SER OU NÃO SER - João Ubaldo Ribeiro

Não parece haver, nem de longe, o entusiasmo anterior. Ninguém discute a escalação do time, ninguém pintou rua ou fachada

Acho que já tive a oportunidade de referir-me aqui às muitas glórias futebolísticas de Itaparica. Poderia estender tais glórias a diversos outros esportes, mas estes estão sujeitos a controvérsias, como a protagonizada por meu saudoso amigo Luiz Cuiuba, já lá se vai algum tempo. Em acalorada discussão no Largo da Quitanda, ele sustentou que as Olimpíadas eram uma jogada ardilosa para subverter nossos valores mais caros e, principalmente, trocar nossas lindas mulheres pelos bagulhos dos gringos. Baseado na conformação física de algumas atletas estrangeiras que vira na televisão, notadamente as campeãs de lançamento ou levantamento de pesos, ele não conseguia compreender como aquelas jamantas descomunais podiam ser o ideal olímpico. Claro que era para ludibriar a gente. Queriam convencer-nos a nos livrar de nossas mulheres, afamadas em todo o mundo pela sua excelsa formosura, e, em troca, recebermos ideais olímpicos, Deus que nos protegesse daquelas baleias parrudas, opinião esta acatada pela grande maioria dos presentes.

Portanto, para não entrar em terreno muito polêmico, fico no futebol, suficiente para render diversos volumes de histórias. Difícil é saber por onde começar. Nasceu em Itaparica, por exemplo, Chupeta, o maior jogador de futebol que os céus do Brasil jamais cobriram e ainda há testemunhas que não me deixam mentir. Foi com um time itaparicano que ocorreu um evento singular, já lembrado aqui, mas merecedor de nova menção. Num jogo, se não me engano, contra uma agremiação de Maragogipe, Vavá Paparrão fraturou a perna em dois lugares, mas só notou depois que o jogo acabou e o sangue esfriou. Finado Nascimento, respeitado no futebol e na clarineta, era o juiz de maior autoridade no Recôncavo e grande disciplinador, chegando a aplicar cascudos em certos atletas de conduta particularmente reprovável.

Em matéria tática, houve muitas inovações na ilha, que não foram à frente por uma série de circunstâncias. Assim ocorreu com o esquema bolado pelo técnico e cartola Júlio Perrengue, o injustiçado 10-10, que nunca foi adotado por ninguém, mas devia ter tido uma oportunidade. Júlio me explicou uma vez que o esquema dele consistia em fazer os dez jogadores de campo saírem de bolo para cima do adversário, arreganhando os dentes e dando gritos de guerra, assim infundindo terror nas hostes opositoras. Menção se faça, outrossim, a avanços notáveis que, por falta de marketing, se perderam, entre eles o jogo eólico, que consistia em usar os ventos do dia em proveito do time. Antigamente, isso era feito com a ajuda de um mestre de saveiros conhecedor íntimo dos ventos e das virações, mas hoje deve ser programável para computadores. Por exemplo, o jogador sabe que, naquele instante, o vento forte tal ou qual vai soprar e aí cobra o escanteio conforme o dito vento, é uma coisa altamente científica, que a ilha já praticava em priscas eras.

Nas Copas, como em todos os eventos que envolvem a nacionalidade, nossa participação nunca faltou. A de 1950 foi trágica, com gente passando mal, revolta ou até rompimento com os santos e outros eventos traumáticos, até hoje recordados pelos mais antigos. A de 1954 não valeu, por causa de Mr. Ellis, um juiz inglês, cujo nome nunca esqueci, vastamente denunciado como ladrão pelos narradores e comentaristas e responsável claro pelos quatro a dois que a Hungria nos aplicou. Houve pancadaria no estádio, durante e depois do jogo, e vários conterrâneos se ofereceram para combater na guerra que viria, contra a Inglaterra, a Hungria, as duas juntas ou quem lá fosse, pois que nunca corremos de guerra.

Na nossa primeira Copa, em 1958, lançamos aos ares a campanha Seca Lidirrólmi para a final. Lidirrólmi, na pronúncia local, era Liedholm, artilheiro da Suécia que fez o primeiro gol do jogo contra o Brasil. O brado “seca Lidirrólmi!” prorrompeu do Jardim do Forte e rasgou as nuvens por sobre todo o Recôncavo. Jamais alguém havia sido secado daquela forma tão unânime e simultânea. Vozes despeitadas podem negar, mas o fato é que Lidirrólmi não fez mais gol nenhum, e, naquele dia inesquecível, como sabemos, o time dele perdeu de cinco a dois.

