DECEPÇÃO VIRTUAL - Cora Rónai

Conhecer melhor as pessoas é uma das grandes vantagens 
e desvantagens das redes sociais

Uma das grandes vantagens das redes sociais é que, nelas, passamos a conhecer melhor as pessoas. Uma das grandes desvantagens das redes sociais é que, nelas, passamos a conhecer melhor as pessoas. Ao longo dos últimos dias, tive — como tivemos todos nós, jornalistas — uma overdose de ambas; e posso dizer, com convicção absoluta, que não estou preparada emocionalmente para conhecer melhor as pessoas.

Pegando o mote do meu amigo João Ximenes Braga, não sei de ninguém que, perto de mim, defenda a violência policial. Como ele, nunca tive um amigo, conhecido, pessoa de qualquer relação, que defendesse que bandido bom é bandido morto. Nunca ouvi essa frase enunciada em ambiente no qual eu estivesse presente, a não ser em tom de brincadeira ou reprovação. Também não tenho amigos que apoiem o Bolsonaro, o Marcos Feliciano ou a Rachel Sheherazade — de quem, aliás, eu nunca tinha ouvido falar. Meus amigos e conhecidos tendem a ser pessoas cordiais e afáveis, que fazem o bem, respeitam a lei e o próximo. De modo que, como o João, eu também achava que estava razoavelmente a salvo do convívio com pessoas de má-fé, intelectualmente desonestas ou, na melhor das hipóteses, insensíveis e sem noção. Daquilo, enfim, que o João, resumida e apropriadamente, definiu como “gente babaca”. Até que...
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Não, não aconteceu de uma vez só. Foi aos poucos. Quando as manifestações foram sequestradas pelos black blocs, em meados de 2013, passei a conhecer melhor muitas pessoas. Foi um choque. Vi gente que até então eu tinha em alta conta defendendo a violência nas ruas como forma de manifestação legítima; vi pessoas que até então me pareciam civilizadas relativizando comportamentos absolutamente inaceitáveis, como a destruição de bancas de revistas ou o saque de lojas, para não falar na sistemática destruição de equipamentos públicos. Tentei argumentar com alguns (na verdade, muitos); escrevi duas ou três vezes sobre o assunto aqui mesmo, no jornal; usei blog, Twitter e Facebook na tentativa de explicar para onde aquela violência fatalmente nos conduziria. Fui chamada de — como é que vocês adivinharam? — burguesa da Zona Sul, reacionária, elite branca. E jornalista.

É que, àquela altura, já havia começado a caça às bruxas. Com a imprensa transformada em vilã, nós, jornalistas, passamos a ser ofendidos, acuados, agredidos. Tornei a escrever, sugerindo aos descontentes mudarem de canal em vez de queimar carros de reportagem. E de novo fui surpreendida pela reação de algumas pessoas supostamente educadas, que justificavam as agressões feitas aos meus colegas porque, afinal, a cobertura das manifestações não estava bem de acordo com o que a Mídia Ninja ou os black blocs imaginavam que deveria ser.

— Mas vocês acham sinceramente que isso justifica bater em repórter e em cinegrafista?! Vocês acham que está certo expulsar jornalista de espaço público?! Vocês querem mesmo um país sem imprensa?!

Os esclarecidos davam metaforicamente de ombros. Naqueles dias em que a Mídia Ninja ainda parecia ser um projeto independente, era cool defender os black blocs que atacavam jornalistas; por outro lado, era muito pouco cool reconhecer que repórteres, cinegrafistas e fotógrafos eram trabalhadores de carne e osso, que estavam sendo hostilizados e feridos, e cujos direitos estavam sendo cerceados.

Jamais esquecerei o vídeo em que uma equipe da Band, expulsa de uma manifestação, só conseguiu chegar ao carro passando por um corredor polonês de imbecis descontrolados, que se achavam ungidos pela Verdade Revolucionária, na definição perfeita do meu colega Fernando Mollica. Nunca vi nada mais parecido com uma cena de filme sobre a ascensão do nazismo, com a diferença de que aquilo era real e estava acontecendo logo ali.
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Quando eu achava que já tinha visto de tudo, e que daquele ponto a decepção não passaria, foi anunciada a morte cerebral do cinegrafista Santiago Andrade. Acredito que estilhaços do rojão que o matou atingiram também a alma de todos nós que somos jornalistas, que nos orgulhamos da nossa profissão e que sabemos da importância da liberdade de imprensa para um país que se quer democrático. Os mais velhos, entre os quais me incluo, nos lembramos bem do que é trabalhar sob censura.

Pois não é que várias pessoas que eu imaginara serem gente de bem escolheram exatamente essa hora para abdicar da própria inteligência? Li coisas de um nível de estupidez indescritível, geralmente associadas à conjunção adversativa mau-caratista que tem sido a marca registrada do país: “Tá, o cinegrafista morreu, mas — e a violência da polícia?”.

Isso para não falar nos que acham que a morte de Santiago não foi assassinato, mas “acidente”, e que nós, jornalistas, estamos exagerando ao dar a um crime o nome que lhe cabe. Ora, nunca vi ninguém acender estopim de “acidente”, um “acontecimento repentino, fortuito e desagradável” na definição do dicionário.

Foram pessoas como os assassinos do Santiago que afastaram o povo das manifestações, ao transformar os protestos em batalhas campais; são canalhas assim, que soltam rojões no meio da multidão, que estão enfim dando aos políticos e à polícia, de mão beijada, a carta branca que tanto querem para sufocar de vez os protestos legítimos da população.

