A “competitividade” é uma dimensão da esperteza. A competência está no âmbito da inteligência. Dizer que precisamos trabalhar por mais inteligência e menos esperteza equivale a propor que é necessário buscar mais individualidade e menos individualismo. A individualidade é o ponto de partida natural para a interpessoalidade.
O individualismo é o marco inicial da competição predatória. O homem que se individualiza é aquele que se diferencia da massa, mas não imagina que pode se isolar de seus semelhantes. É o que se torna indivíduo sem se deixar alienar.
O individualismo é o marco inicial da competição predatória. O homem que se individualiza é aquele que se diferencia da massa, mas não imagina que pode se isolar de seus semelhantes. É o que se torna indivíduo sem se deixar alienar.
Não há, pois, individualidade sem interpessoalidade. Ser indivíduo é buscar a inteligência (que nasce da interpessoalidade) e saber lidar com a esperteza (que se origina no individualismo).
Não nos esqueçamos de que o homem que se torna um indivíduo é uma síntese viva e criadora da condição humana, enquanto aquele que mergulha no individualismo imagina-se sempre primeiro e único – o que, como já foi dito, equivale a correr o risco de ser também o último.
Não nos esqueçamos de que o homem que se torna um indivíduo é uma síntese viva e criadora da condição humana, enquanto aquele que mergulha no individualismo imagina-se sempre primeiro e único – o que, como já foi dito, equivale a correr o risco de ser também o último.
Esperteza (“competitividade”) é querer vencer eliminando os vencidos.
Inteligência (competência) é poder vencê-los e estender-lhes a mão, para que eles possam amanhã ser também vencedores. A mão fechada é o começo da separação. A mão estendida é o início do abraço. É o ponto de partida para o pensamento complexo — marco inaugural do longo processo de busca da solidariedade.