Sabemos que os ditados populares sempre foram passados de forma oral no decorrer dos anos. E talvez por conta disso, aconteceu com eles a mesma coisa que acontece na brincadeira do telefone sem fio: uma palavra quase nunca chega ao último receptor da forma que foi inicialmente enviada.
Veja estas dicas interessante do Prof. Pasquale em que ele fala sobre os ditados populares, em suas formas corretas:
▪ No popular se diz:
Esse menino não pára quieto, parece que tem bichocarpinteiro.
Minha grande dúvida na infância... Mas que bicho é esse que é carpinteiro, um bicho pode ser carpinteiro?
Correto:
Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro.
Tá aí a resposta para meu dilema de infância! EU NÃO SABIA. E VOCÊ?
▪ Popular:
Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão.
Correto:
Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão.
Se a batata é uma raiz, ou seja, nasce enterrada, como ela se esparrama pelo chão se ela está embaixo dele?
▪ Popular:
Cor de burro quando foge.
Correto:
Corro de burro quando foge!
Esse foi o pior de todos! Burro muda de cor quando foge? Qual cor ele fica? Porque ele muda de cor?
▪ Popular:
Quem tem boca vai a Roma.
Bom, esse eu entendia, de um modo errado, mas entendia! Pensava que quem sabia se comunicar ia a qualquer lugar!
Correto:
Quem tem boca vaia Roma. (isso mesmo, do verbo vaiar).
▪ Popular:
Cuspido e escarrado.
Quando alguém quer dizer que é muito parecido com outra pessoa.
Correto:
Esculpido em Carrara. (Carrara é um tipo de mármore).
▪ Popular:
Quem não tem cão, caça com gato.
Entendia também, errado, mas entendia! Se não tem o cão para ajudar na caça o gato ajuda! Tudo bem que o gato só faz o que quer, mas vai que o bicho tá de bom humor!
Correto:
Quem não tem cão, caça como gato, ou seja, sozinho!
E a gente pensa que repete de forma correta os ditos populares...
Vai dizer que você falava corretamente algum desses?