BARÃO DE ITARARÉ - Um plano genial

Joaquim Rebolão estava desempregado e lutava com grandes dificuldades para se manter. A sua situação ainda mais se agravava pelo fato de ter que dar assistência a um filho, rapaz inexperiente que também estava no desvio.

Joaquim Rebolão, porém, defendia-se como um autêntico leão da Núbia, neste deserto de homens e idéias.

O seu cérebro, torturado pela miséria, era fértil e brilhante, engendrando planos verdadeiramente geniais, graça; aos quais sempre se saía galhardamente das aperturas diárias com que o destino cruel o torturava.

Naquele dia, o seu grude já estava garantido. Recebera convite para um banquete de cerimônia, em homenagem a um alto figurão que estava necessitando de claque. Mas o nosso herói não estava satisfeito, porque não conseguira um convite para o filho.

À hora marcada, porém, Rebolão, acompanhado do rapaz, dirige-se para o salão, onde se celebraria a cerimônia. Antes de penetrar no recinto, diz a seu filho faminto:

— Fica firme aqui na porta um momento, porque preciso dar um jeito a fim de que tu também tomes parte no festim. Já estavam todos os convidados sentados nos respectivos lugares, na grande mesa em forma de ferradura, quando, ao começar o bródio, Rebolão se levanta .e exclama:

— Senhores, em vista da ausência do Sr. Vigário nesta festa, tomo a liberdade de benzer a mesa. Em nome do Padre e do Espírito Santo!

— E o filho? — perguntou-lhe um dos convivas.

— Está na porta — responde prontamente. E, voltando-se para o rapaz, ordena, autoritário e enérgico:

— Entra de uma vez, menino! Não vês que estes senhores te estão chamando?
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LONGEVIDADE - Dr. Dráuzio Varella

Em 1900, a expectativa de vida ao nascer de um brasileiro era de míseros 33,7 anos.
Nossa espécie desceu das árvores nas savanas da África há pelo menos 5 milhões de anos. Passamos quase toda a história abrigados em cavernas, atormentados pela fome, pelas doenças infecciosas e por predadores humanos e não humanos. A mortalidade infantil era estratosférica; poucos chegavam aos 20 anos em condições razoáveis de saúde.

Milhões de anos de privações moldaram muitas de nossas características atuais.
A mais importante delas foi a maturidade sexual precoce. Vivíamos tão pouco que levavam vantagem na competição as meninas que menstruavam antes e os meninos que produziam espermatozoides mais cedo. Quanto mais depressa concebiam filhos, maior a probabilidade de transmitir seus genes às gerações futuras.

A precocidade da fase reprodutiva impôs limites mais modestos à duração da vida. Em todos os animais, quanto mais tarde acontece o amadurecimento sexual, maior é a longevidade.

Nas drosófilas -a mosquinha que ronda as bananas maduras-, quando selecionamos para reprodução apenas as fêmeas e os machos mais velhos, em três ou quatro gerações a vida média da população duplica. Se nossos antepassados tivessem começado a ter filhos só depois dos 50 anos, agora passaríamos dos 120 com facilidade.

O acompanhamento de cortes de centenários confirma essa suposição: mulheres que engravidam pela primeira vez depois dos 40 anos têm quatro vezes mais chance de chegar dos 90 anos.

A segunda característica moldada nas cavernas foi nosso padrão alimentar. A arquitetura das redes de neurônios que controlam os mecanismos de fome e saciedade no cérebro humano foi engendrada em época de penúria. Em jejum há três dias, o homem daquele tempo trocaria a carne assada do porco do mato que acabou de caçar por um prato de salada?

A terceira, foi a necessidade de poupar energia. Em temporada de vacas magras, absurdo desperdiçá-la em esforços físicos desnecessários.

Somos descendentes de mulheres e homens que lutavam para conseguir alimentos altamente calóricos, porque deles dependia a sobrevivência da família. Como o acesso a eles era ocasional, nessas oportunidades comiam até não poder mais. Bem alimentados, evitavam movimentar-se para não malbaratar energia.