Desta feita, contudo, não parece haver, nem de longe, o entusiasmo anterior. Ninguém discute a escalação do time, ninguém pintou rua ou fachada, ninguém comprou bandeira nova para pendurar em cima da varanda. Que estaria acontecendo? O patriotismo que parecia ser parte indissociável do DNA itaparicano foi atacado por algum vírus destrutivo? Graves questões, acompanhadas do pressentimento de que o mundo vai acabar, ou qualquer coisa assim. E mais lenha foi lançada à fogueira depois do pronunciamento de Zecamunista. O festejado líder subversivo voltou, como sempre vitorioso, de um concorrido torneio de pôquer em Ipiaú e, ao chegar ao Bar de Espanha e ver que se falava sobre a Copa, começou um imediato discurso em que afirmou que era dever de todo patriota brasileiro ser contra a Copa.

— Nós vamos organizar uma grande manifestação, uma passeata geral! — disse ele, com o punho no ar. — Essa Copa não é nossa, é deles! O povo da ilha sairá em peso às ruas para protestar!

E, segundo ele me informou ao telefone, a coisa ficou séria e a ideia da passeata recebeu a adesão de praticamente toda a ilha.

— Mas agora eu tenho de desligar, não posso perder a reunião da organização da passeata, que vai ser daqui a pouquinho.

— Eu pensei que já estava tudo organizado.

— Mas não está — disse ele. — Eu descobri que temos que mudar a hora da passeata para todo mundo ter tempo de ver o jogo.

CONTE COMIGO - Ivan Martins

Um poema de Mario Benedetti celebra 
o amor que não se esgota em festas

Outro dia, em circunstâncias suaves e domésticas, lembrei de um poema do Mario Benedetti que costumava me comover até os ossos. Chama-se Hagamos un trato - Façamos um trato, em português – e fala dos sentimentos de um homem por uma militante política, que ele chama de compañera.

Em linguagem simples e direta, o poema diz, essencialmente, que ela pode contar com ele “não até dois ou até dez”, mas contar com ele, em qualquer circunstância. É um poema de amor que expressa um compromisso político. Ou talvez seja um poema épico suavizado por um toque de amor. Não sei. Vocês leiam e me digam.

Mas é evidente, para mim, que qualquer que tenham sido as intenções do Benedetti, seu poema resume uma verdade essencial: afeto é compromisso. Os problemas do outro passam a ser parte dos meus problemas, minhas dores são em alguma medida as dores dele. Eu cuido dele e ele cuida de mim. Não deixei de ser eu, ele tampouco deixou de ser ele, mas há um sentimento que nos vincula e nos torna responsáveis um pelo outro. Voluntariamente. Talvez temporariamente. Mas, enquanto estivemos ligados, será assim.
Se isso parece consistir um fardo, não é. Dividir é bom. Cuidar também é bom. Andamos tão acostumados a pensar de forma egoísta que a ideia de ser responsável pelo outro nos apavora. Temos medo também de depender da atenção e dos cuidados alheios. Mas tem sido assim por alguns milênios e acho bom que continue. Somos indivíduos, inescapavelmente, mas algo em nós anseia por ligar-se e partilhar de uma forma que não seja superficial ou declaradamente provisória. Quando isso acontece, nos sentimos parte de algo maior que o mercado ou as redes sociais. E há um profundo conforto nisso.

Talvez essa seja o sentido atual do “conte comigo” de Benedetti. Ele expressa uma forma de amor que não está na moda. É algo que se manifesta não apenas como partilha de prazer e hedonismo, mas como potencial de sacrifício. O poema nos lembra que não estamos nessa apenas pelo riso e pela noite inesquecível. Às vezes será inevitável sofrer, fazer coisas chatas, deixar de lado vontades e interesses imediatos. Às vezes será necessário abrir mão. Seremos capazes? Espero que sim.

