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ANSIEDADE TÓXICA: O QUE É E COMO RECONHECÊ-LA

Sentir-se ansioso não é necessariamente algo ruim, mas quando este sentimento se transforma em uma ansiedade tóxica, crônica e dolorosa, pode prejudicar muito o nosso dia a dia.

O que queremos destacar é que a princípio a ansiedade é normal e saudável, pois nos ajuda a manter uma certa ativação para nos proteger de perigos iminentes ou para desempenhar algumas tarefas.

Contudo, apesar da sua natureza protetora, ela aparece pelo simples fato de termos medo de que a angústia, a preocupação, o nervosismo, as palpitações, os pensamentos intensos, o suor, etc, se perpetuem.

Então, permitimos a criação de um tipo de círculo vicioso por meio do qual sentimos ansiedade quando antecipamos a mesma. Ou seja, o mesmo temor que a emoção em si mesma nos provoca possibilita as mesmas sensações e a mesma realidade que tanto nos causa medo.

Ansiedade tóxica e os monstros da adrenalina e do cortisol

Este estado que denominamos “círculo vicioso da ansiedade” vem acompanhado da atividade de dois hormônios principais: a adrenalina e o cortisol. Para entender como funcionam podemos pensar em como respondemos quando tropeçamos em uma escada. Automaticamente o coração dispara e costumamos procurar o corrimão para proteger a nossa própria integridade física.

Este conjunto de sensações, as quais correspondem à ansiedade saudável, nos dão energia e força para nos proteger. São momentos de intensa e desagradável excitação nos quais o corpo admite, por necessidade, a liberação de uma boa quantidade de adrenalina e de cortisol.

Também poderíamos pensar em um passeio de montanha-russa no qual as sensações o tornam desagradável e violento, ao contrário de divertido. Acontece que quando estamos a ponto de cair da escada ou quando subimos na montanha-russa, sabemos que as sensações são passageiras e que assim como vêm, também vão.


Contudo, quando os perigos respondem a expectativas ou pensamentos que procuram antecipar perigos futuros, não permitimos que o simpático monstro da adrenalina adormeça. Como não deixamos que ele adormeça, o monstro se alimenta de nossas preocupações em forma de adrenalina, o que nos prende cada vez mais nessas sensações de angústia sem que exista nada que o justifique.

Significa dizer que a adrenalina e o cortisol ficam sem nada, nem ninguém para salvar do dragão. Estão ali presentes porque nós os alimentamos com pensamentos de futuro que antecipam más experiências.

Tudo isso fica preso em nosso próprio interior, apesar de procurar sair e se libertar. Por isso acontecem os ataques, por isso a insônia persiste, os pensamentos negativos e as sensações de bloqueio não vão embora.

Algumas máscaras que a ansiedade tóxica usa para se manifestar:

Preocupação crônica

A ansiedade pode se revelar através de uma preocupação incessante sobre a família, a saúde, as metas acadêmicas ou profissionais, a situação financeira, etc. É provável que diante destas preocupações sintamos que o estômago está em plena centrifugação e que exista a sensação de que alguma coisa ruim acontecerá mesmo desconhecendo o que e por quê.

Medos e fobias
Um medo excessivo e irracional de agulhas, do sangue, dos procedimentos médicos, de altura, de elevadores, do dentista, da água, de bichos como aranhas ou répteis, dos cães, das tempestades, dos lugares fechados, etc. Este tipo de máscara é outra dura imagem que a ansiedade escolhe para se mostrar.

Ansiedade quanto à atitude
Às vezes a ansiedade faz com que fiquemos paralisados diante de uma prova acadêmica, uma atuação, uma competição esportiva ou qualquer outra situação que demande o bom desempenho na execução de uma tarefa.

Ansiedade de falar em público
O medo desproporcional de falar em público é outra das “formas favoritas” que a ansiedade tem de se mostrar. Sentimos que o mundo dá voltas, trememos, ficamos nervosos e achamos que a nossa própria mente ficará em branco na hora em que qualquer deslize evidente ocorrer.

Fobia social
Sentir-se nervoso, tenso e incapaz de articular uma palavra nas reuniões sociais é outra máscara que a ansiedade usa para nos cumprimentar. Pela nossa mente passam coisas como “não tenho nada interessante a dizer”, “não consigo falar com ninguém”, “vão pensar que sou uma pessoa esquisita e fracassada”, “não vale a pena porque ninguém se interessa por mim”, etc.