Durante milhões de anos, nosso cérebro privilegiou os mecanismos responsáveis pelo impulso da fome e pela economia de gasto energético, em prejuízo daqueles que estimulam a saciedade e a disposição para a atividade física.

De repente, veio o século 20, com o saneamento básico, as noções de higiene pessoal, as tecnologias de produção e conservação de alimentos, as vacinas e os antibióticos. Em apenas cem anos, a expectativa de vida no Brasil atingiu os 70 anos; mais do que o dobro em relação à de 1900, feito que nunca mais será repetido.

A continuarmos nesse passo, em 2030 atingiremos a expectativa de 78 anos. A faixa etária que mais cresce é a que está com mais de 60 anos. Sabendo que atualmente 75% dessa população sofre de enfermidades crônicas, a saúde pública estará preparada enfrentar esse desafio?

Pelo andar da carruagem, é quase certo que não. Mas não é esse o tema que pretendo tratar neste sábado, leitor: quero chamar a atenção para a nossa irresponsabilidade ao lidar com o corpo.
Aos 40 anos, você pesa dez quilos mais do que aos 20. Aos 60, já acumulou mais uma arroba de gordura, não resiste aos doces nem aos salgadinhos, fuma, bebe um engradado de cerveja de cada vez, é viciado em refrigerante, só sai da mesa quando está prestes a explodir e ainda se dá ao luxo de passar o dia no conforto.

Quando se trata do corpo, você se comporta como criança mimada: faz questão absoluta de viver muito, enquanto age como se ele fosse um escravo forçado a suportar desaforos diários e a aturar todos os seus caprichos, calado, sem receber nada em troca.

Aí, quando vêm a hipertensão, o diabetes, a artrite, o derrame cerebral ou o ataque cardíaco, maldiz a própria sorte, atribui a culpa à vontade de Deus e reclama do sistema de saúde que não fez por você tudo o que deveria.

Desculpe a curiosidade: e você, pobre injustiçado, não tem responsabilidade nenhuma?

A SÍNDROME DO NINHO VAZIO - Solange Bittencourt Quintanilha

Toda família conhece a história. Os filhos crescem e em determinada idade deixam a casa dos pais para construir uma vida independente. Na casa que antes era cheia de vozes, o silêncio passa a reinar. Não tem como evitar, este é o ciclo da vida. É comum o casal ter muita dificuldade para lidar com essa mudança, e é nesse momento que surge, o que chamamos de “Síndrome do Ninho Vazio”.

Ela se caracteriza pelo sentimento de solidão, vazio, tristeza, irritação e depressão que muitos pais sentem com essa nova fase da vida. Embora muitos pais sejam também afetados, é uma fase complicada principalmente para as mulheres que passaram toda a sua vida dedicando-se exclusivamente aos filhos. Quando eles vão embora, elas perdem o chão, sentem um enorme vazio, e não conseguem lidar com esse ritual de passagem. Esse sofrimento, às vezes devastador, acaba ganhando proporções prejudiciais à vida, quando não se consegue lidar com essa perda. A saudade pode virar angústia, crises de ansiedade e podem surgir sintomas ou adoecimento.

Há ainda um agravante para as mulheres já maduras: a menopausa. O período do climatério, culminando com a menopausa, afeta muito a mulher. As mudanças hormonais aumentam a suscetibilidade às oscilações de humor, à depressão e outros sintomas. Sua autoestima diminui e sente-se muito fragilizada emocionalmente. Nesse momento, ela precisará muito da compreensão do marido e também dos filhos. Que eles entendam que não é questão de egoísmo ou excesso de amor, é que realmente um ciclo significativo da própria vida, cheio de realizações e boas lembranças está se encerrando, e surge o medo do vácuo.

Se tanto a mãe quanto o pai se sentem realizados profissionalmente, e não estruturaram suas vidas apenas em torno dos filhos, fica muito mais fácil lidar com essa nova etapa da vida. Assim, podem enriquecer suas vidas, usufruindo da maior liberdade com passeios, viagens, cursos, danças, hobbies, ampliar a vida social, ter atividades físicas... , fazer tudo aquilo que lhes dão prazer.
Um ponto de vital importância nessa nova situação é a constatação da significativa influência e mudança na vida conjugal. Muitos conflitos aparecem quando os cônjuges só se dedicaram aos filhos e não ficaram atentos às necessidades do parceiro (a), não cultivaram a relação a dois durante toda a vida.

