Alain de Botton é um escritor e filósofo
residente em Londres, famoso por popularizar
a filosofia e divulgar seu uso na vida quotidiana.
Data de nascimento: 20. Dezembro 1969
Não existe essa coisa de equilíbrio entre vida e trabalho. Tudo que vale a pena lutar desequilibra sua vida.“
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Talvez seja verdade que nós não existimos realmente até que alguém note a nossa existência, que não dizemos nada até que alguém possa entender a essência daquilo que estamos dizendo, e que só estamos completamente vivos até sermos amados.“
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Não era mais a sua ausência que me feria, mas minha crescente indiferença a isso.“
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Ama seus filhos e eles serão capazes de superar você. Ignorar seus filhos e eles vão ser obcecados por você por toda a vida.“
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O momento em que choramos num filme não é aquele em que as coisas são tristes mas quando se tornam mais bonitas que aquilo que esperávamos que viessem a ser.“
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A nossa maior prova de lealdade para com outra pessoa é a nossa monstruosa deslealdade com todos os outros.“
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Raramente nos apaixonamos sem nos sentirmos tão atraídos por aquilo que é objectivamente saudável no ser amado como por aquilo que é interessantemente errado nele.“
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Tendemos a nos apegar a uma noção fixa das emoções, como se existisse uma linha entre amar e não amar que pudesse ser cruzada somente duas vezes, no início e no fim de um relacionamento, em vez de transposta minuto a minuto.“
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Nós somos mais inteligentes que aquilo que supomos, e ainda assim a consciência da insanidade do amor nunca salvou ninguém da doença.“
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Todo mundo nos envia de volta um sentido diferente de nós mesmos, para nos tornarmos um pouco do que eles acham que nós somos.“
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As pessoas nunca são totalmente boas ou más, o que significa que amá-las ou odiá-las tem necessariamente em sua base um elemento subjetivo e talvez ilusionista.“
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É um sinal de que duas pessoas tenham parado de amar uma a outra (ou pelo menos parado de desejar fazer o esforço que constitui noventa por cento do amor)quando não são mais capazes de transformar diferenças em piadas.“
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Talvez as pessoas mais fáceis de se apaixonar são aqueles sobre os quais não sabemos nada.“
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O que é a experiência? Algo que quebra uma rotina educada e por um breve período nos permite testemunhar coisas com a sensibilidade aumentada que nos concede a novidade, o perigo, ou a beleza. As amizades nutridas somente por jantares ocasionais jamais terão a profundidade daquelas formadas numa viagem ou numa universidade.“
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Nunca é tarde para aprender algumas coisas básicas e embaraçosamente óbvias sobre si mesmo.
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... Eu me desnudo emocionalmente quando confesso minha carência – que estarei perdido sem você, que não sou necessariamente a pessoa independente que tentei aparentar. Na verdade, não passo de um fraco, cuja noção dos rumos ou do significado da vida é muito restrita. Quando choro e lhe conto coisas que, confio, serão mantidas em segredo, coisas que me levarão à destruição, caso terceiros tomem conhecimento delas, quando vou a festas e não me entrego ao jogo da sedução porque reconheço que só você me interessa, estou me privando de uma ilusão há muito acalentada de invulnerabilidade. Me torno indefeso e confiante como a pessoa no truque circense, presa a uma prancha sobre a qual um atirador de facas exercita sua perícia e as lâminas que eu mesmo forneci passam a poucos centímetros da minha pele. Eu permito que você assista a minha humilhação, insegurança e tropeços. Exponho minha falta de amor-próprio, me tornando, dessa forma, incapaz de convencer você (seria realmente necessário?) a mudar de atitude. Sou fraco quando exibo meu rosto apavorado na madrugada, ansioso ante a existência, esquecido das filosofias otimistas e entusiasmadas que recitei durante o jantar. Aprendi a aceitar o enorme risco de que, embora eu não seja uma pessoa atraente e confiante, embora você tenha a seu dispor um catálogo vasto de meus medos e fobias, você pode, mesmo assim, me amar...“