ARNALDO JABOR - Os Homens desejam as mulheres que não existem

Está na moda - muitas mulheres ficam em acrobáticas posições ginecológicas para raspar os pêlos pubianos nos salões de beleza. Ficam penduradas em paus-de-arara e, depois, saem felizes com apenas um canteirinho de cabelos, como um jardinzinho estreito, a vereda indicativa de um desejo inofensivo e não mais as agressivas florestas que podem nos assustar. Parecem uns bigodinhos verticais que (oh, céus!...) me fazem pensar em... Hitler.
Silicone, pêlos dourados, bumbuns malhados, tudo para agradar aos consumidores do mercado sexual. Olho as revistas povoadas de mulheres lindas... e sinto uma leve depressão, me sinto mais só, diante de tanta oferta impossível. Vejo que no Brasil o feminismo se vulgarizou numa liberdade de "objetos", produziu mulheres livres como coisas, livres como produtos perfeitos para o prazer. A concorrência é grande para um mercado com poucos consumidores, pois há muito mais mulher que homens na praça (e-mails indignados virão...) Talvez este artigo seja moralista, talvez as uvas da inveja estejam verdes, mas eu olho as revistas de mulher nua e só vejo paisagens; não vejo pessoas com defeitos, medos. Só vejo meninas oferecendo a doçura total, todas competindo no mercado, em contorções eróticas desesperadas porque não têm mais o que mostrar. Nunca as mulheres foram tão nuas no Brasil; já expuseram o corpo todo, mucosas, vagina, ânus.
O que falta? Órgãos internos? Que querem essas mulheres? Querem acabar com nossos lares? Querem nos humilhar com sua beleza inconquistável? Muitas têm boquinhas tímidas, algumas sugerem um susto de virgens, outras fazem cara de zangadas, ferozes gatas, mas todas nos olham dentro dos olhos como se dissessem: "Venham... eu estou sempre pronta, sempre alegre, sempre excitada, eu independo de carícias, de romance!..."
Sugerem uma mistura de menina com vampira, de doçura com loucura e todas ostentam uma falsa tesão devoradora. Elas querem dinheiro, claro, marido, lugar social, respeito, mas posam como imaginam que os homens as querem.
Ostentam um desejo que não têm e posam como se fossem apenas corpos sem vida interior, de modo a não incomodar com chateações os homens que as consomem.
A pessoa delas não tem mais um corpo; o corpo é que tem uma pessoa, frágil, tênue, morando dentro dele.
Mas, que nos prometem essas mulheres virtuais? Um orgasmo infinito? Elas figuram ser odaliscas de um paraíso de mercado, último andar de uma torre que os homens atingiriam depois de suas Ferraris, seus Armanis, ouros e sucesso; elas são o coroamento de um narcisismo yuppie, são as 11 mil virgens de um paraíso para executivos. E o problema continua: como abordar mulheres que parecem paisagens?
Outro dia vi a modelo Daniela Cicarelli na TV. Vocês já viram essa moça? É a coisa mais linda do mundo, tem uma esfuziante simpatia, risonha, democrática, perfeita, a imensa boca rósea, os "olhos de esmeralda nadando em leite" (quem escreveu isso?), cabelos de ouro seco, seios bíblicos, como uma imensa flor de prazeres. Olho-a de minha solidão e me pergunto: "Onde está a Daniela no meio desses tesouros perfeitos? Onde está ela?" Ela deve ficar perplexa diante da própria beleza, aprisionada em seu destino de sedutora, talvez até com um vago ciúme de seu próprio corpo. Daniela é tão linda que tenho vontade de dizer: "Seja feia..."
Queremos percorrer as mulheres virtuais, visitá-las, mas, como conversar com elas? Com quem? Onde estão elas? Tanta oferta sexual me angustia, me dá a certeza de que nosso sexo é programado por outros, por indústrias masturbatórias, nos provocando desejo para me vender satisfação. É pela dificuldade de realizar esse sonho masculino que essas moças existem, realmente. Elas existem, para além do limbo gráfico das revistas. O contato com elas revela meninas inseguras, ou doces, espertas ou bobas mas, se elas pudessem expressar seus reais desejos, não estariam nas revistas sexy, pois não há mercado para mulheres amando maridos, cozinhando felizes, aspirando por namoros ternos. Nas revistas, são tão perfeitas que parecem dispensar parceiros, estão tão nuas que parecem namoradas de si mesmas. Mas, na verdade, elas querem amar e ser amadas, embora tenham de ralar nos haréns virtuais inventados pelos machos. Elas têm de fingir que não são reais, pois ninguém quer ser real hoje em dia - foi uma decepção quando a Tiazinha se revelou ótima dona de casa na Casa dos Artistas, limpando tudo numa faxina compulsiva.
Infelizmente, é impossível tê-las, porque, na tecnologia da gostosura, elas se artificializam cada vez mais, como carros de luxo se aperfeiçoando a cada ano. A cada mutação erótica, elas ficam mais inatingíveis no mundo real. Por isso, com a crise econômica, o grande sucesso são as meninas belas e saradas, enchendo os sites eróticos da internet ou nas saunas relax for men, essa réplica moderna dos haréns árabes. Essas lindas mulheres são pagas para não existir, pagas para serem um sonho impalpável, pagas para serem uma ilusão. Vi um anúncio de boneca inflável que sintetizava o desejo impossível do homem de mercado: ter mulheres que não existam... O anúncio tinha o slogan em baixo: "She needs no food nor stupid conversation." Essa é a utopia masculina: satisfação plena sem sofrimento ou realidade.
A democracia de massas, mesclada ao subdesenvolvimento cultural, parece "libertar" as mulheres. Ilusão à toa. A "libertação da mulher" numa sociedade ignorante como a nossa deu nisso: superobjetos se pensando livres, mas aprisionadas numa exterioridade corporal que apenas esconde pobres meninas famintas de amor e dinheiro. A liberdade de mercado produziu um estranho e falso "mercado da liberdade". É isso aí. E ao fechar este texto, me assalta a dúvida: estou sendo hipócrita e com inveja do erotismo do século 21? Será que fui apenas barrado do baile?

