ROSELY SAYÃO - Sobre rankings escolares

-->Qual a utilidade de um ranking de escolas? Seja fundamentado no numero de alunos que passam no vestibular de determinadas faculdades ou no resultado obtido no Enem, hoje temos várias listas de classificação que destacam nos primeiros lugares algumas escolas e jogam lá para o meio ou para o final da fila tantas outras. Tais listas não têm utilidade alguma e dizem muito pouco – quase nada, para falar a verdade – sobre o valor de uma escola ou de seu modo de funcionar. Mesmo assim, elas são usadas para avaliar a qualidade de ensino praticado, seja a instituição pública ou privada.

Uma conseqüência importante que essas listas provocam, tanto para as escolas que se classificam no topo da lista quanto para as demais, tem a ver primeiramente com elas mesmas. As que se situam no topo das listas acreditam que o resultado obtido é a prova de que estão no caminho certo e que, portanto, não precisam rever seus métodos tampouco suas práticas. As demais ficam pressionadas a atingir resultados melhores e passam a procurar caminhos que lhes permitam atingir tal meta. Ora, o trabalho que uma escola realiza não pode ser reduzido ao êxito escolar de seus alunos avaliado dessa maneira.

É que a instituição escolar não funciona como uma empresa, que precisa ser eficiente a qualquer custo. Como uma estrutura social importante, ela tem finalidades bem mais preciosas que não podem ser medidas de imediato, mas só uma ou duas décadas após o aluno sair da escola. É que, além da transmissão do saber – que exige disciplina, método, precisão e rigor, por exemplo, e isso também precisa ser ensinado – a escola tem o objetivo de ensinar o exercício da cidadania e promover a construção da autonomia. E é preciso lembrar que essas atribuições não são feitas separadamente, de modo algum!

Formar o futuro cidadão supõe ensinar e praticar valores coletivos e democráticos, ensinar a viver em grupos heterogêneos, a conviver com a diversidade, a superar preconceitos e estereótipos, a não restringir a vida social apenas a grupos de interesses convenientes, a buscar o bem comum e, principalmente, a usar o saber adquirido e atualizado constantemente em benefício de todos e não apenas próprio ou de poucos. É por isso que só sabemos o efeito que uma escola provocou quando seus alunos efetivamente se tornam cidadãos.

Desse modo, pouco importa as escolas de ensino fundamental e médio que freqüentaram os alunos que entraram em determinadas faculdades, por exemplo. Isso mostra apenas que algumas escolas instruem bem seus alunos em relação a determinadas disciplinas do conhecimento e execução de tipos de provas de avaliação. Mas, e as outras atribuições?

Queremos saber algo mais significativo a respeito do trabalho de uma escola? Vamos procurar saber em que trabalham e como anda a vida profissional dos alunos que lá se formaram uma década atrás, por exemplo. Será que trabalham apenas em busca de uma vida pessoal confortável, ou querem mais do que isso? Quando vemos uma atuação indigna de um político, seria interessante saber qual escola ele freqüentou no início da vida, não é mesmo? Afinal, é na escola que se aprende a viver politicamente e é na maturidade que a formação adquirida na escola ganha oportunidade de se expressar com consistência. Mas, não nos esqueçamos da liberdade na vida adulta: por melhor que tenha sido a formação escolar básica de uma pessoa, ao ganhar autonomia ela faz suas próprias escolhas.

O fato é que são raras as escolas de ensino fundamental e médio que têm dado conta de suas três importantes funções com seus alunos e não há ranking algum que consiga ocultar esse fato e essa questão é um problema de todos nós e não apenas de quem tem filhos em idade escolar ou trabalha em escola. Afinal, nosso futuro terá as marcas desse tipo de formação.

NELSON MOTTA - O poder do capacete

Qualquer pessoa que exerce atividade de risco usa capacete. De metal, de fibra ou de plástico, sempre coloridos, eles protegem pilotos de carros, motos e aeronaves, operários de usinas, minas, fábricas e construções, além de militares, policiais e bombeiros. É um símbolo forte de trabalho, de ação e de perigo, e até mesmo de coragem, porque pressupõe os riscos de quem o usa.
Depois do cocar de penas que os caciques indígenas oferecem aos caciques políticos, e que eles hesitam em colocar na cabeça pela crença de que traz má sorte, é com o capacete de segurança que eles ficam mais engraçados, visitando obras, fábricas e usinas.
Até o fechamento desta edição, não havia registro de nenhum caso de um político que tenha sido salvo de algum dano na cabeça pelo capacete. Aliás, jamais aconteceu qualquer acidente com alguém nessas inaugurações e visitas.
O pessoal que pega no pesado nas obras e corre riscos reais é que precisa usar, mas, quando os caciques os visitam, tudo vira um teatrinho, sem nenhuma atividade que possa provocar riscos ou sustos. Mesmo assim eles não dispensam o capacete, apesar do paletó e da gravata. E ficam todos com aquela cara ... reparem só.
Respeitáveis homens públicos, grandes estadistas, líderes carismáticos, ninguém resiste ao ridículo com aquele penico colorido encarapitado no cocuruto, sempre parecendo não lhes caber direito na cabeça. Talvez o problema não seja o tamanho dos capacetes, que os há para cabecinhas e cabeçorras, mas a falta de prática dos usuários. Mulheres então, coitadas ...
Estas são imagens clássicas dos políticos no poder, lançando, tocando e inaugurando as suas obras.
Não há campanha eleitoral sem elas. Não há politica no Brasil sem ele, o capacete.

