Na busca por alimentos, formigas processam informações
de modo mais eficiente do que o Google
Todos aprendemos desde pequenos que as formigas são prudentes, e que enquanto a cigarra canta e toca violão no verão, esses pequenos insetos trabalham para coletar alimento suficiente para todo o inverno. No entanto, segundo estudo publicado na revista Procedimentos da Academina Nacional de Ciências, elas não só são precavidas, mas também "muito mais eficientes que o próprio Google".
Para chegar a essa inusitada conclusão, cientistas chineses e alemães utilizaram algorítimos matemáticos que tentam enxergar ordem em um aparente cenário caótico ao criar complexas redes de informação. Em fórmulas e equações, descobriu-se que as formigas desenvolvem caminhos engenhosos para procurar alimentos, dividindo-se em grupos de "exploradoras" e "agregadoras".
Aquela formiga encontrada solitária que você encontra andando pela casa em um movimento aparentemente aleatório é, na verdade, a exploradora, que libera feromônios pelo caminho para que as agregadoras sigam o trajeto posteriormente com um maior contigente. Com base no primeiro trajeto, novas rotas mais curtas e eficientes são refinadas. Se o esforço for repetido persistentemente, a distância entre os insetos e a comida é drasticamente reduzida.
- Enquanto formigas solitários parecem andar em movimento caótico, elas rapidamente se tornam uma linha de formigas cruzando o chão em busca de alimento - explicou ao The Independent o co-autor do estudo, professor Jurgen Kurths.
Por isso, segundo Kurths, o processo de busca de um alimento realizado pelos insetos é "muito mais eficiente" do que a ferramenta de pesquisa do Google.
Os modelos matemáticos do estudo podem ser igualmente aplicados a outros movimentos coletivos de animais, inclusive em humanos.
A ferramenta pode ser útil, por exemplo, para entender o comportamento das pessoas em redes sociais e até em ambientes de transporte público lotado.