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VÍDEO PALESTRA - SOMOS JULGADOS EM SEGUNDOS E POR 2 CRITÈRIOS
A professora de Harvard Business School, Amy Cuddy vem estudando as primeiras impressões ao lado dos colegas psicólogos Susan Fiske e Peter Glick por mais de 15 anos, e descobriu padrões nessas interações. Em seu novo livro, “Presença”, Cuddy diz que as pessoas respondem rapidamente a duas perguntas quando elas te encontram pela primeira vez: Posso confiar nesta pessoa? Eu posso respeitar esta pessoa? A psicologia se refere a estas dimensões como cordialidade e competência, respectivamente, e, idealmente, você quer ser percebido tendo ambos.
Curiosamente, Amy Cuddy diz que a maioria das pessoas, em um contexto profissional, acredita que a competência é o fator mais importante. Afinal, eles querem provar que são inteligentes e talentosos o suficiente para lidar com o seu negócio. Mas fora do ambiente de trabalho somos julgados em segundos e por estes dois critérios:
Os dois critérios
Mas, na verdade a cordialidade e a confiabilidade, são os critérios mais importante na forma como as pessoas avaliam você. “De uma perspectiva evolucionária, diz Cuddy, é mais crucial para a nossa sobrevivência saber se uma pessoa merece a nossa confiança”. Faz sentido quando você considera que para os homens das cavernas era mais importante descobrir se seu companheiro estava lá para matá-lo e roubar todos os seus bens ou se ele era competente o suficiente para construir um bom fogo com você.
A competência é altamente valorizada mas é avaliada apenas depois que a confiança. Cuddy diz que ela é avaliada apenas depois que a confiança é estabelecida. E, que se concentrar demais em exibir as habilidade, o tiro pode sair pela culatra.
Cuddy diz que estudantes de MBA estão muitas vezes tão preocupados em parecer inteligentes e competentes que isso pode levá-los a ignorar eventos sociais, não pedir ajuda, e geralmente parecer inacessível.
“Uma pessoa calorosa, confiável que também é forte e habilidosa provoca admiração. Porém, só depois que você estabelece a confiança é que suas habilidades se tornam um dom e não uma ameaça”.
Estes overachievers podem se frustrar ao não receberem a oferta de emprego porque ninguém os conheceu melhor e confiar neles como pessoas é bem difícil.
“Se alguém que você está tentando influenciar não confiar em você, você não vai chegar muito longe. Na verdade, você pode até provocar suspeitas porque você parecer apenas um grande manipulador”, diz Cuddy.
Publicado originalmente em Business Insider
ESTUPIDIFICAÇÃO HUMANA - Isabela Spínola
Este é precisamente o momento em que realizamos que a concentração de poder tem apenas por fim a manipulação de sociedades, pela necessidade de ordem social que o ser humano necessita. Se assim não o fosse, ainda hoje seríamos um neandertal. Quem não chegou a esta fronteira de pré-loucura jamais identificará a manipulação diária de que é alvo.
Algumas das características que os aprendizes de vida possuem, são a certeza de que nunca saberão demasiado, a busca da verdade na sua essência e um acesso ilimitado aos mais diversos e coloridos mundos.
Aprender é uma vontade inata e natural, não se aprende a ter vontade de aprender, é preciso ser curioso, é preciso não se bastar, é preciso constatar, é preciso conhecer, é preciso ver as formas na sua forma original. A fome de conhecimento desemboca num cérebro em contínua expansão, para quem não bastam as verdades comunitárias e colectivas.
Nietzsche, um dos meus aprendizes preferidos, foi para muitos um insano, para outros um génio. Incapaz de lidar com a sua condição de ser emocional, enveredou pela misoginia, passando mais tarde por diversos estados de loucura, pela frustração que lhe causava o não reconhecimento público das suas obras.
Nietzsche dedicou toda a sua vida ao aprendizado, deixando hábeis e preciosos escritos, que apenas traduzem o comportamento humano e o impacto deste na sociedade. Aponta como sendo o exercício mais difícil o auto-conhecimento, não pela carga reflectiva que tal implica, mas antes pela necessidade de superar os nossos próprios limites, para que seja possível identificá-los e assim balizá-los.
