MISTER - Edmir Saint-Clair

 

Sábado era o dia mais animado da nossa semana. Eu e meu irmão acordávamos ainda mais cedo do que nos outros dias. Eu tinha dez anos e ele oito.

AABB lagoa; chegávamos ao clube logo depois que abria e, as vezes éramos os últimos, todos os amigos também já haviam chegado. 

Éramos sócios e amigos de todos os funcionários que nos conheciam pelo nome. Nosso dia inteiro era para jogar bola, ping-pong, tênis, ir à piscina e, em algum momento, almoçar juntos fazendo muita bagunça no restaurante do clube. Sem pais nem responsáveis para olhar nossas irresponsabilidades. Resumindo, liberdade pra fazer o que quiséssemos o dia inteiro até as 10 da noite, quando os pais começavam a chegar para nos buscar.

Voltávamos sempre dormindo no banco de trás do carro. Exaustos. Lembro de acordar sendo carregado por meu pai até em casa. Com certeza, nessas noites, o pensamento que me vinha a minha cabeça antes de adormecer era o desejo de que o próximo sábado chegasse rápido.

Domingo sempre acordava mais tarde e mais preguiçoso. Esse acordou diferente. Meu irmão me balançou avisando que nossos pais queriam conversar com a gente.
Na mesa do café, meu pai nos avisou que, assim que acabasse as aulas do semestre, nos mudaríamos para Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.

Foi a primeira vez na vida que senti o tempo passar mais rápido.

Num dos primeiros dias de julho minha mãe nos acordou bem cedo, nos arrumamos, tomamos café e descemos para a garagem. Meu pai já estava dentro do carro nos esperando. 

Foi a primeira vez que me lembro de reparar mais atentamente o lugar onde morava. 

Exatamente quando estava indo embora. O Leblon, cheio de árvores, e a Lagoa ao amanhecer me eram absolutamente familiares, mas dali pra frente tudo seria novidade. Meu irmão começou a chorar. Lembrei dos sábados, do colégio e da praia, e comecei a chorar também.
- Isso é saudade... Nos revelou minha mãe.
Não gostei de sentir isso.

A viagem de carro foi de descobertas e encantamentos. Passamos por três estados que não conhecíamos até chegar ao Rio Grande do Sul, sem pressa. Meus pais eram bem jovens e sabiam aproveitar uma viagem. Tudo era novo. Os hotéis onde pernoitávamos, os estados, as cidades, as florestas de pinheiros, os campos enormes e o frio!

Meu pai calculou a viagem de forma que na última perna a distância nos permitisse chegar no meio do dia a Uruguaiana

Meu pai calculava muito bem. Minha primeira viagem foi por 2.000 km de novidades e foi quando percebi que o mundo era muito maior e mais bonito do eu imaginava. E olha que eu já era bom imaginador. Me sentia o tempo todo fazendo parte de uma aventura. Minha mãe era excelente explicadora do mundo e, também, do que eu e meu irmão sentíamos. Ela sempre tinha um nome bonito para o que a gente estava sentindo. Durante a viagem ela nos contou muito sobre as coisas que sentíamos, mas não sabíamos o nome. Ela também previa o futuro e nos disse que ainda tinham muitas coisas legais pela frente.

Depois de almoçarmos, já no centro de Uruguaiana, fomos para a Vila Militar onde ficava nossa nova casa. Nunca havíamos morado em casa, só em apartamento.
Meu pai parou o carro na entrada da garagem. Quando ele saltou, para abrir o portão, eu e meu irmão pulamos do carro. Fiquei olhando, ainda por fora do muro, àquela casa de dois andares, garagem, quintal grande e duas árvores. Antes que entrássemos pelo portão, um cão adulto, tipo Collie, a Lassie,  só que maior e mais forte, começou a brincar e entrou junto conosco pela primeira vez na casa.

Meus pais nem repararam, e eu e meu irmão fomos para o quintal explorar e brincar com aquele cão dócil, alegre, grande e bonito, parecido com os cachorros das séries de TV que gostávamos.

A vila militar ocupava um quarteirão inteiro. As casas rodeavam esse quarteirão e tinham duas entradas, a da frente que dava pra rua e a de trás, que dava direto para a parte interna do quarteirão, onde havia uma enorme área gramada comum a todas as casas. Esse centro era um grande espaço aberto com campo de vôlei, futsal, tênis e o melhor, a maior parte era de grama e árvores. Daquelas que dão pra subir até o alto. Cheias de galhos. Frondosas. 

Eu, meu irmão e o cão andamos por todos os cantos daquele parque particular. Descobrindo um mundo novo, totalmente diferente do Leblon. Até o jeito de falar das pessoas era outro. Ficamos imaginando um monte de coisas pra fazer no Campinho. Era assim que era chamado aquele parque particular.

Quando começou a anoitecer voltamos pra casa, muito empolgados com aquele espaço enorme que seria nosso quintal dali pra frente. Nunca tínhamos podido ir tão longe sozinhos. E o cão nos seguindo o tempo todo, nos sentíamos os donos deles. Brincamos de mudar de direção enquanto andávamos e o cão mudava também. Quando entramos pelo portão de casa, o cão entrou conosco, como se aquilo fosse absolutamente rotineiro. Entramos pela cozinha e fomos até a sala, onde meu pai colocava lenha na lareira. A casa tinha lareira! E meu pai sabia muito de lareira apesar de nunca ter tido uma. Meu pai sabia muito de tudo. Fiquei hipnotizado pelo fogo. Meu pai me olhou sorrindo, ele sabia o que eu estava sentindo. Os pais sempre sabem. E olhou também para o cão ao meu lado. Fez um aceno com a cabeça na direção do cão e respondi que não sabia de quem era. Ele chamou o cão que obedeceu e se derreteu com os afagos dele. Meu pai também gostava de cães. Combinamos que o cão dormiria fora da casa, dentro do campinho. Ele achava que o cão deveria ser de alguma outra família dali e durante a noite voltaria para os seus donos. Eu e meu irmão fomos juntos com ele deixar o cão no campinho.

