LYGIA FAGUNDES TELLES - O Menino e o Velho

Quando entrei no pequeno restaurante da praia os dois já estavam sentados, o velho e o menino. Manhã de um azul flamante. Fiquei olhando o mar que não via há algum tempo e era o mesmo mar de antes, um mar que se repetia e era irrepetível. Misterioso e sem mistério nas ondas estourando naquelas espumas flutuantes (bom-dia, Castro Alves!) tão efêmeras e eternas, nascendo e morrendo ali na areia. O garçom, um simpático alemão corado, me reconheceu logo. Franz?, eu perguntei e ele fez uma continência, baixou a bandeja e deixou na minha frente o copo de chope. Pedi um sanduíche. Pão preto?, ele lembrou e foi em seguida até a mesa do velho que pediu outra garrafa de água de Vichy.
Fixei o olhar na mesa ocupada pelos dois, agora o velho dizia alguma coisa que fez o menino rir, um avô com o neto. E não era um avô com o neto, tão nítidas as tais diferenças de classe no contraste entre o homem vestido com simplicidade mas num estilo rebuscado e o menino encardido, um moleque de alguma escola pobre, a mochila de livros toda esbagaçada no espaldar da cadeira. Deixei baixar a espuma do chope mas não olhava o copo, com o olhar suplente (sem direção e direcionado) olhava o menino que mostrava ao velho as pontas dos dedos sujas de tinta, treze, catorze anos? O velho espigado alisou a cabeleira branca em desordem (o vento) e mergulhou a ponta do guardanapo de papel no copo d'água. Passou o guardanapo para o menino que limpou impaciente as pontas dos dedos e logo desistiu da limpeza porque o suntuoso sorvete coroado de creme e pedaços de frutas cristalizadas já estava derretendo na taça. Mergulhou a colher no sorvete. A boca pequena tinha o lábio superior curto deixando aparecer os dois dentes da frente mais salientes do que os outros e com isso a expressão adquiria uma graça meio zombeteira. Os olhos oblíquos sorriam acompanhando a boca mas o anguloso rostinho guardava a palidez da fome. O velho apertava os olhos para ver melhor e seu olhar era demorado enquanto ia acendendo o cachimbo com gestos vagarosos, compondo todo um ritual de elegância. Deixou o cachimbo no canto da boca e consertou o colarinho da camisa branca que aparecia sob o decote do suéter verde-claro, devia estar sentindo calor mas não tirou o suéter, apenas desabotoou o colarinho. Na aparência, tudo normal: ainda com os resíduos da antiga beleza o avô foi buscar o neto na saída da escola e agora faziam um lanche, gazeteavam? Mas o avô não era o avô. Achei-o parecido com o artista inglês que vi num filme, um velho assim esguio e bem cuidado, fumando o seu cachimbo. Não era um filme de terror mas o cenário noturno tinha qualquer coisa de sinistro com seu castelo descabelado. A lareira acesa. As tapeçarias. E a longa escada com os retratos dos antepassados subindo (ou descendo) aqueles degraus que rangiam sob o gasto tapete vermelho.
Cortei pelo meio o sanduíche grande demais e polvilhei o pão com sal. Não estava olhando mas percebia que os dois agora conversavam em voz baixa, a taça de sorvete esvaziada, o cachimbo apagado e a voz apagada do velho no mesmo tom caviloso dos carunchos cavando (roque-roque) as suas galerias. Acabei de esvaziar o copo e chamei o Franz. Quando passei pela mesa os dois ainda conversavam em voz baixa - foi impressão minha ou o velho evitou o meu olhar? O menino do labiozinho curto (as pontas dos dedos ainda sujas de tinta) olhou-me com essa vaga curiosidade que têm as crianças diante dos adultos, esboçou um sorriso e concentrou-se de novo no velho. O garçom alemão acompanhou-me afável até a porta, o restaurante ainda estava vazio. Quase me lembrei agora, eu disse. Do nome do artista, esse senhor é muito parecido com o artista de um filme que vi na televisão. Franz sacudiu a cabeça com ar grave: Homem muito bom! Cheguei a dizer que não gostava dele ou só pensei em dizer? Atravessei a avenida e fui ao calçadão para ficar junto do mar.
Voltei ao restaurante com um amigo (duas ou três semanas depois) e na mesma mesa, o velho e o menino. Entardecia. Ao cruzar com ambos, bastou um rápido olhar para ver a transformação do menino com sua nova roupa e novo corte de cabelo. Comia com voracidade (as mãos limpas) um prato de batatas fritas. E o velho com sua cara atenta e terna, o cachimbo, a garrafa de água e um prato de massa ainda intocado. Vestia um blazer preto e malha de seda branca, gola alta.
Puxei a cadeira para assim ficar de costas para os dois, entretida com a conversa sobre cinema, o meu amigo era cineasta. Quando saímos a mesa já estava desocupada. Vi a nova mochila (lona verde-garrafa, alças de couro) dependurada na cadeira. Ele esqueceu, eu disse e apontei a mochila para o Franz que passou por mim afobado, o restaurante encheu de repente. Na porta, enquanto me despedia do meu amigo, vi o menino chegar correndo para pegar a mochila. Reconheceu-me e justificou-se (os olhos oblíquos riam mais do que a boca), Droga! Acho que não esqueço a cabeça porque está grudada.
Pressenti o velho esperando um pouco adiante no meio da calçada e tomei a direção oposta. O mar e o céu formavam agora uma única mancha azul-escura na luz turva que ia dissolvendo os contornos. Quase noite. Fui andando e pensando no filme inglês com os grandes candelabros e um certo palor vindo das telas dos retratos ao longo da escadaria. Na cabeceira da mesa, o velho de chambre de cetim escuro com o perfil esfumaçado. Nítido, o menino e sua metamorfose mas persistindo a palidez. E a graça do olhar que ria com o labiozinho curto.
No fim do ano, ao passar pelo pequeno restaurante resolvi entrar mas antes olhei através da janela, não queria encontrar o velho e o menino, não me apetecia vê-los, era isso, questão de apetite. A mesa estava com um casal de jovens. Entrei e Franz veio todo contente, estranhou a minha ausência (sempre estranhava) e indicou-me a única mesa desocupada. Hora do almoço. Colocou na minha frente um copo de chope, o cardápio aberto e de repente fechou-se sua cara num sobressalto. Inclinou-se, a voz quase sussurrante, os olhos arregalados. Ficou passando e repassando o guardanapo no mármore limpo da mesa, A senhora se lembra? Aquele senhor com o menino que ficava ali adiante, disse e indicou com a cabeça a mesa agora ocupada pelos jovens. Ich! foi uma coisa horrível! Tão horrível, aquele menininho, lembra? Pois ele enforcou o pobre do velho com uma cordinha de náilon, roubou o que pôde e deu no pé! Um homem tão bom! Foi encontrado pelo motorista na segunda-feira e o crime foi no sábado. Estava nu, o corpo todo judiado e a cordinha no pescoço, a senhora não viu no jornal?! Ele morava num apartamento aqui perto, a policia veio perguntar mas o que a gente sabe? A gente não sabe de nada! O pior é que não vão pegar o garoto, ich! Ele é igual a esses bichinhos que a gente vê na areia e que logo afundam e ninguém encontra mais. Nem com escavadeira a gente não encontra não. Já vou, já vou!, ele avisou em voz alta, acenando com o guardanapo para a mesa perto da porta e que chamava fazendo tilintar os talheres. Ninguém mais tem paciência, já vou!...
Olhei para fora. Enquadrado pela janela, o mar pesado, cor de chumbo, rugia rancoroso. Fui examinando o cardápio, não, nem peixe nem carne. Uma salada. Fiquei olhando a espuma branca do chope ir baixando no copo.

