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ALBERTO GOLDIN - O Globo - coluna de 21/08/2011



"TENHO 30 ANOS, BONITA, INTELIGENTE, casei com um homem que me traiu com a ex-namorada, separei pois não confiava nele. Hoje namoro Julio, um homem interessante, bem-sucedido, carinhoso, separado, sem filhos. Até que vi um email para uma mulher, dizia que precisava vê-la e marcava um encontro. Terminei, ele se desculpou, eu voltei, mas um mês depois, vi um email para outra mulher e descobri que traiu sua ex-mulher. Terminei de vez.
Será que eu estar sempre desconfiada e investigando, até pelo que já me aconteceu no passado, é que eu estou sempre terminando? Ou será que pouco importa como eu sei das coisas e não sei lidar com traição? Seria mais feliz se não saber de nada? Meu maior sonho é ter uma família estruturada... Será que eu mesma estou impedindo que esse sonho se realize? E melhor que eu saiba agora, antes de casar, de ter filhos? Será que todas as mulheres procurassem achariam e nunca viveriam felizes com seus parceiros? Estou triste e sem companhia porque corri o risco de querer saber. Posso parecer uma louca ciumenta, eu não era assim, não sei se minhas atitudes são causa ou conseqüência, até eu ver os emails era um relacionamento maravilhoso.
Nina"

A Internet mudou o planeta, o tornou mais pequeno e transparente. Mais pequeno, porque Leblon, Uruguai ou China estão ao mesmo “click” de distância e mais transparente, porque a privacidade, com seu manto de discrição, agora está exposta em emails, celulares ou redes sociais. A intimidade se tornou pública... Reconheço que a Internet casou muita gente, porém também separou, expondo detalhes íntimos da vida privada que hoje estão – e estarão para sempre – na Rede a um click da curiosidade alheia. 
A singela frase da Nina “Descobri que Julio enganava sua ex-mulher...” é estarrecedora. Nina retirou do passado um episódio que possivelmente o próprio Julio já esqueceu... Um Juízo Final cibernético atualiza, em tempo real, os pecados dos usuários...
Vozes irritadas me interrompem, dizem que se as pessoas fossem corretas, não haveria problemas, não podemos culpar o mensageiro pelo conteúdo da mensagem. O que é realmente grave, afirmam, é a falta de caráter e seriedade nos compromissos amorosos, as promessas falsas e contraditórias de namorados e maridos... As vozes têm razão, porém me atrevo a refutá-las argumentando que a tecnologia não modificou a essência humana, só a colocou em evidência.

A infidelidade, gostemos ou não, sempre existiu, muitos infiéis de ambos os sexos foram punidos com separações que não desejavam, outros infiéis saíram impunes reforçando o amor pelos seus parceiros. Alguns se arrependeram amargamente por terem perdido o amor da sua vida, outros continuaram infiéis, sem maiores consequências. Paixões repentinas, traições esporádicas, casos inesperados, fantasias escandalosas são material frequente em consultórios psicanalíticos e grande parte destes “desvios”, antes da Internet foram elaborados na terapia sem citar detalhes constrangedores, sem outro julgamento ou castigo que a própria consciência do traidor. Erraram ou acertaram, pecaram, sentiram culpa ou não, porém todos, sem exceção, aprenderam algo da comédia humana antes que a exposição da Internet as transformasse em tragédia.

A Justiça não admite como prova escutas ilegais, contudo a justiça doméstica não se importa com esse detalhe... Foi assim que a Nina perdeu seus dois parceiros, ambos infiéis... Não estava disposta a tolerar o engano, mas as provas documentais, a hora exata do crime, as declarações escritas para suas amantes foram cruas e cruéis demais para imaginar um retorno.

Imagino que uma discussão prolongada e honesta, mesmo que menos documentada, teria outro final...

Reconheço e afirmo que o verdadeiro responsável pelo desastre é a confusa condição humana que, em ambos os sexos não renuncia ao prazer sexual, nem à curiosidade mórbida. 

Traição e ciúmes se complementam, uns não deveriam pular a cerca, nem os outros entrar na privacidade alheia. Agora somos realistas e vemos que o Rei está nu, on-line e participa de filmes pornôs. Nina e Eva (mulher de Adão) deixaram o Paraíso por saber demais. Ignorar é burro, saber é perigoso e triste. 