Com o ninho vazio, os problemas que antes estavam adormecidos, aparecem, os dois ficam muito mais expostos um para o outro. Se o casal não estiver preparado, o relacionamento complica e pode até acabar. É muito importante que cada um procure se sentir bem consigo mesmo e reconhecer seu próprio valor, antes de qualquer coisa, para depois lutar pelo relacionamento.

Faz-se necessário um resgate, investir de verdade cuidando da relação, reconstruindo a parceria e a cumplicidade. Precisa haver paciência, compreensão, apoio, companheirismo e afeto de um para o outro. Enxergar que é uma boa hora para reaquecer o relacionamento e que ambos podem se alimentar dessa troca de amor e carinho.
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HOMO BAHIANUS - Fernanda Torres

É mesmo impossível negar a fé na Bahia. 
Ela não é imposta, é um hábito concreto e festivo.

Passei o Ano-Novo em Salvador. Na despedida, assisti à extraordinária missa da irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.

Há dois anos, fortes chuvas danificaram a estrutura da capela original, erguida por escravos e alforriados. Enquanto aguardam a restauração, os fiéis realizam as preces na quase vizinha igreja do Carmo.

O ritual é o retrato supremo do sincretismo religioso que tanto vingou no Brasil. Atabaques saúdam o Senhor enquanto pães de santo Antônio rodopiam nas mãos de beatos bailarinos. Ninguém recebe santo em solo sagrado, a liturgia católica permanece intacta, mas, como na mais primitiva das experiências, a catarse rítmica arremessa a alma às alturas.

"Eu sou ateu, posso sair?" Perguntou entediado meu filho de 12 anos. Eu o deixei ir. Jamais induzi minhas crias a essa ou aquela religião, mas também não cultivei o ateísmo. Caetano riu da certeza categórica em tão tenra idade. Confessou que também não acreditava em Deus na adolescência.

Mais velho, no entanto, percebeu uma censura repressora por trás da rejeição da esquerda ao sagrado e se reaproximou do divino.

É mesmo impossível negar a fé na Bahia. Ela não é imposta, é um hábito concreto, festivo, que domina o calendário anual. Cada igreja tem o seu dia; cada terreiro, uma agenda; cada imagem, uma adoração. E, mesmo no Carnaval, o mais pagão dos blocos só põe o pé na folia depois de ungido.

Os soteropolitanos sabem cultuar seus tesouros. Sempre que caminho no Pelourinho lamento a devastação do patrimônio colonial carioca.

O Rio de Janeiro decepou o morro do Castelo, lugar de sua fundação. Em 1921, a faraônica obra de remoção deu um drástico fim à favelização do local.

Hoje, a ladeira da Misericórdia, antigo acesso até a igreja dos Jesuítas, termina em um abismo em linha reta tomado por mato. É tudo o que sobrou do berço dos cariocas.

No momento, Salvador enfrenta o milagre da multiplicação de prédios de 30 andares, estilo paulista, avançando pela orla como ocorreu na Barra da Tijuca. As cidades tendem a se perder quando assaltadas por corridas imobiliárias, mas a capital parece resistir ilesa.

Ao menos quando vista do mar no primeiro dia do ano, entre o farol da Barra e o do Humaitá, seguindo o trajeto da procissão do Bom Jesus dos Navegantes.

Acordei cedo para acompanhar a galeota que leva as imagens de Jesus e Maria entre a basílica da N.S. da Conceição da Praia e a igreja da Boa Viagem.
O hino do Bonfim, na voz juvenil de Gil e Caetano, abriu os trabalhos para, em seguida, ceder o trono para o arrocha.
A romaria é uma invenção grandiosa que envolve a população, a geografia e as águas cristalinas da baía de Todos os Santos.