MARTHA MEDEIROS - Sociedade de Mulheres Viris

É importante seguir buscando algo que nos conecte com o que nos restou de terno, aquela doçura que cada mulher sabe que ainda traz em si e que deve preservar”

Existem pessoas frágeis, mas sexo frágil, esqueça. As mulheres nunca estiveram tão fortes, decididas, abusadas até. O que é saudável: quem não busca corajosamente sua independência acaba sobrando e vivendo de queixas. Uma sociedade de homens e mulheres que prezam sua liberdade e atingem seus objetivos é um lugar saudável para se viver. Realização provoca alegria.
O que não impede que prestemos atenção no que essa metamorfose pode ter de prejudicial. As mulheres se masculinizaram, é fato. Não por fora, mas por dentro. As qualidades que lhes são atribuídas hoje, e as decorrentes conquistas dessa nova maneira de estar no mundo, eram atributos considerados apenas dos homens. Agora ninguém mais tem monopólio de atributo algum: nem eles de seu perfil batalhador, nem nós da nossa afetividade. Geração bivolt. Homens e mulheres funcionando em dupla voltagem, com todos os atributos em comum. Mas, conseguimos, sim, precisando uns dos outros – como nunca.

Não são poucas as mulheres potentes que parecem conseguir tocar o barco sozinhas, sem alguém que as ajude com os remos. Mas é só impressão. Talvez não precisemos de quem reme conosco, mas há em todas nós uma necessidade ancestral de confirmar a fêmea que invariavelmente somos. E isso se dá através da maternidade, do amor e do sexo. Se não for possível ter tudo (ou não quiser), ao menos alguma dessas práticas é preciso exercer na vida íntima, caso contrário, viraremos uns tratores. Muito competentes, mas com a identidade incompleta.
Nossa virilização é interessante em multipontos, mas se tornará brutal se chegarmos ao exagero de declarar guerra aos nossos instintos. OK, ser mãe não é obrigatório, ter um grande amor é sorte, e muitas fazem sexo apenas para disfarçar o desespero da solidão, mas seja qual for o contexto em que nos encontramos, é importante seguir buscando algo que nos conecte com o que nos restou de terno, aquela doçura que cada mulher sabe que ainda traz em si e que deve preservar., porque não se trata de uma fragilidade paralisante, e sim de uma característica intrínseca ao gênero, a parte de nós que nos reconhece vulnerável e que não precisa se envergonhar disso. Se é igualdade que a gente quer, extra, extra: homens também são vulneráveis.

"Cuida bem de mim”, dizia o refrão de uma antiga música do Dalto, e que Nando Reis regravou recentemente. Cafona? Ora, se a gente não se desfizer de nossa prepotência e não se permitir um tantinho de insegurança e delicadeza, a construção desta "nova mulher” terá se desviado para uma caricatura. A intenção não era a gente se transformar no estereótipo de um homem, era?

Cuide-se bem, e permita que os outros lhe cuidem também. Viva o dia internacional dessa porção mulher que anda resguardada demais, mas que não deveria ficar assim tão escondida: não nos desmerece em nada.

DIETA MEDITERRÂNEA PROTEGE O CÉREBRO

Você já deve ter ouvido falar da dieta mediterrânea, famosa por ser saudável e trazer benefícios ao corpo ao longo do tempo.
A dieta mediterrânea é baseada na dieta das populações do litoral do Mar Mediterrâneo, como as populações litorais da Itália e da Grécia. A dieta possui uma abundância de frutas e vegetais frescos, peixe, grãos integrais, legumes, gorduras monoinsaturadas como azeite de oliva, e quantidades moderadas de álcool. Tem uma baixa quantidade de carne vermelha, gorduras saturadas como manteiga, e grãos refinados.
Agora, mais um estudo sugere que pessoas que seguem a dieta de estilo mediterrânico têm melhor saúde. Dessa vez, o benefício é que ela produz menos danos aos pequenos vasos de sangue no cérebro.
Seguir a dieta mediterrânica já foi relacionado a um menor risco de síndrome metabólica, doença cardíaca, derrame, demência e maior longevidade.
Mas os pesquisadores dizem que nenhum estudo olhou para a possível ligação da dieta com o volume hipersensível da substância branca (WMHV, na sigla em inglês) no cérebro, que pode ajudar a explicar alguns destes efeitos benéficos.
O volume é um indicador de danos aos pequenos vasos sanguíneos do cérebro e é detectado através de ressonância magnética. Estudos anteriores demonstraram que altas quantidades de WMHV no cérebro podem significar maior risco de derrame e demência.
No novo estudo, os pesquisadores compararam as imagens cerebrais e as dietas de 966 adultos com idade média de 72 anos.
A dieta relatada dos participantes foi classificada de acordo com a proximidade da dieta mediterrânica.
Os resultados mostraram que aqueles que mais seguiam uma dieta mediterrânica apresentaram menor medida de WMHV. Cada aumento na pontuação da dieta mediterrânica foi associado com uma diminuição correspondente no volume hipersensível de substância branca.
O benefício manteve-se mesmo após ajuste para outros fatores de risco para danos aos vasos sanguíneos no cérebro, como diabetes, tabagismo, pressão arterial alta e níveis de colesterol anormais.
Os pesquisadores dizem que o aspecto da dieta mediterrânea que mais parecia importar nesse benefício foi a proporção de gordura monoinsaturada por gordura saturada.
As gorduras monoinsaturadas são encontradas em muitos óleos vegetais, abacate e nozes. As gorduras saturadas são encontradas principalmente em carnes e produtos lácteos, bem como em alguns alimentos industrializados.
Ainda assim, os resultados sugerem que o padrão alimentar global da dieta mediterrânica, ao invés de qualquer um dos componentes individuais, pode ser mais relevante para explicar seus benefícios saudáveis.
Por Natasha Romanzoti [WebMD]

BELEZA: VOCÊ SABE QUANDO A VÊ, MAS POR QUÊ?

Os cientistas estão descobrindo o que torna as coisas e pessoas belas. 
O que, aliás, é muito subjetivo pelo que sabemos – afinal, nem todo mundo acha a mesma coisa bonita (ainda bem, ou todas as mulheres iriam querer um único homem e vice-versa).
Em outras palavras, é como perguntar se a sua visão do “vermelho” é a mesma que outra pessoa – não há nenhuma maneira de saber com certeza.
O filósofo Edmund Burke escreveu: “Devemos concluir que a beleza é, para a maior parte, alguma qualidade nos corpos, agindo mecanicamente sobre a mente humana pela intervenção dos sentidos”.
Burke escreveu isso em 1756, e ainda é citado hoje. Ainda assim, há muito para explorar em neurociência e psicologia quando se trata do que as pessoas acham bonito, até que ponto as pessoas veem a beleza em si, e que papel a beleza desempenha na sociedade.

