devem ter uma maneira mais eficiente do a que a nossa de fazer isso’”, diz Aidan.
O menino, então, fotografou a copa de várias árvores e percebeu que os galhos e as folhas seguiam um padrão matemático. Essa ordem é conhecida como Sequência de Fibonacci. E é encontrada em toda a natureza. Desde a forma de animais muito pequenos até furacões e grandes galáxias.
Aidan fez o que qualquer criança hoje pode fazer. Pesquisou tudo na internet. E construiu uma árvore com 40 placas de captação de energia posicionadas como se fossem folhas. Ele descobriu o ângulo exato em que as placas deveriam ser instaladas.
As placas são as mesmas usadas nos painéis planos. Elas captam a energia do sol e transformam a luz em corrente elétrica. Em três meses de medições diárias, Aidan descobriu que as placas apontadas para várias direções, absorviam mais luz do que na disposição plana. O trabalho dele ganhou o prêmio do museu de história natural americano.
A árvore solar é mais eficiente. Ela consegue captar 20% mais energia do que o painel plano”, diz Aidan.
No dia da entrevista o garoto estava arrumando as malas. Ele foi convidado para falar na abertura do encontro mundial sobre o futuro da energia no mundo que começa nesta segunda-feira (16), em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
Celebridade do mundo científico, Aidan não deixou de ser um menino tímido e modesto. “Acho que eu encontrei algo que pode ser bom para o futuro, mas não me sinto um gênio, ainda sou apenas uma criança”, conclui o pequeno cientista.

MARTHA MEDEIROS - "Missão Impossível"

No mais novo e divertido filme da série "Missão Impossível", Tom Cruise costura, chuleia e prega botão no trânsito de Dubai. Faz ultrapassagens miraculosas, tira finos, quase atropela uma cáfila de camelos, detona com um jaguar e sai ileso feito o Papa-Léguas. A platéia delira: eis um valente super-herói. Aí o filme termina, as luzes se acendem e cada um volta para sua vidinha sem efeito especial, em seu carro meia-boca e sabendo-se longe de ser um ás em qualquer coisa. Somos homens e mulheres comuns, nem tão belos e com uma profissão pouco empolgante. O que poderíamos ter de semelhante com um personagem tão incrivelmente cartunesco? Ora, ora, também podemos ter inimigos! Então elegemos os outros motoristas como nossos opositores e assim transformamos a vidinha modorrenta num videogame.
Assim perdura nosso complexo de vira-lata. Quanto mais o cara acelera, faz ultrapassagens arriscadas e tem pressa em chegar antes que o motorista de trás, mais ele atesta sua infantilidade, sua inferioridade e seu despreparo para uma vida consciente e adulta. São bobalhões que têm uma visão completamente deturpada de si mesmos. Orgulham-se por beber, por não usar cinto de segurança e por dirigir agressivamente, sem se dar conta de que estão demonstrando o quanto são de segunda categoria. O que importa é conhecer os truques para voar pelas estradas, sair sem um arranhão e ainda seduzir a garota mais bonita – que é outra bobalhona se aguenta tudo isso quieta. Nossas estradas não são o bicho, a sinalização é deficiente, mas nada é de pior qualidade que nossos motoristas. São homens (e mulheres também) impotentes para ultrapassar a concorrência com uma ideia mais criativa, impotentes para conquistar o repeito da sua turma, impotentes para educar os filhos com responsabilidade, e aí compensam com malabarismo e palhaçadas no asfalto. Usam o carro como um meio de transporte não de um lugar para o outro, mas de um status para o outro – só que são promovidos a deliquentes, não a agentes secretos.
Para eles, inimigos são os que obedecem as leis, os que têm cautela quando chove, os que reduzem em curvas perigosas e “atrapalham” os velozes. Será missão impossível reajustar esse foco? A guerra no trânsito só terá menos vítimas quando motoristas imaturos tiverem amor-próprio suficiente para não precisarem se exibir. Ninguém se torna mais admirável por chegar primeiro, por arriscar a vida e protagonizar cenas dignas de um filme de ação. Esses continuarão menores que Tom Cruise e sendo meros figurantes de uma viagem que exige bravura, sim, mas de outro tipo. A bravura de proteger sua família, de não enxergar os outros como rivais e de ter habilidade para dirigir a própria vida – que exige bem mais que um volante e um acelerador: exige cérebro.
Meninos de 18 anos, meninos de 42, meninos de 67: dirijam com prudência se foram homens.

ANA PAULA PADRÃO - A "culpa" das mulheres

Em Guadalajara(durante a cobertura dos Jogos Panamericanos 2011), cansei de ver atletas, cheias de medalhas de ouro no peito, administrando filhos, família e marido em seus blackberries, tablets, via skype, pelo radinho"

Aqui estou eu mergulhada num universo de disciplina, superação e sacrifícios extremos.
Há praticamente três semanas só falo de natação, taekwondo, ginástica rítmica. Jornalista é assim. Não importa que esteja cobrindo política, economia ou esportes, acaba absorvendo aquela realidade como se sua fosse. Aqui em Guadalajara, no México, acompanhando os Jogos Pan-Americanos 2011, durmo abraçada às análises sobre o favoritismo deste ou daquele país em tal e qual modalidade, sonho com números de recordes nunca quebrados, acordo duvidando da competência do fulano treinador para levar seu atleta a uma medalha de ouro.