FRITJOF CAPRA - Fragmentos



“De acordo com o pensamento oriental, a subdivisão da natureza em objectos separados não tem justificativa, e os objectos têm todos um carácter fluído, encontrando-se em mudança permanente. A cosmovisão oriental é dinâmica, as suas características essenciais são o tempo e a mudança. O cosmo é visto como uma realidade indivisível ― em movimento permanente, viva, orgânica; simultaneamente espírito e matéria. Sendo assim, a imagem oriental do divino não é a imagem de um soberano que orienta o mundo a partir do alto, mas sim de um princípio que conduz tudo a partir do interior”.

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"Não somos nada além de uma grande mutação.
Não Há Fim?…
Tudo conspira,
Para que haja vida!
Morte: mutação?
Constantemente em mutação. Essencialmente a mesma.
Lemos para nos tornar melhores, fluentes no falar, partícipes da sociedade em constante mutação. Lemos por dever, por obrigação, por prazer, por distração.
Vivo em uma constante mutação, e é essa essência que eu tanto digo
Mutação
…E acontece aqui dentro como uma revolução, são outros pensamentos, outros sonhos movidos por essa realidade, e tudo vai mudando, vai movendo os meus gestos, a minha alma.
Sou fruto, vento, paixão, poesia. Mutação, luz, renascimento. Delírio, desejo,loucura, segredo.Pele, cheiro, cor, amor, riso.Corpo, magia e melodia.
A busca dos sinônimos torna a mutação do viver em algo pleno”.

ARTUR XEXÉO - Iogurte dá samba?

Os tempos do samba do crioulo doido pareciam enterrados para sempre. A paródia de samba-enredo genialmente composto por Sergio Porto em 1968 — aquela em que Chica da Silva obrigava a princesa Isabel a se casar com Tiradentes — falava de um tempo em que temas históricos eram obrigatórios no desfiles de escolas de samba e que compositores ingênuos se atrapalhavam em lições aprendidas em tempo recorde. O Rio evoluiu (evoluiu?), o carnaval se sofisticou, os enredos ficaram abstratos, e as alas de compositores não pagam mais mico falando do que não sabem. Quer dizer, era assim até o carnaval deste 2012 porque o Grêmio Recreativo Escola de Samba Porto da Pedra respeita a tradição e recupera a era do samba do crioulo doido. O que mais se poderia esperar de uma escola que acredita que iogurte possa ser enredo de carnaval?
Tecnicamente, o enredo recebeu o título “Da seiva materna ao equilíbrio da vida”. O samba foi chamado de “Poema à vida e ao seio jorrando amor à seiva materna”. Mas pode me chamar de samba do iogurte mesmo. Os autores são Fernando Macaco, Tião Califórnia, Cici Maravilha, Bento, Denil e Oscar Bessa — seis ao todo, o que indica que é uma colcha de retalhos que pega um pouquinho de um e costura com um pouquinho de outro. As surpresas provocadas por tema tão inusitado e por tão grande grupo de compositores começam logo nas primeira estrofes: “Hera gera o caminho das estrelas”. Hera gera? Mas o que é isso? Alguma expressão popular, alguma entidade africana? Não. Hera é a mulher de Zeus, e, no samba, é ela quem cria o caminho das estrelas. Iogurte com isso?.
Na missão quase impossível de dar algum sentido carnavalesco à história do iogurte, os compositores foram em frente: “A dádiva que fez o animal sagrado fermentou fartura e saber, fonte rica de prazer”. Peraí... quem fermentou fartura: a dádiva ou o animal sagrado? E qual é a fonte rica de prazer: a fartura ou a fartura e o saber?
Estou com boa vontade, mas... À certa altura, o samba diz que “seguiu o alimento vencendo batalhas”. O carnavalesco não pode se esquecer de ilustrar a principal batalha que o iogurte trava neste carnaval: a batalha contra o bom senso.
“Iogurte é leite, tem saúde e muito mais”. Sinto muito, mas fazer uma escola inteira cantar isso sem que cada componente ganhe uma parcela do patrocínio é maldade. Mas aí vem o refrão: “Cada porção traz um cuidado especial para o deleite e a emoção no carnaval”. Já estou vendo todo o Sambódromo acompanhando o desfile enquanto consome iogurte.
Isso que o samba, depois de ganhar a disputa na quadra, sofreu algumas mudanças para, de acordo com a escola, “transmitir clareza para o público”.
Vem cá, quer dizer que o samba já foi menos claro? Pois resolvi: só canto o samba da Porto da Pedra na avenida se a fábrica de produtos lácteos que inventou essa sandice me pagar cachê.

MENINO DE 13 ANOS SE INSPIRA EM ÁRVORES E REVOLUCIONA CAPTÇÃO DE ENERGIA SOLAR

Ele apenas olhou para uma árvore e teve uma idéia genial.

