Por hoje não me importo que o tempo passe, que as horas avancem e que logo venha o anoitecer. Não tenho pressa de me ter como companhia, de me aconchegar no meu abraço e de sentir o meu calor. Faz tanto tempo que não me encontro, mas sei que é só me chamar que continuo bem-vindo.
Até posso no início ficar um pouco tímido e embaraçado, mas não esquento porque sei que logo logo vou estar em casa.
Até posso no início ficar um pouco tímido e embaraçado, mas não esquento porque sei que logo logo vou estar em casa.
Aí quando volto para o meu aconchego, fica tudo certo. Vem aquela calma que no meu silêncio só eu posso sentir. Tudo que está fora de mim vem cá pra dentro e o que está dentro vai para fora – aquela ideia que já estava ali parada faz tempo, aquela força que eu precisava para mais uma manhã de caminhada, inclusive o amor que fui adiando e escondendo lá no fundo, agora aparece e desabrocha.
Me dou conta que não preciso de muito, apenas de um momento comigo, calmo e sereno. Tudo que estava solto, começa a encontrar um novo lugar para se encaixar. E, de repente, me percebo inteiro, como de fato sou.
Por hoje me basta estar inteiro com a minha companhia. Amanhã se eu me soltar, marco de novo um novo encontro.
Por hoje me basta estar inteiro com a minha companhia. Amanhã se eu me soltar, marco de novo um novo encontro.