Levei na mala o livro de Nelson Motta sobre a juventude de Glauber Rocha. Só agora entendo o grau da amizade entre o cineasta e João Ubaldo Ribeiro. Que turma. 

Fala-se muito da sensualidade e da expansividade dos baianos, mas um dos grandes traços daquela terra é o seu refinamento intelectual.

Paulo César de Souza, cuja recomendada tradução do alemão de "Assim Falou Zaratustra" acaba de ser lançada pela Cia. das Letras, mora lá. Paulo é discreto, lembra Antonio Cicero, e em nenhum momento se vangloria, ou mesmo deixa transparecer a dimensão do seu saber. 

A razão, na Bahia, é uma prática tão espontânea quanto a fé. E o sexo.

No documentário "Caverna dos Sonhos Esquecidos", de Werner Herzog, sobre as pinturas paleolíticas da caverna Chauvet, na França, o antropólogo Jean Clottes diz que o termo Homo sapiens não define bem o que somos. Homo espiritualis, na sua opinião, seria mais adequado.

A caverna Chauvet era um templo destinado à realização de cultos. Seus desenhos datam de 30 mil anos atrás. É um dos mais antigos sítios arqueológicos dessa natureza de que se tem notícia.

Ali, foram lapidados o sentido da representação, a arte, a música, o espírito e a fluidez da alma, a grande revolução que catapultou o abrupto desenvolvimento do homem moderno. 

A Bahia é a caverna Chauvet do Brasil, ainda em atividade. Ai que recalque que eu tenho de não ser Homo Bahianus.
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DESEJAR O DESEJO - Márcia Tiburi

Costumamos querer sem saber o que queremos, costumamos falar de desejo sem saber o que ele significa. Fala-se tanto em desejo que ficamos confusos com seu sentido. Arthur Schopenhauer, no século XIX, pensava que o desejo era o motor do sofrimento. Desejar resultava em ser infeliz. O filósofo tinha certa razão, pois o desejo não vem com o equilíbrio como brinde. E a pergunta, a princípio ingênua, “o desejo é afinal bom ou ruim?” não nos abandona.

Apesar da relação entre desejo e excesso, à sensação de aventura impressionante que uma possível “descoberta” do desejo nos convida, nos tornamos temerosos do desejo. Todavia, permanecemos desejando. Se não estamos às voltas à procura de nosso desejo por conta própria, sempre há quem esteja por perto dizendo que temos que encontra-lo e que isto será uma revolução pessoal.

Há quem fale da diferença entre querer e desejar, uns afirmando que o querer é racional e consciente e o desejo é irracional e inconsciente. É uma boa distinção. De qualquer modo, mesmo confusos, sabemos que o desejo sempre nos põe diante de um abismo que apenas com paciência e atenção somos capazes de atravessar em nosso dia a dia. Este abismo é o outro. É visando-o que descobrimos o que ele realmente é.
Estamos orientados a sempre desejar alguma coisa em relação ao outro, seja ele algo, uma pessoa, a sociedade ou o futuro. Quando desejamos o desejo, a vida vai bem. Nos movemos atentos à beleza, à tragédia, ao sublime da existência e tudo pode ser interessante e motivo de alegria. Baruch Spinoza, no século XVII, falava do desejo como uma espécie de impulso para a vida. A sua melhor qualidade era a produção da alegria como afeto saudável que nos fazia encontrar o outro como dádiva, luz, maravilha.
Para além da felicidade que advém do mero desejar o desejo, desejamos algo diferente dele. Às vezes desejamos as coisas e, como não conquistamos tudo o que queremos, sofremos. Quando desejamos pessoas podemos sofrer mais ainda, já que ao desejar outra pessoa que deseja como nós, nos deparamos com o obstáculo do seu próprio desejo que pode ser avesso ao nosso e nos rejeitar.
Muitas vezes, mesmo desejando alguém e tendo a sorte de uma amizade ou um amor correspondido pomos tudo a perder. Se não desejamos o que o outro é, acabamos por nossa própria conta que ele deveria ser. Mas quem teria este direito de desejar por nós?