Quando li Hagamos un trato pela primeira vez, por volta de 1995, ele me pareceu uma promessa de amor em meio à guerra. Benedetti, afinal, era um homem de esquerda. Fora exilado pela ditadura militar em seu país, o Uruguai, e sempre voltara seu arsenal de palavras contra ela. Hoje, com outros olhos, o poema me sugere outros sentimentos, que vão além do contexto político.

A palavra compañera, que abre o primeiro verso, tem, para mim, um significado menos militante do que afetivo. Companheira é quem ama, quem fica, quem faz parte. Não se aplica a meteoros cintilantes.

O poema, que antes me parecia tão somente romântico, hoje me comove por sua austeridade. Evoca uma promessa de fidelidade que vai além da exclusividade sexual ou sentimental. “Conta comigo” sugere sentimentos e laços profundos, assim como pessoas capazes de sacrifícios e cuidados. Não é a leveza de sentimentos ou a combustão instantânea que estação recomenda, mas me parece aquilo que muitos querem e precisam. Senão hoje, certamente amanhã, quando seremos um pouco melhores e mais sábios.

PARA FICAR BEM NA FOTO - Cristiane Segatto

Aumenta a procura por cirurgia plástica para 
melhorar a aparência nas redes sociais. 
O que isso significa?

Num mundo em que as aparências contam mais que a essência, todos querem ficar bem na foto. Interessante essa expressão. Ficar bem na foto não significa apenas ser fotogênico. Significa se sair bem nas mais diversas situações. Manejar as adversidades com destreza e construir relações amistosas com quase todo mundo. Construir uma boa imagem pessoal em qualquer ambiente.  

Usamos essa expressão quando queremos nos referir ao comportamento ou à estratégia de alguém. Nem sempre é um comentário positivo. Muitas vezes a frase é um veneninho ensopado de inveja, desses comuns no mundo corporativo. “Putz, não é que o cara ficou bem na foto?”.

Mesmo quando o assunto é o comportamento, recorremos a palavras que denotam a extrema valorização da aparência física. Por mais cruel e escandaloso que seja, exibir uma boa estampa tornou-se mais ou menos tudo. Principalmente em redes sociais como o Facebook, uma ilha da fantasia onde prosperam os belos, os felizes, os legais e os bem-sucedidos.

Não pretendo aqui fazer um discurso moralista. Cada um é livre para criar o personagem que quiser. O que me parece perigoso é acreditar nele a ponto de se submeter a intervenções cirúrgicas. Profissionais da área relatam que, nos últimos meses, aumentou o número de pessoas interessadas em fazer cirurgia plástica para melhorar a imagem nas redes sociais.

A Academia Americana de Cirurgia Facial e Reconstrutiva fez uma pesquisa entre 752 cirurgiões associados a ela. Constatou um aumento de 31% nesse tipo de demanda. É uma tendência que se repete em vários países. Na Índia, por exemplo. No Brasil, campeão mundial em número de cirurgias plásticas realizadas, não poderia ser diferente. 

Nunca as pessoas olharam tanto para si mesmas. Ou melhor: nunca olharam tanto para o próprio umbigo e para a própria casca. Postam fotos feitas em todos os ângulos e nas mais diversas situações com mais frequência do que olham no espelho.

Características físicas que antes não incomodavam ou incomodavam pouco passaram a ser vistas como algo a ser consertado, aperfeiçoado, enquadrado nos padrões. Tudo com a esperança de agradar mais, receber mais “curtir”, mais pios, mais isso e mais aquilo. É uma necessidade emocional. Todos querem se sentir queridos e aceitos, mas a saída fácil parece ser entrar na faca.

Um reclama do queixo pequeno. Outra do colo envelhecido, das mãos manchadas, do abdome flácido. Não há limites para a severidade autoimposta. O alvo preferencial das reclamações é o nariz. Por estar no centro da face e ser estático, o nariz personaliza o rosto.

“Não existem pessoas feias com nariz bonito”, diz o cirurgião plástico Volney Pitombo. Se tem nariz bonito, é bonita”. Pitombo é um dos mais respeitados especialistas em rinoplastia no Brasil. Realizou mais de 5 mil cirurgias desse tipo, inclusive em celebridades como Débora Bloch, Murilo Benício e Angela Vieira.