Beleza e cérebro
Independentemente da cultura, parece haver certos padrões de atividade cerebral associados à visão de algo que você acha bonito.
Semir Zeki, professor de neuroestética da Universidade College London, estuda a base neural para a apreciação da arte. Ele descobriu que o único fator comum a todas as coisas que as pessoas acham bonitas na arte e na música é a atividade no córtex frontal órbito-medial, que cuida da sensação de recompensa e do centro de prazer do cérebro.
Há tendências culturais na arte e na música que as pessoas acham bonitas – por exemplo, há uma preferência japonesa para a assimetria, comparado a um ideal ocidental de simetria. Isto não se aplica aos rostos, no entanto, já que parece que as pessoas universalmente preferem rostos simétricos.
Também não é bem entendido por que as pessoas se adaptam a determinados objetos de beleza depois de muitas exposições, mas outros não. Por exemplo, você pode enjoar de uma canção pop depois de escutar muito, mas ouvir uma ópera dezenas de vezes durante anos, e ainda sentir emoção. Ou talvez haja uma pintura que você sempre admirou, e outra que perdeu seu esplendor.
Muitas pessoas consideram bonito algo o qual não chegaram perto o suficiente para examinar todas as pequenas falhas. A percepção da beleza pode enfraquecer quando começamos a reconhecer esses defeitos.

Beleza no rosto
Imagens do cérebro já examinaram a beleza facial, também. Um estudo recente descobriu que a autoavaliação de sua própria atratividade facial pode estar relacionada à autoestima, com base em padrões comuns de atividade cerebral.
Quando se trata de atratividade facial, há razões para acreditar que as características específicas e os fatores de base biológica guiam nossa avaliação de beleza.
Faces que são mais simétricas e de aparência mediana tendem a ser classificadas como mais atraentes em estudos científicos. Simetria, em particular, tem sido estudada extensivamente, por todo o mundo.
Na verdade, até mesmo os bebês respondem mais positivamente a rostos simétricos. Mas os bebês parecem responder mais a faces consideradas atraentes do que puramente simétricas, sugerindo que há algo mais nesse padrão.
Existem teorias que proporções específicas são as mais naturalmente bonitas, com proporções de comprimento e largura sendo importantes.
E com a ajuda de computadores, tornou-se aparente que juntar uma grande quantidade de faces produz tipicamente um produto final que é altamente atraente. O raciocínio é que essa mistura se aproxima do rosto “protótipo” que pode sublinhar atração.
Assim, pode ser que os bebês são atraídos para faces que são mais parecidas com o conceito mais básico de uma face – isto é, a média.
Juntando tudo, um estudo de 2007 sugere que a simetria aumenta a atratividade de rostos “médios”.
Por que isso importa? A teoria é de que as características simétricas podem ser marcadores de qualidade genética.
Ancestrais humanos evoluíram para encontrar companheiros que passam bons genes para a prole, então eles naturalmente repelem traços que seriam prejudiciais para a sobrevivência ou indicadores de má saúde.
De fato, um estudo de 2011 descobriu que pessoas com rostos assimétricos tendem a vir de uma infância mais difícil. Parece que a adversidade na infância está associada a características faciais que não estão perfeitamente alinhadas, embora não haja nenhuma prova disso.
Como as relações sexuais são mais “caras” para os primatas do sexo feminino – elas carregam as crianças – as mulheres são as exigentes.
E o tipo de homem que as mulheres são atraídas pode variar de acordo com as fases do ciclo de ovulação. Estudos mostraram que durante os períodos de alta fertilidade, as mulheres são mais atraídas a homens de aparência mais dominante.
Inconscientemente, elas podem perceber a beleza de acordo com as forças evolutivas, uma vez que a dominância pode indicar aptidão genética. Aliás, as mulheres também compram roupa mais sexy quando estão mais férteis.
Um estudo recente revelou que as mulheres são mais atraídas por homens com sistemas imunológicos mais fortes, associados a níveis mais elevados de testosterona. Mas isso é mais complicado em homens com níveis mais elevados de cortisol, o hormônio do estresse, sugerindo que as mulheres podem achar os estressados menos atraentes.
Beleza também desempenha um papel importante na amizade. A pesquisa mostrou que as mulheres tendem a ter amigos de atratividade similar. Tanto em termos de nossas próprias percepções de beleza e de juízes independentes, a atratividade de uma mulher se correlaciona bem com a capacidade de atração dos seus amigos. E, se você é uma mulher que é a menos atraente de um grupo, você é também mais propensa a ver sua amiga mais atraente como uma rival de acasalamento.
No entanto, universalmente, as pessoas tendem a ter amigos que partilham ligações genéticas.

Beleza em si mesmo
Às vezes as pessoas ligam a sua autoestima a sua aparência, amarrando a beleza a sua percepção de si mesma. Essa comparação pode ter consequências positivas ou negativas, tanto emocionais quanto psicológicas.
Não há evidência científica para sugerir que as ideias sobre a importância de sua própria beleza se formulam na infância.
Os pais dão um certo nível de louvor a aparência de seus filhos, versus a quantidade de esforço que eles colocam em tarefas e as atividades em que são bons. As meninas em concursos de beleza infantil, por exemplo, recebem feedback que sua aparência é muito valorizada.
E quando se trata de avaliar a beleza, muitas pessoas são seus próprios piores críticos. Às vezes, há uma parte específica do corpo que se torna um foco de autoaversão. Por isso, pode ser socialmente inaceitável dizer coisas para os outros que diríamos a nós mesmos.
A percepção de si mesmo pode levar a distúrbios, como odiar seu corpo e fazer muitas cirurgias, ou amar seu corpo e se tornar muito narcisista, etc.

Beleza como o poder
Estudos têm mostrado que pessoas mais atraentes também parecem mais competentes e bem sucedidas. Há provavelmente uma forte dimensão cultural nisso. Outra pesquisa também mostrou que a atratividade física pode influenciar salário.
O sistema legal também pode levar em conta beleza – uma variedade de estudos encontraram efeitos que sugerem que a atratividade ajuda quando se trata de veredictos e sentenças. Pessoas atraentes parecem menos “propensas” a cometer crimes graves.
A psicóloga Vivian Diller divide a percepção da beleza em três coisas: fatores contribuintes da genética, higiene e como as pessoas reagiram a sua aparência no início da vida.
As primeiras experiências de ser a menina dos olhos de sua mãe ou pai refletem no futuro. Mas se seus pais eram mais críticos, você pode sentir-se menos atraente.
Para os modelos, existem expectativas irreais de sua beleza – não apenas em revistas e televisão. Os que fazem bem são aqueles que não assumem que tem que ser perfeitos para serem bonitos.
Por Natasha Romanzoti [CNN)

COMO NUNCA MAIS PRECISAR FAZER DIETA

Conheça a melhor forma de perder peso, segundo o nutricionista Hala El Shafie:

MONITORE SEUS HÁBITOS
Tente entender quando está comendo demais. Durante algumas semanas, mantenha um registro da sua alimentação, assim você pode ver o que está comendo e porque. Se você tem um trabalho estressante e ataca mais gorduras à noite, considere-se um “comedor de estresse”. Para outras pessoas, pode ser tédio, tristeza ou solidão – há uma série de razões pelas quais nós comemos além da fome. Trabalhe para aliviar essas emoções e você verá o progresso na alimentação.
NÃO PASSE FOME
Muitos pensam que comendo menos vão emagrecer. Mas a falta de comida gera um impacto direto em seu metabolismo, e a partir do momento em que você volta a comer, seu corpo vai ganhar muito peso. Se não estamos nos alimentando direito – especialmente de proteínas – nossas reservas musculares ficam fracas. Dietas não funcionam se não forem sustentáveis.
COMEÇANDO DIREITO
Você deve tomar café da manhã. Seu corpo fica sem comida durante o sono, e pular a primeira refeição faz ele segurar gordura, e ir para o “modo de sobrevivência”. Uma vez que você estabelece uma rotina alimentar adequada, você vai perder peso. Mas passar fome só vai deixar seu corpo confuso.
NÃO NEGUE VONTADES
Evitar alguns alimentos continuamente cria uma fixação mental. Se você se permitir, a mística e a excitação diminuem. Obviamente, chocolate e doces todos os dias vão fazer você engordar, mas uma ou duas vezes na semana está ok.
MANTENHA A VARIEDADE
Olhe para os hábitos dos outros e note como elas comem as mesmas coisas em todos os cafés da manhã e nos almoços. Mire na variedade, nas cores e na atração. Foque no que deve ser bom para sua dieta.
A PALAVRA COM C
Não tenha medo dos carboidratos. Carboidratos complexos, como arroz e pão integral, são muito importantes, já que mantém o açúcar no sangue estável, são bons para o humor e contém minerais essenciais. Eliminar um grupo inteiro de alimentos implica em deficiências em minerais. Você não precisa comer uma quantidade enorme, mas um pouco.
VÁ NO SEU TEMPO
É importante manter o seu horário para as refeições, o que significa não comer enquanto assiste televisão, lê ou trabalha no laptop. Se você não se concentra na comida é quase como não comer. Tire seu tempo para aproveitar a refeição. 
Por Bernardo Staut [Telegraph]

AS CORES INCRÍVEIS QUE VOCÊ NÃO ENXERGA


Quando você era criança e fazia uma mistura de duas cores com tintas, na escolinha de artes, o resultado não era realmente uma fusão dessas duas cores, e sim uma terceira. Se você misturava verde e vermelho, por exemplo, obtinha uma espécie de marrom, e não uma cor “vermelho-esverdeada” de fato. Embora existam, essas legítimas cores fusionadas estão além da capacidade de visão do olho humano: são as chamadas “cores proibidas”.
A origem dessa impossibilidade está no que a ciência chama de “processo oponente”. Verde e vermelho, por exemplo, são duas tonalidades com freqüências de luz distintas. Quando enxergamos vermelho, um grupo de células na retina entra em atividade, e dessa forma o cérebro sabe que deve enxergar essa cor.
Quando há luz verde, no entanto, o mesmo neurônio tem a atividade inibida, e assim enxergamos o verde. Como as células não podem estar ativadas e desativadas ao mesmo tempo, só podemos ver uma cor ou outra. Da mesma forma, funciona a relação do preto com o branco e o azul em oposição ao amarelo.
A “quebra” dessa regra aconteceu em 1983, quando dois cientistas americanos fizeram um experimento. Voluntários foram colocados em frente a um painel que apresentava faixas alternadas de luz verde/vermelha, ou amarela/azul. Um rastreador ocular, então, fez a distinção: dentro da retina de cada pessoa, metade das células recebia apenas a coloração verde, por exemplo, e outra metade das células apenas enxergava o vermelho.
O que os voluntários viram parecia ficção científica: as fronteiras entre as faixas começaram a sumir, e uma cor foi inundando pouco a pouco o espaço da outra. No final das contas, eles relataram ter observado cores que nunca haviam visto antes. Ninguém sabia descrever o que via, a cor era “simultaneamente verde e vermelha”, ou azul e amarela.
Estudos recentes identificaram, dentro de um espectro, como seriam essas cores. O “vermelho esverdeado”, por exemplo, é uma espécie de cor lamacenta, não muito diferente daquela que se obtém quando misturamos as duas tintas. Esta cor mista seria uma das chamadas “cores proibidas”: já se sabe como ela é, mas o olho comum não é capaz de vê-la sem ajuda de aparelhos.
Como não existe meio de enxergar essas cores naturalmente, elas só são vistas através do velho processo de rastreamento ocular que estabiliza a retina. O que falta acontecer, portanto, é que alguém invente uma espécie de aparelho conversor, que possa ser colocado como um par de óculos. Algo como um visualizador automático de cores proibidas.
[LiveScience]

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - Campo de Flores


Campo de flores

Deus me deu um amor no tempo de madureza,
quando os frutos ou não são colhidos ou sabem a verme.
Deus-ou foi talvez o Diabo-deu-me este amor maduro,
e a um e outro agradeço, pois que tenho um amor.

Pois que tenho um amor, volto aos mitos pretéritos
e outros acrescento aos que amor já criou.
Eis que eu mesmo me torno o mito mais radioso
e talhado em penumbra sou e não sou, mas sou.

Mas sou cada vez mais, eu que não me sabia
e cansado de mim julgava que era o mundo
um vácuo atormentado, um sistema de erros.
Amanhecem de novo as antigas manhãs
que não vivi jamais, pois jamais me sorriram.

Mas me sorriam sempre atrás de tua sombra
imensa e contraída como letra no muro
e só hoje presente.
Deus me deu um amor porque o mereci.
De tantos que já tive ou tiveram em mim,
o sumo se espremeu para fazer vinho
ou foi sangue, talvez, que se armou em coágulo.

E o tempo que levou uma rosa indecisa
a tirar sua cor dessas chamas extintas
era o tempo mais justo. Era tempo de terra.
Onde não há jardim, as flores nascem de um
secreto investimento em formas improváveis.

Hoje tenho um amor e me faço espaçoso
para arrecadar as alfaias de muitos
amantes desgovernados, no mundo, ou triunfantes,
e ao vê-los amorosos e transidos em torno,
o sagrado terror converto em jubilação.

Seu grão de angústia amor já me oferece
na mão esquerda. Enquanto a outra acaricia
os cabelos e a voz e o passo e a arquitetura
e o mistério que além faz os seres preciosos
à visão extasiada.

Mas, porque me tocou um amor crepuscular,
há que amar diferente. De uma grave paciência
ladrilhar minhas mãos. E talvez a ironia
tenha dilacerado a melhor doação.
Há que amar e calar.
Para fora do tempo arrasto meus despojos
e estou vivo na luz que baixa e me confunde.

SUPER HUMANOS - Em risco, nosso corpo ganha superpoderes

Subir escadas quando o elevador não funciona costuma ser o auge do esforço de muita gente. Mas você também pode ter superpoderes em uma situação de vida ou morte.