Ataques de pânico
Suor, tontura, bloqueio, rigidez, fortes palpitações, medo intenso… Você já sentiu isto alguma vez de forma repentina e achou que iria morrer? Se é o caso, nessa ocasião a ansiedade se vestiu com uma fantasia cruel: o ataque de pânico.

Agorafobia
Você tem medo de estar fora de casa? Você tem a clara convicção de uma coisa horrível pode acontecer com você na rua, na fila do supermercado ou no ônibus? Você, por exemplo, sente que vai sofrer um ataque de pânico e que ninguém poderá ajudá-lo? A ansiedade se vestiu de agorafobia ou, o que é a mesma coisa, de um medo intenso de estar em espaços públicos.

Obsessões e compulsões
Existem pensamentos que atormentam você de forma incessante e que você não consegue tirar da cabeça. Ao mesmo tempo, alguma coisa no seu íntimo obriga você a realizar constantes rituais supersticiosos com o objetivo de controlar seus medos.

Por exemplo, você pode sentir a necessidade de lavar constantemente as mãos, de checar várias vezes se fechou a porta com chave ou de rezar 10 pais nossos para proteger a sua família. A ansiedade se disfarçou de obsessões e compulsões, um dos seus trajes mais obscuros.


Transtorno de estresse pós-traumático
Você já viveu um evento traumático (abuso sexual, maus-tratos, presenciar um assassinato, etc.) faz meses ou anos e as imagens dessa situação horrível voltam repetidamente na sua cabeça? Você não dorme bem e não se sente seguro diante disto? Consulte um especialista em saúde mental porque talvez a ansiedade esteja se manifestando como transtorno do estresse pós-traumático.

Preocupação com a aparência física (transtorno dismórfico corporal)
A sua aparência física lhe parece tremendamente anormal, mas só você enxerga o que você sente. O resto das pessoas que o rodeiam dizem que “não é para tanto”, que o seu nariz, seu corpo ou seu cabelo são normais.

É provável que você sinta necessidade de passar por uma cirurgia plástica e que constantemente se olhe no espelho com a intenção de corrigir o seu defeito. Talvez a ansiedade se manifeste na forma de transtorno dismórfico corporal. Considere isto e procure um especialista em saúde mental para consultá-lo.

Preocupação com a saúde (hipocondria)
Dores, fadiga, tonturas, desconforto… Você tem certeza de que existe alguma doença que coloca em risco a sua saúde, mas o médico não enxerga nada nos exames que realiza. Pode até ser que as explicações que ele oferece não tranquilizem mais a sua mente.

É possível que você esteja sendo vítima da ansiedade em forma de hipocondria, e para você curar a sua saúde precisa procurar um bom profissional de psicologia que avalie as suas crenças e o seu jeito de pensar sobre a saúde.

SENSAÇÃO DE DÉJÀ VU. O QUE A CIÊNCIA JÁ SABE?

Déjà vu é matéria de discussão, filmes, livros, mistérios. Mas o que é exatamente déjà vu? “É o sentimento que você já fez exatamente a mesma coisa antes – já esteve naquele lugar ou já realizou aquela atividade em particular – quando você sabe que não fez”, explica a especialista no assunto, Anne M. Cleary.


Segundo Cleary, nem todo mundo experimenta a sensação, mas a maioria das pessoas sim. Talvez seja um curto-circuito no cérebro. Ou uma memória distante que escorregou para o presente. Ou as duas coisas e algo mais. Seja qual for o caso, o déjà vu não é apenas um sentimento estranho e irrelevante na vida: a melhor compreensão do fenômeno quase certamente levará a uma melhor compreensão de como nosso cérebro funciona.


Akira O’Connor, que estuda déjà vu na Universidade de St. Andrews, na Escócia, afirma que os jovens, da adolescência a meados dos 20 anos, experimentam mais déjà vu. Pessoas cansadas também têm a sensação com mais frequência, como aqueles que viajam muito. Mesmo com muitos mais anos armazenados em seus bancos de memória, as pessoas mais velhas não são tão propensas a déjà vu.


Quando a maioria de nós sente um déjà vu, achamos um pouco esquisito ou mesmo significativo – quem nunca pensou que poderia ser uma lembrança de uma vida passada?

A maioria simplesmente continua com seu dia. Outros não são tão sortudos: algumas pessoas sofrem de déjà vu, uma sensação de já ter vivido antes.