As saídas da zona de conforto, são desconfortáveis efectivamente, mas sem passar por elas, nunca saberemos do que somos capazes, e não tendo este conhecimento, nunca nos conheceremos realmente.
O auto-conhecimento está aberto a todos, todavia, apenas os aprendizes lá chegarão. Não por serem melhores, apenas porque são mais curiosos, e esta viagem é sempre traçada na vida de um aprendiz. Cedo ou tarde algum caminho desembocará no auto-conhecimento. O que move os aprendizes na vida é apenas um motor: a busca da essência. Este tema interessa a alguém? Possivelmente não, nem tão pouco é sujeito a juízos de valor a inércia intelectual.
A essência da verdade apenas interessa aos aprendizes, que com o seu espírito inconformista e analítico esmiúçam a fundo qualquer tema que lhe desperte interesse. Este é o patamar onde os conceitos se confundem, e frequentemente duvidamos deles, sendo necessário um mergulho ainda mais profundo nos pântanos do conhecimento.
O homem reduzido à sua essência, é um animal controlado. Questiona-se qual a necessidade de racionalidade, porque não vivemos apenas como os animais irracionais, porque tivemos de dar este uso à nossa racionalidade, qual o objectivo da racionalidade afinal.
Este é seguramente um patamar irreversível e onde identificamos que somos sempre essência pura não formatada sem necessidade física ou mental de produtos massificados (neste ponto recomendo vivamente a leitura de José Saramago no seu "Ensaio de Cegueira").
A zona de perigo (se é que assim poderei chamar) desta constatação
reside apenas no isolamento social que tal pode provocar, podendo chegar já a um estado de pré-loucura nietzschiana. Este é precisamente o momento em que realizamos que a concentração de poder tem apenas por fim a manipulação de sociedades, pela necessidade de ordem social que o ser humano necessita.
Se assim não o fosse, ainda hoje seríamos um neandertal. Quem não chegou a esta fronteira de pré-loucura jamais identificará a manipulação diária de que é alvo.
Um dos grandes pilares que fomentou a manipulação nas sociedades ocidentais, foi sem dúvida a religião católica, que criou raízes há já vinte séculos com seus dogmas e ainda hoje perdura como a grande linha orientadora da consciência humana. Baseada no Cristianismo, surge num contexto político em que se verificava uma necessidade revanchista de fuga ao império romano. A natural defesa pelas minorias, a necessidade humana de mártires comuns, fez com que o cristianismo se propagasse exponencialmente durante os três séculos em que foram perseguidos pelos romanos.
No século IV, os romanos passam a tolerar o Cristianismo, passando a religião católica de uma seita de minorias para uma religião de massas. A decadência do próprio império romano vem a fortalecer as figuras cristãs da época, elegíveis desde logo pelas multidões, passando estas a assumir funções de destaque na sociedade civil.
Faltava dar um corpo e fundamento à igreja cristã, e é a partir deste momento que são fundados os mais profundos pilares comportamentais da sociedade ocidental. Baseada na doutrina da Trindade, e considerando-se mandatados por entidades divinas, dividem a sociedade ao meio, admitindo apenas em raras excepções, a salvação aos seus infiéis. Não existindo à data um código civil baseado em valores emocionais, o cristianismo é rapidamente absorvido como forma de gratificação emocional (boas acções garantem um lugar no paraíso), tendo até hoje perdurado na consciência humana, inibindo-a de qualquer valor divergente implicando tal a punição de consciência no indíviduo.
Actuando como super-ego na consciência humana, a religião actua sobre emoções, constituindo um padrão comportamental já racionalizado e que se transmite através das gerações.
Existe realmente esta necessidade de ordem na vida comunitária, não obstante todo o fanatismo e comércio envolto na matéria. Se a linha de valores cristãos é a mais adequada à nossa sociedade? Não sei responder. Considero ser tão válida como seria outra linha de valores qualquer, na verdade a mina de ouro foi descoberta pelos poucos que perceberam a capacidade de manipulação das massas.