Aidan, de 13 anos, construiu uma árvore com 40 placas de captação de energia posicionadas como se fossem folhas. As placas apontadas para várias direções absorvem mais luz do que na disposição plana.
Aidan está na sétima série. No tempo livre, gosta de ficar no quarto dedilhando as cordas da guitarra. Ele tem a rotina como a de qualquer garoto da idade dele, mas descobriu uma maneira revolucionária de transformar a luz do sol em energia e agora é considerado um pequeno gênio.
Aidan conta que tudo começou em uma viagem de férias. “A gente ficou em um lugar que tinha um painel solar, eu e meus pais queríamos ter um igual, mas na nossa casa não tinha espaço”, conta.
E como resolver esse problema? Foi observando as árvores que Aidan teve uma ideia: talvez elas pudessem indicar o caminho para captar energia do sol de maneira mais eficiente e em um espaço menor, que coubesse no quintal da casa dele.
As árvores coletam a luz para produzir a própria energia. Então pensei: ‘elas estão aqui há milhões de anos e, com certeza, devem ter uma maneira mais eficiente do a que a nossa de fazer isso’”, diz Aidan.
O menino, então, fotografou a copa de várias árvores e percebeu que os galhos e as folhas seguiam um padrão matemático. Essa ordem é conhecida como Sequência de Fibonacci. E é encontrada em toda a natureza. Desde a forma de animais muito pequenos até furacões e grandes galáxias.
Aidan fez o que qualquer criança hoje pode fazer. Pesquisou tudo na internet. E construiu uma árvore com 40 placas de captação de energia posicionadas como se fossem folhas. Ele descobriu o ângulo exato em que as placas deveriam ser instaladas.
As placas são as mesmas usadas nos painéis planos. Elas captam a energia do sol e transformam a luz em corrente elétrica. Em três meses de medições diárias, Aidan descobriu que as placas apontadas para várias direções, absorviam mais luz do que na disposição plana. O trabalho dele ganhou o prêmio do museu de história natural americano.
A árvore solar é mais eficiente. Ela consegue captar 20% mais energia do que o painel plano”, diz Aidan.
No dia da entrevista o garoto estava arrumando as malas. Ele foi convidado para falar na abertura do encontro mundial sobre o futuro da energia no mundo que começa nesta segunda-feira (16), em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
Celebridade do mundo científico, Aidan não deixou de ser um menino tímido e modesto. “Acho que eu encontrei algo que pode ser bom para o futuro, mas não me sinto um gênio, ainda sou apenas uma criança”, conclui o pequeno cientista.

MARTHA MEDEIROS - "Missão Impossível"

No mais novo e divertido filme da série "Missão Impossível", Tom Cruise costura, chuleia e prega botão no trânsito de Dubai. Faz ultrapassagens miraculosas, tira finos, quase atropela uma cáfila de camelos, detona com um jaguar e sai ileso feito o Papa-Léguas. A platéia delira: eis um valente super-herói. Aí o filme termina, as luzes se acendem e cada um volta para sua vidinha sem efeito especial, em seu carro meia-boca e sabendo-se longe de ser um ás em qualquer coisa. Somos homens e mulheres comuns, nem tão belos e com uma profissão pouco empolgante. O que poderíamos ter de semelhante com um personagem tão incrivelmente cartunesco? Ora, ora, também podemos ter inimigos! Então elegemos os outros motoristas como nossos opositores e assim transformamos a vidinha modorrenta num videogame.
Assim perdura nosso complexo de vira-lata. Quanto mais o cara acelera, faz ultrapassagens arriscadas e tem pressa em chegar antes que o motorista de trás, mais ele atesta sua infantilidade, sua inferioridade e seu despreparo para uma vida consciente e adulta. São bobalhões que têm uma visão completamente deturpada de si mesmos. Orgulham-se por beber, por não usar cinto de segurança e por dirigir agressivamente, sem se dar conta de que estão demonstrando o quanto são de segunda categoria. O que importa é conhecer os truques para voar pelas estradas, sair sem um arranhão e ainda seduzir a garota mais bonita – que é outra bobalhona se aguenta tudo isso quieta. Nossas estradas não são o bicho, a sinalização é deficiente, mas nada é de pior qualidade que nossos motoristas. São homens (e mulheres também) impotentes para ultrapassar a concorrência com uma ideia mais criativa, impotentes para conquistar o repeito da sua turma, impotentes para educar os filhos com responsabilidade, e aí compensam com malabarismo e palhaçadas no asfalto. Usam o carro como um meio de transporte não de um lugar para o outro, mas de um status para o outro – só que são promovidos a deliquentes, não a agentes secretos.
Para eles, inimigos são os que obedecem as leis, os que têm cautela quando chove, os que reduzem em curvas perigosas e “atrapalham” os velozes. Será missão impossível reajustar esse foco? A guerra no trânsito só terá menos vítimas quando motoristas imaturos tiverem amor-próprio suficiente para não precisarem se exibir. Ninguém se torna mais admirável por chegar primeiro, por arriscar a vida e protagonizar cenas dignas de um filme de ação. Esses continuarão menores que Tom Cruise e sendo meros figurantes de uma viagem que exige bravura, sim, mas de outro tipo. A bravura de proteger sua família, de não enxergar os outros como rivais e de ter habilidade para dirigir a própria vida – que exige bem mais que um volante e um acelerador: exige cérebro.
Meninos de 18 anos, meninos de 42, meninos de 67: dirijam com prudência se foram homens.