“Parece louco, até divertido, mas na realidade é extremamente inquietante e muda drasticamente o comportamento das pessoas”, conta O’Connor. “As pessoas acham que experimentam a sensação mais fortemente com novas experiências. Como eles acham essa situação inquietante, tendem a evitar a novidade, com a triste consequência de que podem retirar-se do mundo para um pequeno universo de familiaridade, assistindo reprises de filmes e programas de TV o tempo todo porque isso lhes traz menos angústia”, explica.


Não há nenhum tratamento para pessoas com essa condição, que é muitas vezes relacionada com problemas de memória e envelhecimento.

Mas como pode ter um tratamento se não há nem uma compreensão clara do que causa o déjà vu e sentimentos relacionados a ele?


Cleary afirma que algumas possíveis causas da sensação estranha incluem erros na forma como o cérebro processa o mundo que nos rodeia ou breves disfunções neurológicas, como uma atividade cerebral espontânea que desencadeia um sentimento inadequado de familiaridade, ou uma pequena convulsão. Também, múltiplas causas podem trabalhar juntas.


Por enquanto, os pesquisadores estão encontrando novas maneiras de analisar o déjà vu. Cleary está usando realidade virtual para ver se pode acionar o sentimento nas pessoas e descobrir exatamente o que em uma “cena” faz o déjà vu acontecer. Já se sabe que visão não é necessária, pois pessoas cegas têm déjà vu também.


“Os pesquisadores precisam descobrir o que causa a desconexão entre o sentimento de que algo é familiar, e saber que esse algo não pode ser familiar”, diz O’Connor. “Quero entender quais partes do cérebro estão associadas com o sentimento de familiaridade e quais partes estão associadas com o saber que algo deve ou não deve evocar memórias”, conta.
Por Natasha Romanzoti

3 MITOS SOBRE OS PSICOPATAS - Scott O. Lilienfeld e Hal Arkowitz

Cercada de mitos, a psicopatia nem sempre está associada à violência 
e, ao contrário do que se imagina, pode ser tratada.

O termo “psicopata” caiu na boca do povo, embora na maioria das vezes seja usado de forma equivocada. Na verdade, poucos transtornos são tão incompreendidos quanto a personalidade psicopática.

Descrita pela primeira vez em 1941 pelo psiquiatra americano Hervey M. Cleckley, do Medical College da Geórgia, a psicopatia consiste num conjunto de comportamentos e traços de personalidade específicos. Encantadoras à primeira vista, essas pessoas geralmente causam boa impressão e são tidas como “normais” pelos que as conhecem superficialmente.

No entanto, costumam ser egocêntricas, desonestas e indignas de confiança. Com freqüência adotam comportamentos irresponsáveis sem razão aparente, exceto pelo fato de se divertirem com o sofrimento alheio. Os psicopatas não sentem culpa. Nos relacionamentos amorosos são insensíveis e detestam compromisso. Sempre têm desculpas para seus descuidos, em geral culpando outras pessoas. Raramente aprendem com seus erros ou conseguem frear impulsos.

Não é de surpreender, portanto, que haja um grande número de psicopatas nas prisões. Estudos indicam que cerca de 25% dos prisioneiros americanos se enquadram nos critérios diagnósticos para psicopatia. No entanto, as pesquisas sugerem também que uma quantidade considerável dessas pessoas está livre. Alguns pesquisadores acreditam que muitos sejam bem-sucedidos profissionalmente e ocupem posições de destaque na política, nos negócios ou nas artes.

Especialistas garantem que a maioria dos psicopatas é homem, mas os motivos para esta desproporção entre os sexos são desconhecidos. A freqüência na população é aparentemente a mesma no Ocidente e no Oriente, inclusive em culturas menos expostas às mídias modernas. Em um estudo de 1976 a antropóloga americana Jane M. Murphy, na época na Universidade Harvard, analisou um grupo indígena, conhecido como inuíte, que vive no norte do Canadá, próximo ao estreito de Bering. Falantes do yupik, eles usam o termo kunlangeta para descrever “um homem que mente de forma contumaz, trapaceia e rouba coisas e (...) se aproveita sexualmente de muitas mulheres; alguém que não se presta a reprimendas e é sempre trazido aos anciãos para ser punido”. Quando Murphy perguntou a um inuit o que o grupo normalmente faria com um kunlangeta, ele respondeu: “Alguém o empurraria para a morte quando ninguém estivesse olhando”.

