Rasga
esses versos que eu te fiz, amor!
Deita-os
ao nada, ao pó, ao esquecimento,
Que a
cinza os cubra, que os arraste o vento,
Que a
tempestade os leve aonde for!
Rasga-os
na mente, se os souberes de cor,
Que
volte ao nada o nada de um momento!
Julguei-me grande pelo sentimento,
E pelo
orgulho ainda sou maior!...
Tanto
verso já disse o que eu sonhei!
Tantos
penaram já o que eu penei!
Asas
que passam, todo o mundo as sente...
Rasgas
os meus versos... Pobre endoidecida!
Como
se um grande amor cá nesta vida
Não
fosse o mesmo amor de toda a gente!...
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