Mas quem justifica a violência como “movimento” ou “estética”, e quem tenta diminuir a importância da morte de um jornalista no exercício da profissão, também terá a sua culpa no cartório no dia em que não pudermos mais sair às ruas — rotulados, todos, de terroristas, para indizível gáudio do governo.

LUIZ FELIPE PONDÉ - Hobbes nas ruas

Gente comum quer uma vida pautada por rotinas 
de trabalho, escola, lazer e consumo

Dias atrás, o Brasil se chocou com cenas de violência nas ruas. Pessoas comuns batendo em supostos (ou comprovados) bandidos. Policiais tendo que protegê-los da fúria da gente comum.

De um lado, uma jornalista faz comentários arriscados na TV, do outro, setores da intelligentsia pedem providências do Ministério Público contra a jornalista, botando ainda mais lenha na fogueira da atmosfera de ódio e ressentimento que toma conta, lentamente, da alta, média e baixa culturas nacionais.

Não se pode defender o espancamento na rua, mesmo sendo bandido. Só o Estado detém o monopólio legítimo da violência. Mas é esta mesma intelligentsia (tribunais, universidades, mídia, escolas, ONGs) que vem sistematicamente erodindo esse monopólio legítimo da violência que pertence à polícia. Claro que os erros desta precisam ser sanados, mas a sociedade não faz nada para melhorar o tratamento institucional dado à polícia, e sem ela, sim, a gente comum vai espancar supostos (ou comprovados) bandidos na rua. E vai piorar.

O espancamento de supostos (ou comprovados) bandidos na rua é parte do fenômeno de massa que os inteligentinhos chamam de "jornadas de junho", num esforço de reviver a ejaculação precoce que foi o Maio de 68 na França, aquela revolução de mimados.

Lembremos que quando as manifestações do ano passado atingiram o nível de massa, os inteligentinhos começaram a gritar dizendo que o movimento (deles!) tinha sido sequestrado por setores "conservadores" da sociedade. Para eles, "conservador" é todo mundo que não os obedece e não os teme, mesmo que seja apenas para parar a Paulista.

Se no ano passado vimos uma inesperada crise na representação política, agora assistimos a um crescente rompimento do contrato social. E quem está na rua é o homem descrito pelo intelectual honesto que foi Hobbes, e não o pseudo-homem dos "delírios do caminhante solitário" e vaidoso Rousseau.

Já falei algumas vezes nesta coluna do que podemos chamar de psicologia da gente comum. Esta gente que a intelligentsia, na verdade, despreza, apesar de posar de defensora da gente comum. Digamos a verdade. Nossa contradição aparece quando, por exemplo, algumas pessoas começam a gritar contra gente mal-educada e sem compostura frequentando aeroportos, e os "defensores dos menos privilegiados" saem ao ataque da burguesia chocadinha reclamona.

Infelizmente, a intelligentsia não percebe que tanto a burguesia chocadinha quanto os mais pobres fazem parte da mesma categoria de gente comum. Perdemos, nós da intelligentsia, a capacidade de enxergar essa gente comum, porque vivemos em nossa "casinha" correndo atrás da produtividade inócua da Sua Excelência Capes ou delirando com seres humanos que não existem.

E qual é a psicologia de gente comum? Gente comum é duramente meritocrática: quem não trabalha é vagabundo. Não quer ser assaltada quando vai para o trabalho ou para casa (e se for, quer ver o ladrão se ferrar feio!), quer também casa própria, metrô e ônibus que andem, comprar um carro logo que for possível, hospital sem muita fila, comer pizza no domingo, transar por cinco minutos quando não estiver muito estressada, ir para praia, ganhar cada vez mais, ir ao cinema mais perto de casa, ir ao salão de beleza, ver os filhos crescerem, tomar cerveja, e se der, ler alguma coisa além de ver TV.

E, digamos: pagam impostos e tem todo o direito de viver assim (menos de bater em gente na rua). Mas vão bater em supostos (ou comprovados) ladrões cada vez mais porque estão sentindo que a sociedade não está nem aí para eles.

Quando a chamada classe D alcançar os níveis do consumo da classe C, vão querer a mesma coisa. Uma vida pautada por rotinas de trabalho, escola, lazer, consumo e férias. E quem ficar no caminho vai apanhar. Esta é única "consciência social" que existe.

Quando essa massa de gente que está de saco cheio de ser pisada no trem, de pagar imposto e não poder andar com seu carro nas ruas, de ver sua filha com medo, agir, o homem de Hobbes fará sua "revolução". A vida será doída, violenta e breve.

CHAVE DO CARRO - Fabrício Carpinejar

Ao perguntar para o homem se ele quer dirigir seu carro, a mulher se mostra apaixonada. Perdidamente interessada.

É um pedido implícito de namoro.

Ninguém está bêbado, estão se conhecendo, sóbrios das palavras e sussurros, e ela concretiza esta prova de amor.

Entrega a chave sorrindo, como se fosse um prêmio de loteria federal.

Não é uma artimanha da sedução, um teste para ver se ele dirige bem ou não, para classificar ou desclassificar o sujeito.

O pretendente talvez seja um péssimo motorista, um barbeiro, com mais de 20 pontos na carteira, nada mudará a natureza da declaração.

Ela não se preocupa com o que vai acontecer, porque dentro dela já aconteceu. Não há acidente que interrompa a escolha de seu coração.

Quando uma mulher oferece seu carro — e só a mulher —, é que ela se entregou para a história.

