VELHICE - Artur Xexéo

Sou velho. E isso me surpreende todos os dias. Sempre estranho a figura que vejo no espelho, enquanto lavo o rosto. Imaginava que eu teria mais cabelos. E os fios que me sobram, não os supunha tão brancos. É assim que inicio a batalha de todos os dias: com uma briga entre o que sou e o que penso que sou.

Quando em algum balcão burocrático preciso responder qual a cor de meus cabelos, ainda tenho a tendência de escrever “castanhos”. Se me corrijo a tempo e assinalo “brancos”, bate uma nova dúvida: não seria melhor deixar claro que sou calvo?

Minha velhice não é novidade. Sei direitinho quando ela começou. Foi num cinema em Nova York. Não me lembro o nome do filme a que assisti. Mas me lembro muito bem da reação da mocinha da bilheteria _ quantos anos ela tinha? 13? _ ao olhar para a minha fisionomia e concluir: “é sênior”. Não me perguntou nada. Estava na cara. 

De acordo com minha certidão de nascimento, ainda faltavam alguns anos para eu atingir tal categoria. Mas ela não teve dúvidas, e me vendeu meia entrada.

Quando, enfim, atingi o marco que me inclui no grupo da terceira idade, resolvi não rejeitar nenhuma das concessões que se adquire nesse estágio. Pago meia nos teatros, escolho as filas preferenciais em bancos e supermercados e entro de graça no MASP em São Paulo. Afinal, alguma vantagem há de se ter com a velhice.

Não tenho pensado na velhice por acaso. Na última quarta-feira, escrevi uma coluna criticando a ação dos Black Blocs. Minha intenção era só dar uma opinião. Agora, percebo que foi uma ousadia. No meu blog, vários participantes de passeatas que apoiam a violência do grupo me acusaram de ser... velho!

“Envelheceu mal, hein?”, explicitou um deles. Pode ser. Mas lendo o apoio de alguns da minha geração aos atos violentos que estão sendo vistos na ruas, posso concluir também que há os que rejuvenescem mal. É difícil explicar o apoio à violência. 

Uma leitora tentou fazer com que eu entendesse como sou alienado: “A coisa só vira mesmo tirando gente como você do conforto da sua mesinha com computador da última geração e ar condicionado geladinho e fazendo encarar a realidade do que é ter necessidades primárias.”

Sobre o computador de última geração e o ar condicionado geladinho, vou ter que fazer compras para não decepcionar a leitora e passar a ter o cotidiano que ela imagina que eu possuo. Isso se ainda tiver no comércio algum computador ou aparelho de ar condicionado depois da passagem dos Black Blocs pelas ruas.

Quanto ao resto, não vejo muita gente com necessidades primárias no meio dos mascarados de preto. Li no jornal um caso exemplar: um pai mostrava-se preocupado com a filha, de vinte e poucos anos, que foi identificada pela polícia como Black Bloc. 

Não há nada de muito concreto contra ela. Mesmo assim, o pai e a menina, aproveitando que ela está passando férias num país da América do Sul, combinam de ela pedir asilo político na Argentina para não ter que enfrentar as autoridades na volta das férias. Necessidades primárias? No meu tempo, isso se chamava filhinha do papai. 

Faz a bobagem e, quando a porca torce o rabo, pede a ajuda do papai. Devo estar errado. Porca torcendo o rabo é coisa de velho.

O DESTINO EXISTE?

Estamos mesmo no comando da nossa vida? 
A ciência tem mais de uma resposta: 
por um lado, o conceito de destino é imaginação pura. 
Por outro, a própria realidade é uma ilusão. 
E o futuro já está escrito.

Só podia ser destino. Eu, um dos autores desta reportagem, tinha 17 anos e estava apaixonado. Platônico total: tinha conhecido a menina 8 meses antes, numa viagem. A gente ficou junto e no dia seguinte foi cada um para o seu canto. A menina, para a cidade dela, eu, para a minha. Não teve troca de telefone nem nada. Fim. Mas a moça não saía da minha cabeça. Seis, 7, 8 meses e a coisa só aumentava. Ir atrás dela? Esquece. A mulher morava numa metrópole de mais de 1 milhão de habitantes - e nem o sobrenome dela eu tinha. O certo mesmo era pôr a cabeça no lugar e partir pra outra. Então pensei bem e tomei a decisão mais sensata: ir atrás dela. Desci na rodoviária do lugar, fiquei umas horas andando por lá sem eira nem beira... Mas aí, minha nossa. Ela, a própria, me passa andando bem ali, do outro lado da calçada. Atravesso a rua com o batimento mais acelerado que coração de big brother no paredão. Tinha dado certo. Só podia ser destino.

Encontrar um amor, ganhar na loteria, escapar de uma batida de carro, bater o carro... Vários capítulos da vida acontecem de um jeito tão inesperado que não dá para não pensar: é tudo acaso mesmo? Ou existe algo misterioso regendo a existência? Você vai ver nas 4 reportagens a seguir que as duas perguntas têm a mesma resposta: sim. Nada está escrito. Mas tudo está escrito.

O destino está nas estrelas
A ideia de um futuro predeterminado move filosofias e religiões. E serve de combustível para um dos conceitos mais antigos da humanidade: o de que os astros regem nossa vida.

A crença de que nosso futuro já está determinado é parte do que somos. O problema é que nosso cérebro tem um defeito congênito: ele é programado para encontrar sentido em qualquer coisa, inclusive para a existência.

Quer ver como isso funciona, Rafael? Bom, quem se chama Rafael acabou de ver. Poderíamos ter escrito qualquer nome aqui. Mas se for o seu, Juliana, isso vai parecer especial. Claro que ver o seu nome impresso do nada já é algo especial. Mas sua mente tende a achar mais especial. Até as mentes mais céticas imaginam naturalmente que uma força superior determinou isso. O destino, talvez. Mas a realidade é que escolhemos Rafael e Juliana porque são nomes comuns. A chance de acertarmos o nome de vários leitores não era desprezível.

Um exemplo mais claro: imagine que o próximo concurso da Mega-Sena dê 01, 02, 03, 04, 05 e 06. Seria destaque do Jornal Nacional, conversa de almoço de domingo... Mas a chance de dar uma se-quência dessas é estatisticamente a mesma de sair uma que o cérebro entende como mais comum, tipo 06, 13, 17, 27, 45 e 54. A diferença é que a nossa mente adora padrões. E a ideia de que todos os acontecimentos da nossa vida orquestram-se rumo a um destino predefinido é a quintessência dessa coisa de ver padrão em tudo. E basta uma coincidência qualquer, como seu nome impresso aqui ou a menina encontrada no meio de uma cidade grande, para engatilhar essa impressão.

Por isso mesmo todas as culturas desenvolveram métodos de prever o futuro. Ele podia estar desenhado em tripas de carneiro, nuvens, restos de placenta...Mas nenhuma forma de tentar ver o futuro chegou com tanta força ao presente quanto a astrologia.

Ligar o movimento dos astros aos trancos e barrancos da vida aqui embaixo é algo que começou na Pré-História. Esse hábito deriva de uma observação simples: a de que a posição do Sol não varia apenas de acordo com as horas do dia mas também com a passagem do ano. Observando os pontos em que o Sol nascia no horizonte, nossos ancestrais notaram que ele ia mudando de direção com o passar dos meses. E logo identificaram um grupo de constelações posicionadas perto dessa rota aparente do Sol. Ao contrário das outras estrelas, que se movem visivelmente ao longo do ano, aquele anel de constelações - que os gregos batizaram de "círculo de animais", ou "zodíaco" - parecia fixo.

