COMO NASCEM OS PAIS - Cláudia Laitano

Observando casais com bebês recém-nascidos ou por chegar, é possível perceber como as mães tendem a ser parecidas umas com as outras, enquanto os pais seguem um padrão mais errático de comportamento, variando do envolvimento absoluto à mal disfarçada indiferença.

Mães de primeira viagem costumam ser muito pragmáticas – e previsíveis. Não que o lado subjetivo da maternidade não cobre algum reordenamento mental, mas são tantas as questões práticas a enfrentar naquelas primeiras semanas – alimentar, aquecer, aninhar –, que o resto parece ficar em segundo plano. O pai, por sua vez, é sempre uma revelação, um mistério a ser decifrado na medida em que a nova condição se impõe.

A forma como um homem lida com a paternidade é uma espécie de consolidação de uma mistura imponderável de uma série de variáveis, que vão da ideia de pai ideal que ele construiu ao longo da vida (ou não) ao investimento amoroso na mulher que está lhe dando um filho. Há pais quase mães, assim como há pais quase tios de segundo grau. Ambos orbitam no âmbito da “normalidade”, ou seja, um pai que nunca trocou uma fralda pode ser tão aceitável (ou estranho) quanto um pai que parou de trabalhar para cuidar do filho.

Nos casos de uma paternidade não desejada, ao homem é dada a opção de decidir se será um pai de fato ou de dever, já que a lei obriga que pague as contas de um filho comprovadamente seu – mas não mais do que isso. Em um país com uma arraigada cultura de abandono de filhos, o teste de DNA foi um avanço e tanto.

São tantas as histórias de pais que somem deixando para trás filhos nascidos dentro ou fora de um casamento, que é impossível a gente não se perguntar por que isso é tão comum aqui e não tanto em outros países com condições sociais e econômicas parecidas com as nossas.

Curiosamente, o mesmo país que naturalizou o “pai desconhecido” não quer nem ouvir falar em uma legislação que contemple a interrupção de uma gravidez indesejada. Na prática, a ambígua moralidade brasileira dá o seguinte recado para o mundo: mulheres têm a obrigação de ser mães, querendo ou não, enquanto os homens têm apenas o dever de pagar as contas – e isso se a lei os alcançar.

A decisão inédita do STJ de condenar um pai por “abandono afetivo” da filha, anunciada esta semana, abre a possibilidade de discutirmos as letras miúdas do contrato de paternidade. Pais podem dar bronca ou não, podem ensinar o filho a andar de bicicleta ou não, podem sustentar a família ou não. A paternidade ideal, ou possível, sempre será uma construção individual, tanto quanto a maternidade. Mas os compromissos de um pai ou de uma mãe com um filho nunca vão ser apenas materiais. Como lembrou a ministra Nancy Andrighi ao dar sentença esta semana, “amar é faculdade, cuidar é dever”.
_______________________

A MULHER, A CIÊNCIA E O COCO - João Ubaldo Ribeiro

Sim, cativante leitora, gentil leitor, fiquei devendo algumas explicações, depois da deplorável barafunda de assuntos com que os tenho vitimado, nos últimos domingos. Mas, apesar de tudo, creio que acabei esclarecendo mais ou menos a questão da gordura do coco e discorrendo um pouco sobre a inconstância do que nos apresentam como perenes e irretorquíveis verdades científicas.

Não cheguei, contudo, a dizer direito o que via nisso de relevante para as mulheres. Hoje essa grave lacuna, como é destino de todas as lacunas, será preenchida.

No domingo passado, escrevi que havia novidades científicas para as mulheres, relacionadas com o coco. Disse também que não sabia se era caso de as mulheres desconfiarem de mais esse achado científico. De minha parte, creio que sim - e não somente porque os achados vivem se contradizendo, mas porque minhas contemporâneas sofreram bastante, por causa da verdade científica. 

A maioria das queridas leitoras, todas na flor da idade, talvez não possa recordar o tempo em que a gente se referia às mulheres, a sério, como "o sexo frágil" ou "o belo sexo" e as considerava umas instintivas mais ou menos destituídas de real inteligência. 

Claro que essa maneira de ver se originava na ciência vigente. Sem achar que estavam ofendendo ninguém, os homens e muitas mulheres repetiam uma porção de besteiras sobre as mulheres, nenhuma delas abertamente desmentidas pela ciência e algumas até confirmadas.

As besteiras se estendiam sobre todas as áreas, inclusive aquela em que o óleo de coco está ganhando destaque, ou seja a tensão pré-menstrual. Pois é, a cada dia aparece uma matéria em algum jornal ou noticiário, anunciando essa maravilha. Desconheço a posologia e não estou receitando nada, mas li que, num porcentual altíssimo, as mulheres que sofrem de TPM ficam curadas ingerindo óleo de coco diariamente, do qual já existem não sei quantas marcas em circulação. 

Espero que as sofredoras fiquem boas mesmo, mas, como disse domingo passado, tenho algumas lembranças do progresso da ciência e do conhecimento comum sobre a questão, que talvez devam ser ponderadas.

No começo, não havia menstruação. Ou seja, não se falava nisso na presença de homem algum, a não ser o médico, a cujos consultórios as mulheres só iam acompanhadas. Geralmente eram os homens que tinham irmãs que começavam a revelar aos outros a existência desse estranho fenômeno, encarado por muitos com ceticismo. Os mais sofisticados pegavam anúncios de Modess na revista O Cruzeiro, em que apareciam misteriosas mensagens cifradas, dirigidas às mulheres e mencionando "as antiquadas toalhinhas". Mas não se mostrava nem a toalhinha, nem o secretíssimo produto anunciado. 