Os membros alfa da sociedade rapidamente teriam de enveredar por caminhos onde pudessem comandar as suas alcateias, a religião terá sido apenas uma via para atingir um fim. Nos dias de hoje, a tendência é a de baixar a fasquia ainda mais. Foram substituídos valores morais por valores líquidos, e a experiência em sabotagem social é sem dúvida superior, e na actualidade comandada por dois grandes exércitos: poder político e mediático.
O acesso total a informação não filtrada e de fraca qualidade intelectual, exponencia a estupifidicação humana, na medida em que não propicia o crescimento intelectual, despromovendo assim as capacidades e liberdades individuais. Receio que as próximas gerações, apresentem uma percentagem inferior de neurónios, pelo seu desuso em crescendo e consequente não replicação via adn.
O que acontecerá ao nosso mapa neurológico dentro de 3 séculos? Isto leva-me a pensar que inevitavelmente as sociedades auto-conduzem-se a este patamar de estupidificação ao ponto de não restar nada. Será desta forma que regressarmos à nossa essência, a tempos pré-históricos, para depois recomeçar de novo. Será esta a explicação para já termos tido civilizações mais evoluídas do que nossa?
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MAPEAMENTO CEREBRAL MOSTRA O QUE EXCITA AS MULHERES NO SEXO
É como as mulheres sempre diziam, estimular a vagina
e estimular o clitóris são coisas diferentes.
e estimular o clitóris são coisas diferentes.
E agora, elas têm fotos da atividade do cérebro para provar isto.
O córtex sensor é uma parte do cérebro posicionada mais ou menos onde você coloca seu fone de ouvido. Nesta região, os neurônios conectados a diferentes partes do corpo trocam sinais sobre as informações sensoriais que passam por eles.
Publicado pela primeira vez em 1951, o mapa de onde se localizam os neurônios responsáveis pelas sensações de cada parte do corpo é geralmente chamado de “homúnculo sensorial”, uma imagem distorcida do corpo humano, onde o tamanho de cada parte corresponde ao tamanho da área dedicada a ela.
Para fazer o diagrama, neurocirurgiões estimulavam eletricamente partes do cérebro durante cirurgias do cérebro, com o paciente acordado e informando em que parte do corpo ele tinha alguma sensação.
Como estas experiências tinham sido feitas principalmente com homens, os médicos sabiam onde estava o pênis do homúnculo, mas a posição da genitália feminina era só uma suposição.
Esta situação mudou no ano passado quando Lars Michels e sua equipe no Hospital Infantil Universitário em Zurique, Suíça, usaram imagens de ressonância magnética funcional para confirmar a posição do clitóris, que corresponde à mesma posição do pênis no homúnculo masculino.
E na Universidade Rutgers, Newark (EUA), Barry Komisaruk e sua equipe usaram o mesmo método para mapear a posição do clitóris, vagina e cérvix no córtex sensorial enquanto mulheres se estimulavam.
Com isto, os cientistas confirmaram que a região responsável pelo clitóris era diferente da vagina, e também descobriram que o estímulo nos mamilos, além de ativar a região do peito, também estimulava a região genital no córtex.
Isto explica por que muitas mulheres acham a estimulação dos mamilos erótica – algumas afirmam até mesmo experimentar orgasmos só com a manipulação dos mamilos.
A descoberta provavelmente vai ajudar mulheres que sofreram danos nos nervos durante o nascimento ou em consequência de doenças como o diabetes.
Michels já tem algumas evidências de que o estímulo clitoriano pode melhorar os sintomas de incontinência urinária, mas aponta que ainda é preciso compreender como o nervo é mapeado no cérebro para chegar a um tratamento efetivo.
Enquanto não sai tal tratamento, o estímulo dos mamilos pode melhorar a sensação genital em mulheres com danos nos nervos.
O próximo passo da pesquisa é examinar o cérebro durante o estímulo clitoriano e vaginal, e ver o que acontece quando a área que supostamente contém o ponto G é estimulada.