Também notaram que a posição do Sol em relação ao zodíaco tinha ligação com o clima e as estações. O nascimento do Sol próximo à constelação de Áries marcava o equinócio de primavera - o momento em que o dia e a noite têm duração idêntica. Essa data sempre teve importância simbólica: marcava a entrada da primavera no hemisfério norte e era centro de celebrações religiosas relacionadas à fertilidade. A conclusão era que aquelas constelações influenciavam a duração dos dias e o clima - parecia simplesmente lógico, então, que também tivessem poder sobre a vida humana. Daí vieram os primeiros horóscopos, que já eram produzidos na Mesopotâmia de 1 000 anos antes de Cristo de maneira idêntica à de hoje. Se uma criança vinha ao mundo no período em que o Sol nasce na parte do céu ocupada por Libra, a vida dela era "regida" pela constelação - na prática, o conjunto de estrelas era entendido como uma divindade. O costume passou para os gregos, romanos, e daí para o mundo.

A astrologia já teve prestígio de ciência - até o século 17 quase todo astrônomo também era astrólogo, incluindo aí gênios científicos como Johanes Kepler. Isso acabou. Mas o poder da astrologia não. Estima-se que 70% das pessoas no Ocidente leiam seu horóscopo.

Várias religiões e um destino
O conceito de destino sofisticou-se com o tempo. Ele se tornou fundamental para a filosofia e a religião. E continua até hoje. Tanto que uma das doutrinas mais antigas sobre o assunto ainda está em voga: a do carma, elaborada há pelo menos 3 mil anos na Índia.

De acordo com ela, nada acontece por acaso: todos os fatos na vida de um indivíduo são consequência de suas ações em existências passadas. "Nosso caráter é resultante total de nosso passado, e o nosso futuro será determinado por nosso presente. Quando dizemos que algo ocorreu por acaso ou por acidente, isso se deve ao nosso conhecimento limitado dos fatos", diz Swami Nirmalaiatmananda, líder do movimento religioso vedanta no Brasil. Embora o plano geral de nossa vida já esteja traçado antes do nascimento, a teoria do carma deixa espaço à liberdade humana: cada pessoa pode tentar agir com virtude e ir "descontando" a carga das vidas passadas. Quem acertar as contas cármicas será recompensado na próxima reencarnação; mas quem ficar no vermelho terá de pagar com acidentes e desgraças.

Alguns pensadores da Grécia antiga tinham uma visão parecida, mas menos liberal: defendiam que não dá para escapar do que estiver reservado para você. Eram os adeptos do estoicismo, uma das correntes filosóficas mais influentes da Antiguidade. De acordo com os estoicos, o futuro é tão inalterável quanto o passado. Zero de livre-arbítrio.

Na mesma época em que o estoicismo ganhava força, por volta do século 4 a.C., surgiu uma corrente com ideias opostas: o epicurismo. Se os estoicos achavam que o Universo era uma ordem perfeita, Epicuro afirmava que a essência de tudo o que existe é o caos. O nosso mundo e a nossa vida seriam fruto do acaso. E pronto. Essa ideia seria retomada no século 20 por filósofos existencialistas, como Jean-Paul Sartre. Para ele, acreditar em um futuro com cartas marcadas equivalia a escapar da responsabilidade de tomar decisões. Os existencialistas afirmaram, com isso, a total liberdade humana - mas também legaram um medo: o de que podemos viver em um mundo que não faça sentido. Afinal, isso vai contra aquele instinto básico do cérebro de tentar ver sentido, ordem, em tudo.

Na história do cristianismo - e das outras religiões monoteístas -, o problema do destino assumiu vestimentas teológicas. A história da traição de Judas a Jesus ilustra bem isso. Os Evangelhos deixam bem claro que a crucificação de Cristo fazia parte dos planos divinos - mas a cruz só foi possível graças ao maligno feito de Judas. Nesse caso, Judas estaria predestinado a ser mau? A resposta mais radical foi dada pelo protestante francês João Calvino no século 16. Na obra Instituição da Religião Cristã, ele formulou a teoria da predestinação. Segundo ela, Deus escolheu de antemão um (pequeno) número de pessoas para a salvação eterna - e condenou previamente a maioria das pessoas ao inferno. Assim como Judas, a maior parte da humanidade estaria simplesmente destinada ao mal e à punição. "Se a negação do destino traz angústia pela responsabilidade das escolhas humanas, a doutrina da predestinação angustia porque, no fundo, não temos como saber qual a escolha divina", explica o filósofo Franklin Leopoldo Silva, da Faculdade de São Bento, em São Paulo.

Calvino acreditava que a misericórdia divina poderia eventualmente alterar os destinos - mas, no século 20, fundamentalistas protestantes dos EUA reciclaram a doutrina calvinista para criar a chamada "teologia da prosperidade". Segundo eles, a riqueza e a boa sorte nos negócios são sinais de que determinada pessoa foi "escolhida para o paraíso", enquanto a pobreza e o azar são indícios de que alguém já está previamente condenado ao inferno. Um raio na cabeça seria evidência indiscutível de que, antes mesmo de seu nascimento, Deus já havia decidido que você não presta.Mas esse conceito radical de destino está longe de ser a regra mesmo entre os protestantes. No catolicismo, muito menos. O Vaticano sempre frisou o livre-arbítrio como uma peça necessária à responsabilidade moral. Afinal, se as pessoas fossem boas ou más por decreto divino, qual o sentido de recompensá-las ou puni-las?

A teologia muçulmana também procurou um meio-termo entre o livre-arbítrio e a potência divina: o homem é livre para agir, mas Deus já sabe de antemão o que cada um de nós vai fazer ou deixar de fazer. "Deus tem o pré-conhecimento de todas as escolhas que tomaremos, mas não nos obriga a tomá-las; sabe tudo o que vai acontecer, mas não provoca os acontecimentos", explica Sami Arrmed Isbelle, diretor da Sociedade Beneficente Muçulmana do Rio de Janeiro.

O surreal é que a ideia de um futuro predeterminado e, ao mesmo tempo, inescrutável, tem uma colaboradora inusitada: a ciência. Ela mesma indica que, sim, seu futuro está escrito. Como disse Einstein em pessoa: "A distinção entre passado, presente e futuro é uma ilusão". 

RUY CASTRO - Homem de Marte

Deu no jornal. Beatriz, estudante carioca de 21 anos, é uma dos 100 mil inscritos no projeto da empresa holan- desa Mars One, que se propõe a selecionar 40 pessoas e, destas, despachar quatro para Marte em abril de 2023. Não para tomar sol e flanar pelos canais, mas para morar --o bilhete é só de ida-- e contribuir para criar uma colônia humana no nosso vizinho.

Vizinho, em termos. Marte fica a quase 60 milhões de quilômetros --sua menor distância da Terra-- e a viagem tomará sete meses. Nem a volta do trabalho para casa em São Paulo leva tanto tempo. Para isso, os candidatos a colonos-astronautas terão de suportar oito anos de treinamento, passar por centenas de simulações de voo e pouso e se habituar à miserável dieta que terão de praticar por lá. Diante disso, muitos dos selecionados cairão pelo caminho. Beatriz espera chegar às finais --foi até escolhida para estrelar um documentário promocional sobre a viagem.