ANA PAULA PADRÃO - A "culpa" das mulheres

Em Guadalajara(durante a cobertura dos Jogos Panamericanos 2011), cansei de ver atletas, cheias de medalhas de ouro no peito, administrando filhos, família e marido em seus blackberries, tablets, via skype, pelo radinho"

Aqui estou eu mergulhada num universo de disciplina, superação e sacrifícios extremos.
Há praticamente três semanas só falo de natação, taekwondo, ginástica rítmica. Jornalista é assim. Não importa que esteja cobrindo política, economia ou esportes, acaba absorvendo aquela realidade como se sua fosse. Aqui em Guadalajara, no México, acompanhando os Jogos Pan-Americanos 2011, durmo abraçada às análises sobre o favoritismo deste ou daquele país em tal e qual modalidade, sonho com números de recordes nunca quebrados, acordo duvidando da competência do fulano treinador para levar seu atleta a uma medalha de ouro.

Quem me tirou do torpor do jargão esportivo e me levou a pensar na rivalidade além das quadras foi Fabi, a levantadora da seleção de vôlei brasileira, veterana no time. Fui entrevistá-la no dia seguinte à emocionante final, com vitória do Brasil sobre as poderosas cubanas.
E Fabi me sacudiu com a seguinte afirmação: “Sempre fomos questionadas pelo fato de ser um time que chegava às finais e não conseguia vencer. Será que a mulher tem essa fragilidade? Será que na hora do vamos ver ela não consegue suportar a pressão e os homens conseguem? A gente sabia que, se não levasse o ouro, esses questionamentos voltariam e esses são questionamentos nossos também.”

E são mesmo, Fabi. Nós, mulheres brasileiras, não só no meio esportivo, tradicionalmente machista, mas em qualquer outra área profissional, vivemos em busca de superar a nós mesmas e a eterna sensação de desvantagem competitiva em relação ao sexo oposto. Tremer diante da disciplina (forjada na política) das cubanas e da autoestima das americanas é uma questão cultural. Brasileiras precisam provar que não amarelam nas finais. E provar para nós mesmas, o que é pior!
E, quanto mais tentamos, mais exaustas ficamos.

Essa é uma lógica perversa. Segundo pesquisa do Instituto Data Popular para o Projeto Tempo de Mulher (www.tempodemulher.com.br), a brasileira que trabalha fora gasta ainda 24,5 horas semanais com os afazeres domésticos. Uma jornada extra de mais de três horas por dia, contando sábados e domingos. Aqui em Guadalajara, cansei de ver atletas de ponta, cheias de medalhas de ouro no peito, administrando filhos, família e marido em seus blackberries, tablets, via skype, pelo radinho. Sim, querido, acabei de quebrar mais um recorde aqui, mas o menino está com febre? O que você fez? Já deu o antitérmico?

Parece piada? Mas não é. Ainda segundo a mesma pesquisa, 73% das mulheres da classe média brasileira afirmam que se sentem culpadas por ter de trabalhar e não conseguir acompanhar a rotina dos filhos. E isso não tem nada a ver com estar morrendo de vontade de voltar a ser do lar. É só nossa culpa atávica. Nosso sentimento de inferioridade enraizado na alma. E um longo treinamento cultural nos diz que o feminino é frágil, incapaz e incompleto. O que me consola é aquele símbolo de vitória pendurado no pescoço da Fabi, que, sorrindo, me diz: “A gente suporta tantos questionamentos, não vai suportar uma pressãozinha a mais?”

TÔ VELHO! QUE COISA BOA! - Dr. Paulo Garcia Filho

Eu nunca trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa. Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos crítico de mim mesmo. Eu me tornei meu próprio amigo ...

Eu não me censuro por comer biscoito extra, ou por não fazer a minha cama, ou para a compra de algo bob...o que eu não precisava, como uma escultura de cimento, mas que parece tão “avant garde” no meu pátio. Eu tenho direito de ser desarrumado, de ser extravagante.


Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.

Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar no computador até as quatro horas e dormir até meio-dia? Eu Dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 & 70, e se eu, ao mesmo tempo, desejo de chorar por um amor perdido ... Eu vou.

Vou andar na praia em um short excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros no jet set.

Eles, também, vão envelhecer.

Eu sei que eu sou às vezes esquecido. Mas há algumas coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes.
Claro, ao longo dos anos meu coração foi quebrado. Como não pode quebrar seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.

Eu sou tão abençoado por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos e ter os risos da juventude gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto.

Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata.
Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo. Você se preocupa menos com o que os outros pensam. Eu não me questiono mais.
Eu ganhei o direito de estar errado.

Assim, para responder sua pergunta, eu gosto de ser velho. Ele me libertou. Eu gosto da pessoa que me tornei. Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será. E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer).
Que nossa amizade nunca se separe porque é direto do coração!
Texto enviado por nossa leitora Anna Beatriz Richter  _