O instrumento mais usado entre os especialistas para diagnosticar a psicopatia é o teste Psychopathy checklist-revised (PCL-R), desenvolvido pelo psicólogo canadense Robert D. Hare, da Universidade da Colúmbia Britânica. O método inclui uma entrevista padronizada com os pacientes e o levantamento do seu histórico pessoal, inclusive dos antecedentes criminais. O PCL-R revela três grandes grupos de características que geralmente aparecem sobrepostas, mas podem ser analisadas separadamente: deficiências de caráter (como sentimento de superioridade e megalomania), ausência de culpa ou empatia e comportamentos impulsivos ou criminosos (incluindo promiscuidade sexual e prática de furtos).

Três mitos

Apesar das pesquisas realizadas nas últimas décadas, três grandes equívocos sobre o conceito de psicopatia persistem entre os leigos.

O primeiro é a crença de que todos os psicopatas são violentos.

Estudos coordenados por diversos pesquisadores, entre eles o psicólogo americano Randall T. Salekin, da Universidade do Alabama, indicam que, de fato, é comum que essas pessoas recorram à violência física e sexual. Além disso, alguns serial killers já acompanhados manifestavam muitos traços psicopáticos, como a capacidade de encantar o interlocutor desprevenido e a total ausência de culpa e empatia. No entanto, a maioria dos psicopatas não é violenta e grande parte das pessoas violentas não é psicopata.

Dias depois do incidente da Universidade Virginia Tech, em 16 de abril de 2007, em que o estudante Seung-Hui Cho cometeu vários assassinatos e depois se suicidou, muitos jornalistas descreveram o assassino como “psicopata”. O rapaz, porém, exibia poucos traços de psicopatia. Quem o conheceu descreveu o jovem como extremamente tímido e retraído.

Infelizmente, a quarta edição do Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-IV-TR) reforça ainda mais a confusão entre psicopatia e violência. Nele o transtorno de personalidade anti-social (TPAS), caracterizado por longo histórico de comportamento criminoso e muitas vezes agressivo, é considerado sinônimo de psicopatia. Porém, comprovadamente há poucas coincidências entre as duas condições.

O segundo mito diz que todos os psicopatas sofrem de psicose. Ao contrário dos casos de pessoas com transtornos psicóticos, em que é freqüente a perda de contato com a realidade, os psicopatas são quase sempre muito racionais. Eles sabem muito bem que suas ações imprudentes ou ilegais são condenáveis pela sociedade, mas desconsideram tal fato com uma indiferença assustadora. Além disso, os psicóticos raramente são psicopatas.

O terceiro equívoco em relação ao conceito de psicopatia está na suposição de que é um problema sem tratamento. No seriado Família Soprano, dra. Melfi, a psiquiatra que acompanha o mafioso Tony Soprano, encerra o tratamento psicoterápico porque um colega a convence de que o paciente era um psicopata clássico e, portanto, intratável. Diversos comportamentos de Tony, entretanto, como a lealdade à família e o apego emocional a um grupo de patos que ocuparam a sua piscina, tornam a decisão da terapeuta injustificável.

Embora os psicopatas raramente se sintam motivados para buscar tratamento, uma pesquisa feita pela psicóloga Jennifer Skeem, da Universidade da Califórnia em Irvine, sugere que essas pessoas podem se beneficiar da psicoterapia como qualquer outra. Mesmo que seja muito difícil mudar comportamentos psicopatas, a terapia pode ajudar a pessoa a respeitar regras sociais e prevenir atos criminosos.

Para conhecer mais:
Without conscience – The disturbing world of the psychopaths among us. Robert D. Hare. Guilford Press, 1999. 

NATUREZA HUMANA: LIVRE ARBÍTRIO - Francisco Daudt

Sabe aquele ouro que o Brasil perdeu para a Rússia no vôlei? Fui eu o culpado. Explico: nunca assisto a esportes, mas meu filho queria ver o jogo, e eu lhe fiz companhia. Logo comecei a torcer, e tudo saía ao contrário das minhas mandingas. Resultado foi o que se viu. Nunca mais. Não quero o peso do fracasso brasileiro.

Para eu sentir essa culpa, são necessárias algumas crenças: que eu tenha poderes mágicos de influenciar jogadores em Londres; que eu tenha a vontade para operá-los de forma a que eles dêem bons frutos; que minha vontade não foi bastante para produzir os efeitos supostamente desejados.

Em suma: para ter culpa, eu preciso acreditar que tenho arbítrio (significa vontade), e que ele é livre ao meu dispor. O tal livre arbítrio.

