Escrevi esse texto antes da pandemia pelo Coronavírus. Durante a pandemia, a ideia ganhou novas perspectivas que validam ainda mais sua discussão. Numa hipótese de que já tivéssemos esse projeto implantado, não só as aulas não precisariam ter parado em nenhum canto do Brasil, como um número incalculável de outras atividades produtivas e informativas poderiam continuar funcionando com total segurança de isolamento e com prejuízos bastante minimizados. O investimento necessário não chegaria a 10% dos prejuízos evitados.
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A educação e a distribuição do acesso ao conhecimento se tornaram tão precários e ineficientes no Brasil que, sob os atuais modelos, somos absolutamente incapazes de atender às nossas necessidades. E nem de conseguir chegar perto disso nas próximas décadas.
A estagnação é tanta e o abismo é tão profundo que poucos ousam encarar o problema com a seriedade que ele exige.
Precisamos de um projeto educacional que tire a maioria dos brasileiros da marginalidade social e profissional. Precisamos de um projeto educacional que envolva todo o país, traga resultados rápidos e que seja viável dentro da realidade econômica que vivemos.
Que vá ao encontro dos anseios da população, que democratize informação e o conhecimento acadêmico-científico. No resto do mundo, a universalização do acesso informática e a internet estão acabando com a necessidade de se ter salas de aula formais e professores presenciais para oferecer educação de qualidade. O professor remoto está em vários locais ao mesmo tempo, 24h/7dias da semana. E na hora que o aluno desejar.
Ninguém mais precisará se sacrificar para assistir a uma aula importante para seu futuro. Hoje, milhares de brasileiros, talvez milhões, saem exaustos de sua jornada de trabalho para cursos noturnos precários e com professores “baratos” para dar presença em aulas das quais não conseguirão reter nada de conhecimento porque seu corpo e mente estão absolutamente extenuados pelo dia exaustivo de trabalho e transporte.
Notebooks a preço de custo e acesso a internet gratuita em todo território nacional
O inicio dessa democratização será a produção de notebooks a preços acessíveis, o mais barato que se conseguir. Mais que isso, subsidiados em alguns casos. Casos de bolsa família, por exemplo, seriam distribuídos gratuitamente.
A configuração simplificada da máquina deve conter programas embarcados que permitam pesquisas, navegação e quantos mais aplicativos for possível a um custo realizável.
Sistema operacional aberto e gratuito, tipo Linux, que possibilitaria ser continuamente trabalhado para atender as peculiaridades que, obviamente, surgirão num país com as dimensões do nosso.
Start Ups seriam largamente incentivadas para o desenvolvimento de tecnologia para o segmento. Sempre com a criação de sistemas abertos e generosamente compartilhados.
Às operadoras de telefonia celular seria dada a incumbência de viabilizar o acesso a internet 4/5G em todo o território nacional de forma gratuita(para algumas regiões) e com qualidade. Afinal, a elas é dado o direito de exploração comercial de um dos maiores mercados consumidores desse serviço no mundo. A contrapartida é justa e justificada, já que o desenvolvimento e crescimento estarão aumentando o mercado onde elas próprias atuam.
Os geradores de todo conteúdo educacional e capacitativo à distância continuariam a ser gerados da mesma foram que o são hoje: através das universidades e dos meios de comunicação que já exploram esse segmento. Tais como produções tipo Telecurso e similares, já brilhantemente produzidos em quantidade interessante por diversas empresas de comunicação que exploram esse segmento.
Essa democratização e universalização do acesso ao conhecimento promoveriam uma transferência de Know-How e informações acadêmico-científicas a uma velocidade jamais vista. E que não poderá ser alcançada de outra maneira senão através dessa inclusão digital profunda. O futuro do mundo é digital, não existe sombra de dúvida sobre isso.
Essa democratização e universalização do acesso ao conhecimento promoveriam uma transferência de Know-How e informações acadêmico-científicas a uma velocidade jamais vista. E que não poderá ser alcançada de outra maneira senão através dessa inclusão digital profunda. O futuro do mundo é digital, não existe sombra de dúvida sobre isso.
