Muitas
vezes temos que dar tempo ao tempo. Outras vezes, temos que arregaçar
as mangas, e resolver – nós mesmos – determinada situação.
Neste caso, não existe pior coisa do que adiar. Adiar traz angústias
e sofrimentos desnecessários.
Eu
aprendi a não adiar as coisas do modo que todo mundo aprende:
levando na cabeça. Quando eu tinha dez anos, minha mãe me obrigou a
fazer um daqueles chatíssimos cursos de educação física. Um dos
exercícios era pular de um píer na água. Eu morria de medo. Ficava
no último lugar da fila, e sofria vendo cada menino que pulava na
minha frente – porque em pouco tempo chegaria o momento do meu
salto. Até que um dia, para impressionar uma menina, resolvi ser o
primeiro a pular. Tive o mesmo medo, mas acabou tão rápido que eu
passei a ter coragem.