Há milênios que nossa espécie se acha grande coisa. Nossos antepassados criam que o raio havia caído porque eles tinham tocado numa pedra. Quando criança, acreditei poder parar a chuva queimando a palha do domingo de ramos (e não é que a chuva parava… às vezes). Havia uma relação poderosa de causa-efeito entre o que fazíamos e o que acontecia. Há uma criança dentro de nós até hoje (ou um antepassado troglodita, que ambos se parecem), caso contrário não haveria o menor sentido em torcer (pelo menos, não pela TV). É duro admitir, mas não estamos com essa bola toda. O último milênio foi cruel com nossa vaidade. Copérnico mostrou que não éramos o centro do universo. Freud mostrou que não mandávamos nem em nosso próprio quintal, que forças ocultas nos manipulam (no que foi endossado pelos evolucionistas, com as forças genéticas). Cientistas em geral mostram que é cada vez mais difícil completar a frase “O ser humano é o único animal que…”

No artigo sobre sentimento de culpa, falei que a crença no livre arbítrio, na vontade perfeitamente comandada por um eu soberano, era essencial para que sentíssemos culpa. Neste, questiono, não a existência da vontade, mas o quanto ela é livre. “Mas se a ausência de livre arbítrio for demonstrada, não podemos pôr ninguém na cadeia, pois ninguém será culpado”. Sinto muito, não é por isto que a cadeia existe. Ela é necessária para afastar pessoas perigosas a nosso meio. E para criar mais um constrangimento à vontade, algo que a torne menos livre ainda: cuidado com seus atos, pois eles têm conseqüências.

Afinal, quais são os cordéis que tornam nossa vontade um bonifrate? Ela é um títere de que, ou de quem? Começando com o mais básico, o nosso desejo é seu maior manipulador. Compreenda “desejo” como nossa força motora que carrega, desde os instintos mais primitivos, à modelagem que eles sofrem da genética e da criação, da cultura, da moda, do zeitgeist (o espírito do tempo). Ele é um gigantesco software inconsciente, que se mostra na tela da consciência com uma imagem a cada vez. Uma delas é a vontade. Minha vontade de assistir ao jogo foi completamente diferente da de meu filho. Livre arbítrio? rsrsrsrs. Odeio isto e o kkkk, mas, sabe, é o zeitgeist… Lamento muito, mas não peço desculpas.

FREUD E AS ESTRADAS PARA O CÉREBRO - Gláucia Leal

A aproximação entre neurociência e psicanálise 
ainda enfrenta resistência. 
É a um dos textos menos lidos de Freud que Benilton Bezerra Jr. 
recorre para tratar do laço entre esses campos de conhecimento


Quando se fala de Sigmund Freud e a obra revolucionária que produziu, é comum que muitas vezes se deixe de lado um fato importante: sua formação como neurologista e as influências inevitáveis disso. Na primeira metade do século 20, as ideias de Freud dominaram as explicações sobre o funcionamento da mente. Seu texto Projeto para uma psicologia científica, concebido entre abril de outubro de 1895, é uma prova disso. 

O trabalho remete o leitor às raízes neurocientíficas da psicanálise. Embora ainda hoje ascendência, reconhecidamente, cause algum desconforto aos mais ortodoxos adeptos da terapia da palavra, cabe lembrar que Freud com alguma frequência aludia ao fato de que “deficiências de nossa descrição provavelmente desapareceriam se já pudéssemos substituir os termos psicológicos por termos fisiológicos e químicos”.

No recém-lançado Projeto para uma psicologia científica: Freud e as neurociências, o psiquiatra e psicanalista Benilton Bezerra Jr. aponta de forma didática duas questões importantes sobre o texto. A primeira está centrada na proposta de estabelecer uma teoria do funcionamento psíquico, com base em um ponto de vista quantitativo, que oferece uma espécie de economia mental. 

A segunda se refere à busca de encontrar, a partir da psicopatologia, a compreensão da vida psicológica saudável ou “normal”. Em seu trabalho, Benilton apresenta questões da ciência que intrigavam Freud e o motivavam a refletir e a procurar respostas. Passado mais de um século, esses impasses relativos aos engendramentos da mente e do corpo continuam presentes e vivos.

Este texto é certamente um dos menos lidos da obra de Freud, embora seja muito citado, mas hoje é a porta de entrada para a discussão acerca das relações entre psicanálise e neurociências”, observa o autor, professor do Instituto de Medicina Social e pesquisador do Programa de Estudos e Pesquisas da Ação e do Sujeito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). 