É quando duplica sua alma. É quando se confessa vulnerável. É quando se anuncia disposta a construir uma vida a dois.

É mais do que um “eu te amo”, é um “não tenho mais reservas com você, não tenho mais segredos, não tenho mais medo”.

Ela vem a dizer que aquilo que é dela é também dele. Ela vem a dizer que ele pode guiá-la, que pode cuidá-la, que pode levá-la para o mau caminho, tanto faz o fim, pois chegaram ao destino no momento em que se encontraram.

A chave do carro é mais importante do que a cópia da chave do apartamento.

Porque o carro não é o mundo para a mulher, como é para o homem. Não é aventura para a mulher, como é para o homem. Não é ostentação para a mulher, como é para o homem. Não é um investimento e senha bancária para a mulher, como é para homem.

Na perspectiva feminina, o carro é extensão de sua personalidade, conquista afetiva, intimidade. É seu quarto, seu guarda-roupa, seu salão de beleza móvel.

Ela não tomará a atitude intempestivamente. Foi um gesto pensado, ponderado, maduro.

Alcançará o posto como um convite psicológico para que ele assuma o ponto de vista dela.

É o equivalente a “ponha-se no meu lugar” e “olhe por mim e através de mim”.

Não tem machismo envolvido, não é fraqueza educada. Trata-se de um sinal de confiança.

É um ato de muita coragem, um mergulho consciente nas inconsequências da paixão.

Talvez conte com seguro do veículo, mas dificilmente terá seguro para cobrir o relacionamento. E ela não se importa.

BARUCH SPINOZA – Pensamentos

“A felicidade não é um prêmio da virtude, é a própria virtude.”

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“Só há um amor eterno: o amor intelectual.”

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“Paz não é a ausência de guerra; é uma virtude, um estado mental,uma disposição para a benevolência, confiança e justiça.”

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“É livre a pessoa que pode avançar abertamente sem ter de utilizar artimanhas.”

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“A mente humana é parte do intelecto infinito de Deus.”

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“A paixão sem a razão é cega, a razão sem a paixão é inativa.”

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“A felicidade é a compreensão lógica do mundo e da vida.”

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“Não há esperança sem medo, nem medo sem esperança.”

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“O amor é a alegria acompanhada da idéia de uma causa exterior.”

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“O desejo que nasce da alegria é mais forte que o desejo que nasce da tristeza.”

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“O ódio é a tristeza acompanhada da idéia de uma causa exterior.”

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“Mente e corpo são um só.”

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“A liberdade não exclui a necessidade de agir; pelo contrário, coloca-a.”

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“Toda a idéia que é absoluta em nós, ou seja adequada e perfeita, é verdadeira.”

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“O desejo é a própria essência do homem, ou seja, o esforço pelo qual o homem se esforça por perseverar no seu ser.”

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“O homem que é conduzido pela razão é mais livre na cidade onde vive segundo a lei comum do que na solidão, onde só obedece a si mesmo.”

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“A experiência não nos ensina as essências das coisas.”

UMA DECLARAÇÃO FILOSÓFICA DE AMOR - Andrè Comte- Sponville

Uma declaração filosófica de amor? 
Poderia ser, por exemplo, a seguinte:

Há o amor segundo Platão: 'Eu te amo, tu me fazes fal­ta, eu te quero.'

Há o amor segundo Aristóteles ou Spinoza: 'Eu te amo: és a causa da minha alegria, e isso me regozija.'

Há o amor segundo Simone Weil ou Jankélévitch: 'Eu te amo como a mim mesmo, que não sou nada, ou quase nada, eu te amo como Deus nos ama, se é que ele existe, eu te amo como qualquer um: ponho minha força a serviço da tua fra­queza, minha pouca força a serviço da tua imensa fraqueza...'

Eros, philia, agapé: o amor que toma, que só sabe gozar ou sofrer, possuir ou perder; o amor que se regozija e com­partilha, que quer bem a quem nos faz bem; enfim, o amor que aceita e protege, que dá e se entrega, que nem precisa mais ser amado...

Eu te amo de todas essas maneiras: eu te tomo avida­mente, eu compartilho alegremente tua vida, tua cama, teu amor, eu me dou e me abandono suavemente...

Obrigado por ser o que és, obrigado por existir e por me ajudar a existir!

RUTH DE AQUINO - Tirando a máscara

O capuz de Caio e o voto secreto no Congresso 
escondiam quem sabotava a democracia

A máscara é um disfarce. O capuz de Caio e o voto secreto do Congresso serviam para esconder o nome e o rosto de quem sabotava a democracia. Nem Caio nem os deputados queriam assumir seus atos diante da sociedade e da opinião pública. Tudo faziam para não se expor.

É natural que se tente disfarçar a autoria de um crime contra a vida ou um delito de consciência. No escurinho da máscara, na proteção do anonimato, seja aliciado, recrutado, manipulado ou favorecido, fica mais fácil explodir os valores, as crenças, os ideais e até a vida de um cinegrafista, de um manifestante, de um policial. Ou boicotar o futuro político de uma nação.

Agem todos como assaltantes da esperança num país melhor. Uns ganham R$ 150, quentinhas e vale-transporte, outros ganham milhões de dólares e a gratidão de poderosos. Até que a prisão de mensaleiros e a morte de Santiago acendem um rojão vermelho na cabeça de todos os brasileiros.

