O amor romântico foi uma construção necessária, historicamente construída, e que, talvez esteja vendo seus dias finais.
Paradoxalmente o amor é um campo onde podemos estudar e aprender mais e conhecer mais a nossa própria cultura. As coisas não estão indo muito bem.
Tem sofrimentos, em angústias, que talvez sempre tenham existido, mas as grandes instituições preservavam. Seu casamento era aquele e pronto. Até que a morte os separe.
Dentro dessa estrutura muito antiga, sócio-patrimonialista, fomos colocando afeto dentro disso. É mais ou menos, na era moderna, uns poucos séculos, recente a romantização do casamento, incluindo o amor. Então, a gente quebra o interesse pragmático e acrescenta “você pode gostar de viver com uma pessoa”. Você pode se sentir bem pode haver afeto no casamento.
A partir daí, as coisas mudaram e passou a ser “você tem que amar alguém para se casar”.
Hoje, não nos sentimos bem em casar por interesse. Temos, inclusive, essa expressão depreciativa “casar por interesse”.
Hoje, não nos sentimos bem em casar por interesse. Temos, inclusive, essa expressão depreciativa “casar por interesse”.
No entanto, o que a gente vê hoje? Que isso não funciona.
Estamos vivendo um outro paradigma de relacionamento que eu chamaria de Amor em desencanto.
As relações afetivas, necessariamente estão fadadas ao fracasso. Por que? Por causa dessa diferença radical é alteridade pura. Para isso não acontecer, o ponto de partida, premissa primeira, tem que saber disso.
Por isso eu digo, desencanto...
Para que isso não aconteça, eu tenho que estar disposto a ver, a olhar o outro.
Assista a toda a palestra, é muito interessante.
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