Mas temo que essa empreitada exija um tipo diferente de pessoa --alguém que já tenha um razoável histórico de resiliência e dê provas diárias de que suporta agruras, revezes e privações sem perder a pose. Alguém que, certo de suas convicções, enfrente a fúria dos elementos em defesa delas. Enfim, alguém sobre quem não reste a menor dúvida.

O pastor Marcos Pereira, por exemplo. Com seu visual de vilão do cinema mudo --a que não faltam as olheiras de rolha queimada-- e acusado de estupro de fiéis, envolvimento com o tráfico, lavagem de dinheiro, participação em homicídio e arrotar sem motivo justo, ele está certo de que um "homem de branco" descerá das nuvens e o libertará dos aposentos de onde está vendo o sol nascer quadrado. "A cadeia não tem como me segurar", diz. 

É de homens como ele que Marte precisa.

LUIZ FELIPE PONDÉ - As raízes do romantismo

A modernidade é bipolar. 
Quando acorda bem, é iluminista, 
quando acorda mal, é romântica

O mundo, às vezes, pode parecer um lugar assustador. Um lugar onde não conseguimos ver espaço para nossa vida. A alma, então, fica ofegante, sem ar, buscando um lugar onde o horror não seja a regra.

Esse lugar pode ser um mundo invisível, o passado, um paraíso, a pessoa desejada, ou, o que às vezes é a mesma coisa, um outro inferno, como o mundo, ainda que feito da substância dos pesadelos. Quando esse terreno encontra gênios literários, o horror pode virar beleza.

A descrição acima está muito próxima do que o filósofo judeu britânico Isaiah Berlin (século 20) pensava da Alemanha (ainda que neste momento a Alemanha não existisse como unidade política) dos séculos 17 e 18, devido as terríveis guerras religiosas entre católicos e protestantes, "a Guerra dos 30 Anos".

O resultado foi uma Alemanha devastada e reduzida à "Idade Média". Enquanto França e Inglaterra nadavam de braçada em direção à modernização burguesa industrial, os alemães se afogavam no ressentimento e na melancolia. Nascia o romantismo. Essa Alemanha foi seu o berço.

A historiografia marxista costuma dizer (com razão) que o romantismo é a primeira grande ressaca da Europa com a modernização burguesa. A tese de Berlin não nega este fato, mas ilumina elementos sutis com relação aos afetos românticos.

A modernidade é bipolar. Quando acorda bem, é iluminista, científica e progressista, assim como nós quando acordamos acreditando em nossa capacidade de produzir o sucesso material em nossas vidas.

Mas quando ela acorda mal, é romântica, ciente da hostilidade do mundo e em dúvida com relação à capacidade de sua grande criação, o iluminismo racionalista e técnico-científico. Assim como nós quando acordamos em meio a madrugada sentindo a solidão de quem investiu a vida em dinheiro, profissão e sucesso material às custas dos vínculos afetivos pouco eficazes.

Mas, se o romantismo é mal-estar com o mundo burguês, ele é também fruto do mesmo mundo burguês e sua esperança na capacidade do indivíduo criar sua própria vida e sonhar com um futuro que seja autêntico e livre de convenções limitantes. O romantismo é antes de tudo uma afetividade angustiada com um mundo que nega aos homens e mulheres sua espontaneidade. Uma espontaneidade recém-adquirida graças à liberdade moderna.

Em março e abril de 1965, Berlin deu um série de conferências na National Gallery of Art em Washington, EUA, como parte do programa conhecido como The A. W. Mellon Lectures in the Fine Arts. Estas conferências foram publicadas em 2001 com o título "The Roots of Romanticism", Princeton University Press, organizadas pelo editor da obra de Berlin, Henry Hardy. São quatro conferências imperdíveis tanto para os interessados no romantismo quanto para os interessados no pensamento do próprio Berlin.

O romantismo é um grande ataque ao iluminismo e sua fé na eficácia e na ciência da razão. Por isso, na segunda das conferências, Berlin identifica no pietismo alemão do século 17 a grande matriz romântica e não nos delírios das caminhadas do solitário Rousseau. Os pietistas eram de classe média baixa, homens de letras, que liam a mística alemã medieval, principalmente autores como o místico do século 14 Meister Eckhart.

Os petistas viam o mundo como um lugar tomado pelos horrores do mal e por isso fugiam para o campo, viviam em silêncio, estudavam, e por isso mesmo tinham uma vida interior de enorme força e violência. A vida como drama, e não como "uma agenda" (como viam os iluministas).

Em especial, o teólogo e poeta piestista J.G. Hamann (1730-1788), amigo pessoal de Immanuel Kant, lerá o conceito de "Abgrund" ekhartiano, entendido pelo medieval como "abismo sem fundo" de uma alma que se descobre feita da matéria de Deus, como sendo a realidade de uma alma obscura e misteriosa que não cabe na razão, mas que é presa num mundo que não é sua casa. O exílio no mundo é a marca deste "mago do Norte", como ficou conhecido.

O romantismo nos legou esse sentimento sem cura de que criamos um mundo no qual não nos reconhecemos.

CIENTISTAS DESVENDAM ENGRENAGEM QUÍMICA DO MAL DE ALZHEIMER

Droga que inibiu ação de proteína em neurônios 
interrompeu degeneração em ratos

Pesquisadores da Escola de Medicina de Yale, nos Estados Unidos, anunciaram a descoberta da proteína que faltava para entender o passo-a-passo de reações químicas que levam a degeneração dos neurônios. É a perda de células do sistema nervoso que caracteriza o estado de demência, como no mal de Alzheimer. Por meio de pesquisa com ratos, os cientistas concluíram que ao aplicarem medicamentos para reduzir os níveis do receptor metabotrópico de glutamato 5 (mGluR5), os roedores conseguiram restaurar a memória da área cerebral afetada.

O estudo foi publicado na edição desta semana da revista “Neuron”. Até então, o mecanismo conhecido da doença de Alzheimer começava com o aumento da concentração da proteína beta-amiloide, em associação com as proteínas príon presentes na superfície dos neurônios. Mas faltava entender como que essas duas substâncias conseguiam ativar a uma terceira proteína envolvida no mecanismo, a Fyn.

— O mais empolgante entre todas as ligações dessa corrente molecular é que a esta proteína, a mGluR5, é a mais fácil de ser atingida por remédios — disse o líder do estudo, o professor de neurologia Stephen Strittmatter, em declaração divulgada pela universidade.

De acordo com o trabalho divulgado na “Neuron”, a droga usada para bloquear o efeito da mGluR5 é semelhante a desenvolvida para tratar a síndrome de Martin & Bell, uma mutação genética associada ao autismo. Strittmatter destaca que o estudo pode ser o ponto de partida para o desenvolvimento de novas drogas para atuar especificamente na associação de proteínas que resultam no alcance do mGluR5.

Estima-se que haja mais de 1,2 milhão pacientes de Alzheimer no Brasil, doença que já se encontra entre as 10 maiores causas de mortes entre as doenças não transmissíveis no país, segundo a Organização Mundial de Saúde.