FORÇA E RESISTÊNCIA
Mesmo que por um curto período, nossos músculos são capazes de se contrair todos de uma vez, gerando uma força incomum. Com endorfina, é possível não sentir dor, e os ossos modificam sua estrutura para suportar grandes pressões.

MÚSCULOS
1. OXIGENADO
Com a adrenalina no corpo, o sangue circula com mais facilidade e intensidade, levando mais oxigênio aos músculos, que passam a trabalhar mais contraídos.

2. PODER DA MENTE
Por isso, quando o sistema nervoso envia os impulsos elétricos para estimular os músculos, as fibras de contração rápida são ativadas todas simultaneamente.

3. RICOS EM FIBRAS
Tudo ocorre a um nível microscópico: cada músculo tem milhares de fibras, que contêm centenas de miofibras.

4. CONTRAIR E COÇAR
Compostas de proteínas, as miofibras são formadas por filamentos menores ainda. Esse conjunto provoca a contração muscular depois de receber o impulso elétrico.

5. ENCAIXE PODEROSO
Os filamentos são dispostos em fileiras. Na contração muscular, um desliza sobre o outro e eles se encaixam - é dessa sincronia que vem a explosão de força.


OSSOS
1. DURO DE ROER
O tecido compacto que reveste o osso funciona como uma capa rígida, composta de cálcio e fósforo. Nervos e vasos saguíneos passam por orifícios em sua superfície.

2. FESTA DO INTERIOR
Por dentro, os ossos têm uma parte mole e viva, composta de fibras de colágeno.

3. MARIA MOLE
Graças ao interior maleável, o osso é capaz de mudar e se rearranjar para aliviar grandes tensões.


DOR
1. O CAMINHO DA DOR
No segundo em que nos ferimos, o estímulo da dor chega até o cérebro.

2. ALÍVIO IMEDIATO
Quando o cérebro entende que a dor é muito grande, ele nos poupa da notícia ruim: envia sinais para a hipófise, que libera no sangue a endorfina. Esse analgésico natural obstrui a comunicação entre os nervos, impedindo que os estímulos de dor passem.


ENERGIA
De homem a super-homem: com adrenalina, os sentidos ficam mais aguçados.

1. O PERIGO
Ao sentir medo ou se deparar com uma situação de risco, o corpo sofre uma mudança radical. O hipotálamo (responsável por manter o equilíbrio entre o estresse e o relaxamento) é acionado e envia uma mensagem para que o organismo fique alerta.

2. ROLA UMA QUÍMICA
A glândula hipófise recebe a mensagem do hipotálamo e envia, pelo sangue, sinais que ativam as glândulas suprarrenais (acima dos rins), que produzem adrenalina

3. HORMÔNIO DO "FICA ESPERTO"
A adrenalina é responsável por criar um estado de prontidão. Ajuda a pessoa a enfrentar o perigo e o organismo a lidar com o estresse.

4. NO SANGUE
Ao cair no sangue, a adrenalina contrai os vasos sanguíneos. Assim, o sangue corre mais rápido, o que aumenta os batimentos cardíacos e o fluxo de oxigênio no corpo. O cérebro fica mais apto a tomar decisões rápidas e os músculos, mais flexíveis. As pupilas dilatam-se para melhorar a eficiência visual e o fígado chega a produzir mais glicose, gerando mais energia.

Num caso de vida ou morte um sedentário pode correr até 5 km queimando glicose e segurar mais 7 km com gordura.

TANQUE RESERVA
Graças à adrenalina despertada pelo perigo, uma pessoa é capaz de correr mais do que o normal. Assim que acaba nosso combustível comum, a glicose, a adrenalina libera o uso de uma fonte alternativa de energia.

VEÍCULO FLEX
Esse combustível extra é a gordura. Geralmente abundante, quando ela entra em ação, você ganha mais um pique para fugir do perigo - e ainda sai um pouco mais magro do processo.


AMORTECEDOR
O joelho, nossa maior articulação, é capaz de suportar 20 vezes o peso do corpo.

1. DIVISÃO DE TAREFAS
Para aliviar as tensões, os joelhos contam com dois meniscos (o medial e o lateral). São cartilagens responsáveis por controlar o peso, estabilizando a articulação.

2. LIGAÇÕES DESEJOSAS
Os tendões e ligamentos conectam o joelho com músculos e ossos, trazendo a força da perna inteira para aquele ponto.

3. REVESTE E LUBRIFICA
Movimentos intensos no joelho? É um trabalho para a membrana sinovial. Além de revestir o joelho, ela produz um lubrificante que reduz atritos.

4. EMBORRACHADO
O amortecedor fica completo com a cartilagem, cuja principal função é absorver impactos. Sua espessura pode chegar até 0,6 cm.

por Giselle Hirata, Alessandra Kalko, Éber Evangelista, Luiz Iria .
Fontes Camila Luisa Sato, fisioterapeuta formada pela Universidade Estadual Paulista (Unesp); Arnaldo José Hernandez, chefe do Grupo de Medicina do Esporte do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo; Ivan Okamoto, vice-coordenador do departamento de neurologia cognitiva e do envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia.

TODO HOMEM DEVE LER. ...E AS MULHERES TAMBÉM - Autoria desconhecida (negada p/ Arnaldo Jabor)

"É melhor você ter uma mulher engraçada do que linda, que sempre te acompanha nas festas, adora uma cerveja, gosta de futebol, prefere andar de chinelo e vestidinho, ou então calça jeans desbotada e camiseta básica, faz academia quando dá, come carne, é simpática, não liga pra grana, só quer uma vida tranqüila e saudável, é desencanada e adora dar risada. Do que ter uma mulher perfeitinha, que não curte nada, se veste feito um manequim de vitrine, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a sequência de bíceps e tríceps.

Legal mesmo é mulher de verdade. E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa.

Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira. Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas e daí?
Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução. Mas ainda não criaram um remédio pra FUTILIDADE!!"

ARNALDO JABOR - O amor impossível é o verdadeiro amor


Outro dia escrevi um artigo sobre o amor. Depois, escrevi outro sobre sexo.
Os dois artigos mexeram com a cabeça de pessoas que encontro na rua e que me agarram, dizendo: "Mas... afinal, o que é o amor?" E esperam, de olho muito aberto, uma resposta "profunda". Sei apenas que há um amor mais comum, do dia-a-dia, que é nosso velho conhecido, um amor datado, um amor que muda com as décadas, o amor prático que rege o "eu te amo" ou "não te amo". Eu, branco, classe média, brasileiro, já vi esse amor mudar muito. Quando eu era jovem, nos anos 60/70, o amor era um desejo romântico, um sonho político, contra o sistema, amor da liberdade, a busca de um "desregramento dos sentidos". Depois, nos anos 80/90 foi ficando um amor de consumo, um amor de mercado, uma progressiva apropriação indébita do "outro". O ritmo do tempo acelerou o amor, o dinheiro contabilizou o amor, matando seu mistério impalpável. Hoje, temos controle, sabemos por que "amamos", temos medo de nos perder no amor e fracassar na produção. A cultura americana está criando um "desencantamento" insuportável na vida social. O amor é a recusa desse desencanto. O amor quer o encantamento que os bichos têm, naturalmente.
Por isso, permitam-me hoje ser um falso "profundo" (tratar só de política me mata...) e falar de outro amor, mais metafísico, mais seminal, que transcende as décadas, as modas. Esse amor é como uma demanda da natureza ou, melhor, do nosso exílio da natureza. É um amor quase como um órgão físico que foi perdido. Como escreveu o Ferreira Gullar outro dia, num genial poema publicado sobre a cor azul, que explica indiretamente o que tento falar: o amor é algo "feito um lampejo que surgiu no mundo/ essa cor/ essa mancha/ que a mim chegou/ de detrás de dezenas de milhares de manhãs/ e noites estreladas/ como um puído aceno humano/ mancha azul que carrego comigo como carrego meus cabelos ou uma lesão oculta onde ninguém sabe".