Quem me tirou do torpor do jargão esportivo e me levou a pensar na rivalidade além das quadras foi Fabi, a levantadora da seleção de vôlei brasileira, veterana no time. Fui entrevistá-la no dia seguinte à emocionante final, com vitória do Brasil sobre as poderosas cubanas.
E Fabi me sacudiu com a seguinte afirmação: “Sempre fomos questionadas pelo fato de ser um time que chegava às finais e não conseguia vencer. Será que a mulher tem essa fragilidade? Será que na hora do vamos ver ela não consegue suportar a pressão e os homens conseguem? A gente sabia que, se não levasse o ouro, esses questionamentos voltariam e esses são questionamentos nossos também.”

E são mesmo, Fabi. Nós, mulheres brasileiras, não só no meio esportivo, tradicionalmente machista, mas em qualquer outra área profissional, vivemos em busca de superar a nós mesmas e a eterna sensação de desvantagem competitiva em relação ao sexo oposto. Tremer diante da disciplina (forjada na política) das cubanas e da autoestima das americanas é uma questão cultural. Brasileiras precisam provar que não amarelam nas finais. E provar para nós mesmas, o que é pior!
E, quanto mais tentamos, mais exaustas ficamos.

Essa é uma lógica perversa. Segundo pesquisa do Instituto Data Popular para o Projeto Tempo de Mulher (www.tempodemulher.com.br), a brasileira que trabalha fora gasta ainda 24,5 horas semanais com os afazeres domésticos. Uma jornada extra de mais de três horas por dia, contando sábados e domingos. Aqui em Guadalajara, cansei de ver atletas de ponta, cheias de medalhas de ouro no peito, administrando filhos, família e marido em seus blackberries, tablets, via skype, pelo radinho. Sim, querido, acabei de quebrar mais um recorde aqui, mas o menino está com febre? O que você fez? Já deu o antitérmico?

Parece piada? Mas não é. Ainda segundo a mesma pesquisa, 73% das mulheres da classe média brasileira afirmam que se sentem culpadas por ter de trabalhar e não conseguir acompanhar a rotina dos filhos. E isso não tem nada a ver com estar morrendo de vontade de voltar a ser do lar. É só nossa culpa atávica. Nosso sentimento de inferioridade enraizado na alma. E um longo treinamento cultural nos diz que o feminino é frágil, incapaz e incompleto. O que me consola é aquele símbolo de vitória pendurado no pescoço da Fabi, que, sorrindo, me diz: “A gente suporta tantos questionamentos, não vai suportar uma pressãozinha a mais?”

TÔ VELHO! QUE COISA BOA! - Dr. Paulo Garcia Filho

Eu nunca trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa. Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos crítico de mim mesmo. Eu me tornei meu próprio amigo ...

Eu não me censuro por comer biscoito extra, ou por não fazer a minha cama, ou para a compra de algo bob...o que eu não precisava, como uma escultura de cimento, mas que parece tão “avant garde” no meu pátio. Eu tenho direito de ser desarrumado, de ser extravagante.


Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.

Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar no computador até as quatro horas e dormir até meio-dia? Eu Dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 & 70, e se eu, ao mesmo tempo, desejo de chorar por um amor perdido ... Eu vou.

Vou andar na praia em um short excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros no jet set.

Eles, também, vão envelhecer.

Eu sei que eu sou às vezes esquecido. Mas há algumas coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes.
Claro, ao longo dos anos meu coração foi quebrado. Como não pode quebrar seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.

Eu sou tão abençoado por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos e ter os risos da juventude gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto.

Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata.
Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo. Você se preocupa menos com o que os outros pensam. Eu não me questiono mais.
Eu ganhei o direito de estar errado.

Assim, para responder sua pergunta, eu gosto de ser velho. Ele me libertou. Eu gosto da pessoa que me tornei. Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será. E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer).
Que nossa amizade nunca se separe porque é direto do coração!
Texto enviado por nossa leitora Anna Beatriz Richter  _

