O sim é não, o não é talvez, o talvez é com certeza, o com certeza é não sei, o não sei é por quê, o por quê é tudo!
Toda e qualquer conversa é necessária. Talvez não positiva ou construtiva, mas necessária, sim. Podemos fugir delas, dizer que não precisamos disso ou daquilo, evitar ouvir palavras que consideramos vazias de pessoas que não consideramos boa companhia ou com quem temos um histórico negativo, e tudo isso é compreensivo, natural e saudável. Mas há de se assumir que, eventualmente, o que aprendemos com o confronto ou com a fuga se fará presente e acabaremos por questionarmos o que dissemos ou deixamos de dizer. E se o arrependimento bater, não evite, questione.
Discussões banais e ofensas nos fazem repensar nossas opiniões, às vezes nos mostrando contradições, em outras, confirmando o que acreditamos ser correto. Ser questionado e contradito é algo positivo. Pensar no que vamos dizer, organizar os pensamentos e as palavras que usaremos para explicá-los, rever conceitos, tentar evitar usar somente nossa vivência como parâmetro de comparação em algumas situações, reconhecer que somos falhos e temos muito a aprender é positivo.
Afinal, o que você realmente sabe?
Temos poucas certezas na vida. Sabemos que é finita, que para toda ação física há uma reação, que ao olharmos para o céu num dia ensolarado, o veremos da cor azul, que ao tocarmos no fogo, nos queimamos, que sonhar não custa dinheiro nenhum. E até isso já foi contrariado e questionado por filósofos, escritores de ficção-científica, crianças e adultos que não se acomodam.
E quem somos para dizer que eles estão errados? Por qual razão não nos juntamos a eles?
Questione as fotos. Questione os fatos. Questione, discuta, ouça e se faça ouvir, não concorde por comodismo ou desistência, não se ofenda ao ser questionado, tome aquela vez em que te deixaram sem palavras como incentivo para ir atrás de mais respostas, não finja que sabe, admitir que desconhece algo é bonito e atraente, vai por mim. Ou melhor, não vá, me questione. Abra espaço para cada vez mais “porquês” na sua vida.
A vida e tudo o que ela engloba é como a arte, subjetiva e questionável, mas precisa ser explorada por quem está disposto. Ou eu posso já nem pensar assim e me questionar se quero que esse texto seja lido. No momento, sim, quero.
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