No velório de Santiago, as camisetas dos jornalistas traziam nas costas a inscrição: “Poderia ter sido qualquer um de nós”. É verdade. Vamos parar com o ciclo da violência e da ignorância acobertadas e financiadas por quem quer ver o circo pegar fogo. Chega de black blocs e white blocs mascarados! Chega de mártires como Amarildo e Santiago! E chega de corrupção premiada!

Chega de caçar jornalistas como se fossem bruxas! Desde junho de 2013, quando começaram as manifestações públicas, lindas, emocionantes e populares, houve 118 casos de violência contra jornalistas. Isso inclui agressões e prisões indevidas. Desse total, 88 atos de violência partiram de policiais, e 30 de manifestantes. Em 60% dos casos, as agressões não foram aleatórias. O jornalista se identificou. De nada adiantou. Ao contrário. Ao se identificar, o jornalista tem-se tornado alvo – e isso demonstra o medo das autoridades e o desconhecimento de parte da sociedade civil sobre como a imprensa realmente trabalha no Brasil.

Uma coisa é criticar a abordagem de um veículo de informação. Isso não só é legítimo, mas recomendável. Outra é assediar e tentar desmoralizar a imprensa em geral e seus profissionais. Ou, pior, tentar coibir a liberdade de informação. Isso equivale à censura, típica de regimes totalitários.

Com a cassação do deputado-presidiário Natan Donadon, por 467 votos a favor e uma abstenção, na primeira sessão de voto aberto na Câmara, o Congresso tira finalmente a máscara. Donadon mantivera o mandato anteriormente, em votação secreta, envergonhada e vexaminosa. Manter ativo o mandato de um deputado condenado pela Justiça é dar um tapa na cara do eleitor, traído por seus representantes fichas-sujas.

Houve hipocrisia populista em ano eleitoral? Prefiro celebrar esse momento histórico. De cara lavada, a ética se impõe. Se as máscaras do Congresso já tivessem sido tiradas antes, provavelmente não teríamos na presidência do Senado e da Câmara Renan Calheiros e Henrique Alves. O voto aberto nos renova a confiança num Congresso melhor.

Que os manifestantes imitem os congressistas. Que saiam às ruas sem máscaras e assumam seus atos, financiados ou não. Caio estava de rosto livre e feições indignadas no protesto contra o aumento das passagens de ônibus. Vestiu o capuz pouco antes de detonar a bomba caseira, em parceria com seu amigo Fábio Raposo, e fugir em disparada. Caio Silva de Souza, um sobrenome composto, tão brasileiro e tão comum. Um rapaz que desgraça a própria vida ao matar um profissional inocente, que estava na praça para registrar e mostrar a insatisfação popular com o alto custo de vida no Rio de Janeiro.

Manifestações políticas são feitas por cidadãos que devem ter o orgulho e a responsabilidade de ser autores de seus gestos”, afirma o professor de Direito e formação político-econômica José Garcez Ghirardi. A máscara, segundo Ghirardi, serve como síntese para um desafio complexo das democracias: como legitimar as ações indivi­duais no espaço público? Indivíduo e cidadão são conceitos distintos, mas temos misturado tudo. Esquecemos assim a civilidade e favorecemos o arbítrio. Ghirardi cita o sociólogo francês Alain Touraine: “Uma sociedade de indivíduos pode destruir uma sociedade de cidadãos”.

Estamos a duas semanas do Carnaval. No Brasil, as máscaras dos foliões, que costumavam ser apenas divertidas, nos últimos anos se politizaram. Agora, em 2014, nessa festa tardia de março, uma das máscaras trará o rosto do pedreiro Amarildo, torturado e morto na Rocinha por policiais. Se os cinegrafistas filmassem o Carnaval com a máscara de Santiago, seria uma homenagem-protesto de imenso peso simbólico.

Nosso baticumbum pré-carnavalesco se reveste de drama épico. Esperamos que, no fim, a verdade e a transparência não sejam só fantasias.

CARTA AO PAI - Fábio Porchat

Prezada Rosely Sayão, meu nome é Fábio Porchat e eu preciso da sua ajuda. Sei que você é de outro jornal, mas não sei a quem mais recorrer quando o assunto é família. Não é nada comigo, é um amigo meu que está passando por uma situação bem delicada. Ele fez um vídeo de humor e recebeu uma ameaça de morte de um blog na internet. Ele estava tranquilo, pois sabia que aquilo era a reação de uma pessoa só e que não ia dar em nada.

Passada uma semana, o tal blog já estava fora do ar, o assunto já estava esquecido, mas o pai desse meu amigo, assustado, resolveu pedir ajuda para um amigo senador dele que leu uma carta desse pai no Senado, pediu ajuda ao Ministro da Justiça e o estardalhaço trouxe o assunto de volta à tona só que muito pior. Esse meu amigo tinha pedido pro pai não fazer barulho, não expor a sua vida porque ele já estava resolvendo tudo da forma mais discreta possível, falou que não queria que nada fosse parar em Senado nenhum, mas não adiantou. O pai fez do jeito que ele queria e agora a notícia se potencializou quinhentos por cento.

Eu entendo que o meu pai, digo, o pai desse meu amigo só tenha feito isso querendo ajudar, preocupado com o seu filho e que só tinha boas intenções, mas a vida é minha, quer dizer, do meu amigo, e eu tenho que poder resolvê-la do jeito que eu quiser. Afinal de contas, eu já tenho trinta anos, ele também, e sabemos cuidar muito bem das nossas vidas.

