A
verdade é que não se escreve mais como antigamente, pois naquele
tempo não havia computadores, e, por incrível que pareça, nem
mesmo canetas esferográficas.
Porém,
se fôssemos registrar em papel todos os absurdos do ser humano, não
sobraria sequer uma resma para os cartões de Natal.
Moral:
Pode ser que esse texto seja incoerente, mas faz muito mais sentido
do que o massacre dos sem-terra. Antes que eu me esqueça: a reforma
agrária já começou. Criaram um ministério.
Isso
posto, não de gasolina nem de saúde, já que uma é cara e a outra
é carente, vamos ao que interessa. Quando digo vamos ao que
interessa, vem-me logo à mente a pergunta: interessa a quem? A mim,
pensará o leitor desavisado. O leitor avisado perceberá facilmente
que estou me referindo a assuntos interessantes e, se não forem,
também não interessa.
Resolvido
essa questão da maior importância para aqueles que assim pensam,
passo a seguir ao tema central da discussão, por sinal uma discussão
que se perpetua enquanto dura.
A
pergunta é a seguinte: como abordar um tema central quando se está
fora do centro e, por isso mesmo, longe do efeito da força
centrífuga? Como ficam nisso tudo o centro do poder, o centro
espírita, o centro da cidade e o centro sempre discutido das pessoas
autocentradas? Convenhamos, o que é centro para uns é esquerda para
outros e direita no sentido de quem vem.
Infelizmente,
quando se entra em assunto tão polêmico, ninguém se atreve a
responder. Mesmo porque, ainda nem foi perguntado. Se for e quando
for, tenho certeza de que sempre haverá alguém para discordar e eu
perdôo, pois essas contradições são inerentes à alma humana.
Disse
alma humana? Que dizer, então, das outras almas? Da desumana, da
penada, da alma do negócio e, principalmente, da alma minha gentil
que te partiste / tão cedo desta vida descontente / repousa lá no
céu eternamente?
Não
quero parecer ilógico, mas seria de péssimo gosto trazer mais uma
vez à baila essa intrigante questão. Aliás, pensando bem, ou mesmo
pensando mal, por que trazer à baila e não levar ao baile? Ou mesmo
trazer o baile à baila?
Nunca
tiveram a coragem de revelar essa incongruência histórica: no baile
da Ilha Fiscal ninguém pagava imposto de renda.
Digam
o que disserem: a dura realidade é que nenhum intelectual que se
preze pode desprezar-se.
Tenho
a mais absoluta convicção de ter sido claro e objetivo na colocação
dessas idéias.
Para
finalizar, termino.
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