Foi neurologista e fundador da Psicanálise.
“Nós poderíamos ser muito melhores
Fazer política no Brasil virou sinônimo de trapacear. No Brasil, Político é sinônimo de picareta. E com toda razão e motivos para serem vistos assim. As desonestidades e maus feitos, dos mais diversos, são diários, dos mais cruéis e sórdidos que possa imaginar, em todas as instâncias possíveis. Tirar doce de criança já ficou para trás há décadas, atualmente a moda é tirar o oxigênio de quem está morrendo, receitar remédios que não fazem efeito para realizar experiências nazistas dignas de Mengele em anciãos com planos de saúde mafiosos.
Mas, a política foi criada como uma arte. A arte de conciliar, de agregar, de pacificar e dar voz aos que não tem voz. Como toda arte, é filha da filosofia e irmã de sangue da psicologia, da sociologia, da antropologia, da história e dos maiores bem feitos que a humanidade já realizou.
Para recuperar a nobre missão da política é preciso políticos que entendam e se preparem para suas missões, que são muitas.
Os Tiriricas do Brasil tem todo o direito de terem e manifestarem suas vozes como todos os brasileiros. Mas, para representar milhares de pessoas na mais alta casa da república é preciso se preparar antes, estudar até compreender com toda seriedade e profundidade necessárias o que é ser um político. É preciso esforço para se obter o conhecimento necessário.
Sem uma organização política é impossível uma vida harmônica, produtiva e justa em sociedade.
Sem políticos preparados para compreender isso, não teremos nem harmonia, nem produtividade, nem uma sociedade justa.
Política não é aventura, é missão.
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ACESSE - CONTOS, CRÔNICAS, POESIAS E ETC.
A neurociência trouxe nova luz a uma das questões filosóficas mais importantes da humanidade: a existência do livre arbítrio.
As consequências de uma mudança de paradigma a esse respeito terá consequências incalculáveis para os rumos da História futura da humanidade.
O
medo está nos rondando o tempo todo, nos fazendo engolir sapos maiores que a
boca. Sem que tenhamos consciência de quais são seus detonadores, de repente,
aparece tentando encaixar as nossas atitudes e, pior, a dos outros também, em
modelos que nem sabemos se servem aos nossos anseios. Tudo para termos a
sensação de segurança.
Quanto mais previsível, quanto menos mudanças na rotina, mais seguro o ser humano se imagina. A, estranhamente, chamada zona de conforto, de conforto não tem nada. O nome certo é zona de tédio, uma ilusão maléfica causada pelo medo que a simples idéia de mudança provoca. Mas, as mudanças ocorrem o tempo todo, percebamos ou não. Não dependem da nossa vontade.
O
medo da mudança é uma força poderosa e vive escondido nas pequenas coisas e, é,
na maioria das vezes, o grande responsável pelos maiores sofrimentos.
Ouvi
de um amigo psicanalista, algo que me ficou na cabeça e que os anos só
reforçaram a verdade que traduz:
− "O ser humano se sente seguro vivendo uma rotina previsível, mesmo que isso signifique viver em péssimas situações, aparentemente insustentáveis, se vistas por alguém de fora mas, que ele já conhece e está acostumado. É péssimo, mas é um péssimo que ele conhece. Essa força é tão poderosa que a simples idéia de romper com a situação e partir para algo novo pode causar pânico a algumas pessoas. O ser humano prefere ficar no sofrimento conhecido a arriscar qualquer outra coisa que ele não conheça. ”
Não raras vezes, nos deparamos com essa realidade em vários aspectos. Nas relações familiares, profissionais, amorosas, fraternas e quantos mais pensarmos.
Admiro as pessoas que conseguem se desvencilhar rápido de situações incômodas. É claro que tudo tem sua peculiaridade e nada pode ser posto numa mesma sacola. Mas, existe uma linha, que pode não ser nem um pouco tênue, de onde, a partir dali, qualquer um tem certeza do dano que aquela situação está trazendo a um, ou a quantos mais estiverem envolvidos.
Seja
em que âmbito for, chega um momento em que o desgaste é tão profundo e incomodo
que a mudança é absolutamente inevitável e urgente. E; isso sempre gera
insegurança, que é outro nome para o medo.
Nas relações amorosas isso é ainda mais nítido. Do início da descida até se esborrachar no fim, a gente vem se ralando todo, ladeira abaixo. E, não raras vezes, essa ladeira dura anos. Imagine quanta ralação, quantos machucados daqueles bem ardidos poderiam ser evitados.
É bem doloroso. O que esquecemos é que podemos, a qualquer momento, interromper essa descida e evitar mais machucados. Saber interrompê-la antes que os traumas se aprofundem demais é o que decide como estaremos preparados para próximos relacionamentos. Essa decisão é das mais sérias com as quais nos deparamos na vida: a hora de parar. Há um momento que temos que dar um fim a uma situação de sofrimento e não olhar mais para trás. Por uma questão de sobrevivência e sanidade.
Saber a hora de parar de sofrer é fundamental para não perder a crença em si mesmo. É necessário acreditar que podemos produzir nossa própria felicidade. E, antes, precisamos crer que somos capazes de nos proteger, de cuidar de nós mesmos, adequadamente. Porque, quantos mais machucados estivermos, mais tempo esses traumas levarão para cicatrizar. Isso significa que precisaremos de mais tempo para nos recompor até estarmos prontos para uma nova relação. E a vida não espera. O tempo passa. E, dependendo da intensidade e quantidade dos eventos traumáticos, e dos recursos disponíveis para enfrentá-los (terapias e redes de apoio), essa recomposição pode ser bastante demorada.
É importante sermos sinceros ao respondermos às nossas próprias perguntas. Precisamos saber pelo menos o que pensamos, de verdade, sobre nossos próprios assuntos e sentimentos. Precisamos estipular nossos limites. A Tolerância é necessária, sem ela não se vive em sociedade, não se aprende e nem se evolui. Mas, a partir de um tênue limite, passa a ser submissão, conformismo e covardia.
Vivemos
como se houvesse um modo certo e outro errado de realizarmos nossa vida. Como
se houvesse um gabarito. Não há. Ninguém nasce com manual ou destino traçado.
Tudo que fazemos é inédito. Algumas vezes, é imprevisível, simplesmente porque ninguém
fez daquele jeito antes. Do seu jeito, original é único.
Mudar dá medo. Principalmente, quando a decisão de mudança envolve coisas básicas como mudar de casa, ficar sozinho, trocar um emprego medíocre, mas que paga as contas, por um projeto que, se der certo, vai te dar a vida que você deseja (isso não está ligado a dinheiro necessariamente!). Mas, que, também, pode dar errado.
E daí? Tudo pode dar errado, principalmente, o que está dando certo. Já que o que está dando errado, se mudar, só pode mudar para dar certo.
Se der errado é porque não mudou. Então, vai ter que mudar de novo. Até dar certo. E, pode ter certeza, uma das coisas que mais ajudam a persistir até que dê certo, é o bom humor. Sem ele a vida não tem graça. É preciso brincar de ser feliz, pelo menos...
Ou seja, veja-se por que ângulo for, é preciso estar aberto à mudança sempre. Inclusive, para que o que já está dando certo, continue dando.
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