É possível que a humanidade, com o avanço tecnológico esteja migrando em direção a uma nova moral, parecida com a antiga, onde toda traição será flagrada e toda curiosidade atendida, ou seja, um mundo ideal e linear, radicalmente honesto, sem comédias, nem tragédias. Um tédio.
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ALBERTO GOLDIN - O primeiro domingo do ano


E-mail da leitora Sônia:

"TENHO OBSERVADO EM MIM UMA CONSTANTE insatisfação com TUDO, no trabalho, nos amigos, no namoro, enfim, com tudo mesmo.
No trabalho tenho sempre uma reclamação, querendo sempre um ambiente "ideal".
No relacionamento é pior ainda, nunca estou satisfeita, acho sempre que tem que melhorar alguma coisa, da parte dele. É uma insatisfação tão grande, que acho sempre que não sou querida pelas pessoas, por todas elas, fico sempre achando que quando recebo um elogio tem por trás algum outro interesse, já que frequentemente ouço que sou chata e que reclamo de tudo.
Acho que as coisas tem que ser muito certas, o que foi dito deve ser cumprido. Na adolescência pensei que deveria ser advogada já que reclamava muito e era persistente.
Tenho imensa dificuldade nos relacionamentos, estou no meu 4° relacionamento longo, tenho 25 anos, e todos eles foram muito conturbados, muitas brigas sempre...
Agora estou passando uma fase de altíssima angustia, quando acho que estou sendo enganada, fico tão nervosa que meu corpo inteiro treme e sinto calafrios.
Já comprei livros, já fiz terapia, vou à igreja e tento ser mais, mas não sei o que acontece comigo, começo a crer que sou realmente chata, reclamona e uma presença indesejada".
Sonia

Psicanalista Alberto Goldin:

TENHO QUE ADMITIR QUE HOJE É UM DOMINGO DIFERENTE , basicamente por ser o primeiro do ano. As comemorações e fogos de artifício da noite passada confirmam que outro ano passou, com suas boas e más notícias, nascimentos e mortes, construções e destruições. Enfim, um dia excelente para refletir, reciclar preocupações, renovar esperanças, somar ganhos e lamentar perdas. Não é um domingo qualquer e, enquanto passam suas horas, percebo com maior nitidez terceiras idades, sonhos futuros em espera e sonhos realizados perdendo atualidade… Minha conclusão óbvia é que o tempo passa.
Preciso responder à Sonia. Sua carta remete ao sentimento universal de frustração. Tem em mente um mundo ideal e o compara com o real, que sempre é pior. Por isso seus namorados, amigos e colegas de trabalho são inadequados e, por isso, seu universo funciona mal, dando constante defeito…
Meu primeiro impulso foi concordar com ela, quando se considera uma pessoa chata. Reclamar é chato, porque contamina qualquer cenário com a própria frustração. Admito que seus opostos, tolerância e bom humor, são produtos escassos…
Acredito que os únicos seres realmente felizes são as crianças pequenas, quando não estão com dor, fome, frio, sono ou desamparo e brincando com as mães riem no volume máximo, com risada cristalina, verdadeiro concentrado de felicidade. Quando as crianças crescem tudo fica mais complicado, acumulam-se as frustrações e a felicidade é depositada no subsolo do sujeito. Aqui o universo se divide entre os bem humorados, que toleram as decepções conservando a felicidade infantil e os outros que, como Sonia, dominados pela frustração, protestam. 

É verdade que há vidas mais afortunadas do que outras, porém Sonia é infeliz onde poderia não ser. O grande projeto cultural da espécie humana é, em essência, ensinar às pessoas a renunciar às suas fantasias idealizadas e aceitar a realidade com suas limitações, ou seja, aceitar viver num mundo possível.
Sonia permaneceu infantil quando se irrita por habitar um planeta que não está feito sob medida para ela, por isso precisa, com bastante urgência, decifrá-lo e aprender a suportá-lo sem queixas, porém trabalhando duro para torná-lo mais adequado às suas necessidades. É inútil se irritar ou reclamar, só cabe entendê-lo para melhorá-lo. Aprender a viver e decifrar a diferença entre fantasia e realidade e a irritação denuncia o fracasso da aprendizagem.