A ARTE DE SER VELHO - Vinicius de Moraes

É curioso como, com o avançar dos anos e o aproximar da morte, vão os homens fechando portas atrás de si, numa espécie de pudor de que o vejam enfrentar a velhice que se aproxima. Pelo menos entre nós, latinos da América, e sobretudo, do Brasil. E talvez seja melhor assim; pois se esse sentimento nos subtrai em vida, no sentido de seu aproveitamento no tempo, evita-nos incorrer em desfrutes de que não está isenta, por exemplo, a ancianidade entre alguns povos europeus e de alhures.

Não estou querendo dizer com isso que todos os nossos velhinhos sejam nenhuma flor que se cheire. Temo-los tão pilantras como não importa onde, e com a agravante de praticarem seus malfeitos com menos ingenuidade. Mas, como coletividade, não há dúvida que os velhinhos brasileiros têm mais compostura que a maioria da velhorra internacional (tirante, é claro, a China), embora entreguem mais depressa a rapadura.

Talvez nem seja compostura; talvez seja esse pudor de que falávamos acima, de se mostrarem em sua decadência, misturado ao muito freqüente sentimento de não terem aproveitado os verdes anos como deveriam. Seja como for, aqui no Brasil os velhos se retraem daqueles seus semelhantes que, como se poderia dizer, têm a faca e o queijo nas mãos. Em reuniões e lugares públicos não têm sido poucas as vezes em que já surpreendi olhares de velhos para moços que se poderiam traduzir mais ou menos assim: "Desgraçado! Aproveita enquanto é tempo porque não demora muito vais ficar assim como eu, um velho, e nenhuma dessas boas olhará mais sequer para o teu lado..."
Isso, aqui no Brasil, é fácil sentir nas boates, com exceção de São Paulo, onde alguns cocorocas ainda arriscam seu pezinho na pista, de cara cheia e sem ligar ao enfarte. No Rio é bem menos comum, e no geral, em mesa de velho não senta broto, pois, conforme reza a máxima popular, quem gosta de velho é reumatismo. O que me parece, de certo modo, cruel. Mas, o que se vai fazer?

Assim é a mocidade- ínscia, cruel e gulosa em seus apetites. Como aliás, muito bem diz também a sabedoria do povo: homem velho e mulher nova, ou chifre ou cova.

Na Europa, felizmente para a classe, a cantiga soa diferente. Aliás, nos Estados Unidos dá-se, de certo modo, o mesmo. É verdade que no caso dos Estados Unidos a felicidade dos velhos é conseguida um pouco à base da vigarista; mas na Europa não. Na Europa vêem-se meninas lindas nas boates dançando cheek to cheek com verdadeiros macróbios, e de olhinho fechado e tudo. Enquanto que nos Estados Unidos eu creio que seja mais... cheek to cheek. Lembro-me que em Paris, no Club St. Florentin, onde eu ia bastante, havia na pista um velhinho sempre com meninas diferentes. O "matusa" enfrentava qualquer parada, do rock ao chá-chá-chá e dançava o fino, com todos os extravagantes passinhos com que os gauleses enfeitam as danças do Caribe, sem falar no nosso samba. Um dia, um rapazinho folgado veio convidar a menina do velhinho para dançar e sabem o que ela disse? - isso mesmo que vocês estão pensando e mais toda essa coisa. E enquanto isso, o velhinho de pé, o peito inchado, pronto para sair na física.

Eu achei a cena uma graça só, mas não sei se teria sentido o mesmo aqui no Brasil, se ela se tivesse passado no Sacha's com algum parente meu. Porque, no fundo, nós queremos os nossos velhinhos em casa, em sua cadeira de balanço, lendo Michel Zevaco ou pensando na morte próxima, como fazia meu avô. Velhinho saliente é muito bom, muito bom, mas de avô dos outros. Nosso, não.

ARTUR XEXÉO - A pergunta

Há gente que fica paralisada diante de perguntas que perseguem a Humanidade desde sempre. Como “o que é a vida?”. Há quem consulte filósofos, leia tratados, pesquise no Google para não ficar mudo quando ouve alguma indagação metafísica como “de onde viemos?”, “para onde vamos?”.

Não sou desses. Nem por isso deixo de ficar mudo diante de algumas questões. Uma delas me persegue ultimamente. É mais prática, mais concreta, menos filosófica. Quase sempre ela me ataca no supermercado. Diante da caixa. Logo após entregar meu cartão para pagar as compras. É quando a moça, invariavelmente, me pergunta com ar displicente:
— Débito ou crédito?

Nunca sei o que responder de imediato. É claro que eu sei a diferença entre crédito e débito. Mas ali, naquela hora, diante da urgência da atendente, eu fico confuso, na dúvida, inseguro e, consequentemente, mudo. Crédito ou débito? Será esta a grande questão do universo?

Nem tenho cartão de débito. Portanto, a minha resposta, quando enfim eu consigo dar alguma reposta, é sempre a mesma. Mas antes de pronunciá-la, preciso de alguns segundos, talvez minutos, para me decidir. O que é mesmo crédito? O que é mesmo débito? Para que serve mesmo este cartão? Por que eu não consigo responder a uma pergunta tão simples?

Só há uma explicação: sofro de STB (não confundir com SBT, que me faz sofrer muito também), a Síndrome de Trocar as Bolas. É simples assim. Troco as bolas. Troco os conceitos de débito e crédito.

No domingo, em mais uma crônica genial, Verissimo, ciente que há gente que troca as bolas como eu, ensinou a diferença entre Calvin Klein e Kevin Kline, Billy Wilder e William Wyler, Von Sternberg e Von Stroheim. O texto me serviu de grande ajuda. Fiquei mais seguro em relação a uma ou outra dúvida, embora deva confessar que, em relação a Von Sternberg e Von Stroheim, eu continuo confuso, mesmo depois das explicações de Verissimo. Pois foi lendo a crônica de Verissimo que me dei conta de não estar sozinho no mundo.
Eu confundo a Siqueira Campos com a Constante Ramos, sabe Deus por quê, a Dias Ferreira com a Domingos Ferreira, a Guilhermina Guinle com a Rainha Guilhermina. A primeira confusão não me traz muitos problemas, já que as ruas estão separadas por alguns poucos quarteirões. Mas as outras realmente dão trabalho. Muitas vezes quero ir ao Leblon e me vejo em Copacabana. Ou, a caminho de Botafogo, vou parar no Leblon.

Eu confundo Hugh Grant com Hugh Jackman. Confundo Kirsten Dunst com Kristen Stewart. Os personagens de “Senhor dos Aneis” com os de “Harry Potter”. Eu confundo.

Mas a pergunta que realmente me atormenta, aquela que eu não quero ouvir e que me persegue com a fidelidade de um cão encontrado rua é uma só:
— Débito ou crédito?

ARTUR XEXÉO - Sabores

Nunca me esqueci da tarde em que, voltando da escola acompanhado pela empregada lá de casa... bem, naquele tempo politicamente incorreto, a gente chamava de “empregada”. Eu sei que, hoje, costuma-se chamar de funcionária, secretária, ajudante, amiga, auxiliar... Mas, como estou falando de antigamente, manterei o termo da ocasião. Pois voltava da escola com a empregada, ela entrou numa padaria para comprar leite e me perguntou: “Quer um sonho?”

Sonhos não se recusam. Mas também não são oferecidos. Estranhei. Ela insistiu e me apontou o sonho a que se referia. Vi, pela primeira vez na vida, aquele doce, em forma de almofada, soltando creme para todos os lados. Aceitei e, na primeira mordida, percebi que tinha um sabor que eu nunca havia experimentado. E era delicioso. Foi dos melhores prazeres gastronômicos a que já tive acesso. Até hoje procuro pelo sonho de padaria perfeito. Mas nunca mais o encontrei.