ARNALDO JABOR - Crônica do Amor

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

OS HOMENS PODEM MESMO MOSTRAR AS SUAS FRAGILIDADES? - Solange Bittencourt Quintanilha

No passado, o homem tinha um poder absoluto nas esferas públicas e profissionais, confirmando seu poderio econômico. Ele também se mostrava onipotente, intransponível, parecendo ser o todo poderoso que não tinha nenhum temor.

De onde vinha esse homem desconhecido, misterioso, distante, aparentemente frio?

Tudo começa lá no início, em como foi a educação das crianças. Como era esse lar? Era harmonioso? Os pais expunham o seu amor e carinho? Tanto os meninos quanto as meninas recebiam beijos e abraços? Havia diálogo, espaço para expressar todas as emoções, inclusive raivas, mágoas, decepções? O respeito existia para todos? Porque é lá que as crianças aprendem a pensar, sentir, se comunicar, poder confiar ou não nas pessoas...

Acompanhamos ao longo dos tempos como foi repressora a educação dos meninos, bem diferente das meninas, e é claro que isso só contribuiu para anestesiar, dificultar imensamente a sensibilidade dos homens para lidar com as emoções e para entrar em contato com os seus sentimentos.

Quando olhamos para trás, lembramos de que quase sempre ouvíamos os pais falando para seus filhos:

- que não deviam chorar, pois isso era coisa de “maricas”; - que quando apanhassem na escola, também deviam bater e não chorar; - se começassem a chorar, iam engolir o choro ; - em alguns casos mais extremos, era dito: “E se vier para casa chorando porque apanhou, ainda vai tomar uma surra”;

A única emoção mais ou menos tolerada era a raiva, a agressividade, porque isso era sinal que o filho era macho.

Com as mulheres, era exatamente o oposto. Se elas choravam em quaisquer ocasiões, como num casamento, por exemplo, era dito: “ Que lindo, como ela é sensível “. Assim, as emoções vivem no plano de fundo da vida de um homem e no primeiro plano da vida de uma mulher. Enquanto as mulheres parecem estar naturalmente mais cientes das suas emoções, os homens têm que tentar conhecê-las, compreendê-las para conseguir lidar de verdade com elas. E é por isso que eles têm uma tendência de racionalizar, compartimentalizar e intelectualizar.

Um aspecto muito importante também, que se diferenciava totalmente na educação das meninas era quanto à sexualidade. A preocupação e o incentivo dos pais para com os meninos eram enormes. O esperado era que eles fossem machos, que beijassem muitas meninas, tivessem uma grande quantidade de experiências sexuais, fossem os verdadeiros garanhões.

No interior de cada homem ainda persiste uma vulnerabilidade, um medo secreto de que lhe falte competência e coragem, dificuldade de admitir que está em crise, sofrendo e que precisa de ajuda, porque tem vergonha. Quando ele se sente perdido, se fecha, recua, pois não sabe o que fazer com suas angústias, suas inseguranças...

Há algumas décadas atrás, o movimento feminista começou reivindicando novos espaços de atuação para as mulheres, gerando uma grande revolução social, e trazendo novos parâmetros em todas as esferas na vida de ambos. A insatisfação delas era muito grande com a total falta de perspectivas, com a submissão absoluta ao marido (onde os direitos eram só deles), na inexistência de realizações pessoais... Elas hoje estão competindo no mercado de trabalho, financeiramente, com uma liberdade sexual adquirida através do surgimento da pílula anticoncepcional, mas também da independência financeira. São mulheres mais vividas, com inúmeras experiências afetivas e sexuais, e mais exigentes.

E ai encontramos um novo “ HOMEM “ que tem que conviver com todas essas mudanças dentro e fora de casa, que se sente perdido, assustado com essa nova mulher, porque ainda não sabe bem qual é a sua posição, quais são as novas regras, o que ele ganhou ou perdeu com todas essas transformações, se perguntando: “ Como? Eu não sou mais o chefe da casa?” Acho que esse questionamento muitas delas se fazem hoje também: o que elas perderam e ganharam com todas essas mudanças, porque há um verdadeiro nó nas comunicações.

Hoje, as mulheres acham bonito quando o homem se emociona, pois acham que ele é sensível, qualidade tão valorizada por elas. Vejo muito, tanto no consultório quanto na vida aqui fora, que eles também querem conseguir mostrar suas inseguranças, seus medos, seus anseios, conseguir realmente entrar em contato com seus sentimentos, mas querem encontrar mulheres que não os diminuam ou critiquem por isso, mas pelo contrário, que estejam ao seu lado, que o apoiem, que sejam solidárias, e que os admirem, até por estarem se expondo.

Elas querem encontrar neles um companheiro, cúmplice, com quem elas possam falar sobre suas inseguranças, seus ciúmes, suas dúvidas, seus medos e também querem que eles lhe deem todo o apoio que precisam.

Surge então, o que considero primordial para um possível entendimento entre eles, que é o total conhecimento e a profunda compreensão das reais diferenças que existem entre eles.

Sabemos que não é nada fácil, porque hoje está mais do que provado que homens e mulheres se comunicam de formas totalmente peculiares. Esse é um dos pontos primordiais quando um casal vem buscar ajuda, tentar falar a mesma língua. É muito comum, e me toca profundamente ver um casal em crise, pensando muitas vezes até em separação, mas com um amor ainda muito grande um pelo outro.

É um novo tempo, mudanças radicais de valores, estilos de vida totalmente novos, novas maneiras de se relacionar. É preciso que ambos não se esqueçam disso, para que possam se colocar um no lugar do outro, sabendo que todas essas diferenças dos séculos passados, ( principalmente a educação tão machista dos homens ), não podem magicamente serem apagadas. É difícil para elas também, porque muita coisa nova e desconhecida, elas começaram a viver. Para que as grandes transformações realmente ocorram na vida, é necessário um longo percurso:

- tempo para ver e enxergar, - tempo para pensar e avaliar, - tempo para poder elaborar, - e tempo para poder introjetar de verdade o que foi elaborado.