Como alguém deveria ser
Não se trata apenas de desejar algo que o outro “deveria” nos dar e chorar porque não fomos contemplados, ou assumir com dignidade a frustração, mas de desejar o modo como alguém “deveria ser”. É como se o outro não fosse o que é, devendo sempre ser diferente para agradar o gosto do seu crítico de plantão. Tornamo-nos críticos exímios socialmente na arte de falar mal, de apontar defeitos, de querer, afinal, que o outro seja como queremos que ele seja. Nunca o que ele é. E se nos casamos com este outro, ou nos tornamos pais, ou precisamos conviver no trabalho?

Em casa, no trabalho, na escola, na empresa, esta postura carrega um gesto de desamor que, em graus variados, pode chegar ao ódio e à intolerância que são o extremo da falta de capacidade de dialogar ou de, simplesmente, deixar que o outro seja o que ele é, a seu modo. Mas e como “eu” deveria ser? Será que esta pergunta teria consistência?

Muitas vezes exigimos das pessoas atitudes e comportamentos que nós mesmos não temos, mas que supomos nossa característica mais essencial. Perguntados, entretanto, nem sempre podemos afirmar com precisão onde, como e quando tais características se manifestam em nós. Qual será a função desta exigência? Se critico o outro por sua preguiça é por que, ao contrário, eu sou trabalhador e esforçado? Se o critico por ignorância, eu sou sábio? Se o critico em sua antipatia, sou eu o simpático? Se o critico por falta de ética, eu sou ético? Falando do outro eu sempre me convenço de que sou melhor do que ele ou, antes, por me considerar perfeito já afirmo minha competência na crítica. Mas, sobretudo, acoberto a chance de que eu esteja na berlinda, sendo o alvo.

Nossos comportamentos geram valores. Não são apenas o fruto de valores preexistentes, mas nós mesmos construímos as bases a partir das quais agimos em nosso futuro e interferimos, sobretudo, no modo de ser de outras pessoas. Este modo de ser leva à decisões e ações mais ou menos livres que moldam a totalidade da vida.

A liberdade do outro é o começo da minha
Nossa sociedade costuma demonstrar seus valores cultuando-os. Este culto mostra duas coisas: que temos uma imensa capacidade de amar símbolos, pessoas ou coisas, e que, justamente por isso, também somos capazes de muita ilusão.

Quando desejamos ilusões não atingimos a profundidade do nosso desejo. Não devemos apenas pensar nas falsas necessidades que fazem operar nosso desejo, as inventadas pela sociedade em seu modo de produção atual. Devemos pensar nos valores que impomos a quem não é como nós somos e que compõem nosso desejo. A atenção crítica a si mesmo e ao outro precisa de óculos cuja lente seja a liberdade de ser que é direito de cada um. A liberdade do outro é onde inicia a minha.

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A BONDADE, A INTERNET E O FUTURO QUE DESEJAMOS CONSTRUIR - Edmir Silveira

Para mim, existe um sentimento que sintetiza 
a verdadeira evolução humana: a bondade.

Em qualquer de suas formas, sempre me emociona profundamente quando me deparo com ela. E são muitas suas formas. A bondade não escolhe ocasião, não precisa. Pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo.
Para os cientistas a cooperação foi a maior responsável pela evolução humana. E ser gregário, seria uma característica muito mais necessária do que opcional. Com certeza, por milhares de anos o foi. Mas, há poucos séculos, pelo menos, não é mais.

Hoje, ao contrário, ser gregário é que é difícil já que a solidão é, sem sombra de dúvida, o maior fantasma do ser humano.

A necessidade do sucesso profissional e econômico impõe a todos um egoísmo exacerbado que passou a ser visto como normal e até admirado. Se olharmos em volta, ninguém mais tem vergonha de admitir que não pensa em mais em ninguém a não ser em si mesmo. Perdemos a vergonha. Qualquer um já ouviu, um sem número de vezes, a frase quase imoral:
 - Primeiro eu, segundo eu, terceiro eu...e se tiver um quarto...