Justamente por isso Benilton escolheu acrescentar ao título da obra original “Freud e as neurociências” – e dedicou boa parte de seu livro ao debate – tão atual – entre adeptos e críticos dessa aproximação. “Procurei situar o Projeto em seu contexto de nascimento, tanto no horizonte epistemológico da época, quanto na trajetória pessoal de Freud, para depois apresentar, do modo mais palatável para o público amplo, as principais teses da obra”, conta.

Seguindo essa linha, ele aborda, por exemplo, o impacto das ciências biológicas na reordenação radical do tradicional antagonismo entre naturalismo e antinaturalismo, o que o leva a argumentar em prol da “desmontagem da oposição pura e simples” entre aspectos biológicos e existenciais, psíquicos e neurais, naturais e culturais, em favor de interlocuções entre psicanálise e neurociência.

Obviamente, nem todos concordam com a abertura desse canal de diálogo. Muitos neurocientistas resistem à aproximação de ideias psicanalíticas. Nas palavras do psiquiatra J. Allan Hobson, professor da Faculdade de Medicina de Harvard, por exemplo, o recente interesse por Freud no meio científico pode ser traduzido como uma “inútil readaptação de dados modernos a parâmetros teóricos antiquados”. 

No entanto, para os neurocientistas que se arriscam neste caminho instigante, entusiasmados com a possibilidade de “reconciliação” entre neurologia e psicanálise, já não se trata de provar se Freud estava certo ou errado, mas sim de reconhecer que cada vez mais campos de conhecimento, em constante transformação, se entrelaçam e assim – mais permeáveis e flexíveis – se fortalecem.
Revista Mente e Cérebro

OS POETAS E OS ROMANCISTAS SÃOS OS MESTRES DO CONHECIMENTO DA ALMA - Freud



Os poetas e os romancistas são aliados preciosos, e o seu testemunho merece a mais alta consideração, porque eles conhecem, entre o céu e a terra, muitas coisas que a nossa sabedoria escolar nem sequer sonha ainda. 

São, no conhecimento da alma, nossos mestres, que somos homens vulgares, pois bebem de fontes que não se tornaram ainda acessíveis à ciência.

O PARADOXO DOS GÊMEOS - Ronald C. Lask

O tempo passa com a mesma velocidade para todas as pessoas?

A máxima “o tempo é relativo” pode não ser tão famosa como “tempo é dinheiro”. Mas a noção de que o tempo se acelera ou desacelera dependendo da velocidade com que um objeto se desloca relativamente a outro certamente está entre as ideias mais inspiradas de Albert Einstein.

O termo “dilatação do tempo” foi cunhado para descrever a desaceleração do tempo provocada pelo movimento. Para ilustrar o efeito, Einstein propôs um exemplo – o paradoxo dos gêmeos – que é indiscutivelmente o mais famoso experimento idealizado da teoria da relatividade. Nesse suposto paradoxo, um dos gêmeos viaja quase com a velocidade da luz para uma estrela distante e volta à Terra. De acordo com a teoria da relatividade, quando voltar estará mais jovem que seu gêmeo idêntico que aqui permaneceu.

O paradoxo se baseia na pergunta “Por que o irmão que viajou está mais jovem ao regressar?” A relatividade especial afirma que, ao passar por um observador, um relógio deslocando-se a altas velocidades parece andar mais devagar – isto é, há uma dilatação do tempo. (Muitos de nós resolvemos esse problema do relógio em deslocamento em física do ensino médio para demonstrar um efeito da natureza absoluta da velocidade da luz.) Como a relatividade especial garante que não existe movimento absoluto, o irmão que viajou para a estrela também não deveria ver o relógio de seu irmão na Terra andar mais devagar? Se isso fosse verdade, eles não deveriam ter a mesma idade?

Esse paradoxo é discutido em vários livros, mas resolvido em poucos. Para explicá-lo costuma-se dizer que o irmão que sente a aceleração é o que está mais jovem, logo o irmão que viaja para a estrela estará mais jovem no retorno. Embora o resultado esteja correto, a explicação é falaciosa. Alguns podem assumir falsamente que a aceleração provoca a diferença de idade e que é necessário apelar para a teoria geral da relatividade, que trata de sistemas de referência não inerciais ou em aceleração para explicar o paradoxo. Mas a aceleração a que foi submetido o viajante é acidental e a relatividade especial sozinha pode não ser suficiente para desvendar o paradoxo.