O respeito e a busca de compreensão com todas essas diferenças é são absolutamente importantes, até porque estamos vivendo exatamente esse novo momento, onde os desencontros estão aparecendo a todo instante, e tanto eles como elas, ainda não sabem bem como se encontrar.

A MULHER E A SOMBRA - Vinicius de Moraes


Tentei, um dia, descrever o mistério da aurora marítima.

Às cinco da manhã a angústia se veste de branco
E fica como louca, sentada espiando o mar...

Eu a vira, essa aurora. Não havia cor nem som no mundo. Essa aurora, era a pura ausência. A ânsia de prendê-la, de compreendê-la, desde então me perseguiu. Era o que mais me faltava à Poesia:

E um grande túmulo veio
Se desvendando no mar...

Mas sempre em vão. Quem era ela de tão perfeita, de tão natural e de tão íntima que se me dava inteira e não me via; que me amava, ignorando-me a existência?

És tu, aurora?
Vejo-te nua
Teus olhos cegos
Se abrem, que frio!
Brilham na treva
Teus seios tímidos...

O desespero inútil das soluções... Nunca a verdade extrema da falta absoluta de tudo, daquele vácuo de Poesia:

Desfazendo-se em lágrimas azuis
Em mistério nascia a madrugada...

Lembrava uma mulher me olhando do fundo da treva:

Alguém que me espia do fundo da noite
Com olhos imóveis brilhando na noite
Me quer.

E fora essa a única verdade conseguida. A aurora é uma mulher que surge da noite, de qualquer noite - essa treva que adormece os homens e os faz tristes. Só a sua claridade é amiga e reveladora. Ao poeta mais pobre não seria dado desvendá-la em sua humildade extrema. O poeta Carlos, maior, mais simples, a revelaria em sua pulcritude, a aurora que unifica a expressão dos seres, dá a tudo o mesmo silêncio e faz bela a miséria da vida:

Aurora,
entretanto eu te diviso, ainda tímida,
inexperiente das luzes que vais acender
e dos bens que repartirás com todos os homens.

Sob o úmido véu de raivas, queixas e humilhações,
Adivinho-te que sobes, vapor róseo, expulsando a treva noturna.
O triste mundo facista se decompõe ao contato de teus dedos,
teus dedos frios, que ainda não se modelaram
mas que avançam na escuridão como um sinal verde e peremptório.
Minha fadiga encontrará em ti o seu termo,
minha carne estremece na certeza de tua vinda.
O suor é um óleo suave, as mãos dos sobreviventes se enlaçam,
os corpos hirtos adquirem uma fluidez,
uma inocência, um perdão simples e macio...
Havemos de amanhecer. O mundo
se tinge com as tintas da antemanhã
e o sangue que escorre é doce, de tão necessário
para colorir tuas pálidas faces, aurora.

A aurora dos que sofrem, a única aurora. Aquela mesma que eu vira um dia, mas cujo segredo não soubera revelar. Uma mulher que surge da sombra...
Bem haja aquele que envolveu sua poesia da luz piedosa e tímida da aurora.

RUY CASTRO - FRASES COLETADAS

As frases abaixo foram coletadas, traduzidas e editadas 
por Ruy Castro. Constam do livro "O Amor de Mau Humor".

Algumas mulheres permanecem na memória de um homem, mesmo que ele as tenha visto por um único segundo, atravessando a rua. (Rudyard Kipling)
ø

Nunca tenha filhos. Só netos. (Gore Vidal)
ø

Algumas pessoas têm aquele rosto que, depois de visto, nunca mais é lembrado. (Oscar Wilde)
ø

Cuidado com o homem que não devolve a bofetada: 
ele não a perdoou, nem permitiu que você se perdoasse. (George Bernard Shaw)
ø

Sexo é bom. Mas o poder é melhor. (Jiang Qing)
ø

A proteção mais infalível contra a tentação é a covardia. (Mark Twain)
ø

A virgindade é curável, se detectada cedo. (Henny Youngman)
ø

Algumas mulheres se acham tão lindas que, quando se olham no espelho, não se reconhecem. 
(Millôr Fernandes)
ø

Quem tem mulher bonita, que vá enviuvar em Belo Horizonte. Nunca deixe uma viúva em Ipanema ou no Leblon. (Antonio Maria)
ø
O zangão é a prova de que o golpe-do-baú sai caro. (Fernando Pessoa Ferreira)
ø

O problema das crianças é que elas não são descartáveis. (Quentin Crisp)
ø

A vida é dura. Os homens não gostarão de você se você não for bonita - e as mulheres não gostarão de você se você for. (Agatha Christie)
ø

A melhor maneira de segurar os filhos em casa é fazer do lar um lugar agradável — e esvaziar os pneus do carro. (Dorothy Parker)
ø

Sou judia. Não faço ginástica. Se Deus quisesse que fizéssemos flexões, espalharia diamantes pelo chão. (Joan Rivers)
ø

Todo homem tem o direito de ser imbecil por conta própria. (Ivan Lessa)
ø

Quando se tem vinte anos, a gente vive querendo saber quem transa com as garotas de vinte. Aos trinta, descobre. (Ziraldo)
ø

Pode-se ver um monte de sujeitos inteligentes com mulheres burras, mas você dificilmente verá uma mulher inteligente com um sujeito burro. (Erica Jong)
ø

Não confio em produto local. Sempre que viajo levo meu uísque e minha mulher. (Fernando Sabino)
ø

