Para realizar um atendimento terapêutico com o cliente traumatizado é essencial “criar um ambiente um ambiente de segurança, uma atmosfera que transmita amparo, esperança e possibilidade”.
Ajudá-lo a ouvir a voz sem palavras do próprio corpo e torná-lo apto a sentir suas”emoções de sobrevivência” de raiva e pavor sem deixar que estes estados se apoderem dele.
O trauma não reside no acontecimento externo que induz dor física e emocional, nem mesmo na própria dor, mas no fato de nos aprisionarmos a reações primitivas a fatos dolorosos. O trauma acontece quando somos incapazes de liberar energias bloqueadas, de nos mover de forma plena pelas reações físicas/emocionais à experiência dolorosa. Trauma não é o que nos acontece, mas o que retemos dentro de nós na ausência de uma testemunha empática.
A maioria das pessoas pensa no trauma como um “problema mental”, ou como um “distúrbio cerebral”.Entretanto, o trauma é algo que acontece também no corpo.Na verdade, ele acontece primeiramente no corpo.Os estados mentais associados ao trauma são importantes, mas secundários.O corpo começa e a mente acompanha.Conseqüentemente, as curas pela fala que envolvem somente o intelecto ou as emoções não atingem a profundidade necessária.
Nós terapeutas, precisamos ser capazes de reconhecer os sinais psicoemocionais e físicos do trauma “congelado” no paciente. Portanto é necessário ouvir a “voz sem palavras” do paciente.Ajudá-lo a desenvolver a consciência e domínio de suas sensações físicas e de seus sentimentos.A chave da cura está no ato de” decifrar esse reino não verbal”.
Fonte:Uma Voz sem Palavras –Peter A. Levine
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