O conceito vigente é esse, até agora. Estamos andando sobre o fino fio que separa o egoísmo da indiferença cruel com que se olha o outro. Desumanizados. E o pior é que passeia impune pelo ambiente profissional,  “amizades”, relacionamentos amorosos e até nas famílias. Ser egoísta virou normal.

O antídoto para o egoísmo, que é o maior inimigo da felicidade, é essa bela característica humana: a bondade.

A bondade é mágica. Ao mesmo tempo em que é gerada por um ato de amor de quem dá gera amor em quem recebe e volta para quem acabou de dar. A bondade é o amor que se multiplica. Como nossas células. Uma bondade gera duas que gera quatro...

E, existe um lugar, virtual, onde isso já pode ser visto e vivenciado e que é, desde a invenção da roda, a maior revolução da história da humanidade: a internet. 

Um veículo de comunicação sem limites e capaz unir toda a humanidade de uma maneira jamais imaginada. E o que acontece através das mídias sociais é ainda mais maravilhoso e promissor. 

Temos visto muitas coisas que jamais veríamos se não fosse essa ferramenta fantástica.  Reencontros entre amigos de infância que jamais se reencontrariam de outra forma, pais reencontrando filhos e filhos reencontrando pais.


E como é emocionante poder rever uma paixão de infância! Por alguns instantes, revivemos cada sentimento esquecido. É como passar a vida a limpo. É como viajar numa máquina do tempo. 

É como se cada um de nós pudesse ver aquela parte final do filme que conta a história da nossa própria vida e que, quando estão passando os créditos, entram cenas adicionais e um narrador conta como cada personagem da nossa história está hoje: 
- Fulano se tornou um músico de grande sucesso, Sicrano é um médico no interior do país, Beltrana casou e mudou e nunca mais foi vista, até ontem, quando todos se reencontraram na mídia social da moda...

Porque, mais do que nunca, quem procura, acha. Porque no mundo virtual podemos viajar para onde quisermos em nossas memórias.


É emocionante reencontrar pessoas que fizeram parte de nossas histórias e que jamais reencontraríamos se não fosse a internet. E através desses reencontros, reencontramos, também, a nós mesmos.


Hoje, em vez de imaginar como seria reencontrar aquela pessoa a quem você gostaria muito de revelar uma coisa que não falou quando tinha 14 anos, você pode procurá-la no mundo virtual, reencontrá-la no mundo real e passar a limpo qualquer coisa mal resovida. Ou tão bem resolvida que dá vontade de reencontrar de novo. Ou seja, o passado, hoje, pode ser revisitado através das pessoas que fizeram parte dele.


Mas, a revolução vai além dos círculos pessoais, denunciando a possibilidade de estarmos no limiar de um grande salto na evolução humana.


Temos visto pessoas se mobilizando por pessoas que jamais conheceram ou conhecerão pessoalmente. Temos visto animais sendo resgatados e protegidos como jamais o foram. Temos visto pessoas que jamais se viram, se ajudando. Sendo encontradas e se encontrando. Se confortando. Compartilhando música, poesia, sexo, filosofia e tudo mais que a criatividade humana puder imaginar.


E, também, compartilhando gentilezas e bons sentimentos. Pessoas compartilhando suas humanidades. Mobilizando-se por causas nobres, valorizando a vida e a dignidade de todos os seres e do próprio planeta.
Se são os primeiros sinais de que o mundo e o ser humano melhor que desejamos ser já começou a se manifestar ou se é apenas mais uma utopia, só o tempo dirá.

Mas, se a bondade continuar a contagiar a humanidade como está parecendo e continuar a se alastrar, através da internet e de suas inimagináveis evoluções e desdobramentos, o futuro da humanidade será lindo.

Podemos estar presenciando um momento crucial na evolução humana. E fazer o bem e se preocupar com o outro é o principal sinal.


Se nada interromper essa tendência, no futuro, cada ser humano se tornará o guardião que cuidará e protegerá todos os outros seres. Semelhantes ou não.

A Casa Encantada & À Frente, O Verso.

A Casa Encantada & À Frente, O Verso.
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