Depois de quatro drinques, meu marido se torna um chato. E, depois do quinto, eu desmaio. (Joan Rivers)
ø

MEDO - Ana Paula Schimidt

Você desenvolve um ótimo projeto e seu chefe lhe propõe uma apresentação para uma platéia cheia.É uma boa chance para mostrar seu talento a todos. Porém você declina da proposta porque a ideia de encarar um grupo de pessoas faz a barriga doer.
O que leva as pessoas a esse tipo de decisão? Um sentimento bem antigo e que esteve e sempre estará presente na humanidade: o medo, seja ele pequenino ou enorme.
É, porque não somos visitados apenas pelos grandes temores – da morte, de ter uma doença grave, de sofrer um desastre e afins. No dia-a-dia, somos colocados diante de várias situações em que precisamos decidir entre encarar ou parar.
E às vezes desistimos pelo receio de lidar com o incerto em um grau menor ou maior. O sociólogo polonês Zygmunt Bauman, considerado um dos grandes pensadores da atualidade, descreve bem esse tipo de sentimento em seu mais recente livro Medo Líquido. Em um trecho da obra, ele compara o medo à travessia pela neblina, onde não se pode enxergar 30 m à frente.
Bauman diz: “Fiel a esse ‘viver na neblina’, nossa ‘certeza’ direciona e focaliza nossos esforços de precaução sobre os perigos visíveis, conhecidos e próximos, perigos que podem ser previstos e cuja probabilidade pode ser calculada – embora os perigos mais assustadores e aterrorizantes sejam precisamente aqueles cuja previsão é impossível, ou extremamente difícil: os imprevistos, e muito provavelmente imprevisíveis”.
O medo tem, então, a ver com encarar o imprevisível e com coragem para enfrentar o que não lhe é confortável. Mas, que fique claro, ter medo não é sinal de fraqueza porque ninguém precisa ser corajoso o suficiente para passar pela vida com o peito aberto para tudo.
A questão é quando começamos a declinar demais e sem perceber colecionamos uma série de desistências. E isso, ao longo do caminho, gera uma frustração danada, insegurança e mais medo e pode até abalar o que nos é tão caro: a autoconfiança.
Então, que tal fazer um balanço dos medos que incomodam, os pequeninos mesmo? Reconhecê-los é o primeiro passo. E assim ter uma vida mais leve e sem tantos tropeços porque, afinal, às vezes é preciso seguir pela tal da neblina e encarar o caminho, apesar das incertezas.
Há mesmo o medo de coisas que vêm da fantasia de cada um. A imaginação constrói, avoluma e, por vezes, aprisiona. Mas não vamos negar o medo que é acionado por um instinto de preservação. Esse é seu parceiro. Por exemplo, é tarde da noite, você está só, assistindo TV, quando uma porta bate. Não dá outra: o coração dispara, os músculos se enrijecem e todos os sentidos ficam em alerta.
Alguns segundos depois, quando percebe que era só o vento – e não um acontecimento incomum –, é que você volta a relaxar. Isso acontece porque em momentos de perigo iminente seu cérebro aciona um mecanismo ancestral que serve para torná-lo mais apto para a fuga ou o combate. O objetivo disso é preservar a vida. E o gatilho que dispara esse circuito é um velho conhecido: o medo. Aliás, ele não é algo exclusivo do ser humano.
Todos os animais compartilham essa emoção, e é graças a ela que a gazela sai correndo quando vê um leão. Esse tipo de medo é considerado positivo e necessário porque serve para nos proteger. É ele que nos faz, por exemplo, olhar para os dois lados antes de atravessar a rua – e não ser atropelado – ou impede, diante de um penhasco, que alguém se atire em queda livre, sem receio. Aliás, o mecanismo biológico por trás de qualquer tipo de medo (do bom e protetor àqueles que nos apavoram) é igual.
O psicobiólogo Marcus Lira Brandão, coordenador do Laboratório de Psicobiologia da USP de Ribeirão Preto, onde é desenvolvido o Projeto Psicobiologia do Medo e Estresse, explica que o medo provoca uma reação em cadeia no cérebro, que tem início com um estímulo de estresse, como uma platéia lotada ou uma batida repentina na porta. Funciona assim: uma vez recebido o sinal de estresse, o hipotálamo (região no cérebro) informa todos os circuitos cerebrais que é preciso entrar em ação, liberando hormônios como adrenalina e noradrenalina na corrente sanguínea.
Esses hormônios deixam o corpo mais alerta, pronto para lidar com uma ameaça. Daí aumenta a freqüência cardíaca, os sentidos ficam mais aguçados e os músculos tensos. “Tudo isso acontece para que a gente possa correr adoidado para fugir de um perigo ou, se for o caso, enfrentá-lo com todas as forças”, diz Brandão, que, como todo mundo, também tem seus medos – o dele é o de não entender o medo. “Se o cérebro recebeu um sinal de alerta, vai reagir como se estivéssemos frente a frente com o leão mais feroz da África, mesmo que se trate só de uma inofensiva barata”, explica o psicobiólogo.
De acordo com a psiquiatra Ana Beatriz Silva, autora de Mentes com Medo, da Compreensão à Superação, os motivos pelos quais uma pessoa tem um medo maior ou menor diante de um inseto, por exemplo, ou não tem coragem de enfrentar uma platéia variam de pessoa para pessoa e dependem da história de vida de cada um.