Pois, senhores, esse amor existe dentro de nós como uma fome quase que "celular". Não nasce nem morre das "condições históricas"; é um amor que está entranhado no DNA, no fundo da matéria. É uma pulsão inevitável, quase uma "lesão oculta" dos seres expulsos da natureza. Nós somos o único bicho "de fora", estrangeiro. Os bichos têm esse amor, mas nem sabem.

(Estou sendo "filosófico", mas... tudo bem... não perguntaram?) Esse amor bate em nós como os frêmitos primordiais das células do corpo e como as fusões nucleares das galáxias; esse amor cria em nós a sensação do Ser, que só é perceptível nos breves instantes em que entramos em compasso com o universo. Nosso amor é uma reprodução ampliada da cópula entre o espermatozóide e óvulo se interpenetrando. Por obra do amor, saímos do ventre e queremos voltar, queremos uma "reintegração de posse" de nossa origem celular, indo até a dança primitiva das moléculas. Somos grandes células que querem se re-unir, separados pelo sexo, que as dividiu. ("Sexo" vem de "secare" em latim: separar, cortar.) O amor cria momentos em que temos a sensação de que a "máquina do mundo" ou a máquina da vida se explica, em que tudo parece parar num arrepio, como uma lembrança remota. Como disse Artaud, o louco, sobre a arte (ou o amor) : "A arte não é a imitação da vida. A vida é que é a imitação de algo transcendental com que a arte nos põe em contato." E a arte não é a linguagem do amor? E não falo aqui dos grandes momentos de paixão, dos grandes orgasmos, dos grande beijos - eles podem ser enganosos. Falo de brevíssimos instantes de felicidade sem motivo, de um mistério que subitamente parece revelado. Há, nesse amor, uma clara geometria entre o sentimento e a paisagem, como na poesia de Francis Ponge, quando o cabelo da amada se liga aos pinheiros da floresta ou quando o seu brilho ruivo se une com o sol entre os ramos das árvores ou entre as tranças da mulher amada e tudo parece decifrado. Mas, não se decifra nunca, como a poesia. Como disse alguém: a poesia é um desejo de retorno a uma língua primitiva. O amor também. Melhor dizendo: o amor é essa tentativa de atingir o impossível, se bem que o "impossível" é indesejado hoje em dia; só queremos o controlado, o lógico. O amor anda transgênico, geneticamente modificado, fast love.

Escrevi outro dia que "o amor vive da incompletude e esse vazio justifica a poesia da entrega. Ser impossível é sua grande beleza. Claro que o amor é também feito de egoísmos, de narcisismos mas, ainda assim, ele busca uma grandeza - mesmo no crime de amor há um terrível sonho de plenitude. Amar exige coragem e hoje somos todos covardes".

Mas, o fundo e inexplicável amor acontece quando você "cessa", por brevíssimos instantes. A possessividade cessa e, por segundos, ela fica compassiva. Deixamos o amado ser o que é e o outro é contemplado em sua total solidão. Vemos um gesto frágil, um cabelo molhado, um rosto dormindo, e isso desperta em nós uma espécie de "compaixão" pelo nosso desamparo.

Esperamos do amor essa sensação de eternidade. Queremos nos enganar e achar que haverá juventude para sempre, queremos que haja sentido para a vida, que o mistério da "falha" humana se revele, queremos esquecer, melhor, queremos "não-saber" que vamos morrer, como só os animais não sabem. O amor é uma ilusão sem a qual não podemos viver. Como os relâmpagos, o amor nos liga entre a Terra e o céu. Mas, como souberam os grandes poetas como Cabral e Donne, a plenitude do amor não nos faz virar "anjos", não. O amor não é da ordem do céu, do espírito. O amor é uma demanda da terra, é o profundo desejo de vivermos sem linguagem, sem fala, como os animais em sua paz absoluta. Queremos atingir esse "absoluto", que está na calma felicidade dos animais.

REDES SOCIAIS - A HIPEREXPOSIÇÃO NARCISISTA

         
Não é novidade que entramos numa era especialmente dedicada à hiperexposição. Ela é o brinde para adocicar o sabor amargo e podermos engolir sem dar muita atenção a todo o marketing que nos é impingido. Nossas informações pessoais circulam livremente para fins nem sempre solicitados – e muitas vezes obscuros e não muito nobres. Mas foi tudo muito bem articulado e calculado pelos estrategistas de marketing: fisgar-nos pelo lado mais fraco. Como peixinhos, pela boca. Ou melhor, pelo egonarcisismo.
O egonarcisista tem seu lugar cativo e ainda mais importante no atual fenômeno das redes sociais, que, cada vez mais, têm um papel efetivo e rotineiro na vida de todos nós. O que acontece nessas redes é particularmente singular, pois interagimos com “estranhos” com a desenvoltura que provavelmente não teríamos se os mesmos fossem parentes nossos ou amigos de longa data. Este é apenas um tipo de comportamento dentre um leque imenso e repleto de nuances que determinam como se tratam uns aos outros nesses espaços de interatividade à distância, embora haja uma peculiar constante entre todos os tipos de relacionamentos online: a coragem exacerbada.
Esta é conferida pela percepção de nossas personas, que dão a medida do que queremos parecer para o outro, além da distância física e da possibilidade de podermos, a qualquer momento, desaparecer assim como aparecemos. Muito do que é dito através do “véu” translúcido, mas sempre presente, das redes sociais aos nossos interlocutores, vem com um ímpeto maior e mais forte do que no convívio social convencional. Carregamos na tinta para que possamos marcar nosso território, deixar bem claro quem somos e a que viemos depois de escolhida a persona que queremos usar.

