para um passeio nas montanhas de Qiniang.
No
caminho, foi me contando de sua paixão por motos. “Comecei dirigindo uma
elétrica, quando tinha apenas 12 anos. Naquele tempo havia um boom de e-bikes. Comprei uma por menos de 1000
yuan (150 dólares). São rápidas e não poluem. Mas logo, elas estavam por todas
as partes, e tornou-se caótico. Muitos pilotavam sem habilitação e ninguém
respeitava as regras.
Circulavam
nas calçadas, na contra mão, e isso causava muitos acidentes, e como
são silenciosas também havia muitos atropelamentos. Por isso foram proibidas em
Shenzhen.
A proibição provocou muita
polêmica. Embora não tenha me atingido, na época já havia comprado minha
terceira a gasolina, achei muito
injusto.
Além
da questão ambiental, muita gente dependia delas; moto táxis,
serviços de entrega e etc. Não era uma proibição necessária. Eles podiam
simplesmente ter tornado as leis de trânsito mais rígidas. Dos veículos
motorizados não poluente, a e-bike é
o mais econômico.
Aqui
na China é onde mais se vende carros elétricos. Existe cerca de 100 modelos, atualmente,
no mercado e uma vasta rede de postos de carregamento. Como a indústria local
não podia competir com a de motores à combustão estrangeiras, se especializou
nesta área. Mas apesar dos diversos incentivos e financiamentos, ainda é um
produto para a classe média.
No trajeto de volta, paramos
para abastecer no posto de gasolina, notei que ele encheu o tanque com 45 yuan ou 25 reais. Então perguntei; e e se
tivéssemos vindo de ônibus quanto custaria?
“No mínimo cinco ou seis vezes mais” disse ele
sorrindo. .
Rick
Ricardo – O Monge Ocidental