Por Cesar Grossmann [NewScientist]
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Contos, Crônicas e Poesias
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A PAIXÃO PODE DURAR DÉCADAS - Suzana Herculano-Houzel
Pesquisas neurocientíficas mostram que é possível
sentir-se encantado pela mesma pessoa por décadas
Você já se imaginou vivendo 10, 20 ou 50 anos com a mesma pessoa? Sentindo sempre o mesmo prazer em sua companhia, o mesmo conforto em seus braços? Se a perspectiva parece interessante, agradeça ao seu cérebro (e se não lhe agrada, a culpa é dele, também). De certa forma, é curioso que laços afetivos fortes, como os amorosos, sejam tão importantes para nossa espécie. Tecnicamente, viver em sociedade, ou mesmo em pares, não é obrigatório para a sobrevivência de nenhum animal – vide tantos mamíferos, aves e outros bichos que procuram um par somente para o acasalamento e imediatamente depois seguem cada um o seu caminho.
Se gostamos de formar pares a ponto de investir boa parte de nossa energia, tempo e esforços cognitivos em convencer um belo exemplar do sexo interessante de que nós somos a pessoa mais sensacional e desejável na face da Terra, é porque o sistema cerebral humano, como o de outros animais sociais, é capaz de atribuir um valor positivo incrível à companhia alheia. Isso é função do sistema de recompensa, conjunto de estruturas no centro do cérebro especializadas em detectar quando algo interessante acontece, premiar-nos com uma sensação física inconfundível de prazer e satisfação e ainda associar esse prazer com o que levou a ele – o que pode ser uma ação, uma situação, um objeto ou... alguém.
Conforme o prazer se repete na companhia dessa pessoa, o valor positivo que atribuímos a ela é reforçado (enquanto torcemos para que o mesmo aconteça no cérebro dela, associando um valor cada vez mais positivo à nossa própria companhia, claro). É o que fazemos no período de namoro, quando conversas interessantes, passeios agradáveis, boa música, boa comida e carinho oferecem prazeres que vão sendo associados à companhia do outro. Se rola sexo, então, melhor ainda: o prazer do orgasmo funciona como uma cola extraordinária para o sistema de recompensa, que atribui (corretamente!) a satisfação incrível àquela pessoa específica (mas é verdade que isso não funciona tão bem em alguns cérebros...).
Com a repetição, o sistema de recompensa vai aprendendo a ficar ativado não apenas em resposta, mas também em antecipação à presença daquela pessoa. Esse prazer antecipado é a motivação, que nos dá forças para alterar compromissos, abrir espaço na agenda e ficar acordado madrugada adentro. Essa é a paixão, estado de motivação enorme em que se faz tudo em nome de mais tempo na presença do ser amado.
Quando vira amor?
Essa questão é complicada, mas existe ao menos uma definição operacional curiosa: passado o ardor da paixão, descobre-se que se ama alguém quando pensar em uma vida sem ela causa angústia sincera e profunda. O amor é esse laço que faz seu cérebro achar que sua felicidade está vinculada à presença e à felicidade do outro e que fazê-lo feliz dá novo sentido à sua vida. Nesse estado, desejar o casamento é apenas natural.
Quando é para sempre?
Depende de vários fatores, alguns deles fora de nosso alcance, como ser traído (e não apenas sexualmente). A boa notícia da neurociência sobre a longevidade dos relacionamentos amorosos é que eles não estão necessariamente fadados ao esgotamento: é, sim, possível se sentir apaixonado décadas a fio pela mesma pessoa. E não é mero acaso de sorte: você pode fazer sua parte.
É uma questão de continuar inventando e descobrindo novos prazeres a dois. Tudo para manter o sistema de recompensa do outro interessado em você...
É uma questão de continuar inventando e descobrindo novos prazeres a dois. Tudo para manter o sistema de recompensa do outro interessado em você...
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Contos e Crônicas
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VOCÊ CONSEGUE VIVER SEM DROGAS LEGAIS? - Eliane Brum
Como
Pedro descobriu que tinha se tornado uma
“máquina
humana” – ou um “bombado psíquico”.
E
como sua história fala do nosso tempo e de muitos de nós.
Pedro
– o nome é fictício porque ele não quer ser identificado – é um cara por volta
dos 40 anos que adora o seu trabalho e é reconhecido pelo que faz. É casado com
uma mulher que ama e admira, com quem tem afinidade e longas conversas.
Juntando os fundos de garantia e algumas economias os dois compraram um
apartamento anos atrás e o quitaram em menos de um ano.