À semelhança de crianças que se negam a comer porque a comida oferecida não é como esperavam. Não tenho fórmulas melhores para a Sonia. 
É honesta quando reconhece sua chatice e admirável em seu empenho de viver num mundo melhor.
 Poderia colocar estas virtudes a serviço de um programa acelerado de crescimento, que lhe permita entrar no mundo que hoje rejeita e a partir desta plataforma, resgatar a alegria do fundo da sua alma. 
Os chatos, do seu modo, são românticos e otimistas, porque querem que tudo seja melhor, porém erram no procedimento para consegui-lo. Sonia, madura, poderá receber melhor o ano novo.
Poderá ser tolerante como adulta e alegre como criança. Um bom projeto para começar o ano.
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A GRAMA DO VIZINHO É MAIS VERDE - Alberto Goldin

"Tenho 48 anos, acontece que nos meus relacionamentos, depois de um certo tempo (de 2 a 4 anos) perco o desejo sexual pela minha companheira. Impotencia mesmo. Porem passo a sentir desejo louco por outras mulheres. Embora não perca a vontade de estar junto, nem a amizade, eu termino o relacionamento e começo um novo, e tudo se repete. É um ciclo. Achava que não havia encontrado a companheira ideal, porém, como eu sou muito seletivo, encontro mulheres legais, independentes e inteligentes. 

Ou seja, como eu gosto. A mulher atual está "aturando" essa situação,terminei porem ela não aceitou,sai com duas mulheres e o sexo foi ótimo. Ela disse que deveríamos vencer esse obstáculo, que era uma questão de tempo. Mas nada mudou. Fazemos pouco sexo, sem qualidade. 

Ela continua dizendo que me ama, mas eu não consigo respondê-la. Olho com desejo para outras mulheres, e quando estou sozinho tenho ereções homericas. Já a trai algumas vezes.Tornei-me uma pessoa triste O que acontece comigo? 
Simão - agosto de 2011

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Alberto Goldin  
A grama do vizinho é mais verde, sua casa mais sólida, seu carro mais poderoso e, claro, sua mulher... mais desejável. Decidido, comprou a casa vizinha, trocaram seus carros e conquistou a bela mulher. Feliz, instalou a espreguiçadeira no jardim e, sorridente, olhou ao seu redor, Foi então que percebeu que a grama do vizinho, que já foi própria, era, sem dúvida, mais verde e luminosa...

Simão está preso na armadilha do desejo, como o Rei Midas, os famosos que afundam em drogas, os milionários deprimidos e, obviamente, os eternos insatisfeitos no amor. O diagnóstico é fácil, porque escutando seus relatos nossa primeira tendência é juntar os dedos da mão direita em torno do polegar e colocá-la diante de Simão, em um gesto inútil de perplexidade. Se tem tudo, por que sofre?
Sem palavras perguntamos e ele nos retribui com o mesmo gesto duplicando a aposta; faz isso com ambas as mãos e responde:

- Sofro porque tenho tudo, menos carência, e os seres humanos (psicanalistas inclusive), não conseguem entender os carentes de carência.

Admite-se a tristeza quando falta amor, dinheiro ou prestígio. Imprescindível é a decepção quando o que falta é a própria falta.

– Tem tudo para ser feliz!!!

Repetimos irritados em ancestral cegueira que nos impede de aceitar a fome de Midas ou a tristeza dos ricos. O que aconteceu com eles é terem alcançado seus objetivos, perdendo a deliciosa frustração que lhes dava motivo e força para conquistá-lo. É por isso que, agora que chegaram a destino, não tem para onde ir. Sua única alternativa é renunciar às suas posses, como faz Simão com seus amores, para abastecer reservatório de frustração, porque aprenderam com a experiência que a miséria é infinita e a riqueza limitada. A tristeza de Simão precisa ser conservada como a fome do faminto, porque aqueles que comem comida demais se aliviam quando o estômago recupera seu vazio. Por isso alguns bilionários (Buffet, Gates e outros escolhidos) um dia, em concorrida r
odada de imprensa dizem, com a clássica elegância dos ricos, que decidiram doar grande parte da sua fortuna... Inibidos de confessar que perderam em alegria o que ganharam em dinheiro. Apelam, como recurso extremo, ao milagre de empobrecer, guardando o verdadeiro motivo da sua generosidade no mesmo lugar secreto onde antes guardavam o dinheiro. Admito que alguns ricos são felizes e há Simões que desfrutam o verde dos seus jardins, porém é um privilégio exclusivo daqueles que não confundem o fim com os meios.