Havia grandes discussões masculinas sobre o que seriam as antiquadas toalhinhas e até hoje não faço delas uma ideia clara. Neném, um amigo de infância, certa vez abriu um pacote de Modess para ver como era e o descreveu como "um travesseiro de gato", o que não contribuiu muito para o entendimento. E a moça não ficava menstruada, ficava "incomodada", ou até "doente".

O conhecimento comum e o conhecimento científico sobre o assunto, tanto quanto eu saiba, diferiam apenas na terminologia. Em Itaparica, não se usava a expressão na presença de alguém do sexo oposto, mas a menstruação era designada como "boi", em falas como "acho que o boi dela chegou, você precisa ver como o feijão está salgado e mal catado", "ele disse que vai casar com ela e eu retruquei que não tinha nada contra, só fiz lembrar que a família dela tem os bois mais brabos da ilha e ele que se precate, porque vai tomar porrada todo mês". 

Quando eu era menino e ficava na quitanda de Bambano para ouvir as conversas dos adultos, a finada Lindaura, de finado Cartésio (nomes mudados por uma questão de discrição), às vezes passava batendo os tamancos e assoprando forte e Bambano comentava que "compadre Cartésio hoje vai se ver, espere só ela abrir a cancela e soltar esse boi". E de fato, quando sentia que o boi de Lindaura estava perto, Cartésio sempre arranjava uma viagenzinha de negócios a Salinas e ficava por lá até ele acalmar.

Era mais ou menos o que a ciência dizia, com outras palavras. Questão de personalidade da vítima de bois brabos, histeria. Quando a infeliz se queixava de cólicas que a deixavam rolando na cama, o médico, como eu vi acontecer, só faltava dar uma risadinha de condescendência para com o eterno feminino (sim, havia também o eterno feminino) e explicava que as cólicas eram psicológicas. "Está tudo em sua cabecinha", dizia o médico a uma paciente que evidentemente não tinha dor nenhuma na cabeça, mas na barriga mesmo.

Agora, ao que parece, as cólicas não são mais psicológicas e a ciência reconhece a existência da TPM. Segundo me contam, entidades científicas questionam essa existência, mas outras não só a aceitam, como ainda acharam algo pior, chamado Transtorno Disfórico Pré-Menstrual. 

Pela descrição, a mulher nas vascas do TDPM é capaz de metralhar a vizinhança ou jogar o gato no liquidificador. Óleo de coco nela, atual palavra de ordem. 

Como eu disse antes, espero que dê certo mesmo e, a julgar pelo material que me mandaram depois que falei nele, deveremos entrar em breve na Era do Coco. Aliás, lá na ilha já entramos, com resultados ainda duvidosos, o que dá pra rir dá pra chorar e até cheiro bom tem sua hora. 

Um toureiro (marido ou amancebado com mulher de boi brabo) lá do Bar de Espanha se ofereceu para um teste e, de fato, o boi da sua dele santa esposa amansou muito, depois que ela passou a tomar leite de coco várias vezes por dia.

- Mas eu suspendi o tratamento - disse ele. - Muito antes um boi brabo do que o sujeito ir deitar e achar que está dormindo com uma moqueca.

O TIME DE NENÉM PRANCHA - João Saldanha

Já faz muito tempo, acho que durante a guerra, os jogadores do Posto 4 FC, campeoníssimo da praia, dirigido pelo "Trenier" mais famoso da Costa do Atlântico, Neném Pé de Prancha, tinham resolvido dar uma festa de fim de ano, na garagem da casa de um tio do Renato Estelita. O Lá Vai Bola FC aderiu ao baile e compraram três barris de chope.
Eu não topei e disse na esquina do Café do Baltazar: "Não vou. Na festa do ano passado, na garagem do Pé de Chumbo, quebraram tudo e até hoje o clube não pagou a cristaleira da avó dele que estava guardada lá. Não vou mesmo. Chega de encrenca."

Meu irmão Aristides, o Hélio Caveira-de-Burro e o Orlando Cuíca me acompanharam na idéia de não ir ao baile e fomos tomar um chope, sossegados, num bar vazio, na esquina da Avenida Atlântica com Rua Cons­tante Ramos. A noite estava boa e o papo também. Mais tarde, passou por ali o Jaime Botina e disse: "Caí fora do baile. Tem gente demais e muito nego bêbado. Vai dar galho." E eu emendei: "Não disse?"

Lá pelas duas horas da manhã, parou um táxi daqueles grandes e sal­tou o doutor A. Coruja, esfregando os óculos, nervoso. O doutor Coruja era um impetuoso lateral direito. Só dava bico na bola de borracha e Ne­ném Prancha decretou: "Só joga se cortar as unhas. Uma bola está custando cinco pratas." Seu controle de bola não era dos melhores, mas quebrava o galho na lateral direita. O galho ou o ponta-esquerda adversário.

Mas chegou e foi falando incisivo: "Se vocês são machos e meus ami­gos, têm de ir lá comigo. Fui desacatado mas eram muitos." E foi logo dando ordens: "Entrem aqui no táxi e vamos lá."

Lá aonde?" disse o Hélio. Coruja explicou: "E na Rua Joaquim Silva. A mulher me desacatou, ofendeu minha mãe e não pude reagir porque ela estava com três caras na mesa. Vocês têm de ir comigo ou não são meus amigos." Repetiu isto umas cinco vezes e completou: "Como é, poetas? Vamos ou não vamos? Vocês agora deram para medrar?"

Eu cochichei para o Cuíca: "O Coruja está de porre. Não vou me meter nisto." O Cuíca respondeu: "Ele vai chatear a gente o ano inteiro por causa disso. O Coruja quando bebe é assim. Fica remoendo os troços. Olha, ele veio de lá até aqui e gastou meia hora. Para voltar, outra meia hora. Os caras já não estão mais lá, a pensão já deve estar fechada e a mulher dormindo com alguém." E virando-se para o doutor Coruja: "Tá bem, nós vamos, mas vem tomar um chopinho com a gente." Coruja topou e mandou o português do táxi esperar.