Nas férias de verão, sempre passadas no Rio, meu irmão costumava me levar para jantar na casa da tia Maria Caldas. Tia Maria Caldas _ ela sempre foi chamada assim, com nome e sobrenome _ era a solteirona da família. Morou a vida inteira num conjugado na Avenida Copacabana. Tinha cozinha mínima.

Mas aparentava gostar de cozinhar para meu irmão e eu. Num desses jantares, não me lembro do prato principal, mas lembro-me muito bem de um dos acompanhamentos: ovos mexidos. Ovo não era um alimento muito popular lá em casa. Não era inteiramente rejeitado, como a cebola e o alho, que nunca fizeram parte do cardápio. Mas era ocasional. E em outras formas, como a do ovo cozido ou a do ovo frito. Mexidos, eu nunca tinha visto. Eu não gostava muito de ovos, por isso fiz cara feia quando a tia Maria Caldas estava preparando aqueles. Mas, desde a primeira garfada, foi amor à primeira vista. Tento repetir aquela experiência. Faço ovos com bacon, com presunto, com ervas, ponho leite para ficarem macios, ponho água para ficarem mais leves...

Mas nunca mais comi ovos mexidos tão gostosos quanto os da tia Maria Caldas.

Minha primeiríssima viagem internacional foi a Buenos Aires. Ainda era universitário, tempos de dureza, e, na Argentina, me submeti a uma dieta de massas num dos restaurantes mais populares da cidade, o baratíssimo Pippo. Mas uma noite, eu e o grupo que me acompanhava cometemos uma extravagância e fomos jantar num restaurante que tinham me recomendado: El Palacio de La Papas Fritas. 

Na verdade, assim como o Pipo, o El Palacio era uma rede de restaurantes. Também era popular, mas com um cardápio com preços um pouco acima do outro. E usava toalhas de mesa, diferentemente do Pipo que preferia cobrir as mesas com papel de pão. A ideia era comer carne, mas o que me surpreendeu foi o acompanhamento, as tais papas fritas. Em forma de pequenas almofadas _ devo ter alguma obsessão gastronômica por almofadas _, as batatas, fritas no ponto exato, estouravam na boca espalhando seu sabor. Voltei muitas vezes a Buenos Aires. Nunca deixei de ir ao El Palacio em busca daquele gosto. Mas nunca mais o encontrei.

Resumo da ópera: os melhores sabores são os da primeira vez.

CAETANO VELOSO - Canto de fonte

Os olhos de Emma são lindos, de uma cor verde-cinza 
e com forma e tamanho 
muito harmônicos com o pedaço do rosto
 cuja pele está de fora

A moça do Black Bloc que aparece num vídeo da Mídia Ninja e na capa de “Veja”, que diz chamar-se Emma, é deslumbrantemente bonita com a máscara que só deixa à mostra os olhos. Isso não quer dizer que ela tenha apenas os olhos bonitos (o que muitas vezes é confundido com ter os olhos claros). Os olhos de Emma são lindos, de uma cor verde-cinza e com forma e tamanho muito harmônicos com o pedaço do rosto cuja pele está de fora. Muito harmônico também com as sobrancelhas, cujo arco está corrigido por depilação e talvez reforçado por leve pintura. Onde parece haver pintura (e, se for o caso, de cor e linhas muitíssimo bem escolhidas) é nas pálpebras. Falando para a câmera da Ninja, a borda das pálpebras junto às pestanas delineadas de negro, as jovens dobras do entorno de seus olhos parecem a um tempo escurecidas e cintilantes, sempre com insinuações douradas. Mas o que faz a gente crer tratar-se de uma bela mulher é a relação de tudo isso com a forma do rosto que está sob a máscara negra.

A gente tem vontade de ir ao acampamento em frente à casa de Cabral para falar com ela, mas respeita a exigência do grupo anarquista a que ela aderiu de não fazer de nenhum militante uma individualidade, sua vida pessoal devendo desaparecer sob a máscara e a ideologia. Por mais bonita que ela seja, os Black Blocs não estão aí para lançar celebridades midiáticas e figuras atraentes para olhares curiosos. A porta da casa de Cabral não é o portão do BBB. Emma é linda. O anarquismo é lindo. Mas eu sou um velho baiano que sonhou, aos 23, fuçar uma trans-esquerda ou uma ultra-esquerda e, como todo esse afã de trans e ultra estava focado em libertar a criação de canções no Brasil, terminei, na parte estritamente social e política, encontrando os valores do liberalismo como algo que merecia uma atenção que não vinha recebendo no ambiente em que eu me movia. Já contei em outro lugar como sonhava em ser uma esquerda à esquerda da esquerda e, no fim do processo, quase me tornei um liberal inglês. Tenho muita inveja de Ferreira Gullar, que foi de esquerda, sem fantasias ou delírios de ultra ou trans, e amadureceu para defender sem pejo muitos dos princípios liberais. E olha que ele já tinha experimentado tudo o que pode haver de trans e ultra na atividade poética e na crítica de arte.

Olho demoradamente os olhos, as sobrancelhas, algo da testa, o começo do nariz e um canto de fonte de Emma e me pergunto o que pensar. Ouço-lhe as palavras. Leio no blog de André Forastieri uma pergunta sobre as relações entre o Fora do Eixo e a candidatura de Marina Silva, inclusive sugerindo que o coletivo teria em mente indicar o ministro da Cultura, caso Marina se eleja. Um dos caras que quebraram o palácio do Itamaraty era cabo eleitoral de Marina. Esta o reprovou e o afastou. Mas, entre a beleza de Emma, a opção pela (deveras interessante) economia solidária, como alternativa à ideia de que só o esquema patrão-salário-empregado é livre, e as cenas de depredação protagonizadas pelos Black Blocs, meu coração e minha cabeça balançam: o antigo itinerário labiríntico que passa pela ultraesquerda e se encontra com o liberalismo se refaz em segundos. Mas, como digo na esquisita letra de “Um comunista”, “o samba” não crê em violência e guerrilha. Se Marina conseguir fazer sua campanha para a presidência, acho que não resistirei e votarei outra vez nela. Essa crítica à suposta naturalidade do trabalho assalariado como única forma possível de trabalho livre eu saquei do Mangabeira. Que não harmoniza muito com Marina. Mas harmoniza com a ambição experimental do Fora do Eixo. Que é “acusado” de estar perto demais de Marina.

É um momento muito embolado no cenário brasileiro. O 7 de Setembro vem com uma ameaça de risco de criação de instabilidade séria. Imagino como será em Brasília. Não que a decisão de não cassar o mandato de Donadon ajude. Mesmo assim, devemos manter a ideia de sair às ruas pela paz. Gosto do rosto de Emma, do livro de David Graeber (o antropólogo anarquista que Zé Miguel já citou como bom explicador das moedas alternativas do FdE), de Marina (e sua aproximação de André Lara Resende pode desagradar a alguém como Mangabeira, mas a mim não me desagrada: gosto de Lara Resende pelo que já fez na história do real e pelo artigo sobre crescimento em economia), e acho a proposta de Olavo de Carvalho de uma política (e não só uma economia) para os liberais muito presa à ideia de que o comunismo é como o diabo incansavelmente tramando contra o bem. Há boas intenções nos liberais e há boas intenções nos socialistas e comunistas. Embora ninguém duvide de que boas intenções podem levar ao inferno.

