É raro ver um artista na casa dos 30 ou dos 40 anos contribuir com alguma coisa realmente extraordinária. É claro que existem algumas pessoas com uma curiosidade inata, que são eternas crianças na maneira como se maravilham com a vida, mas são raras.
Os nossos pensamentos constroem padrões semelhantes a dobras na nossa mente. Nós estamos efetivamente expressando padrões químicos. Na maioria dos casos, as pessoas ficam presas nesses padrões, como nos sulcos de um disco arranhado, e nunca saem deles.
Não podemos cair na armadilha dos dogmas, é a mesma coisa que viver pelos resultados do que outras pessoas pensaram.
Se quisermos viver a vida de forma criativa, como um artista, não podemos olhar muito para trás. Temos de estar dispostos a agarrar aquilo que fazemos, a pessoa que somos e colocar para fora.
Quanto mais o mundo exterior tenta nos impor uma imagem nossa, mais difícil é continuarmos a ser um artista, e é por isso que muitas vezes os artistas têm de dizer: “Adeus. Tenho de ir. Estou ficando maluco e vou sair daqui.”
E depois ir hibernar em outro lugar. Para que mais tarde voltemos a emergir de uma maneira um pouco mais criativa.