SIGA SEU CORAÇÃO, ELE É MAIS INTELIGENTE DO QUE VOCÊ PENSA

O coração é também o primeiro órgão formado no útero. O resto vem depois.
Recentemente, neurofisiologistas ficaram surpresos ao descobrirem que o coração é mais um órgão de inteligência, do que (meramente) a estação principal de bombeamento do corpo. Mais da metade do Coração é na verdade composto de neurônios da mesma natureza daqueles que compõem o sistema cerebral. Joseph Chilton Pearce-, autor de A biologia da Transcendência, chama a isto de ”o maior aparato biológico e a sede da nossa maior inteligência.”
O coração também é a fonte do corpo de maior força no campo eletromagnético. Cada célula do coração é única e na qual não apenas pulsa em sintonia com todas as outras células do coração, mas também produz um sinal eletromagnético que se irradia para além da célula. Um EEG que mede as ondas cerebrais mostra que os sinais eletromagnéticos do coração são muito mais fortes do que as ondas cerebrais, de que uma leitura do espectro de freqüência do coração podem ser tomadas a partir de três metros de distância do corpo … sem colocar eletrodos sobre ele!
A freqüência eletromagnética do Coração produz arcos para fora do coração e volta na forma de um campo saliente e arredondado, como anéis de energia. O eixo desse anel do coração se estende desde o assoalho pélvico para o topo do crânio, e todo o campo é holográfico, o que significa que as informações sobre ele podem ser lidas a partir de cada ponto deste campo.
O anel eletromagnético do Coração não é a única fonte que emite este tipo de vibração. Cada átomo emite energia nesta mesma frequencia. A Terra está também no centro de um anel, assim é o sistema solar e até mesmo nossa galáxia … e todos são holográficas. Os cientistas acreditam que há uma boa possibilidade de que haja apenas um anél universal abrangendo um número infinito e interagindo dentro do mesmo espectro. Como os campos eletromagnéticos são anéis holográficos, é mais do que provável que a soma total do nosso Universo esteja presente dentro do espectro de freqüência de um único anél.
Isto significa que cada um de nós está ligado a todo o Universo e como tal, podemos acessar todas as informações dentro dele a qualquer momento. Quando ficamos quietos para acessar o que temos em nossos corações, nós estamos literalmente conectados à fonte ilimitada de Sabedoria do Universo, de uma forma que percebemos como “milagres” entrando em nossas vidas.
Quando desconectamos e nos desligamos da sabedoria inata de amor do Coração, baseado nos pensamentos, o intelecto refletido no ego assume o controle e opera independentemente do Coração, e nós voltamos para uma mentalidade de sobrevivência baseada no medo, ganância, poder e controle. Desta forma, passamos a acreditar que estamos separados, a nossa percepção de vida muda para uma limitação e escassez, e temos que lutar para sobreviver. Este órgão incrível, que muitas vezes ignoramos, negligenciamos e construimos muros ao redor, é onde podemos encontrar a nossa força, nossa fé, nossa coragem e nossa compaixão, permitindo que a nossa maior inteligência emocional guie nossas vidas.
Devemos agora mudar as engrenagens para fora do estado baseado no medo mental que temos sido ensinados a acreditar, e nos movermos para viver centrados no coração. Para que esta transformação ocorra, é preciso aprender a meditar, “entrar em seu coração” e acessar a sabedoria interior do Universo. É a única maneira, é O Caminho. A medida que cada um de nós começa esta revolução tranquila de viver do Coração, vamos começar a ver os reflexos em nossas vidas e em nosso mundo. Esta é a forma como cada um de nós vai criar uma mudança no mundo, criar paz, criar harmonia e equilíbrio, e desta forma, vamos todos criar o Paradigma do Novo Mundo do Céu na Terra.
Rebecca Cherry

MARTHA MEDEIROS - Amor ou Amizade? Os dois.


No finalzinho da entrevista que Pedro Bial deu à Marília Gabriela, quando foi questionado sobre relacionamentos, ele deu uma lição que serve para todo mundo: trate seu amor como você trata seu melhor amigo. Sei que isso parece falta de romantismo, mas é o conselho mais certeiro.

Não era você que estava a fim de uma relação serena e plenamente satisfatória? Taí o caminho. Vamos tentar elucidar como isso se dá na prática. Comecemos pelo exemplo que o próprio Bial deu: você foi convidado para o casamento de uma prima distante que mora onde Judas perdeu as botas, você tem que ir porque ela chamou você pra padrinho. Como é que os casais costumam combinar isso?
"Não tem como escapar, você vai comigo e pronto". Ou seja, um põe o outro no programa de índio e nem quer saber de conversa. É assim que você convidaria seu melhor amigo? Não. Você diria: "Putz, tenho uma roubada pela frente que você não imagina. Me dá uma força, vem comigo, ao menos a gente dá umas risadas...".
Ficou bem mais simpático, não ficou? Como esta, tem milhões de situações chatas que você pode aliviar, apenas moderando o tom das palavras.

Pro seu marido: "Você nunca repara em mim, não deu pra notar que cortei o cabelo? Será que sou invisível?" Mas pra sua melhor amiga: "Ai, pelo visto meu cabelo ficou medonho e você está me poupando, né? Pode dizer a verdade, eu agüento".

Pra sua mulher: "Você já se deu conta da podridão que está este sofá? Não dá pra ver que está na hora de trocar o tecido?" Mas pra sua melhor amiga: "Deixa a pizza por minha conta, eu pago, assim você economiza pra lavar o sofá. A não ser que este seja um novo estilo de decoração..."

Risos + risos+ risos.

Manere. Trate seu amor como todas as pessoas que você adora e que não são seus parentes. Trate com o mesmo humor que você trata seu melhor amigo, sua melhor amiga. Até porque, caso você não tenha percebido, é exatamente isso que eles são.