As mulheres ou o dinheiro só podem ser desfrutados como instrumentos de um projeto maior. Ser rico ou conquistar uma mulher é o meio para alcançar novos objetivos. Por isso Simão se angustia colecionando chaves de fenda, alicates, chaves inglesas, belas mulheres ou carros de luxo, ferramentas inúteis quando falta o principal: os objetivos. Por isso, novamente junta os dedos e move sua mão, de cima para baixo, num movimento de infinita interrogação cada vez mais amplo, decidido e enérgico.
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ERA UM PROJETO SIMÉTRICO, RAZOÁVEL E GENEROSO - Alberto Goldin


"CHAMO-ME MARÍLIA, (28), MORO COM O BERNARDO, (30) e nos relacionamos há sete anos. Sou bonita, me cuido... Quando o conheci, ele era magro, atraente, mas, há 2 anos, mudamos de cidade, por causa do trabalho...O Bernardo é extremamente dedicado e bem sucedido, mas isso prejudica sua vida pessoal, e nosso relacionamento.Não enxerga mais nada na frente dele, nem a mim, nem a ele mesmo. Engordou muito, perdeu vaidade, mal arrumado, não cuida dos dentes, não procura médico, não me procura para fazermos sexo. Ele só trabalha e nas horas livres, joga vídeo game ou bebe com os amigos. Não gosta de conversar, parece um estranho em casa... Eu me sinto humilhada! Não aceita críticas. Eu tento ajudá-lo a fazer dieta, mas ele me ignora, quanto mais eu falo, mas ele não quer.
Já ameacei me separar, ele diz que não quer, que me ama muito, mas não existe companheirismo, diálogo, sexo, o fato de ele estar engordando muito, tem esfriado o meu desejo. No início éramos muito ativos, mas depois tudo esfriou.
Não quero ir embora, o trai-lho. Não sei quanto vou aguentar.
Ajude-me!!!
Marília"

ERA UM PROJETO RAZOÁVEL, SIMÉTRICO E GENEROSO. 
Ele cuidava das economias, ela organizava a casa, cozinha, limpeza. O carro, tarefa de homem, ela, as roupas... Uma distribuição correta, convencional. Outro detalhe, ela cuidaria do seu corpo para manter a atração e desejo mútuos... Ele, sendo homem e menos ligado estas questões, respeitaria as premissas básicas de cuidado e elegância...

Até que um imprevisto quebrou o delicado equilíbrio. Foi a sonhada ascensão profissional do Bernardo, maiores responsabilidades, mais dinheiro, ideal para um sujeito ambicioso. Foi uma ascensão que marcou o começo da derrocada. Bernardo engordou e descuidou a Marília, que perdeu espaço na cama do casal, migrando para a ingrata tarefa de reprimir a alimentação, lembrar as regras de saúde, higiene, dentista ou clínico. Marília se transformou na mãe de um adolescente viciado em videogame, retraído e indiferente, que, realizado financeiramente, se exime do resto das suas obrigações.

- “O corpo é meu.”, reclama Bernardo. “Com ele faço o que eu quiser e ninguém tem nada com isso...”.

Bem, finalmente chegamos ao centro da questão. Não é verdade. Marília tem tudo a ver com isso. Pessoas casadas não são proprietários exclusivos dos seus corpos que, de alguma forma, são um bem comum. Estabelecer uma relação é um projeto que aliena parte da individualidade, a doença de um é problema de dois, quando ela engravida, ambos respondem pela nova vida.

Numa boa relação o corpo de um interessa ao outro, como co-proprietário e por isso precisa de cuidados, tantos quanto os filhos, a casa ou o carro... Sei perfeitamente que desde a abolição da escravatura os corpos são próprios, porém “meu” marido ou “minha” mulher denunciam a propriedade conjunta. O sexo, inclusive, é exclusivo do casal, e quem o utilizar fora arrisca ou acaba com a relação. 

O declínio físico do Bernardo poderia ser consequência de uma depressão, um pedido de ajuda, porém Marília não é sua terapeuta, é apenas sua mulher, que faz o possível para ajudá-lo, seu esforço acabará sendo inútil sem alguma colaboração do próprio Bernardo.


O fato real e concreto é que perderam um bom casamento para inaugurar uma família disfuncional de uma mãe chata e um filho rebelde. As ameaças da Marília de abandonar ou trair denunciam seu sentimento de que já foi abandonada e traída. Precisam desistir desse modelo para recuperar uma vida melhor.

Não tenho bons conselhos para o Bernardo, que sabe que precisa se recuperar para recuperar a Marília e, se for possível, consultar um profissional para decifrar os motivos da sua regressão. Talvez alguma atitude do seu pai o tenha feito pensar que fundamental na vida é ganhar dinheiro. Errado, não existem bons motivos para perder o amor próprio, porque, quando perdido, bloqueia o amor alheio.

