Uma nova pesquisa realizada nos Estados Unidos mostra que a espiritualidade tem uma grande influência sobre a vida sexual de jovens adultos, principalmente mulheres. O fator se mostrou mais importante que a religiosidade, a impulsividade e o álcool.
O estudo, realizado na Universidade de Kentucky, foi feito através de um questionário com 353 alunos – sendo que 215 eram mulheres. O questionário perguntava sobre os hábitos dos alunos quanto ao uso de álcool, a impulsividade, a religiosidade e espiritualidade e práticas sexuais.
Os resultados mostram que as mulheres com maiores níveis de espiritualidade fazem sexo com mais freqüência, mas a espiritualidade não tem o mesmo efeito sobre os homens. De acordo com Jessica Burris, co-autora do estudo, os homens mais espirituais podem fazer menos sexo porque é comum que eles não vejam o sexo como uma porta para a intimidade emocional.
Já para as mulheres, a espiritualidade foi a razão mais comum para um maior número de parceiros sexuais, freqüência de relações e a tendência de fazer sexo sem proteção. Segundo os autores, a espiritualidade pode ser vista quase como um fator de risco para as mulheres jovens.
Segundo Burris, as qualidades da espiritualidade que afetam a sexualidade são a conectividade com outras pessoas, a universalidade e a realização de preces. Porém, é a conectividade que tem o papel mais importante sobre a sexualidade feminina: “A crença de que existe uma relação íntima com outros humanos e que essa conexão e harmonia são indispensáveis podem levar a mulher a acreditar que a intimidade sexual possui algum tipo de qualidade transcendental”.
Porém, é mesmo a espiritualidade que torna as mulheres mais sexuais ou ela simplesmente implica em uma mentalidade mais aberta, que se manifesta através do sexo? A pesquisadora acredita que é a primeira opção: “Embora a espiritualidade possa estar relacionada com outras variáveis que mostram relacionamentos semelhantes com a sexualidade e práticas sexuais, o que observamos não pode, na minha opinião, ser explicado por outras variáveis”, diz.
Por Alessandra Nogueira [Live Science]