AS 10 PRINCIPAIS RAZÕES PARA PROFISSIONAIS ODIAREM SEUS TRABALHOS

Funcionários desmotivados podem custar caro para uma empresa. 
Veja como empregadores deveriam resolver cada problema

Um estudo recente da Dale Carnegie Training mostrou que quase três quartos dos trabalhadores não estão totalmente engajados em seus trabalhos. A falta de envolvimento pode ser um sinal de insatisfação com o trabalho — e funcionários desmotivados podem custar muito caro para uma empresa. Ilya Pozin, fundador da Ciplex, uma companhia de web design e marketing de Los Angeles, listou, em artigo para o LinkedIn, as 10 principais razões, em ordem decrescente, para que profissionais odeiem seu trabalho (e como empregadores poderiam resolver os problemas). Confira:

10. Eles pensam que “a grama do vizinho é mais verde que a sua”. Se os amigos do profissional estão tendo uma experiência incrível em outra empresa, por que ele não teria inveja? A transparência de benefícios para os funcionários em outras empresas, por vezes, podem levar funcionários a sonhar em trabalhar em outro lugar. Empresários devem ficar de olho no que as outras empresas estão fazendo e tentar se igualar onde for possível. Claro, nem sempre vai dar pra ficar em pé de igualdade com o Google, mas por que não tentar dar aos funcionários algo digno de se vangloriar?

9. Os valores dos profissionais não se alinham com os da empresa. A insatisfação será certa se os funcionários não acreditam na mesma coisa que a empresa. Se a companhia valoriza a criatividade e a colaboração, é fundamental fazer uma triagem baseada nesses valores no processo de contratação. Dar feedback regularmente também pode ajudar empresa e funcionários a ficarem em sintonia no que diz respeito às necessidades e valores do negócio.

8. Os profissionais não se sentem valorizados. Se a empresa não investe em fazer um "afago" nos seus funcionários, a felicidade deles ficará, por certo, afetada. Reconhecimento dá origem a lealdade. O que você, empresário, está fazendo para mostrar para seus funcionários que eles são valorizados membros da companhia? Isso não significa dar recompensas monetárias para cada realização - em vez disso, vale elogiar o trabalho regularmente e ocasionalmente lançar mão de uma recompensa por um desempenho incrível.

7. Insegurança no emprego. É fácil não gostar de seu trabalho quando você está preocupado se ainda terá o emprego daqui a alguns meses. Se a empresa está passando por tempos difíceis, busque ser transparente e trabalhe para manter o alto astral e o envolvimento de suas equipes. Ou os funcionários podem acabar deixando você por medo do futuro.

6. Não há espaço para desenvolvimento na carreira. Qual é a política da sua empresa para as promoções? Muitos funcionários acabam se sentindo desmotivados quando não há chance de avançar dentro de sua empresa. Sua empresa pode ser pequena, mas é importante para criar um plano para os funcionários crescerem com ela.

5. Eles estão insatisfeitos com o salário. Nada apaga mais a paixão que a sensação de receber menos que merece. Aumentar os salários dos funcionários pode ser algo fora da realidade em determinados momentos, mas o empresário deveria considerar perguntar a eles o que acham que deveria ser feito — a honestidade dos profissionais pode surpreendê-lo.

4. Há burocracia demais. As regras podem arruinar sua equipe. Nada é mais frustrante do que não ser capaz de tomar suas próprias decisões. Aumentar a autonomia dos empregados, dando-lhes espaço para atingir objetivos, é fundamental. Isto estabelece um nível saudável de confiança, produtividade e benefícios para a empresa como um todo.

3. Os funcionários não estão sendo desafiados. Seus funcionários estão numa busca constante de aprimorar suas habilidades através de seu trabalho. A empresa deve investir em descobrir se seus funcionários sentem que estão adquirindo bons conhecimentos. Se eles não estão se tornando melhores, certamente buscarão um lugar onde sentem que podem melhorar.

2. A paixão se foi. Há uma enorme diferença entre viver para o trabalho e trabalhar para viver. Seus funcionários amam o que fazem? O mercado de trabalho tem levado muitas pessoas a assumirem empregos que não amam. Concentre-se na contratação de funcionários completamente apaixonados e dê-lhes condições de manter sua paixão durante todo o seu tempo na empresa.



1. O chefe é um péssimo chefe. Má gestão pode arruinar até mesmo os funcionários mais apaixonados e bem remunerados. A empresa não pode deixar que uma péssima gestão e a falta de habilidades de liderança arruínem a unidade da sua força de trabalho. Você é autoritário? Crítico demais? É um mau comunicador? Se você tem empregados infelizes, a primeira coisa que você deve olhar é para seus hábitos de gestão. A próxima coisa a fazer é conversar com seus funcionários para investigar o problema.

FERREIRA GULLAR - Uma questão de bom senso

Todo mundo sabe que, dos que se viciam em drogas,
 poucos conseguem largar o vício

Falando francamente, o que você prefere, a segurança ou a insegurança, o previsível ou o imprevisível? Em suma, quer acordar de manhã certo de que as coisas vão caminhar normalmente ou prefere estremecer ao pensar no que fará, neste dia, o seu filho drogado?

Acho muito difícil que alguém prefira viver no desespero, temendo o que pode ocorrer nesse dia que começa. Estou certo de que todo mundo quer viver tranquilo, certo de que as coisas vão transcorrer dentro do previsível.

Mas quem se droga comporta-se, inevitavelmente, fora do previsível, ou não é? Já imaginou a apreensão em que vivem os pais de um filho drogado? Começa que ele já não vai à escola e, se vai, arma sempre alguma encrenca por lá. Se já trabalha, abandona o emprego e começa a roubar o dinheiro da família para comprar drogas.

Se isso se torna inviável, entra para o tráfico, passa a vender drogas ou torna-se assaltante, porque tem de conseguir dinheiro para comprá-las, seja de que modo for. Daí a pouco, não apenas assalta e rouba como também mata. Os pais já não reconhecem nele o filho que criaram com tanto carinho. Pelo contrário, o temem, porque, drogado, ele é capaz de tudo.

E mesmo assim há quem seja a favor da liberação das drogas. Conheço muito bem o argumento que usam para justificá-la: como a repressão não acabou com o tráfico e o consumo, a liberação pode ser a solução do problema. Um argumento simplista, que não se sustenta, pois é o mesmo que propor o fim da repressão à criminalidade em geral. O argumento seria o mesmo: por que insistir em combater o crime, se isso se faz há séculos e não se acabou com ele?

Fora isso, pergunto: se não é proibida a venda de cigarros e bebidas, por que há tráfico dessas mercadorias? E pedras preciosas, é proibido vendê-las? Não e, no entanto, existe tráfico de pedras preciosas. E ainda assim os defensores da liberação das drogas acham que com isso acabariam com o problema. Claro, Fernandinho Beira-Mar certamente passaria a pagar imposto de renda, ISS, ICMS e tudo o mais. Esse pessoal parece estar de gozação.

Todo mundo sabe que, dos que se viciam em drogas, poucos conseguem largar o vício. E, se largam, é por entender que estavam sendo destruídos por ele, uma vez que perdem toda e qualquer capacidade de refletir e escolher; são verdadeiros robôs que a droga monitora.

