Dormi, acordei, dormi,
acordei, vida miserável. (...)
Quando penso nisso, tenho de dizer que a minha
educação me prejudicou muito em vários aspectos.
Não fui, de facto, educado num
lugar longe de tudo, como por exemplo entre ruínas, nas montanhas; contra esse
fato eu não poderia realmente exprimir a minha censura. Apesar de correr o
risco de não poder ser compreendido por todos os meus antigos professores, eu
bem preferiria ter sido um habitante dessas pequenas ruínas, queimado pelo sol
que por entre os destroços me apareceria de todos os lados sobre a tépida hera,
mesmo que eu a princípio houvesse sido fraco sob a pressão das minhas boas
qualidades, que com a força da erva teriam crescido dentro de mim.
Quando penso nisso, tenho
de dizer que a minha educação me prejudicou muito em vários aspetos. Esta
censura aplica-se a uma quantidade de pessoas, ou seja, aos meus pais, a
algumas pessoas de família, a alguns amigos da casa, a vários escritores, a uma
certa cozinheira, que durante todo um ano me levou à escola, a um monte de
professores (que nas minhas recordações tenho de comprimir num grupo estreito,
que doutra maneira me falha um aqui e outro ali — mas, com os comprimir de tal
modo fortemente, toda a massa se esboroa e desfaz a pouco e pouco), a um
inspetor escolar, a transeuntes vagarosos; em resumo, esta censura roda como
um punhal pela sociedade e ninguém, repito, infelizmente ninguém tem a certeza
de ver aparecer a ponta do punhal de repente na frente, atrás ou de lado.
Não
quero ouvir contradizer esta censura, porque já ouvi contradizer em demasia, e
como me têm refutado na maior parte das réplicas, incluo estas na minha censura
e declaro agora que a minha educação e esta réplica me prejudicaram muito em
vários aspectos.