Marília, de sua parte, precisa entender que seus conselhos perderam efeito, certamente seu silêncio será mais eficaz do que suas palavras. Os adultos conquistam com seus méritos, os adolescentes exigem amor com suas más-criações. O melhor é não responder a elas, com o tempo os mais inteligentes desistem e se corrigem.
Revista de domingo de O GLOBO, 08 de janeiro de 2012 

OS HOMENS SE SENTEM INIBIDOS COMIGOS - Alberto Goldin

"GOSTARIA DE PEDIR SUA OPINIÃO sobre uma situação que vivo constantemente. Tenho 28 anos, sou muito bonita e atraente, porém não faço o gênero "femme fatale". Sou carinhosa, tenho uma ótima formação acadêmica, um trabalho interessante, amigos e estou perto da minha independência financeira. Passo uma imagem de mulher independente e auto-confiante além de boa experiência sexual, sou desinibida na cama. Já tive muitos parceiros e relacionamentos afetivos, mas hoje em dia sou muito criteriosa prefiro ficar meses sem sexo a transar com qualquer um. Mas na cama, os homens não se sentem tão a vontade comigo. Com aqueles com quem estou envolvida afetivamente é comum que apresentem algum problema, na ereção ou no orgasmo. Procuro ser compreensiva e não cobrar nenhuma performance, nem me culpar pela "falha" do parceiro. O sexo, para mim é muito mais do que penetração e orgasmo. Mas não entendo o que acontece com eles, sonham com uma mulher bonita e resolvida sexualmente, mas na prática, se sentem muito cobrados diante da minha desinibição, minhas amigas relatam a mesma coisa, vejo que não é só comigo que isso acontece. Gostaria de entender melhor os homens e o que fazer nessa hora."
Pérola.

GASTEI 15 MINUTOS LIMPANDO MINHA CAIXA DE ENTRADA de email na maioria spams oferecendo Viagra, Cialis e outros fármacos menos conhecidos, além de aparelhos que garantiam fantástico prazer e desempenho. Eram apresentados como remédios infalíveis contra a impotência sexual e outros transtornos nesta área…
A partir de outra perspectiva, a carta da Pérola, aponta na mesma direção: uma crescente fragilidade da potência masculina que, conforme estas versões, precisa de socorro imediato. A julgar pela quantidade de ofertas de tônicos sexuais, imaginei que talvez, sem saber, estejamos enfrentando uma falência erétil planetária.
Curioso é que os homens as desejam, como sempre, e as mulheres consentem, como nunca, porém é evidente que, em numerosos casos, a mecânica sexual não está à altura das expectativas de ambos os sexos. Para Pérola os homens assustados fracassam com ela e suas amigas e, por prudência ou covardia, se afastam delas e da cama. O que na verdade acontece é que a ereção masculina não é um movimento automático, nem sempre obedece à demanda dos seus usuários. É comum que, em conquistas recentes o homem se sinta compelido a mostrar eficiência, porém apesar dos seus esforços – ou devido aos mesmos – só consiga oferecer suas boas intenções. Não falham por causa de eventuais imperfeições físicas das suas parceiras (como elas tendem a interpretar), mas pelo contrário, por excesso de desejo que, na prática, os leva ao fracasso.
Por que? Pergunta Pérola, curiosa. Demoramos para responder, porém informamos que a sexualidade humana tem uma parte submersa no inconsciente e que se apresenta na hora “H”, promovendo desfechos inesperados.
Um modelo simples para explicar esta questão é apelar para um personagem conhecido por todos: o Super-homem, super-herói mítico invencível, que em apenas um ponto fraco: perde seus poderes e desvanece quando está exposto à Kriptonita, um cristal verde proveniente do seu planeta natal.
Algumas características femininas, como sensualidade, beleza, desinibição ou outras, operam para a ereção como Kriptonita que, por suas singulares características, oferece uma referência importante para a psicanálise. Kripton é o planeta da infância do Homem de Aço, o lugar onde teve e perdeu suas primeiras experiências e sensações. Por isso dizemos, sem medo de errar, que Kripton é o inconsciente do Super-homem, seu passado infantil esquecido e talvez a beleza ou desenvoltura sexual da Pérola sejam o cristal verde que recupera primitivas sensações do parceiro e promover regressões nas quais o Super-macho se desmancha feito gelatina, ficando reduzido à patética condição de criança indefesa nos braços de uma mulher enorme e poderosa. Quando o Super-homem perde poder, cede o mesmo à sua parceira e o sentimento que lhe resta é de forte e injustificada humilhação, que importa só ao protagonista, nem tanto a mulher que está ao seu lado, habitualmente mais compreensiva e tolerante. Não esgotamos o tema, fomos mais didáticos que científicos, resta acrescentar que a Kriptonita só ataca os Super-homens. Os homens simples e sem super poderes, estão a salvo.