Este
é o segundo casamento dele, e a convivência com os dois filhos do primeiro é
constante e marcada pelo afeto. Ao contrário da regra nesses casos, a relação
com a ex-mulher é amigável. Pedro tem vários bons amigos, o que é mais do que
um homem pode desejar, acha ele, porque encontrar um ou dois bons amigos na
vida já seria o bastante, e ele encontrou pelo menos uns dez com quem sabe que
pode contar na hora do aperto. A vida para Pedro faz todo sentido porque ele
criou um sentido para ela.
Ótimo.
Ele poderia ser personagem de uma daquelas matérias sobre sucesso, felicidade e
bem-estar. Mas há algo estranho acontecendo. Algo que pelo menos Pedro
estranha. Há dois anos, Pedro toma Lexapro (um antidepressivo), Rivotril (um
ansiolítico, tranquilizante) e Stilnox (um hipnótico, indutor de sono). Dou os
nomes dos remédios porque os psicofármacos andam tão populares que se fala
deles como de marcas de geleia ou tipos de pão. E o fato de nomes tão
esquisitos estarem na boca de todos quer dizer alguma coisa sobre o nosso
tempo.
Pedro
conta que a primeira vez que tomou antidepressivo, anos atrás, foi ao perder
uma pessoa da família. A dor da perda o paralisou. Ele não conseguia mais
trabalhar. Queria ficar quieto, em casa, de preferência sem falar com ninguém.
Nem com a sua mulher e com os filhos ele queria conversar. Pedro só queria
ficar “para dentro”. E, quando saía de casa, sentia um medo irracional de que
algo poderia acontecer com ele, como um acidente de carro ou um assalto ou ser
atingido por uma bala perdida.
Ele
mesmo pediu indicação de um bom psiquiatra a uma amiga que trabalha na área.
Pedro sentia que estava afundando, mas temia cair na mão de algum charlatão do
tipo que receita psicofármacos como se fossem aspirinas e acredita que tudo que
é do humano é uma mera disfunção química do cérebro.
O
psiquiatra era sério e competente. Ele disse a Pedro não acreditar que ele
fosse um depressivo ou que tivesse síndrome do pânico, apenas estava em um
momento de luto. Precisava de tempo para sofrer, elaborar a perda e dar um
lugar a ela. Receitou um antidepressivo a Pedro para ajudá-lo a sair da
paralisia porque o paciente repetia que precisava trabalhar.
A
licença em caso de luto – dois (!!!!) dias, segundo a legislação trabalhista –
já tinha sido estendida por um chefe compreensivo. Por Pedro ser muito bom no
que faz recebera o privilégio de duas semanas de folga para se recuperar da
perda de uma das pessoas mais importantes da vida dele. Pedro não queria
“fracassar” nessa volta. E não “fracassou”. Com a ajuda do antidepressivo,
depois de algumas semanas ele voltou a produzir com a mesma qualidade de antes.
Três meses depois da morte de quem amava, ele já voltara a ser o profissional
brilhante.
Pedro
tomou o antidepressivo por cerca de um ano, com acompanhamento rigoroso e
consultas mensais. Como não agradava nem a ele nem era o estilo do psiquiatra
que escolheu, pediu para parar de tomar o remédio. O psiquiatra concordou, e
Pedro foi diminuindo a dose da medicação até cessar por completo. Tocou a vida
por mais ou menos um ano e meio.
Neste
intercurso, ele se tornou ainda mais criativo. Aumentou o número de horas de
trabalho, que já eram muitas, porque se sentia muito potente. Pedro multiplicou
o seu sucesso, que sempre foi medido por ele não pela quantidade de dinheiro,
mas de paixão. E achava que tudo estava maravilhoso até começar a ter insônia.
Pedro dormia e acordava, sobressaltado.
Sem
conseguir voltar a dormir, pensamentos terríveis passavam pela sua cabeça.
Pedro pensava que perderia todo o seu sucesso, a sua possibilidade de fazer as
coisas que acreditava e às vezes temia morrer de repente. As noites de Pedro
passaram a ser povoadas por catástrofes imaginárias, mas bem reais para ele.