Imagine que num cenário como esse, um aluno do Acre poderá assistir uma aula da USP sobre qualquer assunto e a qualquer momento. De que outra forma ele teria essa oportunidade? Pensemos no que isso representaria em termos de evolução cultural e científica de nossa população. Haveria democratização verdadeira do conhecimento. Não conheço forma mais eficiente de se alcançar uma melhor distribuição de oportunidades.
O país cresceria, sustentavelmente, 50 anos em cinco.
A geração de soluções regionalizadas e customizadas sempre são as que melhor atendem às demandas de cada população, e isso aumentaria exponencialmente em todos os segmentos.
Milhões de pessoas seriam inseridas na sociedade de forma efetiva. A comunicação facilitada pela internet acabaria, virtualmente, com um obstáculo até aqui, quase intransponível em nosso país; as distâncias continentais.
Quantas iniciativas maravilhosas surgiriam a partir dessas possibilidades. Volta e meia, mesmo com todas as dificuldades atuais, vemos exemplos de superação acontecendo em todos os rincões do país. Às vezes, iniciativas maravilhosas e isoladas de educar crianças e adultos em condições inimagináveis morrem junto com seus solitários idealizadores sem que sequer tenhamos conhecimento. Por falta de divulgação, de comunicação e do conseqüente apoio que esse teria se tivesse sido divulgado.
O Brasil é muito grande. O lado negativo desse gigantismo é a dificuldade que essas distancias nos impõe. Principalmente, no campo do acesso a informação como um todo e a educação acadêmico - cientifica em particular.
O Brasil precisa de um projeto grande, ambicioso, viável e verdadeiramente eficiente. Um projeto que, uma vez iniciado não possa ser interrompido por mesquinharias político-ideológicas. Que esteja acima disso. Que todos nós acreditemos que nos levará a um futuro mais auspicioso. Que não seja conquistado por mágica ou decreto.
Um projeto como o sistema Linux que, uma vez criado como aberto, possa ser mexido e utilizado por quem quiser. Tudo da forma mais simples possível. Tenho certeza que a simplicidade é o melhor caminho para se chegar longe.
Simplicidade é uma palavra chave nesse processo. Tem que ser simples para que todos entendam. Tem que ser sedutor para que todos desejem participar (afinal, quem não gostaria de ter um notebook e acesso a internet gratuita). A eficiência estaria assegurada devido a alta taxa de adesão.
O crescimento econômico estaria assegurado, por tempo indeterminado, de forma sustentável, gerando inclusão e distribuição de renda num grau inimaginável hoje. E, aumentando o que é cada vez mais importante hoje e o será ainda mais no futuro: a evolução, através do conhecimento, de cada cidadão desse país.
Pela primeira vez poderemos sonhar em erradicar de vez o analfabetismo e a ignorância que mantém populações inteiras reféns de políticos inescrupulosos e suas políticas eleitoreiras interessadas em manter seus eleitores nessa ignorância como forma de manobrá-los e dominá-los.
Precisamos ter um projeto de futuro que todos nós acreditemos. Que seja viável e auto-sustentável. Que uma vez iniciado não possa ser parado.
Só quem é muito mal intencionado e tira algum proveito da ignorância alheia pode ser contra um projeto que fará nosso povo florescer e evoluir através do conhecimento adquirido e por méritos próprios. Se forem oferecidas as ferramentas certas, esse nosso povo vai ser capaz de construir uma grande nação.
Só quem é muito mal intencionado e tira algum proveito da ignorância alheia pode ser contra um projeto que fará nosso povo florescer e evoluir através do conhecimento adquirido e por méritos próprios. Se forem oferecidas as ferramentas certas, esse nosso povo vai ser capaz de construir uma grande nação.
Por que a única coisa que não pode ser tomada de um ser humano é o conhecimento que ele possui.
O Leblon pré-novelas do Manoel Carlos.
Contos e crônicas.
O cotidiano do bairro.
Clipper, Pizzaria Guanabara, BB Lanches, Jobi, Bracarense
e outros lugares tradicionais do Leblon
são os palcos dessas histórias.
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