Se eu faço uma piada, eu tenho que aguentar sozinho as consequências dela, não preciso da ajuda de ninguém, e, se precisar, eu peço. Ele pede. Enfim. Parece aquela história do moleque que apanha na escola e o pai vai tirar satisfação envergonhando o filho, como se dissesse, "ele não pode se defender, então eu estou aqui para ajuda-lo". Como lidar com uma situação onde a pessoa não é mais criança, e o pai é imparável e faz aquilo que bem lhe der na telha, nem que isso vá contra a vontade do seu filho?

O diálogo não foi possível, e depois de tudo isso, ele ainda não entende que o filho não gostou de como tudo se sucedeu. Ele acha que está certo. E, com certeza, tomará decisões futuras sem a aprovação do filho. Esse meu amigo ama meu pai, mas esse pai precisa saber respeitar as vontades alheias. E saber que nem sempre as coisas acontecem da forma que ele quer.

Se ele está preocupado com a vida do filho, não seria melhor conversar com o filho antes de tomar atitudes precipitadas? Eu entendo a atitude de um pai que ama seu filho e só quer o seu melhor. Mas o melhor quem tem que saber não é a própria pessoa? Me ajude, Rosely. O quê que esse meu amigo deve fazer?

O HOMEM FACEBOOK - Renata Gervatauskas

Ele vai dar um jeito. Pode ser no trabalho, na academia, no curso de culinária. Você está na sua e o cara surge do nada, apenas para rifar a sua paz e deletar a tranquilidade da sua vida. Esqueça o marasmo. Ele vai conseguir abalar as suas estruturas. Vai insistir, cutucar, provocar e armar a rede (on e offline) pra pescar você, sereia. E você vai pensar que ele é todo seu, mulher! É assim que ele vai fazer com que você se sinta: mulher.

Vai te virar do avesso e te deixar brilhando, rindo pro mundo e gargalhando pro universo, afinal, ele é o pica das galáxias. A sua pele vai ficar boa e você vai ficar em dia com as prestações do carnê do baú, como diria a sua tia.

Funciona muito bem se você estiver num relacionamento meio caído, sem perspectivas de noites selvagens em lugares inusitados, ou mesmo aquele papai-e-mamãe gostoso no meio da noite. Este é o homem certo pra colocar aquela pimenta no seu arroz com feijão. Aquela pulada de cerca merecida, que te faz lembrar como é que é ser desejada, idolatrada, adorada e salve-salve o seu casamento. Você vai dar sossego pro seu maridinho ocupadíssimo, enquanto enlouquece com o Homem Facebook.

Mas se você estiver livre, desimpedida, pronta para tudo isso e mais alguma coisa, muito cuidado: a coisa é viciante e você vai querer dar uma checada a toda hora. E isso só é permitido de segunda a sexta, em horário comercial. O Homem Facebook fica temporariamente indisponível, justo nos finais de semana.

Estamos diante de um homem que é puro prazer. É like, like, like, é alegria, é facebook. Você mostra pouco pra ele. Aliás, você mostra quase nada a não ser a sua melhor parte, que para ele, são suas partes, afinal, isso é tudo o que ele conhece de você. Espere pelos mais quentes SMSs da sua vida. Mensagens “in box” no meio da reunião de Diretoria que farão você ficar roxa, morrendo de calor, a ponto de ter que pedir um copo d´água gelada e mais outro. Mas se você ficar doente, por exemplo, ou precisar de um conselho, corra para o “marido”, nunca pare ele. Ele odeia lamentações. O negócio dele é ouvir sussurro e gemido. Lamúrias? Só na cama, implorando por mais!

Ele não quer saber da sua entrevista, do seu cachorro, do seu chefe ou do seu bolo. Ele quer você todinha, mas não inteira. Ele quer você deitada, pelada, de pernas abertas e boca fechada. Ele poderia até ser considerado um homem twitter: poucos caracteres e nenhum caráter. Mas não, ele nunca mentiu.

Foi você quem nunca perguntou. Você deveria ter percebido isso antes de adicioná-lo à sua vida. Ele é o homem facebook: é pra curtir e compartilhar.

COMO PENSAR CRITICAMENTE E FORMAR OPINIÕES PRÓPRIAS - Jéssica Maes

Pensamento crítico é uma habilidade (que nem todos possuem, a propósito) muito útil: é a maneira pela qual podemos nos libertar de ideias pré-fabricadas às quais estamos sujeitos o tempo todo, e finalmente pensar por contra própria.

A expressão, no fim das contas, significa saber absorver importantes informações e ser capaz de usá-las para formar a sua própria opinião sobre determinado assunto – em vez de apenas reproduzir um discurso pronto que se lê nos jornais e revistas, que se ouve na escola ou na igreja ou que é propagado por outras pessoas.

Esta não é uma capacidade com a qual nascemos – normalmente, acontece exatamente o oposto: somos treinados justamente para não desenvolver muito bem nosso pensamento crítico e, desta forma, não sermos muito contestadores. Felizmente, porém, esta é uma habilidade que podemos treinar e, consequentemente, nos tornarmos melhores nela. Veja:
Os 10 problemas mais comuns do pensamento humano

5. Preste atenção nos detalhes certos
Uma das partes mais importantes de pensar criticamente é aprender quais detalhes são, de fato, importantes. Estamos expostos a tanta informação e opiniões diferentes que fica muito fácil se perder nos detalhes. Comece confiando na sua intuição. Se algo não soa verdadeiro para você, eis aí o seu primeiro sinal de alerta.