Qual a saída, então? No meu modo de ver, a saída é uma campanha educativa, em larga escala, em âmbito nacional e internacional, para mostrar às crianças e aos adolescentes que as drogas só destroem as pessoas.

E isso não é difícil de demonstrar porque os exemplos estão aí aos milhares e à vista de quem quiser ver. Os traficantes sabem muito bem disso, tanto que hoje têm agentes dentro das escolas para aliciar meninos de oito, dez anos de idade.

Confesso que tenho dificuldade de entender a tese da descriminalização das drogas. Todas as semanas, a polícia apreende, nas estradas, em casas de subúrbio, em armazéns clandestinos, toneladas de maconha e de cocaína. É preciso muitos drogados para consumir essa quantidade de drogas.

Junto às drogas, apreendem, muitas vezes, verdadeiros arsenais de armas modernas de grosso calibre. É preciso muito dinheiro e muita gente envolvida para que o tráfico tenha alcançado tal amplitude e tal nível de eficiência. Como acreditar que tudo isso desaparecerá, de repente, bastando tornar a venda de drogas comércio legal? Sem falar nos novos tipos sofisticados de cocaína e maconha, que estão diversificando o mercado.

A verdade é que o tráfico existe e cresce porque cresce o número de pessoas que consomem drogas. Como se sabe, não pode haver produção e venda de mercadoria que ninguém compra. Se se reduzir o número de consumidores, o tráfico se reduzirá inevitavelmente. E a maneira de fazer isso é esclarecer os jovens do desastre que elas significam.

O resultado maior não será junto aos viciados crônicos, que tampouco devem ser abandonados à sua má sorte. Virá certamente do esclarecimento dos mais jovens, dos que ainda não foram cooptados pelo vício. A eles devem ser mostrado que as drogas destroem inevitavelmente os que a elas se entregam.

PROMETA-ME UMA VIDA LONGA - Cláudia Penteado

"Toda vida é uma missão secreta" 
(Clarice Lispector)

Difícil fugir do único assunto que vem povoando minha mente há  vários dias, depois da morte deduas centenas de jovens numa fatalidade estúpida que, sabe-se, poderia ter sido evitada.

Algumas tragédias podem sim, ser evitadas.

O episódio que aniquilou várias famílias me lembrou uma senhora que conheci recentemente em uma viagem, acompanhada da filha, do genro e do neto de uns 2 anos. Em um papo despretensioso sobre a vida, ela me confessou, orgulhosa: quando minha filha era adolescente a fiz prometer que jamais faria três coisas na vida – tatuagem, andar de avião pequeno ou helicóptero e nunca subir em uma moto.

Aquele pacto vitalício me impressionou bastante, e fiquei pensando até que ponto nós temos o direito de interferir dessa maneira na vida dos nossos filhos, tolindo-os em nome da nossa própria felicidade e para nos poupar de decepções e tristezas.  A suposta segurança que lhes impomos garantirá que, por mais que eles tenham uma vida longa, sejam felizes?
Eu que tenho uma filha de 10 anos fiquei pensando:que lista imensa de coisas eu seria capaz de pedir a ela que jamais fizesse,  em nome de me sentir mais segura de que sua vida será mais longa, uma vez
eliminados uma boa parte dos perigos que a põe em risco? Andar de moto, de helicóptero, de avião pequeno, evitar boates que não tenham alvará de incêndio em dia, não usar drogas, não pular de para-quedas, não andar de asa delta, não praticar escalada, jamais entrar em um carro de corrida, não andar a cavalo, não andar de barco…a lista é interminável.

Que espécie de pacto seria esse, para garantir que nada de mal lhe acontecerá – em nome da minha tranquilidade? Eliminando-se umas 20 coisas explicitamente perigosas, minhas chances de envelhecer e morrer antes dela, como deve ser, aumentam?

Conversei sobre esse assunto com minha pequena grande menina de 10 anos, na base da brincadeira,e ela achou pertinentes algumas das possíveis reivindicações da mãe protetora. De outras, ela riu, claro: ah, mãe, não andar de moto? Risos. Bom, de barco eu não gosto mesmo de andar. Andar de avião equeno e de helicóptero não curto mesmo, acho que posso prometer.

Mas o fato é que nessa vida temos que ajudar nossos filhotes a aprender a voar e deixá-los ir, cruzando os dedos para que dê tudo certo. Como diz o poeta Lulu Santos, tolice é viver a vida sem aventura. Que se divirtam no caminho, que sejam felizes, que tenham liberdade para cumprir seus próprios destinos, enquanto seguimos com os nossos, nesse interminável “andar do bêbado”, onde o acaso domina a cena mais do que gostaríamos.

Por sinal, o livro com esse mesmo título (Andar do bêbado, de Leonard Mlodinow) aborda exatamente os fatores aleatórios que transformam nossas vidas e que não dependem, necessariamente, de grande habilidade ou competência, mas de “circunstâncias fortuitas”. Lidar com elas, infelizmente, não tem receita.

Não há mesmo consolo para a dor de uma perda. Mas sempre haverá algum alento se fizemos a nossa parte, dando amor e proteção sim, mas permitindo que a eles liberdade de escolha, dentro dos limites normais das relações entre pais e filhos. Esse amor é o que realmente funda uma base emocional e “protege”, dando melhor  preparo para tomar decisões acertadas e reagir diante do desconhecido, de eventos aleatórios, das causalidades.

Mais do que as grandes decisões – uma profissão, um casamento -, são muitas vezes as aparentemente pequenas escolhas diárias que fazem toda a diferença, como não sair de casa num dia de muita chuva, não pegar carona com alguém que bebeu, não experimentar drogas, não entrar em diversas furadas.

No mundo das redes sociais e das comunidades, dizer não tornou-se, afinal de contas, cada vez mais difícil. Alguém com segurança emocional é capaz de fazer escolhas melhores – embora naturalmente não esteja livre das roubadas, como todos nós.

JOÃO UBALDO RIBEIRO - Formigas na rapadura

Acho que todo mundo lembra o que disse num discurso o presidente Kennedy: “Não pergunte o que seu país pode fazer por você, pergunte o que você pode fazer por seu país.” Eu estava lendo os jornais e aí me ocorreu, como já deve ter ocorrido a muitos de vocês, que nossa prática política se orienta por uma atitude oposta a essa exortação. Ou seja, queremos saber o que o Brasil pode fazer por nós, mas não alimentamos muita curiosidade sobre o que podemos fazer pelo Brasil. Isso se expressa no comportamento de nossos governantes, que não disputam nada pensando no país, mas em abocanhar ou manter o poder, aqui tão hipertrofiado, abarrotado de privilégios e odiosamente infenso ao controle dos governados.

Para que mais, a não ser desfrutar desses privilégios, não se sabe, porque não existe projeto, além da cantilena sobre justiça social, saúde para todos, educação de qualidade e outras generalidades com as quais todos concordam. Que modelo de estrutura socioeconômica queremos, que Estado queremos, que país queremos, como chegaremos lá? Que propostas concretas são oferecidas? Ninguém diz — e os programas partidários, como os próprios partidos, causam constrangimento, pela ausência de ideias e compromissos sérios. O negócio é se eleger e se abancar, depois se vê o que se pode fazer, conforme a necessidade e a serventia para a permanência no poder. Na pátria, como se falava antigamente, ninguém se mostra muito interessado.