Mas a maneira de tentar superá-los é bem similar. “É necessário acolher o medo, em vez de negá-lo ou diminuir sua importância”, diz Ana Beatriz. “Só assim se torna possível lidar com esse sentimento”, explica. Parece difícil? Nem tanto.
É só lembrar de todas as vezes em que você já ficou muito triste. Não foi melhor assumir que estava mal mesmo e chorar tudo o que tinha para chorar? Com o medo, é a mesma coisa. “Para que ele não vire um bicho-papão, o melhor é encará-lo de frente, sem reservas”, explica a psicanalista Júnia de Vilhena, da PUC do Rio de Janeiro.
Você tem medo de que?
De não encontrar a cara-metade
Por trás disso, pode estar o medo da perda, ou ainda o temor de não ser suficientemente bom. “Quem não se sente digno de receber amor e de ser valorizado dificilmente consegue acreditar que merece coisas boas”, acredita Maria Conceição Bahia Valadares, terapeuta bioenergética que tinha medo de morrer afogada, mas mesmo assim fez um curso de mergulho e hoje nada em qualquer piscina.
A armadilha desse tipo de medo é ficar agradando os outros o tempo todo e assim se esquecer de si mesmo. “Quem se sente não merecedor de afeto muitas vezes acaba sendo submisso nas relações pessoais”, analisa Maria Conceição. É um passo para ficar roendo as unhas toda vez que está sozinho, achando que nunca mais vai encontrar alguém. Não há solução mágica para aprender a se valorizar e ser mais autoconfiante. De novo, um bom caminho é a busca o autoconhecimento. “Sem isso, é muito difícil lidar com medos tão primitivos, que podem ter surgido lá atrás, na infância”, acredita Maria Conceição.
De dirigir
“Trata-se de outro medo mais comum do que se pensa, principalmente entre as mulheres”, diz Ana Beatriz. Quase sempre ele está relacionado à dificuldade de assumir a autonomia, de dirigir e responsabilizar-se pela própria vida. A psicoterapia aqui pode ajudar porque as raízes dessa falta de confiança podem ser antigas. Há ainda as terapias que colocam a pessoa literalmente dentro do carro, com um psicólogo ao lado, que vai ajudando o motorista a lidar com seu pânico diante do volante. De ir a uma festa sozinho, de falar em público, de dizer “eu te amo”Todos esses exemplos se relacionam ao medo de se expor e eventualmente esconde uma dificuldade de aceitação. Por trás dela, pode estar também um desejo grande de se sentir querido ou mesmo revelar uma expressiva carência afetiva.
Uma das armadilhas causadas por esse tipo de medo é a criação de expectativas pouco realistas, já que a tendência é sempre evitar ou adiar a ação. A conseqüência é que, quando ela finalmente acontece, já criamos fantasias, como a de receber aplausos estrondosos durante uma apresentação sem maior importância e de arrasar naquela festa. Daí, a frustração é sempre maior. O medo de se expor em geral está ligado a questões íntimas e, muitas vezes, inconscientes. “Por isso, uma saída é procurar um terapeuta, que vai ajudar o paciente a se conhecer melhor e, dessa forma, entender por que ele se apavora diante das solicitações da vida”, diz a psicoterapeuta Junia de Vilhena.
De animais
Os mais comuns são de insetos, aranhas, cobras, cães, gatos, sapos, ratos e lagartixas. De acordo com a psiquiatra Ana Beatriz Silva, a melhor forma de resolver o problema é por meio da exposição ao que se teme. “O objetivo é treinar e habituar o paciente a reduzir a ansiedade, fornecendo a ele subsídios para o enfrentamento gradual”, diz Ana, em seu livro Mentes com Medo.
De dentista
Esse é dos medos comuns. Há gente que se apavora ao ouvir o barulho do motorzinho do dentista, outros se assustam ao ver a seringa da anestesia. Um bom papo com o dentista, claro, ajuda. Mas técnicas de relaxamento podem reduzir bastante o problema.
Quando vira fobia?
Quando começa a impedir atividades do dia-a-dia. Aí, o sentimento passa a se chamar transtorno de ansiedade e muitas vezes requer tratamento médico. A síndrome do pânico também faz parte desse caldeirão. “Afinal, é um período de intenso temor, injustificado, com sintomas característicos, como taquicardia, suor, dor no peito, tontura”, conta a psiquiatra Ana Beatriz Silva. “É até possível se curar sozinho, mas o mais recomendável é procurar uma terapia ou um atendimento psiquiátrico”, diz ela.
10 Coisas que você não precisa temer:
1. De soltar a voz no karaokê - Todo mundo está lá para desafinar mesmo.
2. De pintar as paredes da sala de roxo - Ficou ruim? É só pintar de branco de novo.
3. De fazer um corte de cabelo radical - O cabelo cresce novamente.
4. De terminar um relacionamento ruim - A vida é cheia de possibilidades de novos encontros.
5. De dizer o que sente - Isso pode ser libertador.
6. De errar na receita do bolo - Se não ficar bom, você compra outro na padaria.
7. De errar no presente para alguém especial - Não serviu? Ele pode trocar. E se não gostar, está aí uma chance de você conhecer melhor a pessoa.
8. De não acertar o caminho - Basta saber que, às vezes, é preciso parar para perguntar a direção das coisas.
9. De experimentar um prato diferente - Descobrir novos sabores é uma delícia. Se o prato for mesmo ruim, você sempre pode pedir outro.
10. De fazer perguntas: para o médico, para o chefe, para alguém que você considera sábio. O papel dessas pessoas é, também, dividir conhecimento.

