Edmir Saint-Clair

FERA - Poesia - Edmir Saint-Clair


Destruir o berço, a mata, a essência,
Que acalenta, com sons , cores e frutos
O futuro que é da vida, não nos pertence.

Matar a mãe, cuspir no prato que alimenta,
Suicidar-se, matar o mundo que é do filho,
Da beleza, do sonho, de si mesmo.

A ganância, grande herança do nada,
Nos torna cegos, sem ver belezas
E rezamos, pagãos hipócritas,
Carrascos do ventre que nos gerou.
    
E perdidos os homens, tão sem caminho,
     Se matam, matando tudo, seu próprio ninho.
Natureza que cria, que cura, que chora,
Pelo filho que lhe devora as próprias entranhas.
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