Talvez Pitombo tenha razão, mas outro fenômeno (o das pessoas bonitas que quiseram ficar mais bonitas e acabaram deformadas), não pode ser menosprezado. “Nariz é a operação que exige mais concentração, experiência e técnica do cirurgião”, diz Pitombo. “Desastres ocorrem quando o profissional adota uma técnica excessivamente redutora. A cirurgia fica literalmente na cara”, diz.

O resultado é aquele nariz infantilizado, no estilo Barbie, tão em voga nos anos 60 e 70. O nariz não foi feito para ser tratado com agressividade. Dá errado. A rinoplastia atual é estruturada. Em vez de retirar osso e cartilagem, os cirurgiões chegam a adicioná-la para modelar o nariz.

Eles fazem pequenos ajustes para harmonizá-lo com o rosto. “Um nariz mestiço com a forma larga pode ser suavizado, se esse for o desejo do paciente, mas tentar arrebitá-lo ou deixá-lo fininho é algo inaceitável”, diz Pitombo. As fotos de Michael Jackson antes e depois das inúmeras plásticas não deixam dúvidas sobre isso.

Os mais jovens cismam que o nariz é grande ou largo demais. Querem consertá-lo e postar a novidade nas redes sociais antes mesmo de ver o resultado final. Não faz muito tempo, Pitombo operou uma jovem e, poucas horas depois, ainda no quarto, ela estava postando fotos “do novo nariz” no Facebook. Antes mesmo de retirar o curativo.

De tanto se olhar e espiar os outros nas redes sociais, os mais velhos passaram a se incomodar ainda mais com o envelhecimento. Reclamam de um fato da vida. Na faixa dos 30 ou 40 anos, a ponta do nariz realmente começa a mudar. Fica um pouco mais caída. É possível retocá-la e, com isso, ganhar um aspecto mais jovem.

Essa é uma decisão muito particular, mas antes de se submeter a uma cirurgia é preciso tomar vários cuidados. Os primeiros são de ordem prática:

• Escolher um profissional com título de especialista emitido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

• Avaliar a experiência dele. Nem todo cirurgião plástico é bem-sucedido em rinoplastias. Mexer no nariz exige um treinamento especial

• Ter certeza de que está consciente e bem informado sobre o tipo de anestesia, os riscos da cirurgia e as complicações que podem surgir no pós-operatório

• Só operar em locais seguros, com centro cirúrgico autorizado pela Vigilância Sanitária e equipamentos necessários para socorrê-lo em qualquer emergência.

Nenhum desses é o cuidado principal. O essencial é avaliar a real motivação por trás da operação. A motivação precisa ser genuína. Vir de dentro para fora. Não de fora para dentro. Não deixe que as pressões, os modismos e os padrões de beleza roubem sua identidade.

Ninguém terá a nobreza de Kate Middleton se encomendar um nariz como o dela – algo que virou moda nos consultórios. Não tente copiar a sensualidade de Scarlett Johansson. Ela não está no nariz, ainda que ele tenha sido retocado. Não está nos lábios, nem no umbigo, nem no dedo mindinho. Está em algum ponto insondável, mas escandalosamente perceptível. É dela e só dela. Certamente você tem a sua. De outro jeito, com outra intensidade, mas em você.

“O nariz perfeito é o da própria pessoa”, diz Pitombo. Quando opera, o objetivo dele é atingir a naturalidade máxima.“Todo o meu esforço é para que as pessoas que convivem com o paciente notem o benefício sem detectar a plástica. Quando isso acontece, o sentimento é de ter realizado uma obra-prima. Coisa de Michelangelo”, diz.


Obra-prima é você. De carne, osso, com imperfeições, com correções ou sem elas. Seja o que quiser, de forma consciente. Seja, sobretudo, você.

VOCÊ NÃO ME CURTIU! - Cláudia Penteado

As redes sociais criaram tantas 
questões que, de certa forma, 
complicaram nossa vida. 
Curtir ou não curtir, eis mais uma questão

Em um texto recentemente publicado neste espaço, o jornalista Marcelo Zorzanelli queixava-se da aparente indecisão da mulher amada, que por vezes lhe dava sinais de total desprezo, para em seguida reacender suas esperanças ao sinalizar algum afeto através de comentários num post ou um “curti” no Instagram.  Penalizada com sua história, não pude deixar de refletir a respeito dessa nova moeda de troca de afetos entre as pessoas que circula exclusivamente no mundo virtual, “lugar” onde muita gente passa boa parte do tempo nos tempos atuais. Só quem frequenta – com afinco – as redes sociais é capaz de entender. “Curtir um post” no Facebook tornou-se prova de atenção – aquela que as pessoas muitas vezes não obtém no mundo concreto, nessa era de tamanho distanciamento e desconexão física.