Estranha Viagem

Vamos supor que os irmãos gêmeos, apelidados de “viageiro” e “caseiro”, vivem em Hanover, no estado americano de New Hampshire. Eles têm gostos diferentes, mas compartilham um desejo comum: construir uma nave espacial que possa chegar a 0,6 vez a velocidade da luz (0,6 c). Depois de trabalhar na espaçonave durante anos eles estão prontos para lançá-la, tripulada por viageiro, em direção a uma estrela situada a seis anos-luz de distância.

A nave é acelerada rapidamente a 0,6 c. Para atingir essa velocidade, Viageiro levará pouco mais de 100 dias a uma aceleração de 2 g. Dois g significa duas vezes a aceleração da gravidade, a aceleração experimentada quando se gira num loop de uma montanha-russa. No entanto, se Viageiro fosse um elétron, poderia ser acelerado até 0,6 c numa fração de segundo. Por isso, o tempo para atingir 0,6 c não é essencial para a discussão.

Viageiro utiliza a equação da contração do espaço da relatividade especial para medir a distância. Assim, a estrela que está a seis anos-luz de Caseiro parece estar somente a 4,8 anos-luz de distância de Viageiro a uma velocidade de 0,6 c. Dessa forma, para Viageiro, a viagem até a estrela leva apenas oito anos (4,8/0,6), enquanto para Caseiro o cálculo resulta em 10 anos (6,0/0,6). Para resolver esse paradoxo precisamos considerar como cada gêmeo veria o tempo marcado pelo seu próprio relógio e pelo relógio do outro durante a viagem. Vamos supor que cada gêmeo tenha um telescópio muito poderoso, que permita essa observação. Surpreendentemente, para explicar o paradoxo basta considerar o tempo que a luz leva para se propagar entre os dois gêmeos.

Viageiro e Caseiro zeram seus relógios quando Viageiro parte da Terra rumo à estrela. Quando Viageiro chega à estrela, seu relógio marca oito anos. Mas quando Caseiro vê Viageiro chegar à estrela, seu relógio indica 16 anos. Por que 16 anos? Porque, para Caseiro, a nave leva 10 anos para chegar à estrela, e a luz que mostra Viageiro na estrela leva mais seis anos para voltar à Terra. Assim, visto pelo telescópio de Caseiro, o relógio de Viageiro parece estar andando com metade da velocidade do seu próprio relógio (8/16).

Quando Viageiro chega à estrela, seu relógio indica que se passaram oito anos, como mencionado, mas para ele o relógio de Caseiro marca seis anos menos (o tempo que a luz leva para ir da Terra até ele), ou quatro anos (10 menos 6). De modo que Viageiro também vê o relógio de Caseiro andando com metade da velocidade de seu relógio (4/8).
De gêmeo a irmão caçula

Na viagem de volta, Caseiro vê o relógio de Viageiro passar de oito para 16 anos, num período de apenas quatro anos, porque seu relógio marcava 16 anos quando ele viu Viageiro deixar a estrela e indicará 20 anos quando Viageiro chegar à Terra. Assim, Caseiro agora vê o relógio de Viageiro avançar oito anos num período de apenas quatro anos de seu tempo; para ele, o relógio de Viageiro anda duas vezes mais rápido que o seu.

Enquanto Viageiro volta para casa, ele vê o relógio de Caseiro avançar de quatro para 20 anos em oito anos de seu tempo. Assim, ele também vê o relógio de seu irmão avançar com o dobro da velocidade do seu. Mas ambos concordam que, no final da viagem, o relógio de Viageiro marca 16 anos e o de Caseiro 20 anos. Portanto, Viageiro está quatro anos mais jovem.

A assimetria no paradoxo é que Viageiro sai do sistema de referência da Terra e volta, enquanto Caseiro nunca deixou a Terra. Também é uma assimetria o fato de Viageiro e Caseiro concordarem sobre a leitura no relógio de Viageiro em cada evento mas não concordarem sobre a leitura do relógio de Caseiro em cada evento. As ações de Viageiro definem os eventos.

Juntos, o efeito Doppler e a relatividade explicam esse efeito matematicamente em qualquer instante. O leitor também poderá notar que a velocidade com que determinado relógio parece marcar o tempo também depende de ele estar se afastando ou se aproximando do observador.



