Ontem me deparei com uma amiga de infância super querida no elevador de um prédio comercial em São Paulo. Prestes a dizer um simpático: “Oi Adriana, há quanto tempo a gente não se vê…”, fui inibida. Adriana entrou ouvindo música em fones de ouvido que se prendiam a sua cabeça em uma espécie de tiara rosa, com grandes pompons pink nas orelhas. Adriana também manipulava o celular freneticamente, avançava as telas com o dedo e digitava no teclado virtual como se tivesse atrasada para uma reunião. Tinha o olhar fixo no iPhone.
Enquanto eu acompanhava os números crescerem no visor digital do elevador, ainda tinha esperanças que Adriana olhasse para mim. Não aconteceu. Ela estava praticamente adbuzida pela tecnologia. Não notou ninguém. A porta se abriu no 12º andar e Adriana continuou em passos firmes para seu destino, sem largar o fone ou o celular.
É cada vez mais comum a gente se deparar com pessoas conectadíssimas. Sim, a tecnologia nos deu mobilidade, rompeu barreiras, abriu nossos horizontes. Mas, de vez em quando, é preciso saber desconectar. Enquanto estamos presos na tecnologia, o mundo parece vazio ao nosso redor.
O vídeo da empresa tailandesa de telecomunicações DTAC mostra o quanto se pode perder da vida quando exageramos na tecnologia. As pessoas parecem invisíveis aos olhos de quem só presta atenção no e-mail, no celular, no iPod.
De vez em quando, a gente precisa saber apertar o “off” para reparar no arco-íris, apreciar o sorriso de quem se ama ou até, quem sabe, encontrar alguém especial. Hoje vou procurar Adriana no Facebook e contar pra ela o que aconteceu com a gente.