Tomamos o chope bem devagarinho e fomos, ainda devagar, para a Rua Joaquim Silva. O táxi "disse" que não esperava mais e foi embora. Subimos a escada de madeira, comprida e estreitinha, e demos numa sala de uns três metros por quatro, se tanto. Quatro mesinhas, só duas ocupadas por fregueses, e, nas outras, umas três mulheres com cara de sono. O diabo é que numa das mesas estava a tal mulher papeando com os três caras. Doutor Coruja partiu direto e foi dizendo: "Repete agora, sua vaca."

Os homens levantaram, o que estava mais perto levou um soco do doutor e o pau comeu solto. O lugar era apertado e eu me lembrei da cristaleira da avó do Renato. Um dos caras era uma parada, brigava bem. O garçom não parecia homem mas era e as mulheres fizeram uma gritaria dos diabos. As mesas e as cadeiras foram para o vinagre, um dos caras se man­dou escada abaixo, quando alguém apagou a luz. Escutei a voz de Hélio Caveira-de-Burro, que era muito experiente: "Vamos dar o fora."

Saímos rápido e ainda levei com uns detritos atirados pelas mulheres da janela. Um guarda apitou e saímos pelas ruas da Lapa. Uns se mandaram pela Conde Laje e outros pela Glória. Eu fui parar no Passeio Público, arrumei um táxi e voltei para o ponto de saída. Quando cheguei, Orlando Cuíca já estava e disse: "O guarda começou a dar tiro e quase me pega. Tive sorte."

Depois chegaram Hélio e meu irmão, que vieram noutro táxi. Hélio falou: "O grande era uma parada. Mas peguei ele bem com a perna da cadeira. Senão a gente não ganhava." Meu irmão estava com a camisa ras­gada e disse que foi a mulher que se atracou nele. "Não bati mas tive de dar uma 'banda' nela. Juntou pé com cabeça. Depois que Hélio dominou o grandalhão, foi barbada. Dei uma no de terno marrom que ele se mandou pela escada." E eu disse: "Ficou tudo quebrado e a mulher que o Coruja bateu não levantou, mas eu não vi sangue."

E ficamos relaxando um pouco quando chegou um táxi e o doutor Coruja saltou esfregando os óculos com um lanho no rosto. Hélio pergun­tou: "Como é doutor, se machucou?" "Nada, um arranhãozinho à toa." E prosseguiu: "Puxa, agora estou satisfeito. Há mais de três meses que eu estava para ir a esta forra."

"O quê?" — berramos em coro — "O negócio foi há três meses!?" E Coruja explicou, calmamente: "Foi sim e eu não bati nela porque estava acompanhada." Então meu irmão perguntou: "Quer dizer que os caras que apanharam não eram os mesmos?" Coruja respondeu: "Claro que não, meus poetas, mas o que tem isto demais?"

Nesta altura, o sol já estava aparecendo lá na Ponta do Boi, iluminan­do o primeiro dia do ano e desejando boas entradas para a excelentíssima senhora mãe do doutor A. Coruja.

O MURO E A GRADE - Fernando Brant

A pressão social e familiar separou os dois namorados da história.


Em frente à nossa casa, havia um muro com cerca de um metro de altura e mais de 20 centímetros de largura. Baixo e largo, acabou virando o imenso banco em que estudantes se assentavam à espera do ônibus para o Colégio Estadual. Em outras horas, servia de arquibancada para quem queria assistir às gloriosas peladas dos meninos da região. Futebol algumas vezes interrompido pela chegada do coletivo,que desembarcava seus passageiros.

À noite, o nosso murinho acolhia meninos e meninas na adolescência, vizinhos amigos que comentavam fatos corriqueiros de suas vidas e iniciavam os primeiros passos de namoros breves e de outros que permaneceram ao longo dos anos, gerando famílias.

Era um tempo de muita timidez e costumes rígidos. O menino, depois de um período probatório de semanas, pôde enfim pegar nas mãos da namorada. O amor avança e a ansiedade juvenil demandava novas ousadias. Eis que, ao se despedirem numa noite fria – e como era amena a temperatura da cidade naqueles anos –, ele disse que tinha um surpresa a lhe oferecer. E encostou suavemente seus lábios aos dela, naquilo que hoje chamamos de selinho. Nada de línguas se encontrando, apenas o suave roçar de bocas fechadas. Enrubescida – como os rostos das meninas e dos meninos se avermelhavam por qualquer motivo... –, ela lhe disse que se aquilo se repetisse, as relações estariam cortadas.

Não me lembro ao certo de quando o nosso muro recebeu a alta grade, deixando de ser poleiro de meninos e estudantes. Talvez em nome da segurança, isolou a casa da rua. Sei, com certeza, que foi um movimento coletivo, pois todas as residências começaram a se proteger com paredes altas e gradeadas. Perdia-se o contato físico, mas o visual continuava. Não havia ainda o medo da violência urbana, mas já pressentíamos que muita coisa estava mudando na vida da cidade e das pessoas.

Quando a insegurança e o medo se instalaram de fato, as casas tiveram que buscar outras modernidades: alarmes e câmeras tomaram conta do pedaço. O amor seguiu novos rumos, a inocência foi aos poucos se perdendo, o tradicionalismo também. A pressão social e familiar separou os dois namorados da história aqui contada. Agora eles estão à minha frente contando sua aventura, os descaminhos pelo mundo, sua busca individual pela felicidade. Casaram-se e descasaram-se com outros parceiros, mudaram do país para terras diferentes, estudaram e trabalharam, mas sem se realizar afetivamente. Existia um beijo selado há muitos e muitos anos, numa noite da cidade com cheiro de dama-da-noite que os marcou para sempre.