Superficiais e rápidas

Nosso narcisismo ganha amplo espaço para crescer livremente, uma vez que em nosso dia-a-dia real não alcançaríamos tantos “ouvintes”, ainda que fôssemos celebridades. Há alguns aspectos curiosos que não diferem das relações convencionais: procuramos sempre os nossos “iguais”, seja pelo conteúdo que expressam, seja pela maneira que escrevem, seja pela personalidade que transmitem ou pela classe social a que pertencem. A partir dai, começamos a fazer pequenas distorções da realidade – já alterada – para que não fiquemos aquém de nossos “pares” e, dessa forma, nosso “portfólio” tem a obrigação perene de ser cuidadosamente apresentado e parecer sempre muito interessante e autêntico aos olhos que imaginamos vê-lo. Começam pequenas competições, exatamente como acontece fora do ambiente virtual. Entretanto, podemos ter mais flexibilidade assumindo atitudes bastante inusitadas e ousadas, uma vez que temos consciência do âmbito de nossa condição etérea de meros “avatares” e que basta apenas um clique e não estamos mais ali.
Não somos mais o que fizemos ou dissemos. Contudo, essa condição ambígua que adquirimos tem seu preço e suas limitações: nas eventuais tentativas de extensão de relacionamentos fora do ambiente virtual – as chances de um flerte que se transforma em romance criado nele, por exemplo –, há pouquíssima probabilidade de florescer, de haver sincronia, de ter qualquer continuidade se não podemos manter no mundo real o que fizemos deliberadamente aparentar no virtual. E tampouco validar as expectativas e idealizações que o outro nos conferiu e vice-versa. Seria a mais perfeita tradução do amor narcisista que vem da fantasia do outro, em sua forma mais instintiva e infantil.
Vejo mais sucesso no âmbito das amizades começadas virtualmente. Decerto, as relações virtuais estarão, na maioria das vezes, herméticas e fadadas ao meio em que começaram por ser, em sua grande maioria, demasiadamente superficiais e rápidas, como o ritmo do ambiente que as propiciou assim exige. Esse mesmo ritmo é que traz consigo as nuances que distinguem e às vezes impossibilitam relacionamentos que perdurem e que se sustentem se trazidos para o mundo da realidade não virtual.
Por Cynthia Kremer  - Observatório da Imprensa

SE O INFERNO SÃO OS OUTROS, A FELICIDADE TAMBÉM - Humberto Mariott

Se o inferno são os outros, a felicidade também o é. Se não existe inferno sem os outros, também não há felicidade sem eles. Amar é algo que já se nasce sabendo. Em geral, os pais tentam educar as crianças para aperfeiçoá-las nesse saber. 
  
Procuram criar um ambiente onde elas tenham oportunidades de desenvolver aquilo para o qual nasceram, isto é, respeitar os outros e o mundo natural.  

Mas, sabemos que ao crescer elas se vêem obrigadas a enfrentar uma cultura que é o oposto de tudo isso. Têm de desaprender a amar, e disso se 
encarregam a racionalização, as ideologias e o conformismo, cuja estratégia é transformar o amor em um produto raro, difícil de obter e, por isso mesmo, muito valorizado no “mercado”. 

A REPARTIÇÃO DOS PÃES - Clarice Lispector

Era sábado e estávamos convidados para o almoço de obrigação. Mas cada um de nós gostava demais de sábado para gastá-lo com quem não queríamos. Cada um fora alguma vez feliz e ficara com a marca do desejo. Eu, eu queria tudo. E nós ali presos, como se nosso trem tivesse descarrilado e fôssemos obrigados a pousar entre estranhos. Ninguém ali me queria, eu não queria a ninguém. 

Quanto a meu sábado – que fora da janela se balançava em acácias e sombras – eu preferia, a gastá-lo mal, fechá-la na mão dura, onde eu o amarfanhava como a um lenço. À espera do almoço, bebíamos sem prazer, à saúde do ressentimento: amanhã já seria domingo. Não é com você que eu quero, dizia nosso olhar sem umidade, e soprávamos devagar a fumaça do cigarro seco. 

A avareza de não repartir o sábado,ia pouco a pouco roendo e avançando como ferrugem, até que qualquer alegria seria um insulto à alegria maior.
Só a dona da casa não parecia economizar o sábado para usá-lo numa quinta de noite. 

Ela, no entanto, cujo coração já conhecera outros sábados. Como pudera esquecer que se quer mais e mais? Não se impacientava sequer com o grupo heterogêneo, sonhador e resignado que na sua casa só esperava como pela hora do primeiro trem partir, qualquer trem – menos ficar naquela estação vazia, menos ter que refrear o cavalo que correria de coração batendo para outros, outros cavalos.

Passamos afinal à sala para um almoço que não tinha a bênção da fome. E foi quando surpreendidos deparamos com a mesa. Não podia ser para nós...
Era uma mesa para homens de boa-vontade. Quem seria o conviva realmente esperado e que não viera? Mas éramos nós mesmos. Então aquela mulher dava o melhor não importava a quem? E lavava contente os pés do primeiro estrangeiro. Constrangidos, olhávamos.

A mesa fora coberta por uma solene abundância. Sobre a toalha branca amontoavam-se espigas de trigo. E maçãs vermelhas, enormes cenouras amarelas, redondos tomates de pele quase estalando, chuchus de um verde líquido, abacaxis malignos na sua selvageria, laranjas alaranjadas e calmas, maxixes eriçados como porcos-espinhos, pepinos que se fechavam duros sobre a própria carne aquosa, pimentões ocos e avermelhados que ardiam nos olhos – tudo emaranhado em barbas e barbas úmidas de milho, ruivas como junto de uma boca. E os bagos de uva. 

As mais roxas das uvas pretas e que mal podiam esperar pelo instante de serem esmagadas. E não lhes importava esmagadas por quem. Os tomates eram redondos para ninguém: para o ar, para o redondo ar. Sábado era de quem viesse. E a laranja adoçaria a língua de quem primeiro chegasse.

Junto do prato de cada mal-convidado, a mulher que lavava pés de estranhos pusera – mesmo sem nos eleger, mesmo sem nos amar – um ramo de trigo ou um cacho de rabanetes ardentes ou uma talhada vermelha de melancia com seus alegres caroços.

Tudo cortado pela acidez espanhola que se adivinhava nos limões verdes. Nas bilhas estava o leite, como se tivesse atravessado com as cabras o deserto dos penhascos. Vinho, quase negro de tão pisado, estremecia em vasilhas de barro. Tudo diante de nós. Tudo limpo do retorcido desejo humano.


Tudo como é, não como quiséramos. Só existindo, e todo. Assim como existe um campo. Assim como as montanhas. Assim como homens e mulheres, e não nós, os ávidos. Assim como um sábado. Assim como apenas existe. Existe.


Em nome de nada, era hora de comer. Em nome de ninguém, era bom. Sem nenhum sonho. E nós pouco a pouco a par do dia, pouco a pouco anonimizados, crescendo, maiores, à altura da vida possível. Então, como fidalgos camponeses, aceitamos a mesa.


Não havia holocausto: aquilo tudo queria tanto ser comido quanto nós queríamos comê-lo. Nada guardando para o dia seguinte, ali mesmo ofereci o que eu sentia àquilo que me fazia sentir. Era um viver que eu não pagara de antemão com o sofrimento da espera, fome que nasce quando a boca já está perto da comida. Porque agora estávamos com fome, fome inteira que abrigava o todo e as migalhas. Quem bebia vinho, com os olhos tornava conta do leite. Quem lento bebeu o leite, sentiu o vinho que o outro bebia. Lá fora Deus nas acácias. Que existiam.

Comíamos. Como quem dá água ao cavalo. A carne trinchada foi distribuída. A cordialidade era rude e rural. Ninguém falou mal de ninguém porque ninguém falou bem de ninguém. Era reunião de colheita, e fez-se trégua. Comíamos. Como uma horda de seres vivos, cobríamos gradualmente a terra. Ocupados como quem lavra a existência, e planta, e colhe, e mata, e vive, e morre, e come.