QUANDO O CORPO FALA - Martha Medeiros

Nunca tinha escutado o nome de Louise L. Hay, que, pelo que eu soube, é uma psicóloga americana com vários livros publicados e traduzidos para diversos idiomas, inclusive para o português. Me parece que é de auto-ajuda, a julgar pelos títulos: como curar sua vida e outros do gênero. Como se existisse fórmula mágica para alguma coisa. Se esses manuais funcionassem, seríamos todos belos, ricos, bem-casados, desenvoltos, empreendedores, bambambãs em tudo. Mas um dos temas que ela trata é bastante interessante e já inspirou vários bate-papos entre amigos. Ela diz que todas as doenças que temos são criadas por nós. Pô, Louise. Como assim, “criadas”? Fosse simples desse jeito, bastaria a força da mente para evitar que o vírus da gripe infectasse o ser humano.

Porém, se não levarmos tudo o que ela diz ao pé da letra, se abstrairmos certos exageros, vamos chegar a um senso comum: nós realmente facilitamos certas invasões ao nosso corpo. É o que se chama somatizar, ou seja, é quando uma dor psíquica pode se manifestar fisicamente. Muitas vezes acontece, sim.

Todas as doenças têm origem num estado de não-perdão”, diz a psicóloga. “Sempre que estamos doentes, necessitamos descobrir a quem precisamos perdoar”. Mais uma vez, o exagero, já que “sempre” é um amontoado de tempo que não sustenta nenhuma teoria. Mas ela insiste: “Pesar, tristeza, raiva e vingança são sentimentos que vieram de um espaço onde não houve perdão. Perdoar dissolve o ressentimento”.

Pois é, o perdão. Outro dia estava lendo um verso de um poeta que já citei em outra oportunidade, a Vera Americano , em que ela diz: “Perdão/duro rito/ da remoção do estorvo”. É difícil perdoar, mas que faz bem à saúde, não tenho a menor dúvida. Quanto mais leve a alma, mais forte o organismo. Por que não tentar?,

Louise L. Hay acredita tanto, mas tanto nisso, que chegou a fazer uma lista de doenças e suas prováveis causas. Exemplo: apendicite vem do medo. Asma, de choro contido. Câncer, de mágoas mantidas por muito tempo. Derrame, da rejeição à vida. Dor de cabeça vem da autocrítica. Gastrite, de incertezas profundas. Hemorróidas vem do medo de prazos determinados e raiva do passado. A insônia vem da culpa. Os nódulos, do ego ferido. Sinusite é irritação com pessoa próxima.

Eu sei e os leitores sabem que não é bem assim, que isso é uma generalização e que há vários outros fatores em jogo, mas não custa prestarmos atenção na interferência que nossos sentimentos têm sobre o nosso corpo, assim poderemos ajudar no tratamento sendo menos tensos e angustiados.

Para quem é 100% cético, tudo isso é balela. Já fui desse modo. Tempos atrás, não daria a mínima para as afirmações de Louise L. Hay. Hoje me considero 70% cética e ainda pretendo reduzir este índice, pois reconheço que os meus parcos 30% de crença no que não é cientificamente provado é que me salvam de uma úlcera.

A IMPORTÂNCIA DA REFLEXÃO - Marcia de Luca

A alma é onisciente, onipotente e onipresente. 
Ela sabe o que é melhor para você, e na hora certa.

Segundo os Vedas, as escrituras mais antigas do mundo, o ser humano é um corpo quântico composto de três partes: o corpo físico, que é formado por matéria e energia, ocupa tempo e espaço e, consequentemente, tem começo, meio e fim; o corpo sutil, que corresponde a intelecto, mente e ego, ocupa tempo, mas não espaço, e está atrelado ao físico; e, por fim, o corpo causal, ou seja, nossa alma, que é infinita e imortal.

Sabemos que o ser humano utiliza de 5% a 10% de seu potencial. E aí pergunto a você: onde está o restante? Seria demais nos contentarmos com tão pouco sem nem mesmo questionar. Pois aqui vai o grande segredo: o restante está justamente em um imenso e poderoso campo de pura potencialidade, que é a nossa alma. Nele, encontramos nossa força produtiva, nossa criatividade, nossa capacidade de foco e concentração, nossa saúde perfeita, o amor incondicional e muito mais. Nesse espaço todo-poderoso, não há medo, ansiedade, angústia, tristeza, doença... É tudo de bom!

Vivemos em um mundo de stress, competitividade, violência e luta pelo poder. Estamos viciados nos condicionamentos que nos são impostos pela sociedade desde a mais tenra idade. Achamos, erroneamente, que o verdadeiro poder é esse que existe ao nosso redor, sempre ligado a coisas materiais. Nada contra, mas o verdadeiro poder independe de tudo que é matéria. Está no âmago do nosso ser, bem lá no fundo do nosso coração.

A alma tem suas características: é onisciente, onipotente e onipresente. Ela sabe o que é melhor para você, e na hora certa. Tem uma grande intimidade com a incerteza da vida — o que, na realidade, nos impulsiona a agir. Ela dá saltos quânticos de criatividade e, a partir daí, ideias incríveis surgem em nossa mente. Como é um campo fértil de pura potencialidade, nos fornece uma energia imensa, capaz de gerar aqueles eventos sincrônicos da nossa vida que mudam nosso destino de modo suave e sem esforço. Ainda nos permite firmar uma parceria com Deus para criarmos juntos.

Que tal começar, aqui e agora, a estreitar os laços de amizade com sua alma? O primeiro passo é a conscientização. Ter a certeza de que ela existe e está ao seu alcance, logo ali, dentro do seu coração. A partir de então, inúmeras oportunidades de evolução se abrirão como um leque à sua frente.

Pense, repense, recrie sua vida. Qualquer época é a ideal para reflexões e para mudar padrões de comportamento que nos fazem mal. Sempre é um ótimo momento para tomar decisões e elaborar novos paradigmas, abandonando definitivamente o lado da vítima e assumindo nosso imenso poder de deuses e deusas.

