A técnica, chamada estimulação transcraniana por corrente direta (tDCS, na sigla em inglês), usa dois eletrodos e uma pequena corrente elétrica (2 miliampères) para estimular áreas específicas do cérebro. Embora seja possível conseguir efeitos parecidos por meio de medicamentos, a tDCS tem a vantagem de ser mais direcionada (enquanto drogas podem afetar diversas áreas) e de não ter efeitos colaterais negativos.
Ela já é usada para tratar pessoas com depressão e ajudar na reabilitação das que sofreram derrame. “Contudo, até onde sabemos, praticamente nenhum dos estudos anteriores [envolvendo tDCS] examinou e correlacionou comportamento com atividade neural”, aponta o pesquisador Shinsuke Shimojo.
No estudo, 99 voluntários foram divididos em seis grupos, cada um com um padrão de estímulo diferente – com exceção de um grupo de controle, todos receberam estímulo em uma região cerebral ligada a recompensa.
Como os níveis desse neurotransmissor não podiam ser medidos por ressonância magnética, a equipe pretende fazer novos testes com a tDCS, mas desta vez com outra técnica de monitoramento.
Em relação ao tratamento de doenças, o estudo de Shimojo e seus colegas mostrou que o alcance do tDCS é maior do que se imaginava até então.
Guilherme de Souza [Medical Xpress, Translational Psychiatry]