Destruir
o berço, a mata, a essência,
Que
acalenta, com sons , cores e frutos
O
futuro que é da vida, não nos pertence.
Matar
a mãe, cuspir no prato que alimenta,
Suicidar-se,
matar o mundo que é do filho,
Da
beleza, do sonho, de si mesmo.
A
ganância, grande herança do nada,
Nos
torna cegos, sem ver belezas
E
rezamos, pagãos hipócritas,
Carrascos
do ventre que nos gerou.
E
perdidos os homens, tão sem caminho,
Se matam, matando tudo, seu próprio ninho.
Natureza
que cria, que cura, que chora,
Pelo
filho que lhe devora as próprias entranhas.
_____________________________________________________________________________