VIDA NOVA – autor desconhecido

Todo mundo quer realizar seus sonhos.
Mas acorda, vai ao espelho e não vê novidades. A vida transcorre igual, pálida, sem motivação, sem a energia que você gostaria. Sua voz interior sopra ” Vida Nova “, mas tudo parece distante e difícil.
A culpa fica por conta do patrão, da sogra, do governo, da falta de sorte… Aí você resolve mudar! Bem… “mas só segunda-feira” , ” dia 1º ” , “depois das férias” … Não raro, prevalecem outros fatores condicionais:
“Se eu tivesse dez anos menos”, “se eu ganhasse na loteria” ou “quando eu me casar” , “quando eu me aposentar ” … Desculpas não faltam, não é mesmo?
Hoje pode ser um novo dia. Basta você querer. Se fizer as mesmas coisas de ontem, obterá os mesmos resultados de agora. Então, é preciso agir diferente e, claro, com ousadia positiva e forte determinação. Afinal, Ninguém nunca vai fazer por você aquilo que só você pode fazer…
Chega de enrolar a si próprio. É preciso agir. É preciso decretar as suas próprias mudanças.
“Mudar” significa inovar, alterar costumes, processar com coragem e força de vontade as transformações que se fazem necessárias.
Chega de assistir à vida passar do alto da cômoda cadeira dos críticos. Chega de se colocar na condição de vítima. Você pode e sabe que pode melhorar a sua vida.
A conquista dos seus sonhos requer persistência e autoconfiança. E exige, sobretudo, que você elimine de vez o vício de tudo adiar, entendendo, definitivamente, que A hora de mudar…É AGORA!

NÃO EXISTE RECEITA DE COMO RESOLVER NOSSOS PROBLEMAS - Daniel Grandinetti

 É bastante comum a sensação de sabermos exatamente o que está errado em nossa vida, o que precisa ser feito para que ela mude e ainda assim não sabermos ‘como fazer’ a mudança. Muitas pessoas em psicoterapia esperam que o psicólogo lhes diga como fazer para mudar o que precisa ser mudado. Algumas delas chegam a elaborar explicações bastante claras e precisas para o seu problema. Compreendem como o seu comportamento proporcionou e proporciona o comportamento que as incomoda nos outros; compreendem como sua reação a esse comportamento o reforça ainda mais; e compreendem que é o seu próprio comportamento que precisa ser modificado para que esse círculo vicioso seja quebrado. Entretanto, em meio a tanta compreensão, tudo ainda parece misterioso. Elas sabem identificar as causas do problema, mas ainda se sentem presas a elas. Mesmo compreendendo a forma como seu comportamento causa os problemas de que se queixam, elas ainda sentem que as razões para se comportarem daquela maneira fazem sentido. Não basta compreendermos que nossa maneira de agir precisa mudar se nossa maneira de agir ainda faz sentido para nós. Se as razões que nos fazem agir ainda nos parecem justificadas, de nada adiantam as explicações que nos mostram por que nosso agir precisa mudar. Continuaremos com a sensação de saber o que precisa ser feito sem saber como fazer o que precisa ser feito.
A sensação de não saber como mudar o que precisa ser mudado se deve ao sentido vital que ainda vemos naquilo que precisa ser mudado. Só se pode mudar algo se esse algo perder o sentido para nós. Assim, enquanto encontrarmos sentido no que precisa ser mudado, continuaremos afirmando que não sabemos como fazer a mudança. Isso estabelece um limite claro para aquilo que o psicólogo pode fazer. A pessoa à sua frente precisa se desfazer do sentido que ela ainda encontra em sua forma agir; ela precisa compreender que sua forma de agir não faz sentido. Porém, o sentido ou a falta de sentido não podem ser comunicados de uma pessoa a outra. O sentido de uma explicação é atribuído a ela pela pessoa que a recebe. Se o sentido atribuído a uma explicação é suficiente para torná-la compreensível, mas insuficiente para que a falta de sentido do comportamento a ser mudado se torne visível, não há mais nenhuma ação direta que o psicólogo possa tomar. É a pessoa à sua frente que precisa se desfazer do sentido prejudicial. O psicólogo pode auxiliá-la permitindo que ela fale à vontade e descubra em suas palavras um sentido do qual ela não se dava conta. O psicólogo pode fazer apontamentos e pequenas observações que auxiliem a construção do sentido que resultará no abandono do sentido prejudicial, mas tudo não passa de simples auxílio. Não há receita, não há nenhum tipo de técnica, científica ou não, que possa garantir o resultado. Quando o sucesso do processo depende da construção de um sentido, o psicólogo se coloca na dependência da autonomia de seu paciente; autonomia que é tão autônoma que foge até mesmo ao controle do próprio.
A construção de um sentido é tão difícil de ser explicada que Freud designou seu ato final de ‘insight’. Quando o sentido finalmente se torna claro, ele ilumina de uma só vez a consciência. É evidente que o paciente em psicoterapia precisa estar engajado honestamente no processo, mas o ato que finalmente produz o insight não é um ato de sua vontade. Ele exprime aquele tipo de liberdade ou de autonomia que é tão livre e tão autônoma que não está nem mesmo sob o controle do próprio sujeito. Por isso, quando se está na falta do sentido necessário para realizar uma mudança, não há receita que seja infalível. É preciso que o psicólogo permita que a pessoa fale, e a pessoa precisa usar a compreensão de suas questões como auxílio para se esforçar na direção da mudança, mesmo que o medo de mudar ainda confira um sentido vital ao que precisa ser mudado. É preciso lutar contra o sentido vital atribuído ao que precisa ser mudado, pois os efeitos positivos desse esforço podem produzir o ‘insight’ que finalmente elimina o medo. Esperar passivamente por uma fórmula do ‘como fazer’ que elimine o medo é como estar na beirada de uma piscina gelada tentando entender como fazer para perder o medo de pular. Se não pararmos de pensar no ‘como pular’ e não pularmos de uma vez, passaremos o resto do dia parados olhando para a água.
Daniel Grandinetti, psicólogo clínico e mestre em Filosofia em Belo Horizonte.