Comi com a honestidade de quem não engana o que come: comi aquela comida e não o seu nome. Nunca Deus foi tão tomado pelo que Ele é. A comida dizia rude, feliz, austera: come, come e reparte. Aquilo tudo me pertencia, aquela era a mesa de meu pai. Comi sem ternura, comi sem a paixão da piedade. E sem me oferecer à esperança. Comi sem saudade nenhuma. E eu bem valia aquela comida. 

Porque nem sempre posso ser a guarda de meu irmão, e não posso mais ser a minha guarda, ah não me quero mais. E não quero formar a vida porque a existência já existe. Existe como um chão onde nós todos avançamos. 

Sem uma palavra de amor. Sem uma palavra. Mas teu prazer entende o meu. Nós somos fortes e nós comemos.

Pão é amor entre estranhos.

ESCREVER À MÃO É MELHOR PARA A MEMÓRIA DO QUE DIGITAR

Cientistas constataram que quem escreve uma informação à mão se lembra mais dela do que se tivesse apenas digitado. Ou seja, quer aprender ou se lembrar com mais facilidade de alguma coisa? Anote à mão.

Cientistas da Noruega constataram, durante suas pesquisas, que quem escreve uma informação à mão se lembra cerca de 40% a mais dela do que se tivesse apenas digitado. 

A explicação é simples: a escrita manual demanda mais esforço e concentração do cérebro, favorecendo o processo de aprendizagem, ocasionando uma retenção mais profunda da informação na memória.
por Bruno Garattoni

ARNALDO JABOR - "Há um 'sub-eu' rolando na internet"


Ando pela rua e as pessoas me abordam: 'Adorei o seu artigo que está circulando na internet! Maior sucesso!' Pergunto, já com medo: 'Que artigo?' 'Esse texto genial que você escreveu, que se chama A Mulher Impulsiona o Mundo: 'É você mulher, quem impulsiona o mundo. É você quem tem o poder, e não o homem. É você quem decide. Bendita a hora em que você saiu da cozinha.' Não me agüento e digo: 'Você acha que eu ia escrever uma bobagem dessas?' Aí, o admirador do texto apócrifo, fã de um 'Jabor virtual', se encolhe ofendido: 'Mas... tem coisas legais...' E eu, implacável: 'Acho uma bosta...' Pronto! O sujeito sorri amarelo e vira meu inimigo para sempre.
Já reclamei aqui desses textos apócrifos, mas tenho de me repetir. Não dá mais. Todo dia surge na internet uma nova besteira, com dezenas de emails me elogiando pelo que eu não fiz. Vou indo pela rua e três senhoras me abordam - 'Teu artigo na internet é genial! Principalmente quando você escreve: 'As mulheres são tão cheirosinhas; elas fazem biquinho e deitam no teu ombro...'' 'Não fui eu...', respondo. Elas não ouvem e continuam, sideradas: 'Modéstia sua! Finalmente alguém diz a verdade sobre as mulheres na internet! Mandei isso para mil amigas! Adoraram aquela parte: 'Tenho horror à mulher perfeitinha. Acho ótimo celulite. Querem estar sempre na moda, malhadas, mas não estão com nada, pois a imperfeição humaniza...'' Repito que não é meu, mas elas (em geral barangas) replicam: 'Ah... nem vem... É teu melhor texto...' - e vão embora, rebolando, felizes. Há mais: 'O cheirinho delas é sempre gostoso, mesmo que seja só xampu. O jeitinho que elas têm de sempre encontrar o lugarzinho certo em nosso ombro.' Ou: O amor não é chegado em fazer contas, quando a mão dele toca tua nuca, tu derretes feito manteiga, pois o amor é uma raposa... (?).
Vejam este que surgiu e acaba assim: 'As mulheres de hoje lutam para ser magrinhas. Elas têm horror de qualquer carninha saindo da calça de cintura tão baixa que o cós acaba!' ...Luto diuturnamente contra cacófatos e jamais escreveria 'cós acaba!' Mas, para todos os efeitos, fui eu. A internet é a vala comum dos autores; lá eu sou amado como uma besta quadrada, um forte asno... (dirão meus inimigos: 'Finalmente, ele se encontrou...')
Dentro da web, sou campeão mundial de lugares-comuns:
'Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!'
Ou: 'A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche!'
Ainda sobre a mulher: 'São escravas aparentemente alforriadas numa grande senzala sem grades.' Fui eu, a mula virtual, que escreveu tudo isso. E não adianta desmentir.
E não publicam só textos safadinhos, mas até coisas épicas, como uma esplendorosa Ode aos Gaúchos que eu teria escrito, o que já me valeu abraços apertados de machos bigodudos em Porto Alegre, quebrando-me os ossos: 'Tchê, tua escritura estava macanuda, trilegal!' Eu nego ter escrito aquele ditirambo meio farroupilha aos bigodudos, mas nego num tom vago, para não ser esculachado: 'Tu não escreveste? Então tu não amas nossas 'prendas' lindas, e negas ter escrito aquele pedaço em que tu dizes 'que a gente já nasce montado num bagual'? Aquilo fez meu pai chorar, e o pedaço em que falas que 'por baixo do poncho também bate um coração?' Tu tá tirando da reta, tché?' - e me aponta o dedo, de bombachas e faca de prata.'
Não sou gay (ainda), mas esse texto me cobre com uma fresca chuva de purpurina. Logo depois, aparece outro artigo onde 'eu-virtual' teria escrito: 'Antigamente o homossexualismo era proibido no Brasil. Depois passou a ser tolerado. Hoje é aceito como coisa normal. Eu vou-me embora antes que passe a ser obrigatório.' Ou seja, sou gay e homofóbico ao mesmo tempo.
Meu fantasma na internet também escreve sobre auto-ajuda; dou conselhos sobre sacanagem, para cornos e idiotas. Vejam: 'Não dá para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo. 'Ficar', também é coisa do passado. A palavra de ordem hoje é 'namorix'. A pessoa pode ter um, dois e até três namorix ao mesmo tempo!'


Também aconselho cornos, potenciais ou realizados: 'Um dia, você será corno, a menos que nunca deixe uma 'mulher moderna' insegura; senão, ela liga pra aquele ex-bom de cama, cafajeste, mas 'grandessíssimo', e pronto: lá vai você mugindo... Mulher insegura é uma máquina colocadora de chifres. Se não conseguir prendê-la, assuma seu 'chifre' em alto e bom som!'
'Eu' também dou conselhos aos burros. Ex: 'Gente chata essa que quer ser séria, profunda. Putz! Deixe a seriedade para lá. No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota!'
Mas o pior são artigos escritos em meu nome por inimigos covardes para me sujar. Há um texto rolando nos computadores - há mais de um ano - que diz coisas como: 'Brasileiro é babaca. Elege para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari. Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira. Brasileiro é vagabundo por excelência. Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada, não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo. 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira. Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal. Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas. O brasileiro merece! É igual a mulher de malandro - gosta de apanhar ...'
Ou seja: admiram-me pelo que eu teria de pior; sou amado pelo que não escrevi. Na internet, eu sou machista, gay, homofóbico, idiota, corno e fascista. É bonito isso?

A Casa Encantada & À Frente, O Verso.

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