E,
toda vez que saía de casa pela manhã, voltara a ter medo de ser atingido por
alguma fatalidade, por algo que estaria sempre fora do seu controle.
Algumas
semanas depois do início da insônia, Pedro paralisou de novo. Não conseguia
trabalhar – e este, para Pedro, era o maior dos pesadelos reais. Voltou ao
consultório psiquiátrico e há dois anos toma os três remédios citados. Pedro,
que sempre tinha olhado com desconfiança para a prateleira de psicofármacos,
começou a achar natural precisar deles para enfrentar os dias e também as
noites. “Que mal tem tomar uma pílula para dormir?”, dizia para a mulher,
quando ela o questionava. “Ou tomar umas gotas de tranquilizante para não
travar o maxilar de tensão? Ou 15 mg de antidepressivo para vencer a vontade de
se atirar no sofá e ficar apenas olhando para dentro?” Sua mulher conta que ele
parecia o Capitão Nascimento, em “Tropa de Elite”, tomando comprimidos no
banheiro e dizendo à esposa: “Isso aqui não tem problema nenhum. Todo mundo faz
isso. Não tem problema nenhum”.
Em
2011, Pedro teve momentos em que achou que tudo estava muito bem mesmo. E, se
para tudo ficar tão bem era preciso tomar algumas pílulas, não tinha mesmo
problema nenhum. Pedro talvez nunca tenha produzido tanto como neste ano e, por
conta disso, até ganhou um aumento de salário sem precisar pedir. Mas, às
vezes, não com muita frequência, ele se surpreendia pensando que algumas
dimensões da sua vida tinham se perdido.
Pedro
não tinha mais o mesmo desejo pela sua mulher, e o sexo passou a ser algo
secundário na sua vida. Não tinha mais tanto desejo pela sua mulher nem desejo
por mulher alguma. “Efeito colateral do antidepressivo”, conformou-se.
Pedro
trabalhava tanto que tinha reduzido às idas ao cinema, os encontros com os
amigos e a pilha de livros ao lado da cama continuava no mesmo lugar. Ele
também tinha perdido o interesse por viagens de lazer com a família, porque
estava ocupado demais com seus projetos profissionais.
Pedro
constatou que os momentos de subjetividade eram cada vez mais escassos na sua
vida. E, embora o trabalho lhe desse muita satisfação, ele tinha eliminado uma
coleção de pequenos prazeres do seu cotidiano. Por volta do mês de setembro,
Pedro começou a sentir uma difusa saudade dele mesmo que já não conseguia
ignorar.
“Devagar
eu comecei a perceber que tinha criado uma vida que não podia sustentar sem
medicação. E tinha aceitado isso. Como, acho, boa parte das pessoas que conheço
e que tomam esse tipo de remédio”, conta. “Eu só consigo fazer tudo o que faço
porque tenho essa espécie de anabolizante. Sou um bombado psíquico. Vivo muitas
experiências todo dia e não tenho nenhum tempo para elaborar essas
experiências, como não tive tempo para elaborar o meu luto. É uma vida
vertiginosa, mas é uma vida não sentida.
Às
vezes tenho experiências maravilhosas, mas, na semana seguinte, ou na mesma
semana, já não me lembro delas, porque outras experiências se sobrepuseram
àquela. E sei que só durmo porque engulo pílulas, só acordo porque engulo
pílulas. Só suporto esse ritmo porque engulo pílulas. Até pouco tempo atrás eu
achava que tudo bem, então eu ficaria tomando pílulas pelo resto da vida. Em
vez de mudar meu cotidiano para que ele se tornasse possível, eu passei a
esticar meus limites porque sabia que podia contar com os medicamentos e, se
voltasse a cair, me iludia que bastaria aumentar a dose. Eu me tornei uma
equação: Pedro + medicamentos.
Aos
poucos, porém, comecei a perceber que não é essa vida que eu quero para mim.
Tem algo errado quando a vida que você inventou para você só é possível porque
você toma três comprimidos diferentes para poder vivê-la. E, talvez, daqui a
pouco, eu esteja tomando Viagra para ter desejo pela mulher que amo. Isso aos 40
anos. E, com o tempo, os efeitos colaterais desses remédios vão causar, pelo
prolongamento do uso, doenças em outras partes do meu corpo.