GOSTO QUANDO TE CALAS - Pablo Neruda

Gosto quando te calas porque estás como ausente, 
e me ouves de longe, minha voz não te toca. 
Parece que os olhos tivessem de ti voado 
e parece que um beijo te fechara a boca.

Como todas as coisas estão cheias da minha alma
emerge das coisas, cheia da minha alma.
Borboleta de sonho, pareces com minha alma,
e te pareces com a palavra melancolia.

Gosto de ti quando calas e estás como distante.
E estás como que te queixando, borboleta em arrulho.
E me ouves de longe, e a minha voz não te alcança:
Deixa-me que me cale com o silêncio teu.

Deixa-me que te fale também com o teu silêncio
claro como uma lâmpada, simples como um anel.
És como a noite, calada e constelada.
Teu silêncio é de estrela, tão longinqüo e singelo.

Gosto de ti quando calas porque estás como ausente.
Distante e dolorosa como se tivesses morrido.
Uma palavra então, um sorriso bastam.
E eu estou alegre, alegre de que não seja verdade.

MULHER ATUAL - Danuza Leão

 Quantas mentiras nos contaram! Foram tantas que a gente bem cedo começa a acreditar e, ainda por cima, a se achar culpada por ser burra, incompetente e sem condições de fazer da vida uma sucessão de vitórias e felicidades.

Uma das mentiras é a de que nós, mulheres, podemos conciliar perfeitamente as funções de mãe, esposa, companheira e amante, e ainda por cima ter uma carreira profissional brilhante.

É muito simples: não podemos...

Não podemos. Quando você se dedica de corpo e alma a seu filho recém-nascido, que na hora certa de mamar dorme e que à noite, quando devia estar dormindo, chora com fome, não consegue estar bem sexy quando o marido chega para cumprir um dos papéis considerados obrigatórios na trajetória de uma mulher moderna: a de amante .

Aliás, nem a de companheira. Quem vai conseguir trocar uma idéia sobre a poluição da Baía de Guanabara se saiu do trabalho e passou no supermercado rapidinho para comprar uma massa e um molho já pronto para resolver o jantar, e ainda por cima está deprimida porque não teve tempo de fazer uma escova?

Mas as revistas femininas estão aí, querendo convencer as mulheres - e os maridos - de que um peixinho com ervas no forno com uma batatinha cozida al dente, acompanhado por uma salada e um vinhozinho branco, é facílimo de fazer - sem esquecer as flores e as velas acesas, claro, e com isso o casamento continuar tendo aquele toque de glamour fun-da-men-tal para que dure por muitos e muitos anos.

Ah, quanta mentira!

Outra grande diz respeito à mulher que trabalha; não à que faz de conta que trabalha, mas à que trabalha mesmo. No começo, ela até tenta se vestir no capricho, usar sapato de salto e estar sempre maquiada; mas cedo se vão as ilusões. Entre em qualquer local de trabalho pelas 4 da tarde e vai ver um bando de mulheres maltratadas, com o cabelo horrendo, a cara lavada, e sem um pingo do glamour - aquele - das executivas da Madison.

Dizem que o trabalho enobrece, o que pode até ser verdade. Mas ele também envelhece, destrói e enruga a pele, e quando se percebe a guerra já está perdida.

Não adianta: uma mulher glamourosa e pronta a fazer todos os charmes - aqueles que enlouquecem os homens - precisa, fundamentalmente, de duas coisas: tempo e dinheiro.

Tempo para hidratar os cabelos, lembrar de tomar seus 37 radicais livres, tempo para ir à hidroginástica, para ter uma massagista tailandesa e um acupunturista que a relaxe; tempo para fazer musculação, alongamento, comprar uma sandália nova para o verão, fazer as unhas, depilação; e dinheiro para tudo isso e ainda para pagar uma excelente empregada - o que também custa dinheiro.

É muito interessante a imagem da mulher que depois do expediente vai ao toalete - um toalete cuja luz é insuportavelmente branca e fria, retoca a maquiagem, coloca os brincos, põe a meia preta que está na bolsa desde de manhã e vai, alegremente, para uma happy hour.

Aliás, se as empresas trocassem a iluminação de seus elevadores e de seus banheiros por lâmpadas âmbar, os índices de produtividade iriam ao infinito; não há auto-estima feminina que resista quando elas se olham nos espelhos desses recintos.

Felizes são as mulheres que têm cinco minutos - só cinco - para decidir a roupa que vão usar no trabalho; na luta contra o relógio o uniforme termina sendo preto ou bege, para que tudo combine sem que um só minuto seja perdido.

Mas tem as outras, com filhos já crescidos: essas, quando chegam em casa, têm que conversar com as crianças, perguntar como foi o dia na escola, procurar entender por que elas estão agressivas, por que o rendimento escolar está baixo.

E ainda tem as outras que, com ou sem filhos, ainda têm um namorado que apronta, e sem o qual elas acham que não conseguem viver . Segundo um conhecedor da alma humana, só existem três coisas sem as quais não se pode viver: ar, água e pão.

Convenhamos que é difícil ser uma mulher de verdade; impossível, eu diria.

Parabéns para quem consegue fingir tudo isso...

A Casa Encantada & À Frente, O Verso.

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