A tecla Curtir ganhou status  e pode funcionar – para o bem e para o mal – como um link  entre o virtual e o concreto. Pode gerar brigas conjugais, despertar paixões, aprofundar amizades, gerar inimizades.

Uma amiga provocou uma crise no casamento porque passou a analisar as mulheres que curtiam os posts do marido. E pior: os posts que o cônjuge curtia. Todas as ações do marido no Facebook passaram a ter um significado oculto. Quem é aquela loura que compartilhou seu post hoje? – perguntava ela durante o jantar, entre uma garfada e outra. Por que você curtiu aquela foto sem graça daquela sua estagiária? – indagava durante o café da manhã, provocando um mal-estar que se estendia durante vários dias. Um belo dia ele tomou a decisão de abandonar não a minha amiga, mas o Facebook – para manter saudável o casamento.

Uma amiga terapeuta me conta de uma cliente obcecada pela tecla curtir: tornou-se uma espécie de balizador para todas as suas relações pessoais. Os amigos próximos que não curtem um determinado post seu passam semanas “na geladeira”. Só sai quem curtir algo seu novamente. Caso contrário, ela mal consegue lhes dirigir a palavra ao vivo, especialmente no escritório. Faz insinuações irônicas para testar se os amigos viram seus posts – tudo para provar para si mesma que os tratantes deliberadamente tomaram a decisão de não curtir suas intervenções virtuais. Só abandona o olhar torto mediante alguma nova curtida.  Se a grande amiga não curtiu seu último post, inicia-se uma cadeia de pequenas vinganças online: nada de curtir algo que ela postar. Pronto. Compartilhar, então, nem pensar! Que vingança poderia ser pior?

O compartilhamento, aliás, é um assunto ainda mais delicado no mundo das redes sociais. Que prova de admiração maior pode haver no Facebook do que compartilhar um post? Outra cliente adolescente da minha amiga terapeuta passou a travar uma espécie de batalha velada com o namorado. Ai dele se não compartilhar seus melhores posts. Sofrerá retaliações seríssimas e crises de mal humor intermináveis.

Outra cliente interessou-se por um rapaz que compartilhou e curtiu, incansavelmente, todos os seus posts, diariamente, durante um mês inteiro. Ficou comovida com tanta atenção. Passou a curtir e compartilhar seus posts também, em retribuição, já que suas fotos e comentários sobre alimentação orgânica e retiros de ioga até que eram bacanas. As curtidas e os compartilhamentos mútuos intensificaram cada vez mais a relação, até o dia em que decidiram encontrar-se pessoalmente.  A coisa não fluiu. Decidiram manter a relação no plano virtual. E ela tornou-se vegetariana – mas apenas no Facebook.

Hoje, a tecla curtir não passa mais despercebida. É moeda valiosa entre pessoas e também para empresas e marcas no Facebook, nos blogs, no Instagram, no Pinterest. Não surpreende que o Facebook não tenha lançado, até hoje, a falada tecla “Não Curti”. Esta certamente geraria ainda mais conflitos, inimizades, retaliações – e manipulações por parte de pessoas ou empresas interessadas em prejudicar desafetos ou concorrentes, algo tão comum no mundo concreto. Porque no fundo, o que vivemos no ambiente virtual é apenas um simulacro do mundo físico. Com um agravante: não é preciso mostrar a cara.

CULT VÍDEO - EX-EXECUTIVA DO BANCO MUNDIAL AFIRMA: “ALIENÍGENAS CONTROLAM O MUNDO”

Segundo Karen Hudes, uma ex-executiva do Banco Mundial, alienígenas de cabeça alongada e inteligência excepcional controlam o Vaticano e a economia mundial. Muitos conhecem a típica teoria conspiratória em torno do domínio extraterrestre sobre nosso planeta, mas quando esta ideia parte de uma pessoa prestigiada, que já ocupou um cargo de importância mundial, é de se esperar uma considerável repercussão. E foi justamente isso o que aconteceu após uma recente entrevista de Hudes, que está disponível no YouTube.