Arrisco a dizer: se ele tivesse sido mais arrojado, avançasse mais na qualidade do beijo, talvez eles nunca tivessem se separado. Ela faz que concorda. O certo é que os dois vivem juntos há sete anos. E guardam no sorriso a mesma ternura que conheci em minha juventude.
_______________________

PORQUE UMA MÚSICA GRUDA NA NOSSA CABEÇA?

Esse fenômeno todo mundo já experimentou: ficar com uma certa música ou melodia na cabeça por dias, sem parar.

E por isso acontece? Segundo a Dra. Vicky Williamson da Universidade Goldsmith, pode ser que a nossa memória processa certa música de uma forma que faz com que nossos cérebros sejam particularmente propensos a recuperá-la espontaneamente.

Ou seja, uma canção pode ser desencadeada em nossa mente por uma palavra encontrada nas letras, ou por sentimentos como estresse ou surpresa, que correspondem a uma memória particular na qual você estava ouvindo a música.

Por exemplo, ler a palavra “Delícia” em uma marca de margarina faz você lembrar da música do Michel Teló a ponto de cantá-la o dia todo. Ou, em um dia que você está triste, sente vontade de ouvir repetidamente uma música que lhe traz lembranças.

Muitas pessoas relatam casos de músicas grudentas desencadeadas por estresse. Por exemplo, uma mulher alegou que certa canção de Nathan Jones tem lhe assombrado desde que grudou em sua cabeça enquanto esperava para um exame com 16 anos. Ela se lembrou espontaneamente da música em todos os momentos estressantes que passou depois disso, inclusive seu casamento e o nascimento de seu filho.

A causa disso pode ser o fato de que o nosso cérebro codifica as músicas em uma variedade de maneiras diferentes, porque elas estimulam vários sentidos diferentes. As músicas também podem carregar fortes associações pessoais e emocionais, que tornam as pessoas mais propensas a lembrar dela.

Surpreendentemente, a pesquisadora Vicky descobriu que a composição da música (por exemplo, se é uma música que “pega”) não é especialmente importante para determinar se lembraremos dela ou não.

Em um experimento em que as pessoas tinham que contar suas histórias sobre músicas grudentas, apenas algumas foram listadas por mais de um usuário. Fatores como quão recentemente e frequentemente ouvimos a música são mais importantes. “Às vezes cinco ou seis pessoas relatam que não esquecem a música de um novo filme, porque acabaram de vê-lo”, diz Vicky.
Por Natasha Romanzoti [Telegraph]
___________________________________________

O ENAMORAMENTO, SEGUNDO SCHOPENHAUER.

Tese: O sentimento de amor é central para o homem. Certamente o tema mais abordado por todas as artes e pela cultura em geral.
A filosofia deve ocupar-se do amor, afirma Schopenhauer. Mas exatamente nesse elevado nível, em que o homem parece exprimir melhor a própria individualidade e espiritualidade, descobre-se uma ilusão. Por trás de toda manifestação de amor, mesmo a mais pura, sincera e sutil, está o instinto procriador. Uma determinação biológica voltada ao acasalamento e à reprodução da espécie.

A tese de Schopenhauer, que terá grande interesse para Freud e Jung, é de que não existe amor sem sexualidade. O enamoramento está voltado para a continuidade da espécie, onde o amor é um mero instrumento da natureza. De fato, se o homem não fosse movido por um instinto erótico jamais colocaria filhos no mundo. Ninguém seria tão maldoso a ponto de desejar que qualquer ser viva neste vale de lágrimas. O orgasmo é uma tática para driblar a culpa de gerar uma nova vida.

Todo o enamoramento, por mais que queira se mostrar etéreo, tem a sua raiz unicamente no instinto sexual; ou melhor, em tudo e por tudo, é somente um impulso sexual determinado, especializado e rigorosamente individualizado...
O êxtase encantador que arrebata o homem à vista de uma mulher cuja beleza lhe apraz e que o leva a imaginar a união com ela como o supremo bem é exatamente o sentido da espécie, que, reconhecendo o seu caráter claramente impresso nela, desejaria perpetuá-lo com a mesma. Dessa decidida inclinação para a beleza depende a conservação do tipo da espécie: por isso ele age
com tamanha força...

Portanto, o homem é realmente guiado por um instinto que tende ao melhoramento da espécie, mesmo que se iluda ao pensar que busca somente um aumento do próprio prazer. De fato, o que temos é um instrutivo esclarecimento sobre a íntima essência de todo instinto, que quase sempre, como aqui, coloca o indivíduo em movimento para o bem da espécie...
Em conformidade ao exposto caráter do assunto, todo enamorado, depois do gozo finalmente alcançado, experimenta uma estranha desilusão e se surpreende de que aquilo que tão ardentemente desejou não ofereça nada mas do que qualquer outra satisfação sexual; tanto que agora já não se sente mais por ele impelido.

Com freqüência se vê um homem de boa constituição, espirituoso e delicado ser preterido em favor de um outro feio, estúpido e grosseiro. Igualmente são feitos casamentos por amor entre pessoas extremamente diferentes sob o ponto de vista do espírito:por exemplo, ele é rude, forte e estúpido; ela, delicada, impressionável, instruída, de pensamento refinado, senso artístico; ou então ele, é muito sábio, talentoso enquanto ela é uma néscia. Como a sensibilidade, a boa constituição e a sabedoria são características femininas, as mulheres rejeitam tais qualidades nos homens pois elas mesmas podem passar à prole. Por isso as mulheres rejeitam freqüentemente os eruditos, pois o amor é questão de instinto e não de razão, intelecto ou bom senso.
Logo, aquele desejo estava para todos os seus demais desejos na mesma relação em que a espécie está para o indivíduo –ou seja, entre uma coisa infinita e finita. A satisfação, ao contrario, só se realiza propriamente para o bem da espécie e não cai, portanto, na consciência do indivíduo, o qual, animado pela vontade de espécie, servia com todo o sacrifício a um fim que não era o seu próprio.