"Grandes Realizações são possíveis quando se dá importância aos pequenos detalhes"

RUBEM ALVES - Dercy Gonçalves


O que dá alegria às crianças é a simplicidade dos desejos. Eu desejava pouco; portanto o pouco que tinha era muito.
MEU PAI foi homem rico em tempos antes do meu nascimento. Lembro-me só dos tempos de pobreza dos quais não tenho nem uma só memória triste. Isso deve soar estranho aos pais que pretendem dar felicidade aos seus filhos e tranqüilidade a si mesmos locupletando-os com brinquedos que logo ficam velhos e são abandonados. O que dá alegria às crianças não é a multiplicidade dos brinquedos mas a simplicidade dos desejos. Eu desejava pouco; portanto o pouco que eu tinha era muito.
Albert Camus escreveu nos Primeiros Cadernos: "Que pode um homem desejar de melhor do que a pobreza? Não disse miséria nem o trabalho sem esperança do proletário moderno. Mas não vejo o que pode desejar-se mais do que a pobreza ligada a um ócio ativo".
No meu ócio ativo entenda-se ócio ativo como o tempo livre para fazer o que eu quisesse, sem a perturbação da presença dos adultos -eu fazia meus próprios brinquedos. Está tudo contado no livro que escrevi para minhas netas "Quando eu era menino" (Papirus).
Mas antes de ir à falência e ficar pobre meu pai era dono de muita coisa na cidade. Fábricas, imóveis, serraria. Novidadeiro, apresentou à população pacata de Boa Esperança um assombro do progresso: água açucarada colorida endurecida e fria em torno de um pauzinho que era para ser chupada. Era o picolé que durante muitos dias foi o grande assunto das rodas de conversas dos ricos e dos pobres. Como é que a água mole ficava dura? Era também dono do cinema que passava filmes mudos explicados aos berros por um italiano. Profissão que não existe mais: explicador de filmes...
Pois um dia chegou a Boa Esperança pela jardineira que vinha de Três Pontas um casalzinho diferente, dois moços, que tinha ares de cidade grande. Ficaram perdidos ao descer da jardineira porque lá não havia nem pensão e nem hotel. Para agravar o embaraço havia o fato de serem artistas de teatro que chegavam àquele lugarzinho perdido para se apresentarem num espetáculo.
Sem saber o que fazer, foram procurar o Diano, meu pai, apelido do nome mais estranho que já vi, Herodiano... Meu pai logo se apressou e levou os dois para se hospedarem na sua casa. Alugaram o cinema do meu pai por uma noite e prometeram pagar com o lucro do espetáculo.
Meu pai, olhando para aquele casalzinho, pensou: "Mas ninguém vai gastar dinheiro para ver esses dois. Eles vão dar um espetáculo para ninguém..."
Meu pai não suportava ver ninguém sofrer. Pois sabem o que ele fez? Comprou a lotação inteira do seu próprio cinema e distribuiu os bilhetes pelo povo, gratuitamente.
O cinema ficou lotado. Ninguém recusa presente dado. O espetáculo foi um sucesso. Os artistas ficaram exultantes. Foram pagar o aluguel. Meu pai não aceitou. Saíram de Boa Esperança com a cara cheia de risos e o bolso cheio... de dinheiro do meu pai...
O nome do artista homem nunca me foi dito. Mas o nome da artista mulher era Dercy Gonçalves. É possível que ela nem mais se lembre desse ocorrido.
Esse episódio me veio à memória quando a eterna Dercy completou 100 anos. Ô, mulher maravilhosa. O tempo não pode com a alma dela!

LYA LUFT - ...PARA VIVER DE VERDADE...

"...Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança.

Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.

Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a apena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.
E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer."

MÁRCIA TIBURI - O mistério da corrupção

A tradição teológica e filosófica nunca conseguiu explicar o “mistério da iniquidade”, a existência do mal como potência do desejo e da ação humanas.
Ora, a corrupção é o mal do nosso tempo. Curiosamente, ela aparece como uma nova regra de conduta, uma contraditória “moral imoral”. Da governalidade aos atos cotidianos, o mundo da vida no qual ética e moral se cindiram há muito tempo transformou-se na sempre saqueável terra de ninguém.
Como toda moral, a corrupção é rígida. Daí a impossibilidade do seu combate por meios comuns, seja o direito, seja a polícia. Do contrário, meio mundo estaria na prisão. A mesma polícia que combate o narcotráfico nas favelas das grandes cidades poderia ocupar o Congresso e outros espaços do governo onde a corrupção é a regra.
Mas o problema é que a força da corrupção é a do costume, é a da “moral”, aquela mesma do malandro que age “na moral”, que é “cheio de moral”. Ela é muito mais forte do que a delicada reflexão ética que envolveria a autonomia de cada sujeito agente. E que só surgiria pela educação política que buscasse um pensamento reflexivo.
Pobre, mas honesto
O sistema da corrupção é composto de um jogo de forças do qual uma das mais importantes é a “força do sentido”. É ela que faz perguntar, por exemplo, “como é possível que um policial pobre se negue a aceitar dinheiro para agir ilegalmente?”
O simples fato de que essa pergunta seja colocada implica o pressuposto de que uma verdade ética tal como a honestidade foi transvalorada. Isso significa que foi também desvalorizada.
Se a conduta de praxe seria não apenas aceitar, mas exigir dinheiro em troca de uma ação qualquer na contramão do dever, é porque no sistema da corrupção o valor da honestidade, que garantiria ao sujeito a sua autonomia, foi substituído pela vantagem do dinheiro.
Mas não somente. Aquele que age na direção da lei como que age contra a moral caracterizada pelo “fazer como a grande maioria”, levando em conta que no âmbito da corrupção se entende que o que a maioria quer é “dinheiro”.
Verdade é que a ação em nome de um universal por si só caracteriza qualquer moral. É por meio dela que se faz o cálculo do “sentido” no qual, fora da vantagem que define a regra, o sujeito honesto se transfigura imediatamente em otário.
Se a moral é medida em dinheiro, não entregar-se a ele poderá parecer um luxo. Mas um contraditório luxo de pobre, já que a questão da honestidade não se coloca para os ricos, para quem tal valor parece de antemão assegurado.
Daí que jamais se louve nos noticiários a honestidade de alguém que não se enquadra no estereótipo do “pobre”. Honesto é sempre o pobre elevado a cidadão exótico. Na verdade, por meio desse gesto o pobre é colocado à prova pelo sistema. Afinal ele teria tudo para ser corrupto, ou seja, teria todo o motivo para sê-lo. Mas teria também todo o perdão?
O cidadão exótico – pobre e honesto – que deixa de agir na direção de uma vantagem pessoal como que estaria perdoado por antecipação ao agir imoralmente sendo pobre, mas não está. A frase de Brecht seria sua jurisprudência mais básica: “O que é roubar um banco comparado a fundar um?”.
Ora, sabemos que essa “moral imoral” tem sempre dois pesos e duas medidas, diferentes para ricos e pobres. No vão que as separa vem à tona a incompreensibilidade diante do mistério da honestidade. De categoria ética, ela desce ao posto de irrespondível problema metafísico.
Pois quem terá hoje a coragem de perguntar como alguém se torna o que é quando a subjetividade, a individualidade e a biografia já não valem nada e sentimos apenas o miasma que exala da vala comum das celebridades da qual o cidadão pode se salvar apenas alcançando o posto de um herói exótico, máscara do otário da vez?