Na sequência, uma boa dica é refletir sobre quem se beneficia de uma dada informação ou opinião. Se há uma discussão acalorada sobre, digamos, a qualidade da água da torneira e se é adequado ou não consumi-la, preste atenção se dentre as partes envolvidas não está uma indústria de garrafinhas de plástico. Isso nem sempre é algo ruim – às vezes as motivações de uma pessoa podem fazer sua opinião mais válida –, mas é aconselhável pensar em quem pode ganhar com uma ideia.

O que nos traz ao segundo ponto: questione a fonte. Principalmente após a grande disseminação da internet nas últimas décadas, as fontes nem sempre são imediatamente identificáveis. Portanto, se algo parece meio duvidoso, rastreie de onde veio antes de formar uma opinião.

O mesmo vale para os meios de comunicação. Cada publicação ou veículo tem uma vertente – esquerda, direita -, e não é que é impossível acreditar em matéria alguma de política por conta do posicionamento desses meios, mas para o bem do seu pensamento crítico, é bom ter um pé atrás e analisar se o texto traz alguma informação nova (e isenta) ao leitor, ou se serve apenas para reafirmar as convicções da empresa.

Outro detalhe com o qual se deve ter um pouco de cuidado são as afirmações óbvias e de pouco sentido no contexto da discussão. É um truque comum em debates (principalmente entre políticos na televisão) esconder um argumento crítico dentro de uma série de declarações obviamente verdadeiras. É uma estratégia traiçoeira que faz o oponente facilmente se perder, porque começa a concordar com as afirmações, mesmo que não tenham ligação qualquer com o discurso.

Vemos muito isso nos debates. O candidato pergunta ao atual prefeito em busca da reeleição sobre a razão pela qual não foi destinada a verba planejada para a área da saúde. O político responde que a saúde foi sempre uma prioridade na sua gestão, os profissionais da área precisam ser valorizados, é importante equipar nossos pronto-socorros e nos últimos quatro anos a expectativa de vida do brasileiro subiu de 73,1 para 74,6 anos.

Todas as afirmações podem estar corretas, mas nenhuma responde ao que foi pedido. Um olhar desatento poderia concordar com tudo que o prefeito disse e achar que sua resposta foi brilhante. Não caia mais nessa. Quanto mais você prestar atenção a esse tipo de detalhe, mais fortalecido seu pensamento crítico se tornará.

4. Sempre faça perguntas
Saber quais detalhes precisam ser observados é a primeira parte para desenvolver um bom pensamento crítico, mas de nada serve essa habilidade se você não souber que tipo de pergunta fazer em seguida. Afinal, pensar criticamente e fazer perguntas são duas coisas que caminham lado a lado.
A escritora e psicóloga russa radicada em Nova York, Maria Konnikova, sugere uma abordagem um tanto original, usando Sherlock Holmes como exemplo. Segundo ela, depois que o personagem define seus objetivos, ele passa a observar e coletar dados, perguntando-se sempre quais informações desta conversa, pessoa ou situação lhe permitirá reunir os dados que ele não tem e que lhe serão úteis para ver se sua hipótese se mantém.

“Em seguida, ele dá um passo atrás e observa os dados, recombina-os e tenta buscar uma possibilidade diferente, sendo criativo com as informações que possui para verificar se existem novas abordagens a serem exploradas”, explica Konnikova.

O escritor estadunidense Scott Berkun compartilha seu próprio conjunto de questões para se pensar criticamente. “Qualquer um que tenha considerado seriamente algo encontrou fatos suficientes tanto a favor, para adequar seus argumentos, quanto contra”. Berkun ainda cita algumas questões úteis que devemos fazer na construção de um pensamento crítico: “Quem além de você compartilha dessa opinião? Quais são as suas maiores preocupações, e o que você vai fazer para resolvê-las? O que precisa ser mudado para que você tenha uma opinião diferente?”.

Se esses questionamentos soaram familiares, você deve ter percebido a similaridade dessa forma de pensar com o método socrático, em que uma série de perguntas lhe ajuda a revelar o que você pensa sobre um determinado assunto. O importante aqui é sempre se perguntar por que algo é importante e como isso se conecta com as coisas que você já conhece. À medida que você faz isso, você treina seu cérebro para fazer conexões entre ideias e a pensar criticamente sobre as mais diversas informações que você for encontrar.
Como melhorar seu pensamento crítico

3. Cuidado com “achismos”
No árduo caminho de formar um pensamento crítico, devemos também treinar nossos ouvidos para notar pequenas palavras e frases que servem como sinais de alerta. Sabemos que é impossível prestar atenção em tudo, por isso, conhecer algumas frases que tendem a vir antes de um argumento fraco é realmente útil.

São os famosos “achismos”. Mesmo que de forma sutil, essas expressões entregam que a opinião que vem a seguir muito provavelmente não é bem embasada. O Wall Street Journal até elencou algumas dessas frases – dentre elas, destacam-se, além da famosa “eu acho que”, expressões como “para dizer a verdade”, “só quero que você saiba que” e “só estou querendo dizer que”.

Em um debate de alto nível, você sabe que esse tipo de declaração tende a introduzir uma inverdade. Sinal de que é hora de começar a prestar atenção para, na sequência, começar a fazer perguntas.

2. Conheça e confronte seus próprios preconceitos
Quando falamos sobre o pensamento crítico, é imprescindível nos lembrarmos de que não somos um templo de sabedoria e nós mesmos temos nossas questões a serem resolvidas. E a dificuldade surge justamente porque adoramos apontar as falhas dos outros, mas somos muito ruins em reconhecer preconceitos em nosso próprio pensamento. Todos temos tendências a pensar de certa forma devido a uma gama de fatores, mas parte do pensamento crítico é cultivar a possibilidade de enxergar os fatos fora desses preconceitos.