Eu
sei que muita gente, como eu, já se habituou a achar que é normal viver à custa
de pílulas. Mas, se você parar para pensar, isso é uma loucura. Isso, sim, é
doença. E os médicos estão nos mantendo doentes, mas produtivos, usando os
remédios para ajustar a máquina a um ritmo que a máquina só vai aguentar por um
certo tempo. De repente, percebi que eu era uma máquina humana.
E
que eu estava usando remédios legais como se fossem cocaína e outras drogas
criminalizadas. E o mais maluco é que todo mundo acha que tenho uma vida
invejável e que está tudo ótimo comigo. Por serem drogas legais, por causa da
popularização de coisas como depressão e síndrome do pânico, todo mundo acha
normal eu tomar pílula para ter coragem de sair da cama de manhã e pílula para
conseguir dormir sem ter medo de morrer no meio da noite. De repente, me caiu a
ficha, e eu comecei a enxergar que estamos todos loucos, a começar por mim.
Loucos por achar que isso é normal.”
Com
a autorização de Pedro, procurei o psiquiatra dele para uma conversa. É um
profissional inteligente e sério. E foi de uma honestidade rara. Perguntei a
ele porque receitava psicofármacos para gente como Pedro. “Porque vivemos num
mundo em que as pessoas não têm tempo para elaborar o que é do humano. Muitas
vezes eu me deparo com essa situação no consultório. Vejo uma pessoa ali me
pedindo antidepressivo porque não consegue mais trabalhar, não consegue mais
tocar a vida.
Eu
sei que ela não consegue mais trabalhar nem tocar a vida porque é a sua vida
que se tornou impossível, porque precisa de um tempo que não tem para elaborar
o vivido. É óbvio que não é possível, por exemplo, elaborar um luto ou uma
separação em uma semana e seguir em frente como se nada tivesse acontecido.
Assim
como não é possível viver sem dúvidas, sem tristezas, sem frustrações. Tudo
isso é matéria do humano, mas o ritmo da nossa vida eliminou os tempos de
elaboração. Essa pessoa não é doente – é a vida dela que está doente por não
existir espaço para vivenciar e elaborar o que é do humano.
Só
que esse cara precisa trabalhar no dia seguinte e produzir bem ou vai perder o
emprego. Então eu dou o antidepressivo e faço um acompanhamento sério, com
psicoterapia, para que esse cara possa dar um jeito na vida e parar de tomar
remédios.
É
um dilema e não tem sido fácil lidar com ele, mas é neste mundo que eu exerço a
profissão de psiquiatra. Porque no tratamento da depressão, de verdade, a
doença, de fato, é muito difícil obter resultados, mesmo com os medicamentos
atuais. Assim como outras doenças psíquicas, quando são doenças mesmo.
Os
resultados são muito mais lentos – e às vezes não há resultado nenhum. A
maioria das pessoas que estamos medicando hoje não é doente. E por isso o
resultado é rápido e parece altamente satisfatório. Estas pessoas só precisam
dar conta de uma vida que um humano não pode dar conta.”
Pedro,
que nunca foi adepto das famosas resoluções de Ano-Novo, desta vez se colocou
uma que talvez seja a empreitada mais difícil que já enfrentou.
“Estou
reduzindo progressivamente a dose dos medicamentos e vou parar até março.
Minha
meta, em 2012, e talvez leve muitos réveillons para conseguir alcançar isso, é
criar uma vida possível para mim. Uma vida e uma rotina que meu corpo e minha
mente possam dar conta, uma vida em que seja possível aceitar os limites e
lidar com eles, uma vida em que eu tenha tempo para sofrer e elaborar o
sofrimento, e tempo para usufruir das alegrias e dos pequenos prazeres e da
companhia dos que eu amo.
Sei
que vai ter um custo, sei que vou perder coisas e talvez tenha até de mudar de
emprego, mas acho que vai valer a pena. Não quero mais uma mente bombada, nem
ser uma máquina bem sucedida. Quero só uma vida humana.”
Torço
por Pedro, torço por nós.
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