TWITTER É USADO PARA TESTAR PARANORMALIDADE


O psicólogo Richard Wiseman encarnou um James Randy e saiu pelo mundo digital atrás de provas de paranormalidade. O britânico convidou voluntários e pessoas que alegavam ter poderes psíquicos a seguir seu twitter. Wiseman então se dirigia a um local secreto (no mundo real) e pedia aos seguidores que tentassem descrever onde estava, tudo por meio do Twitter. Depois, ele enviava fotos de cinco lugares diferentes para que os participantes votassem na locação verdadeira. A mais votada seria escolhida. O que, segundo o professor, seria prova suficiente para atestar a paranormalidade dos voluntários.
Resultado: em nenhuma das ocasiões o grupo acertou seu paradeiro. E olha que mais de mil pessoas participaram da experiência. Para Wiseman, a grande sacada não foi ter provado a incapacidade paranormal das pessoas, mas sim ter conseguido fazer um estudo por meio do Twitter. 
Nina Weingrill

DESVENDADO MISTÉRIO DO FILME "OS PÁSSAROS" DE HITCHCOCK

Gaivotas que inspiraram filme foram envenenadas pelo ácido domóico
Demorou 60 anos, muito menos do que a duração de um de seus mais famosos filme de suspense, mas o mistério mais duradouro de Alfred Hitchcock parece ter finalmente sido desvendado. 

Cientistas da Universidade do estado da Lousiana, nos Estados Unidos, anunciaram a razão pela qual milhares de gaivotas cometeram suicídio em toda a costa nordeste da Califórnia no verão de 1961. Uma equipe de biólogos marinhos explica que os animais foram envenenados.

A misteriosa morte das aves entre casas da Baía de Monterey, no Sul de São Francisco, foi uma das maiores inspirações para o filme de Hitchcock de 1963 “Os pássaros” (The Birds)

Agora, Na última edição da revista “Nature Geoscience”, os pesquisadores afirmaram que o estômago das gaivotas e de tartarugas coletadas naquele período tinha quantidades incomuns de uma toxina que causa danos ao sistema nervoso chamada de ácido domóico.

Esta toxina provavelmente veio de anchovas e lulas que teriam sido ingeridas pelos pássaros, uma vez que fazem parte da dieta deles, causando danos no cérebro das gaivotas. Em situações mais severas, o ácido domóico deixaria as aves confusas, levando a convulsões e morte.

Sibel Bargu, que coordenou a pesquisa, explicou que a substância foi encontrada em 70% dos plânctons ingeridos pelas anchovas e lulas. Depois de um curto período, a toxina poderia ter chegado a concentrações fatais para os predadores que as ingeriram.

Apesar desta teoria já ter sido citada como uma explicação potencial para a mortandade de gaivotas de 1961, Bargu afirma que não havia provas diretas, obtidas agora pelos cientistas.

- As amostras de plânctons de 1961 estavam contaminadas por um toxina – escreveu a pesquisadora Bargu. - Esta toxina foi responsável pelo frenesi de pássaros que motivou o filme de Hitchcock.

As cenas da morte dos pássaros em 1961 foi testemunhada por Hitchcock. Para rodar o filme, ele ainda a aproveitou o livro escrito por Daphne du Maurier chamado “The Birds” (Os pássaros).

Uma contaminação similar já causou a morte aves na mesma área, nos anos 1990. Além disso, em 1989, houve a descoberta de que o ácido domóico havia contaminado mexilhões e causado a morte de quatro pessoas na Ilha de Prince Edward, no Canadá.

Porém, ainda reina uma incerteza: qual teria sido a causa das toxinas no mar. A principal teoria é que pesticidas teriam sido carreados para o mar vindos de uma fazenda. Além disso, pesquisadores dizem que houve um boom imobiliário naquela área justamente naquele período. 

Portanto, há a hipótese de que o esgoto domiciliar também possa ter sido o responsável pelo envenenamento.

CHICO ANYSIO - SILÊNCIO, HOSPITAL!