Tudo o que se faz hoje é visando às eleições, ou seja, a continuação no poder ou ascensão a ele. Descobriram agora essa lambança das concorrências em São Paulo, que não é propriamente inédita na história nacional, e grande parte da reação parece do tipo “viu, viu? nós rouba, mas cês também rouba!” Todo mundo na vida pública rouba, o que pode não ser uma afirmação justa, mas já virou axioma na descrição de nossa realidade e um dado importante em qualquer equação política. Invoca-se o princípio da falcatrua consuetudinária. Ou seja, se é ilegal, mas costumeiro, prevalece o costume e é considerado sacanagem e falta de coleguismo fazer denúncias ou querer punições. Que outras novidades têm para nos segredar? Quem não aposta que nada vai dar em nada?

O Estado às vezes parece ter as pernas bambas. Recomeçou o dramalhão do julgamento do mensalão e muita gente não entende mais nada, a começar por esse singular minueto processual, através do qual o Supremo Tribunal Federal vira penúltima instância, dia sim, dia não. Todo mundo quer saber se as sentenças emanadas do Supremo eram à vera ou não eram, devia ser simples de responder. Essa novela vai por aí, se arrastando já há não se sabe quanto tempo, todo dia aparece uma notícia inesperada e creio que nenhum de nós se surpreenderá se, esta semana, for noticiado que a decisão final do Supremo estará condicionada à resposta a uma consulta feita pela Câmara de Deputados, ou coisa assim, o que, com a gripe que atacou um ministro, o impedimento de outro, e o atraso de outro, leva o caso, para que tenhamos certeza de uma decisão justa, para depois do recesso do Judiciário, no próximo ano.

Vimos também a cena envaidecedora em que nosso ministro das Relações Exteriores se manifestou, conforme ouvi num noticiário, “com dureza”, sobre a espionagem cibernética americana, numa fala dirigida em pessoa ao secretário de Estado John Kerry. Disse umas verdades na cara do gringo, que o escutou com atenção, cortesia e respeito, para logo após retrucar que nos devotava desmesurado amor e descomedida amizade, mas continuaria a espionar e, acreditássemos, era para o nosso próprio bem. Se não gostarmos, claro, temos todo o direito de nos queixar ao bispo, ele compreende.

Esse mesmo ministério, aliás, deve estar às voltas com o perdão de dívidas milionárias que alguns países africanos têm com o Brasil. Comenta-se que isso é por causa do esquerdismo do atual governo, notadamente em sua política externa. Comenta-se também que o perdão dessas dívidas possibilita que os governos beneficiados fechem novos contratos com empreiteiras brasileiras. É o que dá o envolvimento com setores notoriamente de esquerda, como nossas empreiteiras, essa linha avançada do socialismo. Há apenas um ligeiro embaraço na coisa, pois se sabe que as empreiteiras, com toda a certeza, vão receber o dela, mas os financiadores, ou seja, nós, vamos contribuir mais uma vez para os crimes e as contas bancárias de déspotas, genocidas e saqueadores de riquezas nacionais

No cada vez mais fugidio setor de grandes realizações, a complexa coreografia governamental se tem exibido em torno do trem-bala, que o pessoal lá do boteco deu para chamar “trem-bala perdida”. O trem-bala é um exemplo notável de aumento de custos recordista, talvez sem precedentes em todo o mundo, porque já perdemos a conta de quantas vezes esses custos foram revisados para cima. E agora li não sei onde, maravilhado com os nossos mecanismos de distribuição de renda, que, mesmo que se venha a desistir do trem-bala, o custo dele já terá sido mais ou menos um bilhão de reais. Não entendi direito, mas não se pode deixar de manifestar admiração.

Diante dessa sarabanda agitada e da luta para não largar o osso, lembro-me de quando eu era menino em Itaparica, punha um pedaço de rapadura no chão e ficava esperando formigas brotarem do nada, várias espécies que só tinham em comum gostar de açúcar. Umas ruças, grandalhonas, eram minhas favoritas, porque ficavam frenéticas e não paravam um segundo, para lá e para cá, em cima da rapadura, apesar de que, volta e meia, uma parecia se saciar e caía imóvel — dura para trás, dir-se-ia. Eu não sabia, mas estava vendo o Brasil, só que as formigas não se saciam e quem cai para trás somos nós.

MARTHA MEDEIROS - Todos os motivos do mundo

Da série “Morro e não vejo tudo”: 165 mil pessoas de mais de 120 países se inscreveram para participar do programa de assentamento em Marte, projeto elaborado pela organização holandesa Mars One. Os brasileiros estão em terceiro lugar em número de inscritos: 8.686 – perdem apenas para americanos e chineses. No próximo sábado, encerram-se as inscrições.

A empresa pretende desembarcar quatro voluntários em 2023, e depois novos cosmonautas a cada dois anos, a um custo de US$ 6 bilhões, parte financiada por um reality show sobre os primeiros anos de existência da colônia. Idade mínima: 18. Taxa de inscrição: de US$ 5 a US$ 75, dependendo da nacionalidade do cidadão, que deve enviar também um vídeo de um minuto falando sobre os motivos de querer viver em Marte para sempre.

Um minuto de motivos? Cronometre aí.

“Desatentos” que continuam jogando lixo na rua – multa para todos, não só para os cariocas. O custo de vida. Fraudes em licitações. Corrupção em todos os setores da sociedade. A demora em concluir obras. A péssima qualidade dos serviços públicos. Gente levando tiro dentro de hospital. Crianças sendo violentadas por parentes. Policiais envolvidos em crimes. Irresponsáveis dirigindo a 150 km/h. Fanáticos religiosos. Impostos que são verdadeiros assaltos.

Burocracia que impede a agilidade de novos negócios. Calçadas em péssimas condições. Estradas que ficam intransitáveis aos primeiros cinco minutos de chuva. Irregularidades em contratos. Violência urbana sem controle. Professores mal pagos. Funcionários mal treinados. Ruas sem placas de identificação. Tornozeleiras eletrônicas que não funcionam. Enchentes a cada temporal. O quê? Já passou um minuto?

Nem deu tempo de falar do que acontece fora do Brasil, como utilização de armas químicas na Síria, os índices de mortalidade na África, o fundamentalismo islâmico, a recessão europeia etc. etc.

E tem ainda as crises pessoais. O que não falta por aí são pessoas desmotivadas, devendo dinheiro, administrando fracassos, sem perspectiva de crescimento, amargando dores de cotovelo, entediados com a vida, aborrecidos crônicos, sem fé no futuro. A oportunidade de em 10 anos partirem em uma expedição inédita e eternizarem seu nome através de um projeto sem precedentes na história da humanidade daria a eles um sentido pra vida. Colonizar Marte – e com cobertura da imprensa!

A viagem durará alguns meses. A espaçonave é estreita. De alimentação, apenas produtos liofilizados e enlatados. Banho, só com toalha úmida. Desistir no meio do caminho está fora de cogitação. Pedir para descer, nem pensar. E a passagem é só de ida.

Ainda assim, 165 mil pessoas se inscreveram, o que me faz chegar a duas conclusões: que a vida na Terra, definitivamente, não está para brincadeira. E que Marte deve ter wifi grátis.

A Casa Encantada & À Frente, O Verso.

A Casa Encantada & À Frente, O Verso.
Livros de Edmir Saint-Clair

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