Imaginava-se que o instinto tinha pouco império sobre o homem, ou que pelo menos não se manifestava mais quando o recém nascido instintivamente tratava de procurar e sugar os seios de sua mãe. Porém, na realidade, há um instinto muito determinado, muito atuante, e muito complexo que nos guia na eleição tão fina, tão séria, e tão particular da pessoa que se ama, e de possuí-la com tal voracidade. Por sinal, esta relação instintiva ao nascer deve ser muito marcante. Isso explicaria a causa de quase todos os homens se interessarem por mulheres dotadas personalidade parecida com a da mãe.
Schopenhauer divide a natureza da Vontade em três níveis de importância: Vontade (geral); vontade individual e vontade da espécie.

Vontade - A Vontade é o único elemento permanente e invariável do espírito, aquele que lhe dá coerência e unidade, que constitui a essência do homem. A vontade seria o princípio fundamental da natureza, independente da representação, não se submetendo às leis da razão. Schopenhauer afirma que o real é em si mesmo cego e irracional, enquanto Vontade. "A consciência é a mera superfície de nossa mente, da qual, como da terra, não conhecemos o interior, mas apenas a crosta". O inconsciente apresenta assim, um papel
fundamental na filosofia de Schopenhauer. A vontade é, acima de tudo, uma vontade de viver e de viver na máxima plenitude. Desde que o mundo é essencialmente vontade, não pode deixar de ser um mundo de sofrimento. A vontade é um índice de necessidade, e como ela é imperecível, continua sempre insatisfeita. A aparente satisfação da vontade conduz ao tédio. A satisfação de um desejo é como a esmola que se dá ao mendigo, só consegue manter-lhe a vida para lhe prolongar a miséria. Por isso mesmo a vontade é um mal e a origem de todos os males.

Vontade de Individual - É o poderoso impulso que impele todo ser a perpetuar o máximo possível a sua existência e condição na condição atual. Está presente de modo consciente, como instinto de sobrevivência, no homem e nos animais. Uma de suas características é sua luta contra o devir(mudança) e à própria morte.

Vontade da Espécie - Como o mundo é um constante devir, a vida, para continuar existindo, precisa igualmente mudar para evitar o perecimento. Para tanto criou as espécies e as dotou de uma vontade própria de conservação e vida. É através do instinto das espécies que os seres singulares podem adiar ou sacrificar suas vontades individuais em prol da perpetuação da espécie e da vida.

Bibliografia: 
SCHOPENHAUER, Metafisica del Amor. Madrid: Don Quijote, 1993.
NICOLA, Ubaldo. Antologia ilustrada de Filosofia. São Paulo: Editora Globo, 2005. 


 Subscribe in a reader

A Casa Encantada & À Frente, O Verso.

A Casa Encantada & À Frente, O Verso.
Livros de Edmir Saint-Clair

Escolha o tema:

- Mônica El Bayeh (1) 100 DIAS QUE MUDARAM O MUNDO (1) 45 LIÇÕES QUE A VIDA ME ENSINOU (1) 48 FRASES GENIAIS (1) 5 CHAVES PARA FREAR AS RELAÇÕES TÓXICAS NA FAMÍLIA (1) 5 MITOS SOBRE O CÉREBRO QUE ATÉ OS NEUROCIENTISTAS ACREDITAM (1) A ALMA ESTÁ NA CABEÇA (1) A FUNÇÃO SOCIAL DA CULPA (1) A GREVE DAS PALAVRAS (1) A LUCIDEZ PERIGOSA (1) A PANDEMIA VISTA DE 2050 (1) A PARÁBOLA BUDISTA (1) A PÍLULA DA INTELIGÊNCIA (1) A PRÁTICA DA BOA AMIZADE (1) A PREOCUPAÇÃO EXCESSIVA COM A APARÊNCIA FÍSICA (1) A QUALIDADE DO SEU FUTURO - Edmir Silveira (1) A SOMBRA DAS CHUTEIRAS IMORTAIS (1) A Tua Ponte (1) A vergonha pode ser o início da sabedoria (1) AFFONSO ROMANO DE SANT'ANNA (5) Amigos (4) amizade (2) ANA CAROLINA DECLAMA TEXTO DE ELISA LUCINDA (1) ANDRÉ COMTE-SPONVILLE (3) ANTONIO CÍCERO (2) ANTÓNIO DAMÁSIO (3) ANTÔNIO MARIA (2) ANTONIO PRATA (2) antropologia (3) APENAS UMA FOLHA EM BRANCO SOBRE A MESA (1) APOLOGIA DE PLATÃO SOBRE SÓCRATES (1) ARISTÓTELES (2) ARNALDO ANTUNES (2) ARNALDO BLOCH (1) Arnaldo Jabor (36) ARTHUR DA TÁVOLA (12) ARTHUR DAPIEVE (1) ARTHUR RIMBAUD (2) ARTHUR SCHOPENHAUER (5) ARTUR DA TÁVOLA (9) ARTUR XEXÉO (6) ASHLEY MONTAGU (1) AUGUSTO CURY (4) AUTOCONHECIMENTO (2) BARÃO DE ITARARÉ (3) BARUCH SPINOZA (3) BBC (9) BBC Future (4) BERNARD SHAW (2) BERTRAND RUSSELL (1) BISCOITO GLOBO (1) BRAINSPOTTING (1) BRUNA LOMBARDI (2) CACÁ DIEGUES (1) CAETANO VELOSO (10) caio fernando abreu (5) CARL JUNG (1) Carl Sagan (1) CARLOS CASTAÑEDA - EXPERIÊNCIAS DE ESTRANHAMENTO (1) CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE (23) CARLOS EDUARDO NOVAES (1) CARLOS HEITOR CONY (3) CARTA DE GEORGE ORWELL EXPLICANDO O LIVRO 1984 (1) CECÍLIA MEIRELES (5) CELSO LAFER - Violência (1) CÉREBRO (17) CHARLES BAUDELAIRE (4) CHARLES BUKOWSKI (3) Charles Chaplin (4) Charles Darwin (2) CHÂTEAU DE VERSAILLES (1) CHICO ANYSIO (3) Christian Ingo Lenz Dunker (9) CIÊNCIA E RELIGIÕES (1) CIÊNCIAS (20) CIENTISTA RUSSO REVELA O QUE OCORRE CONOSCO APÓS A MORTE (1) cinema (6) CLARICE LISPECTOR (17) CLÁUDIA LAITANO (3) CLAUDIA PENTEADO (8) Coletâneas Cult Carioca (1) COMO A INTERNET ESTÁ MUDANDO AS AMIZADES (1) COMO A MÚSICA PODE ESTIMULAR A CRIATIVIDADE (1) COMO A PERCEPÇÃO DO TEMPO MUDA DE ACORDO COM A LÍNGUA (1) COMO A PERDA DE UM DOS PAIS PODE AFETAR A SUA SAÚDE MENTAL (1) COMO A SOLIDÃO ALIMENTA O AUTORITARISMO (1) COMO COMEÇAR DO ZERO EM QUALQUER IDADE (1) COMPORTAMENTO (528) Conexão Roberto D'Avila - STEVENS REHEN - IMPERDÍVEL - ALTISSIMO NIVEL DE CONHECIMENTO (1) CONHEÇA 10 PESSOAS QUE QUASE FICARAM FAMOSAS (1) conhecimento (6) CONTARDO CALLIGARIS (17) CONVERSAS NECESSÁRIAS (1) CORA CORALINA (3) CORA RÓNAI (6) CORTES DIRETO AO PONTO (32) Cristiane Segatto (8) CRÔNICAS (992) Crônicas. (172) CRUZ E SOUSA (1) CULT MOVIE (5) CULT MUSIC (10) CULT VÍDEO (21) DALAI LAMA (5) DALTON TREVISAN (1) Dante Alighieri (1) DANUZA LEÃO (30) DE ONDE VÊM OS NOMES DAS NOTAS MUSICAIS? (1) DEEPAK CHOPRA (3) DENTRO DE MIM (1) DRAUZIO VARELLA (11) E. E. CUMMINGS (3) EDGAR MORIN (2) Edmir Saint-Clair (78) EDUARDO GALEANO (3) ELIANE BRUM (25) ELISA LUCINDA (4) EM QUE MOMENTO NOS TORNAMOS NÓS MESMOS (1) Emerson (1) EMILY DICKINSON (1) Emmanuel Kant (1) Empatia (3) entrevista (11) EPICURO (3) Epiteto (1) Erasmo de Roterdam (1) ERÓTICA É A ALMA (1) Eu Cantarei de Amor Tão Docemente (1) Eu carrego você comigo (2) Fábio Porchat (8) FABRÍCIO CARPINEJAR (5) FEDERICO GARCIA LORCA (2) FERNANDA TORRES (23) FERNANDA YOUNG (6) Fernando Pessoa (13) FERNANDO SABINO (4) FERREIRA GULLAR (24) FILHOS (5) filosofia (217) filósofo (10) FILÓSOFOS (7) Flávio Gikovate (25) FLORBELA ESPANCA (8) FRANCISCO DAUDT (25) FRANZ KAFKA (4) FRASES (39) Frases e Pensamentos (8) FREUD (4) Friedrich Nietzsche (2) Friedrich Wilhelm Nietzsche (1) FRITJOF CAPRA (2) GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ (2) GEMÄLDEGALERIE - Berlin - Tour virtual - Você controla o que quer ver - Obra por obra (1) GERALDO CARNEIRO (1) Gilles Deleuze (2) HANNAH ARENDT (1) HELEN KELLER (1) HELOISA SEIXAS (10) Heloísa Seixas (1) Henry David Thoreau (1) HERMANN HESSE (10) HILDA HILST (1) IMMANUEL KANT (1) INTELIGENCIA (2) intimidade (6) IRMÃ SELMA (1) Isaac Asimov. (1) ISABEL CLEMENTE (2) IVAN MARTINS (22) JEAN JACQUES ROUSSEAU (1) JEAN PAUL SARTRE (1) JEAN-JACQUES ROUSSEAU (3) Jean-Paul Sartre (2) JEAN-YVES LELOUP - SEMEANDO A CONSCIÊNCIA (1) Jô Soares (4) JOÃO CABRAL DE MELO NETO (1) JOÃO UBALDO RIBEIRO (14) JOHN NAUGHTON (1) JORGE AMADO (1) JORGE FORBES (1) jornalista (3) JOSÉ PADILHA (2) JOSE ROBERTO DE TOLEDO (1) JOSÉ SARAMAGO (8) JULIO CORTÁZAR (2) KAHLIL GIBRAN (3) Kant (2) KETUT LIYER (1) Khalil Gibran (5) Klaus Manhart (2) KRISHNAMURTI (1) Lao-Tzu (1) LE-SHANA TOVÁ TIKATEVU VE-TECHATEMU - Nilton Bonder (1) LEANDRO KARNAL (3) LEDA NAGLE (2) LÊDO IVO (2) LETÍCIA THOMPSON (2) literatura (69) literatura brasileira (23) LUIGI PIRANDELLO (2) LUIS FERNANDO VERISSIMO (15) LUIS FERNANDO VERÍSSIMO (7) LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO (13) LUIS VAZ DE CAMÕES (2) LUIZ FERNANDO VERISSIMO (6) LYA LUFT (33) LYGIA FAGUNDES TELLES (1) MADHAI (4) Mahatma Gandhi (5) Maiakowski (1) MANOEL CARLOS (11) MANOEL DE BARROS (1) MANUEL BANDEIRA (4) MAPA INTERATIVO PERMITE VIAJAR NO TEMPO E VER 'SUA CIDADE' HÁ 600 MILHÕES DE ANOS (1) Marcel Camargo (12) MARCELO RUBENS PAIVA (7) MARCIA TIBURI (12) MARÍLIA GABRIELA entrevista RAFINHA BASTOS (1) MARINA COLASANTI (6) MÁRIO LAGO (1) Mário Prata (3) MÁRIO QUINTANA (15) MÁRIO SÉRGIO CORTELLA (4) MARIO VARGAS LLOSA (1) MARK GUNGOR (1) martha medeiros (92) MARTIN LUTHER KING JR (1) MARTINHO DA VILA (1) MELATONINA: O HORMÔNIO DO SONO E DA JUVENTUDE (1) MIA COUTO (14) MIA COUTO: “O PORTUGUÊS DO BRASIL VAI DOMINAR” (1) MICHEL FOUCAULT (1) MIGUEL ESTEVES CARDOSO (4) MIGUEL FALABELLA (14) Miguel Torga (2) MILAN KUNDERA (1) MILLÔR FERNANDES (3) MOACYR SCLIAR (12) MÔNICA EL BAYEH (4) Monja Cohen (1) MUSÉE D'ORSAY - PARIS - Tour virtual - Você controla o que quer ver - Obra por obra (1) MUSEU NACIONAL REINA SOFIA - Madrid - Tour virtual - Você controla o que quer ver - Obra por obra (1) MUSEU VAN GOGH - Amsterdam - Tour virtual - Você controla o que quer ver - Obra por obra (1) NÃO DEVEMOS TER MEDO DA EVOLUÇÃO – Edmir Silveira (1) NARCISISMO COLETIVO (1) Natasha Romanzoti (3) NÉLIDA PIÑON (1) NELSON MANDELA (1) NELSON MOTTA (28) NELSON RODRIGUES (3) NEUROCIÊNCIA (143) NILTON BONDER (1) NOAM CHOMSKY (2) NOITE DE NATAL (1) O BRASIL AINDA NÃO DESCOBRIU O CABRAL TODO (1) O CLIQUE (1) O MITO DA CAVERNA DE PLATÃO: A DUALIDADE DA NOSSA REALIDADE (1) O MITO DO AMOR MATERNO – Maria Lucia Homem (1) O Monge Ocidental (2) O MUNDO DA GENTE MORRE ANTES DA GENTE (1) O MUNDO SECRETO DO INCONSCIENTE (1) O PENSAMENTO DE CARL SAGAN (1) O PODER DO "TERCEIRO MOMENTO" (1) O PODER TERAPÊUTICO DA ESTRADA - Martha Medeiros (1) O QUE A VIDA ENSINA DEPOIS DOS 40 (1) O QUE É A TÃO FALADA MEDITAÇÃO “MINDFULNESS” (1) O QUE É A TERAPIA EMDR? – Ignez Limeira (1) O QUE É BOM ESCLARECER AO COMEÇAR UM RELACIONAMENTO AMOROSO (1) O QUE É CIENTÍFICO? - Rubem Alves (1) O que é liberdade (1) O QUE É MAIS IMPORTANTE: SER OU TER? (1) O QUE É MENTE (1) O QUE É MODERNIDADE LÍQUIDA (1) O QUE É O AMOR PLATÔNICO? (1) O QUE É O PENSAMENTO ABSTRATO (1) O QUE É OBJETIVISMO (1) O QUE É SER “BOM DE CAMA”? (1) O QUE É SER INTELIGENTE (1) O QUE É SER LIVRE? (1) O QUE É SER PAPA? - Luiz Paulo Horta (1) O QUE É SERENIDADE? (1) O QUE É UM PSICOPATA (1) O QUE É UMA COMPULSÃO? - Solange Bittencourt Quintanilha (1) O QUE FAZ O AMOR ACABAR (1) O que se passa na cama (1) O ROUBO QUE NUNCA ACONTECEU (2) O Sentido Secreto da Vida (2) OBRIGADO POR INSISTIR - Martha Medeiros (1) OCTAVIO PAZ (2) OLAVO BILAC (1) ORGASMO AJUDA A PREVENIR DOENÇAS FÍSICAS E MENTAIS (1) ORIGEM DA CONSCIÊNCIA (1) Os canalhas nos ensinam mais (2) OS EFEITOS DE UM ÚNICO DIA DE SOL NA SUA PELE (1) OS HOMENS OCOS (1) OS HOMENS VÃO MATAR-SE UNS AOS OUTROS (1) OTTO LARA RESENDE (1) OUTROS FORMATOS DE FAMÍLIA (1) PABLO NERUDA (22) PABLO PICASSO (2) PALACIO DE VERSAILLES - França - Tour virtual - Você controla o que quer