Nos primeiros tempos de casamento ele aparentava uma saúde de ferro mas, de uns anos pra cá, mostrava-se tão frágil, tão suscetível às doenças, que Dona Belinha, sua esposa, intranqüilizava-se cada vez mais.
— Qualquer coisinha o Pirilo hospitaliza-se — choramingava às amigas. — Tão frágil, tão doentinho...
E assim era. Por um simples sintoma de gripe ou resfriado, o Pirilo pegava um pijama, escova de dentes, pente e chinelos, metia-os numa maleta branca e hospitalizava-se.
— O que é que você tem, Pirilo? — perguntava a esposa preocupada, vendo o marido fazer a mala para mais uma ida à casa de saúde.
— Nada, minha velha.
— E se não tem nada, por que você vai para o hospital, Pirilo? — insistia Dona Belinha, mais preocupada do que nunca.
— Com saúde não se facilita. Não tenho nada agora, mas estou esperando uma gripe de uma hora para outra.
E se internava por quatro, cinco dias. Proibia as visitas e não aceitava flores ou maçãs. "Se eu morrer, não quero ninguém no velório. Na doença e na morte, longe os parentes", era a teoria que defendia e a que a família obedecia.
— Chama-se isso de hipocondria — explicou um médico a quem Dona Belinha secretamente visitou:
— Hipocondria?
— É uma ansiedade habitual relativa à própria saúde — decifrava o médico. — É muito comum, um caso assim. Há pessoas que não vivem sem tomar remédio. Seu marido é um caso desses. Só que em estado mais grave, porque ele chega a ir para o hospital. Mas não se preocupe. Os hipocondríacos são os que vivem mais.
— Isso pega, doutor? — inquiriu Dona Belinha, quase desejando que sim, para poder acompanhar o marido, de quem sentia muita falta, durante os dias de nosocômio.
— Pegar, não digo, mas quem convive com um hipocondríaco, sendo de espírito fraco, pode-se contagiar por esta mania.
E ela muito rezava e pedia que lhe fosse dado este contágio.
— Belinha, traz a mala.
— Pra onde você vai, Pirilo?
— Vou-me hospitalizar.
— O que é que você está sentindo?
— Hoje, fazendo as unhas, tirei sangue da cutícula. Isso pode infeccionar, dar tétano, gangrenar, sei lá. Com saúde não se brinca.
E, de mala branca na mão e infalível chapéu preto à cabeça, lá ia o Pirilo para o Hospital dos Estrangeiros, onde tinha conta corrente (pagava por semestre) e apartamento quase fixo.
— O apartamento de sempre, Sr. Pirilo? perguntava a enfermeira, como se aquilo fosse um hotel.
— Não. Desta vez quero um no terceiro andar, com vista para a encosta.
E por uma semana, muitas vezes, curtia o seu hospitalzinho, de camisola e tudo, com exames de pressão arterial, termômetros sob a axila, colheita de urina, sangue, fezes, escarro, etc. Uma semana depois, sentindo-se recuperado, voltava ao seio da família, dizendo-se outro homem.
Ao mesmo tempo em que os filhos cresciam, desenvolvia-se a hipocondria do Pirilo, que se internou pelos motivos mais burlescos, de tão banais: furúnculo, cisco no olho, mau jeito no braço, aerofagia, topada.
A conselho médico a mulher nem tocava mais no assunto, tentando meter na cabeça do marido que ele não sofria de coisa alguma ("Isso pode piorar, porque ele fica irritado e..."). Ao ver Pirilo chegar e entrar em casa sem tirar o chapéu preto, a mulher já sabia que era caso de hospital. E, por conta própria (disso o médico não teve culpa), já até colaborava com a hipocondria do marido.
— Não está passando bem, Pirilo?
— Ainda bem que você notou. Hoje arrotei duas vezes, depois de tomar uma Coca-Cola. Faz a mala.
E o pijama, com pente, chinelo e escova de dentes, era enfiado na mala branca que Pirilo conduzia ao Hospital dos Estrangeiros, onde era mais conhecido do que muitos dos médicos que lá operavam ou davam plantão.
— Terceiro andar, para a encosta?
— Segundo andar, de frente.
— 214 — informava a enfermeira, dando-lhe a chave.
Tantas foram as vezes que Pirilo se internou que, ultimamente, já ia sozinho da portaria para o quarto. Ir uma enfermeira com ele para quê, se ele conhecia os corredores e apartamentos mais do que a maioria delas? De hospital, ele dava aula. E era um custo para aceitar a alta do médico.
— Pode ir embora hoje, Sr. Pirilo.
— De jeito nenhum. Antes de quinta-feira ninguém me tira daqui.
— Mas o senhor já está bom. Os gases...
— Os gases acabaram, mas... e essa unhazinha?
— Que tem a unha? — perguntava o médico, segurando-lhe a falange do pé que Pirilo lhe exibia.
— Repare na unha, veja bem.
— Está bem.
— Ora, doutor, enganar ao Pirilinho? A unha está encrava, não encrava. Antes de quinta-feira eu não saio, a não ser que a unha se resolva.
De tanto Pirilo se ausentar para os hospitais, apareceu um arquiteto desquitado com ótimos planos e projetos para Dona Belinha com os quais ela concordou, de tanta distância que já sentia do marido hipocondríaco.
Saiu ganhando, pois amava agora um homem formado, enquanto Pirilo continuava amante de uma ajudante de enfermeira do Hospital dos Estrangeiros, que um dia dava plantão no terceiro andar, de frente para a encosta, no outro dia no segundo andar, de frente para a frente...
Os hipocondríacos merecem cuidados!

A Casa Encantada & À Frente, O Verso.

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