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ALBERTO GOLDIN - A falta que nos move

"Tenho 48 anos, sou divorciada há 11, inteligente, bonita, insegura, não trabalho e vivo em função de duas adolescentes lindas e maduras, que não precisam mais de mim. Queria era um colo e mãe, que perdi cedo, e hoje tenho um pai doente. O ano está terminando e me pergunto por que não fiz nada para mim, enfrentando a vida como uma mulher adulta. Minhas filhas dizem: “Faça algo para você, não tem vontade de trabalhar? Procure suas amigas”. Respondo: “Acham que é fácil arrumar trabalho na minha idade depois de anos parada? O dinheiro não dá, queria que estivessem no meu lugar, é fácil falar!” Não posso mais só ser mãe, mas não consigo mudar. Já passei por dificuldades emocionais e, hoje, financeiras. Será que preciso passar por mais algum obstáculo para mudar?" Angela.

A Falta que nos move

Teve um a noite difícil, agitada, seu repouso foi interrompido por um sonho, ou melhor, um pesadelo que parecia real, Estava numa cama de hospital, imóvel, tentava falar, levantar, mas seu corpo não obedecia, esta paralisada, com os olhos abertos e perfeitamente lúcida. Nessa hora, acordou angustiada, e ao mesmo tempo aliviada, quando comprovou que era apenas um sonho ruim. Não conseguiu continuar dormindo, respirou fundo e sorriu na escuridão, entendendo que a imagem era um recado, uma representação de sua vida atual: é verdade que está lúcida e paralisada, de cama, ou em coma talvez, e angustiada com a situação.

Aproveitou o duro recado do seu inconsciente para justificar sua insônia. Reviu a cena várias vezes e, para ter mais certeza de que não era verdade, alongou seu corpo em extenso movimento, sentiu prazer mexendo braços e pernas. Num salto se colocou de pé e, da janela do seu quarto, viu o amanhecer sobre as copas das árvores, ao tranqüilizador som de uns poucos carros que circulavam pela rua. O sonho denunciava o que já sabia: o desejo de entrar em atividade, produzir, caminhar, correr, estar viva novamente. Os paralíticos, pensou, sonham com o movimento; os presos, com a liberdade; os surdos, com o som; os cegos, com a luz. Ela, na contramão por estar sadia e ser capaz de fazer movimentos, sonhava com a paralisia.

Que cordas imaginárias a amarravam? Demorou um pouco a responder, porém não teve dúvidas, tinha medo de errar, ser ridícula. Preferia a impotência subjetiva e clandestina vergonha pública de ser uma principiante. Ser mar de dois adolescentes a fez acreditar que seria adulta para sempre, e, agora, que os filhos ganhavam cada dia mais independência, ficava sem emprego, nem identidade. A maternidade é, sem dúvida, uma ocupação nobre, difícil e intensa, porém não uma profissão e, além disso, termina quando os filhos crescem.

Amanheceu. Começou outro dia, Ângela está em movimento, mesmo que nada tenha mudado ETA menos ansiosa. Procurou e encontrou a agenda que ganhou no começo do ano e decidiu preencher as folhas em branco, com tarefas. Uma hora diária de caminhada, filmes duas vezes por semana, curso de culinária e línguas pela internet, visita a exposições, pesquisa de cursos profissionalizantes e instituições que oferecem terapias ao seu alcance. Comprovou que programa é organizar o tempo, e o tempo é o único bem que se perde a cada minuto. Ângela está em mudança. Não será uma transformação de vida da noite para o dia. Talvez leve um mês, ou um ano. Precisa entender que, depois de duas décadas de trabalho, os filhos lhe deram aviso prévio, e agora, como os desempregados ou aposentados anda jovens, precisa ser ativa e criativa.

Sentir-se imóvel e paralisada é o melhor incentivo para começar a se mexer. Ângela já começou.

A Casa Encantada & À Frente, O Verso.

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