A ideia básica é resumida pelo escritor inglês Terry Pratchett, em seu livro “A Verdade”. Na obra, Pratchett defende a percepção de que as pessoas só gostam de ouvir o que elas já sabem. “Elas ficam desconfortáveis quando você lhes diz coisas novas, pelas quais elas não esperam. Em suma, o que as pessoas pensam que querem são novidades, mas o que elas realmente anseiam é por antiguidades, que dirão a elas tudo o que elas já pensam e já acreditam ser verdadeiro”, afirma.

Pensar criticamente tem tudo a ver com confrontar esses preconceitos com a maior frequência possível. Difícil? Sem dúvida. Se você se criar o hábito de pensar sob diferentes pontos de vista ao longo do dia, você treinará seu cérebro para fazer isso mais vezes, quase que automaticamente.
“Pensamento mágico” afasta o estresse de situações difíceis

1.Pratique o pensamento crítico sempre que possível
Seguindo a mesma ideia do item anterior, chegamos ao último tópico da nossa lista. Como acontece com qualquer outra habilidade, para ficar bom em pensamento crítico, é preciso praticá-lo todos os dias. O que facilita o trabalho é o fato de que isso pode ser feito em sua própria cabeça. Você também pode, no entanto, se valer de alguns exercícios para forçar seu cérebro a entrar em forma.

Uma tarefa fácil de ser feita é manter algum tipo de diário. A ideia é utilizá-lo para registrar observações casuais ou suas opiniões diante de um assunto enfrentado durante o dia.

O objetivo é escrever diariamente. Assim que você tiver um número substancial de textos produzidos, crie um blog (ou reative aquele seu de aaaanos atrás) e poste suas ideias lá.

Esse exercício é bom não apenas para você, mas também uma ótima maneira de envolver outras pessoas e desafiar a si mesmo a confrontar seus pensamentos com pontos de vista diferentes do seu (certamente algum amigo de um amigo seu não concordará com suas palavras e deixará isso bem claro nos comentários. Essa é a hora de colocar o pensamento crítico para funcionar). Da mesma forma, participar de um debate saudável entre amigos é uma boa forma de praticar.

O que você deve ter em mente é que o pensamento crítico não termina nunca. Quanto mais conhecimento você cultiva, melhor você vai se tornar nisso. E o resultado final é um cérebro que forma melhores argumentos, ideias mais focadas e soluções criativas para os problemas.

CASAR X MORAR JUNTOS: QUAL O MELHOR?

A noção de que a percepção é vital em um relacionamento não é nova, mas muitos estudos recentes tem revelado sua importância.

Por exemplo, uma nova pesquisa da Universidade de Virginia (EUA) chegou à conclusão de que a forma como percebemos um compromisso de longo prazo (se o percebemos como casamento ou como apenas coabitação) pode mudar o modo como reagimos ao estresse.

Como você vê o seu parceiro e o nível de compromisso de seu relacionamento afeta significativamente a sua saúde.

Psicólogos afirmam que ser casado confere benefícios à saúde acima da mera coabitação, mas outros dizem que só a ideia de casamento já é suficiente – o que está na nossa cabeça é mais essencial do que um pedaço de papel.

Ao longo dos últimos 20 anos estudando relacionamentos, Jim Coan se interessou pelo “efeito de coabitação” – a ideia de que casais que coabitam, em comparação com casais casados, são menos estáveis, mostram menos benefícios relacionados à saúde e podem até ser mais propensos a se divorciar, se chegarem a se casar.

Coan decidiu explorar esses efeito comparando como casais casados, coabitantes, namorados e amigos lidavam com o estresse juntos. Ele observou especificamente como ficar de mãos dadas durante uma ameaça potencial podia diminuir a atividade na aérea do cérebro chamada de hipotálamo – um potencial marcador neurofisiológico para o efeito do estresse sobre a saúde.

O trabalho baseia-se em provas anteriores de que segurar as mãos ajuda as pessoas a regular suas emoções.

Usando ressonância magnética funcional, Coan e seus colegas coletaram dados sobre a atividade cerebral de 54 casais (metade casada, metade apenas morando junto) conforme eles viam sinais de ameaça.

Alguns sinais indicavam aos indivíduos que eles enfrentariam uma chance de 20% de levar um choque elétrico no tornozelo, enquanto outros mostravam 0% de chance de choque. Em alguns casos, os indivíduos estavam segurando a mão de seu parceiro, em outros a mão de um estranho, e outros estavam sozinhos.

Apenas os casados reduziram a atividade do hipotálamo em resposta a estímulos de ameaça enquanto davam as mãos para seus parceiros.
“Ambos os casais [casados e coabitantes] tinham a mesma idade, tempo de relacionamento e satisfação com a relação“, afirma Coan. “Então, por que responderam de forma tão diferente ao apoio oferecido pelo parceiro?”.

Sua teoria encontra-se em dados que ele coletou em outro estudo. Coan realizou uma pesquisa paralela com 26 casais do mesmo sexo. Nenhum deles era legalmente casado, mas metade descreviam sua relação como um casamento.

A mesma diferença na regulação hipotalâmica a segurar a mão do parceiro foi vista: os que se consideravam casados (embora oficialmente não fossem) tiveram uma redução de atividade na região do cérebro.