ver - Obra por obra (1) Pandemia (2) PAULO COELHO (6) PAULO MENDES CAMPOS (2) PEDRO BIAL (4) PENSADORES FAMOSOS (1) pensamentos (59) PERFIL DE UM AGRESSOR PSICOLÓGICO: 21 CARACTERÍSTICAS COMUNS (1) PERMISSÃO PARA SER INFELIZ - Eliane Brum com a psicóloga Rita de Cássia de Araújo Almeida (1) poemas (8) poesia (281) POESIAS (59) poeta (76) poetas (18) POR QUE A CULPA AUMENTA O PRAZER? (1) POR QUE COMETEMOS ATOS FALHOS (1) POR QUE GOSTAMOS DE MÚSICAS TRISTES? (1) porto alegre (6) PÓS-PANDEMIA (1) PRECISA-SE (1) PREGUIÇA: AS DIFERENÇAS ENTRE A BOA E A RUIM (1) PROCRASTINAÇÃO (1) PROPORÇÕES (1) PSICANALISE (5) PSICOLOGIA (432) psiquiatria (8) QUAL O SENTIDO DA VIDA? (1) QUANDO A SUA MENTE TRABALHA CONTRA VOCÊ (1) QUANDO FALAR É AGREDIR (1) QUANDO MENTIMOS MAIS? (1) QUANDO O AMOR ACABA (1) QUEM FOI EPICURO ? (1) QUEM FOI GALILEU GALILEI? (1) Quem foi John Locke (1) QUEM FOI TALES DE MILETO? (1) QUEM FOI THOMAS HOBBES? (1) QUEM INVENTOU O ESPELHO (1) Raul Seixas (2) Raul Seixas é ATROPELADO por uma onda durante uma ressaca no Leblon (1) RECEITA DE DOMINGO (1) RECOMEÇAR (3) RECOMECE - Bráulio Bessa (1) Reflexão (3) REFLEXÃO DE BERT HELLINGER (1) REGINA NAVARRO LINS (1) REJUVENESCIMENTO - O DILEMA DE DORIAN GRAY (1) RELACIONAMENTO (5) RENÉ DESCARTES (1) REZAR E AMAR (1) Rick Ricardo (5) RIJKSMUSEUM - Amsterdam - Tour virtual - Você controla o que quer ver - Obra por obra (1) RIO DE JANEIRO (10) RITA LEE (5) Robert Epstein (1) ROBERT KURZ (1) ROBERTO D'ÁVILA ENTREVISTA FLÁVIO GIKOVATE (1) ROBERTO DaMATTA (8) Roberto Freire (1) ROBERTO POMPEU DE TOLEDO (1) RUBEM ALVES (26) RUBEM BRAGA (1) RUTH DE AQUINO (16) RUTH DE AQUINO - O que você revela sobre você no Facebook (1) Ruy Castro (10) SAINDO DA DEPRESSÃO (1) SÁNDOR FERENCZI (1) SÁNDOR MÁRAI (3) SÃO DEMASIADO POBRES OS NOSSOS RICOS (1) SAÚDE MENTAL (2) Scott O. Lilienfeld (2) século 20 (3) SÊNECA (7) SENSAÇÃO DE DÉJÀ VU (1) SER FELIZ É UM DEVER (2) SER MUITO INTELIGENTE: O LADO RUIM DO QUAL NÃO SE FALA (1) SER OU ESTAR? - Suzana Herculano-Houzel (1) Ser Pai (1) SER PASSIVO PODE SER PREJUDICIAL À SAÚDE (1) SER REJEITADO TORNA VOCÊ MAIS CRIATIVO (1) SERÁ QUE SUA FOME É EMOCIONAL? (1) SEXO É COLA (1) SEXO TÂNTRICO (1) SEXUALIDADE (2) Shakespeare. O bardo (1) Sidarta Ribeiro (4) SIGMUND FREUD (4) SIMONE DE BEAUVOIR (1) Simone Weil (1) SINCERICÍDIO: OS RISCOS DE SE TORNAR UM KAMIKAZE DA VERDADE (1) SÓ DE SACANAGEM (2) SÓ ELAS ENTENDERÃO (1) SOCIOLOGIA (10) SÓCRATES (2) SOFRER POR ANTECIPAÇÃO (2) Solange Bittencourt Quintanilha (13) SOLITÁRIOS PRAZERES (1) STANISLAW PONTE PRETA (5) Stephen Kanitz (1) Steve Ayan (1) STEVE JOBS (5) SUAS IDEIAS SÃO SUAS? (1) SUPER TPM: UM TRANSTORNO DIFÍCIL DE SER DIAGNOSTICADO (1) Super YES (1) Suzana Herculano-Houzel (10) T.S. ELIOT (2) TALES DE MILETO (2) TATE BRITAIN MUSEUM (GALLERY) (1) TERAPIA (4) THE METROPOLITAN MUSEUM OF ART (1) THE NATIONAL GALLERY OF LONDON - Tour virtual - Você controla o que quer ver - Obra por obra (1) THIAGO DE MELLO (2) TODA CRIANÇA É UM MAGO - Augusto Branco (1) Tom Jobim (2) TOM JOBIM declamando Poema da Necessidade DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE (1) TONY BELLOTTO (3) Tour virtual - Você controla o que quer ver - Obra por obra (2) TRUQUE DO PANO: PROTEJA O CACHORRO DO BARULHO FEITO PELOS FOGOS DE ARTIFÍCIO (1) UM CACHORRO PRETO CHAMADO DEPRESSÃO (1) UM ENCONTRO COM LACAN (1) UM VÍRUS CHAMADO MEDO (1) UMA REFLEXÃO FABULOSA (1) UNIÃO EUROPEIA INVESTE EM PROGRAMA PARA PREVER O FUTURO (1) ÚNICO SER HUMANO DA HISTÓRIA A SER ATINGIDO POR UM METEORITO (1) velhice (2) Viagem ao passado (2) VICTOR HUGO (4) VÍDEO - O NASCIMENTO DE UM GOLFINHO (1) VÍDEO - PALESTRA - MEDO X CRIATIVIDADE (1) VÍDEO ENTREVISTA (2) VÍDEO PALESTRA (14) Vinícius de Moraes (3) VIVIANE MOSÉ (4) VLADIMIR MAIAKOVSKI (2) W. B. YEATS (1) W. H. Auden (2) WALCYR CARRASCO (4) WALT WHITMAN (4) Walter Kaufmann (1) Way Herbert (1) Wilhelm Reich (2) WILLIAM FAULKNER (1) William Shakespeare (4) WILSON SIMONAL e SARAH VAUGHAN (1)

RACISMO AQUI NÃO!

RACISMO AQUI NÃO!