Finalmente, é preciso mostrar que o paradoxo dos gêmeos é, hoje, mais que uma teoria, porque suas bases foram confirmadas experimentalmente. Num experimento desse tipo, o tempo de decaimento de um múon confirma a existência da dilatação do tempo. Múons estacionários têm vida média de cerca de 2,2 microssegundos. Quando passam por um observador em velocidade de 0,9994 c, sua vida média aumenta para 63,5 microssegundos, exatamente como prevê a relatividade especial. Experimentos em que relógios atômicos são transportados em velocidades variáveis também produziram resultados que confirmam a relatividade especial e o paradoxo dos gêmeos. No famoso experimento de Hafele-Keating em 1971, por exemplo, os pesquisadores colocaram relógios atômicos de césio a bordo de aviões comerciais que viajavam – primeiro para leste e depois para oeste – e compararam esses tempos com medidas de relógios fixos no Observatório Naval dos Estados Unidos.

EXERCÍCIOS FÍSICOS DEIXAM NOSSO CÉREBRO MAIS INTELIGENTE – Entrevista com o Neuropsiquiatra de Harvard John Ratey

Exercícios frequentes são mais potentes que remédio

Os exercícios nos deixam mais inteligentes. Quem afirma é o neuropsiquiatra John Ratey, professor da Harvard Medical School e autor do livro “Corpo ativo, mente desperta” (Editora Objetiva). Em entrevista ao GLOBO, ele diz que os exercícios são mais importantes que qualquer remédio para as funções cerebrais:
Fabricamos novas células cerebrais todos os dias e os exercícios ajudam mais que qualquer outra atividade.

1 - O que atraiu seu interesse para esta área?
JOHN RATEY: Inicialmente os exercícios eram vistos como menos potentes que as drogas antidepressivas, mas hoje sabemos que são tão bons quanto e, em alguns casos, até melhores que os remédios. Sempre fui um atleta e percebi em mim a importância dos exercícios para manter meu cérebro, humor e motivação nos melhores níveis.

2 - Como os exercícios melhoram as funções cerebrais?
RATEY: Os exercícios regulam ansiedade e níveis de estresse, além de otimizar o aprendizado de três maneiras: melhoram os sistemas de atenção, a memória, a capacidade de aprendizado e a habilidade de perseverar e superar as frustrações que o processo de aprendizado eventualmente produz; criam o ambiente certo para nossas cem bilhões de células nervosas, fabricando mais neurotransmissores e receptores para registrar novas informações; e promovem o surgimento de novas células no cérebro, um processo chamado neurogênese.

3 - Então a atividade física regular também nos deixa mais inteligentes?
RATEY: Sim. O exercício otimiza as chances de aprendizado ao nos deixar mais prontos para aprender, ao fazer com que o cérebro esteja preparado para se desenvolver e talvez até adicionando novas células nervosas às áreas envolvidas com a memória e o aprendizado. Mas é especialmente importante por aumentar a liberação do fator neurotrófico BNDF, um verdadeiro fertilizante para o cérebro por encorajar nossas células nervosas a crescerem, que é a maneira como aprendemos.

4 - Os exercícios estão ganhando respeito como uma opção de tratamento?
RATEY: As pessoas estão gradualmente reconhecendo o fato de que a atividade física é uma terapia auxiliar útil para desordens mentais e médicas. Hoje o primeiro tratamento para a depressão ou a ansiedade são exercícios regulares. Há dez anos a Câmara dos Comuns do Reino Unido disse que os exercícios deveriam ser o tratamento primário para a depressão, então eles estão na mente das pessoas e começando a ter aceitação na comunidade médica.

5 - Os exercícios também podem aliviar o estresse?
RATEY: Sim, tanto em termos de diminuir a resposta a situações de estresse quanto aumentando a resistência ao estresse. À medida em que a pessoa melhora o condicionamento, é preciso uma ameaça maior para disparar seu alarme de estresse, pois a atividade física muda a neuroquímica do cérebro, assim como trabalha no nível celular para proteger as próprias células do estresse.

6 - Quais são os melhores exercícios?
RATEY: É muito bom juntar artes marciais com dança, como na brasileira capoeira. A questão é aumentar os batimentos cardíacos e mantê-los altos por um tempo, adicionando complexidade e coordenação que vão desafiar mais áreas do cérebro, estimulando a liberação de fatores neurotróficos e desenvolvimento. Outras atividades que ganharam popularidade, como a ioga, também ajudam a desafiar o corpo e a mente, provocando mudanças magníficas no cérebro.
Ana Lúcia Azevedo – O Globo

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