“Eu acho que tem a ver com a conceituação da relação de cada um. Pode até não ser sobre o casamento em si, mas sim em afirmar apenas a coabitação, basicamente afirmando que não está ‘preso’ a um compromisso”, sugere Coan.

Os benefícios de saúde do apoio percebido

Outro grande fator dos relacionamentos que afeta a saúde é o quanto nós acreditamos que nossos parceiros se importam conosco, nos entendem e nos apreciam.

“O efeito dos relacionamentos sobre a saúde física e psicológica é muito mais forte do que qualquer outro fator que você pode pensar”, explica Emre Selcuk, da Universidade Técnica do Oriente Médio, na Turquia. “Por exemplo, o efeito da existência e da qualidade das relações estreitas sobre a mortalidade é maior do que o do cigarro”.

Selcuk e seu colega Anthony Ong tentaram descobrir quais aspectos únicos dos relacionamentos contribuem para este efeito.

Especificamente, eles estavam interessados na resposta percebida do parceiro, uma medida em que a pessoa acha que seu parceiro realmente quer o melhor para ela. Este “apoio percebido” é distinto do verdadeiro apoio que você recebe do seu parceiro.

Se você não percebe o seu parceiro como sensível às suas necessidades, até mesmo o comportamento de apoio mais bem intencionado pode sair pela culatra e levar a resultados piores de saúde. Mas se você percebe o seu parceiro como alguém que se importa, entende suas necessidades e lhe aprecia, então seu relacionamento romântico vai fazer de você uma pessoa mais feliz e mais saudável a longo prazo.

A análise dos pesquisadores constatou que as pessoas que percebiam o seu parceiro como apoiadores tinham maior satisfação com a vida e menos depressão, entre outros atributos psicológicos positivos.

“Nossos resultados mostram claramente que ter alguém na nossa vida que nós percebemos como pessoas que nos apoiam e compreendem as nossas necessidades, preocupações e objetivos aumenta a nossa capacidade de recuperar-se de emoções negativas, melhora o nosso bem-estar psicológico, confere benefícios à saúde e afeta até mesmo a própria duração da nossa vida”, diz Selcuk.

Em resumo, a resposta à pergunta do título deste artigo é: ambas as opções são saudáveis, desde que você entenda seu relacionamento como um comprometimento e perceba seu parceiro como alguém que te apoia.

Nada poderia ser mais simples.
Natasha Romanzoti

PERSONALIDADE PARECIDA NÃO FAZ CASAMENTO DURAR



Pare de procurar alguém parecido com você: segundo um novo estudo, para um relacionamento durar, o casal não precisa ter personalidade parecida.
O estudo incluiu homens e mulheres casados por pelo menos 40 anos. 32 casais avaliaram a sua personalidade e quão satisfeitos eles estavam em seus casamentos. Cada um devia avaliar a sua própria personalidade, bem como suas percepções da personalidade de seus parceiros.

Os casais completaram os questionários em salas separadas e não tinham permissão para ver as respostas de seus parceiros.

Tanto os homens como as mulheres eram muito felizes em seus casamentos, mas, em média, as mulheres relataram ser um pouco mais felizes do que os homens.

Nem a duração do casamento, nem traços de personalidade (autoidentificados e percebidos pelo cônjuge) foram associados com o nível de satisfação marital do casal.

Ou seja, os pesquisadores descobriram que nem semelhanças, nem diferenças de personalidade pareceram afetar o quão felizes eles eram.

As descobertas sugerem que a correspondência de personalidade feita por sites de namoro podem fazer pouca diferença no sucesso final de um relacionamento.

Os resultados também contrariam o que as pessoas poderiam esperar intuitivamente. “Uma das minhas suspeitas, apesar de especulativa, é que a necessidade de um relacionamento é tão forte que supera diferenças”, disse o pesquisador do estudo e psicólogo Frederick Coolidge.
Ou seja, a necessidade evolucionária de se relacionar com alguém pode superar incongruências de personalidade.

Coolidge diz que, como a amostra do estudo foi muito pequena, são necessárias mais pesquisas para descobrir exatamente o que faz um relacionamento durar. “Parece que, no que diz respeito à satisfação conjugal, os motivos escapam da detecção, pelo menos por testes psicológicos padronizados e medidas de personalidade”, comenta Coolidge.
Outra pesquisa sugere que diferenças de personalidade podem ser mais benéficas do que semelhanças, em termos de manter um relacionamento a longo prazo.

Em um estudo de 2007 com casais de meia-idade e mais velhos (alguns juntos há 55 anos), as semelhanças de personalidade foram associadas com diminuição da satisfação conjugal ao longo de um período de 12 anos. Em algumas áreas, as diferenças de personalidade foram relacionadas com maior sucesso marital.

Segundo o pesquisador Robert Levenson, isso pode ser porque, a longo prazo, personalidades diferentes podem fornecer aos casais recursos complementares para lidar com os desafios da vida.

Por exemplo, um casal em que um parceiro é mais sociável e o outro mais detalhista. “Em uma certa noite, se alguém precisa fazer e pagar as contas, e alguém precisa conversar com outros pais para combinar caronas aos filhos, o casal ‘complementar’ presumivelmente discutirá menos sobre quem faz o quê do que um casal ‘similar’”, explicou Levenson.

E, mais tarde na vida, conforme os casais passam mais tempo juntos, os cônjuges demasiado semelhantes podem se tornar entediados uns com os outros.
Natasha Romanzoti

A Casa Encantada & À Frente, O Verso.

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