Naquela noite, quando saí do banho, descobri porque a casa tinha lareira. Tudo parecia um filme. Até o meio da noite, quando todos acordaram morrendo de frio, os quartos ficavam no segundo andar e a lareira era na sala de baixo. Fomos todos dormir na sala, em frente à lareira e abraçados embaixo dos cobertores. Minha mãe fez meu pai prometer que compraria aquecedores elétricos para todos os cômodos na manhã seguinte. Sorte dele que a casa não era grande.
Adorei o frio. Ele nos fez dormir abraçados, todos juntos em frente à lareira.

A manhã seguinte nos ensinou que mais frio que uma noite fria de inverno no sul do Rio Grande do Sul é a manhã que vem depois dessa noite. Acordei já tremendo, embaixo de uns três cobertores e abraçado a minha mãe, enquanto meu pai tentava acender novamente a lareira. Ele tinha 
calculado mal e o fogo apagara precocemente. Quase congelamos. Mas meu pai sabia reacender lareiras, e em pouco tempo voltamos a dormir. Quando acordamos de novo, meu pai já havia saído para comprar aquecedores.
Nunca tinha imaginado que era possível fazer tanto frio. Tínhamos acabado de chegar do Rio de Janeiro e isso era completamente novo pra gente.

Antes de tomarmos café eu e meu irmão fomos até o portão que dava para o campinho e. lá estava o cão deitado em frente. Saltou para dentro do quintal e começou a fazer muita festa. Nunca tínhamos tido um cão, muito menos daquele tamanho, nem caberia no apartamento onde morávamos no Rio. Tomamos café e fomos direto para o campinho, o cão junto. Não saía do nosso lado pra nada. Estávamos apaixonados por ele e ele por nós.

Quando voltamos para o almoço meu pai já havia posicionado um aquecedor em cada cômodo. Perguntou sobre o cão. Contamos a estória. Ele explicou que o cão deveria pertencer a alguma família da vila ou das redondezas. Novamente quando anoiteceu fomos deixá-lo do lado de fora da casa. Só que dessa vez do lado que dava para a rua e não para o campinho. Fora desse lado que ele aparecera. O cão saiu e sentou-se na porta do lado de fora.

Essa noite dormimos todos muito bem aquecidos e cada um na sua cama. Como bônus pela noite anterior, eu e meu irmãos fomos dispensados do banho. Antes de dormir ficamos conversando sobre o cão. Estávamos encantados e começamos a imaginar que ele poderia ser o nosso. E se ele não tivesse dono?
Quando adormecemos o cão já se chamava Mister.

No dia seguinte, Mister continuava na porta e entrou assim que abrimos. Meu pai estava tomando café e nos contou que um segurança noturno da vila lhe dissera que ele tinha dormido a noite inteira no portão. E aumentou ainda mais nossa esperança de que ele fosse mesmo o nosso quando contou que o vigia também dissera que trabalhava ali há muitos anos e nunca havia visto aquele cão. Da vila ele garantiu que não era. Meu pai nos contou isso enquanto brincava com o Mister. Meu pai adorava cães e tinha uma sensibilidade especial no trato com eles, que sempre o adoravam também. Meu pai sabia muito de cães.
- Mister é?...Gostei, disse ele.
E assim o Mister foi oficialmente batizado. Havíamos cão!

Nos fins de semana seguintes fomos os quatro, eu, meu pai, meu irmão e o Mister passear pelas ruas próximas. Meu pai nos explicara que se ele fosse de alguma daquelas casas, ou alguém o reconheceria ou ele reconheceria alguém ou alguma das casas. Ele era um cão bem tratado, grande, forte e adulto. Um belo cão. Um ovelheiro, como eles chamam ali na fronteira gaúcha. Um pastor de ovelhas. Ele tinha os caninos marcados como se tivessem sido serrados na ponta ou algo parecido. Descobrimos que isso acontecia para que não machucassem as ovelhas mais novas, segundo as pessoas com quem meu pai conversara em busca de informação sobre o cão e seus possíveis donos.

Nosso encantamento pelo Mister só aumentava. Ele tinha que ser o nosso cão. Um pastor de ovelhas de verdade. Estava na cara que meu pai também queria.
Ele aceitou, depois que eu e meu irmão prometemos que não íamos ficar frustrados se o dono aparecesse de repente. Prometemos sem hesitar um segundo, apesar de nenhum dos dois ter a menor idéia do que significava “frustrados”. Não importava.
A partir desse dia foi oficializada a entrada na família daquele grande companheiro que marcaria para sempre nossas vidas.
O Mister já estava nos esperando na porta da nossa casa desde o momento em que chegamos do Rio e ficaria conosco até o dia em que fomos embora. Nunca soubemos de onde ele veio.

 

A Casa Encantada & À Frente, O Verso.

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