SIGA SEU CORAÇÃO, ELE É MAIS INTELIGENTE DO QUE VOCÊ PENSA

O coração é também o primeiro órgão formado no útero. O resto vem depois.
Recentemente, neurofisiologistas ficaram surpresos ao descobrirem que o coração é mais um órgão de inteligência, do que (meramente) a estação principal de bombeamento do corpo. Mais da metade do Coração é na verdade composto de neurônios da mesma natureza daqueles que compõem o sistema cerebral. Joseph Chilton Pearce-, autor de A biologia da Transcendência, chama a isto de ”o maior aparato biológico e a sede da nossa maior inteligência.”
O coração também é a fonte do corpo de maior força no campo eletromagnético. Cada célula do coração é única e na qual não apenas pulsa em sintonia com todas as outras células do coração, mas também produz um sinal eletromagnético que se irradia para além da célula. Um EEG que mede as ondas cerebrais mostra que os sinais eletromagnéticos do coração são muito mais fortes do que as ondas cerebrais, de que uma leitura do espectro de freqüência do coração podem ser tomadas a partir de três metros de distância do corpo … sem colocar eletrodos sobre ele!
A freqüência eletromagnética do Coração produz arcos para fora do coração e volta na forma de um campo saliente e arredondado, como anéis de energia. O eixo desse anel do coração se estende desde o assoalho pélvico para o topo do crânio, e todo o campo é holográfico, o que significa que as informações sobre ele podem ser lidas a partir de cada ponto deste campo.
O anel eletromagnético do Coração não é a única fonte que emite este tipo de vibração. Cada átomo emite energia nesta mesma frequencia. A Terra está também no centro de um anel, assim é o sistema solar e até mesmo nossa galáxia … e todos são holográficas. Os cientistas acreditam que há uma boa possibilidade de que haja apenas um anél universal abrangendo um número infinito e interagindo dentro do mesmo espectro. Como os campos eletromagnéticos são anéis holográficos, é mais do que provável que a soma total do nosso Universo esteja presente dentro do espectro de freqüência de um único anél.
Isto significa que cada um de nós está ligado a todo o Universo e como tal, podemos acessar todas as informações dentro dele a qualquer momento. Quando ficamos quietos para acessar o que temos em nossos corações, nós estamos literalmente conectados à fonte ilimitada de Sabedoria do Universo, de uma forma que percebemos como “milagres” entrando em nossas vidas.
Quando desconectamos e nos desligamos da sabedoria inata de amor do Coração, baseado nos pensamentos, o intelecto refletido no ego assume o controle e opera independentemente do Coração, e nós voltamos para uma mentalidade de sobrevivência baseada no medo, ganância, poder e controle. Desta forma, passamos a acreditar que estamos separados, a nossa percepção de vida muda para uma limitação e escassez, e temos que lutar para sobreviver. Este órgão incrível, que muitas vezes ignoramos, negligenciamos e construimos muros ao redor, é onde podemos encontrar a nossa força, nossa fé, nossa coragem e nossa compaixão, permitindo que a nossa maior inteligência emocional guie nossas vidas.
Devemos agora mudar as engrenagens para fora do estado baseado no medo mental que temos sido ensinados a acreditar, e nos movermos para viver centrados no coração. Para que esta transformação ocorra, é preciso aprender a meditar, “entrar em seu coração” e acessar a sabedoria interior do Universo. É a única maneira, é O Caminho. A medida que cada um de nós começa esta revolução tranquila de viver do Coração, vamos começar a ver os reflexos em nossas vidas e em nosso mundo. Esta é a forma como cada um de nós vai criar uma mudança no mundo, criar paz, criar harmonia e equilíbrio, e desta forma, vamos todos criar o Paradigma do Novo Mundo do Céu na Terra.
Rebecca Cherry

MARTHA MEDEIROS - Amor ou Amizade? Os dois.


No finalzinho da entrevista que Pedro Bial deu à Marília Gabriela, quando foi questionado sobre relacionamentos, ele deu uma lição que serve para todo mundo: trate seu amor como você trata seu melhor amigo. Sei que isso parece falta de romantismo, mas é o conselho mais certeiro.

Não era você que estava a fim de uma relação serena e plenamente satisfatória? Taí o caminho. Vamos tentar elucidar como isso se dá na prática. Comecemos pelo exemplo que o próprio Bial deu: você foi convidado para o casamento de uma prima distante que mora onde Judas perdeu as botas, você tem que ir porque ela chamou você pra padrinho. Como é que os casais costumam combinar isso?
"Não tem como escapar, você vai comigo e pronto". Ou seja, um põe o outro no programa de índio e nem quer saber de conversa. É assim que você convidaria seu melhor amigo? Não. Você diria: "Putz, tenho uma roubada pela frente que você não imagina. Me dá uma força, vem comigo, ao menos a gente dá umas risadas...".
Ficou bem mais simpático, não ficou? Como esta, tem milhões de situações chatas que você pode aliviar, apenas moderando o tom das palavras.

Pro seu marido: "Você nunca repara em mim, não deu pra notar que cortei o cabelo? Será que sou invisível?" Mas pra sua melhor amiga: "Ai, pelo visto meu cabelo ficou medonho e você está me poupando, né? Pode dizer a verdade, eu agüento".

Pra sua mulher: "Você já se deu conta da podridão que está este sofá? Não dá pra ver que está na hora de trocar o tecido?" Mas pra sua melhor amiga: "Deixa a pizza por minha conta, eu pago, assim você economiza pra lavar o sofá. A não ser que este seja um novo estilo de decoração..."

Risos + risos+ risos.

Manere. Trate seu amor como todas as pessoas que você adora e que não são seus parentes. Trate com o mesmo humor que você trata seu melhor amigo, sua melhor amiga. Até porque, caso você não tenha percebido, é exatamente isso que eles são.

"Grandes Realizações são possíveis quando se dá importância aos pequenos detalhes"

A Casa Encantada & À Frente, O Verso.

A Casa Encantada & À Frente, O Verso.
Livros de Edmir Saint-Clair

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