Talvez
não ser,
é ser
sem que tu sejas,
sem
que vás cortando
o meio
dia com uma
flor
azul,
sem
que caminhes mais tarde
pela
névoa e pelos tijolos,
sem
essa luz que levas na mão
que,
talvez, outros não verão dourada,
que
talvez ninguém
soube
que crescia
como a
origem vermelha da rosa,
sem
que sejas, enfim,
sem
que viesses brusca, incitante
conhecer
a minha vida,
rajada
de roseira,
trigo
do vento,
E
desde então, sou porque tu és
E
desde então és
sou e
somos…
E por
amor
Serei…
Serás… Seremos…