“Criaturas não humanas, de cabeça alongada e com QI 150, controlam o Vaticano e os bancos do de todo o mundo”, respondeu Hudes, sem hesitar, diante da pergunta do seu interlocutor sobre quem estaria controlando o mundo.

De acordo com sua declaração, esses seres estão no poder há muito tempo.

“Não são da raça humana. Eles se chamam Homo Capensis. Estiveram na Terra, ao lado da humanidade, antes da Idade do Gelo”, disse a ex-executiva, calmamente. Para fundamentar sua ideia, ela citou o caso de alguns objetos encontrados com faraós egípcios, usados em suas cabeças, e os enigmáticos crânios peruanos.

O currículo de Hudes inclui um bacharelado em Direito pela Universidade de Yale e economia pela Universidade de Amsterdã. Ela trabalhou no Export-Import Bank dos Estados Unidos e, depois, no Departamento Jurídico do Banco Mundial, onde virou uma assessora de alto escalão.

Embora suas palavras soem absurdas para muitos, o fato é que elas fazem eco com o que defende o ex-ministro da Defesa do Canadá, Paul Hellyer, que afirmou, no ano passado, durante um congresso ufológico, que existem alienígenas trabalhando no governo norte-americano.

Assista abaixo aos vídeos:

Entrevista com Karen Hudes (parte 1/2)


Entrevista com Karen Hudes (parte 2/2)

A CIÊNCIA E O MEDO - Gonçalo Viana

Informações distorcidas pela mídia alimentam o pânico moral 
a respeito de temas polêmicos, como a maconha

A maior dádiva da ciência para a humanidade é a libertação do medo. Imagine por um instante nosso passado neolítico. Todos os dias era preciso conviver com medos terríveis: predadores letais, conflitos tribais, frio e calor, fome e sede, seca e enchente, sem falar do mítico medo da noite eterna, tão bem documentado entre o povo maia: o temor de que o sol um dia partisse e nunca mais regressasse. A ciência nasceu como técnica de controle da realidade e de seus inúmeros perigos, muitas vezes transformando a dificuldade em ferramenta. Pense no fogo, na fermentação dos alimentos e no uso medicinal de substâncias. Com a ciência veio a esperança de um futuro cada vez melhor, com mais conforto e segurança, menos sofrimento e medo.

Há cerca de 30 anos, surgiu um temor novo que ceifou milhões de vidas e instalou pânico moral na sociedade, conspurcando a beleza do sexo com a fobia de uma contaminação fatal. É o vírus HIV, capaz de deflagrar a pane imunológica que chamamos de aids. Estima-se que existam no planeta mais de 33 milhões de portadores de HIV, chegando a 25% dos cidadãos de certos países africanos. Na ausência de cura, grande esforço foi feito para informar a população mundial sobre os modos de prevenir a infecção. Também houve avanço no desenvolvimento de drogas antivirais capazes de estancar o curso da doença. Infelizmente tais drogas podem causar sérios efeitos colaterais, precisam ser tomadas ininterruptamente por toda a vida, e apresentam custo proibitivo para a maior parte dos pacientes.

Por essa razão, causa muita esperança e orgulho a descoberta de que anticorpos monoclonais podem ser usados para debelar o HIV. Realizado pelo grupo do brasileiro Michel Nussenzweig na Universidade Rockefeller (EUA), o estudo publicado na revista Nature aponta o caminho para uma terapia de aids mais segura, barata e duradoura. Permite também vislumbrar o dia histórico em que será anunciada uma vacina anti-HIV.

Medo e desesperança, por outro lado, emanam do artigo de capa da revista Veja de 26 de outubro. Alegando refletir as mais recentes descobertas científicas sobre a maconha, o artigo esforça-se por insuflar ao máximo o receio em relação à planta. Cita seletivamente a bibliografia especializada, simplifica e omite resultados, distorce e exagera sem constrangimentos para afinal concluir, nas palavras do psiquiatra Valentim Gentil, que “se fosse para escolher uma única droga a ser banida, seria a maconha”.

Em tempos de crack na esquina e cachaça a 3 reais o litro, não é preciso ser médico para perceber o equívoco da afirmação. O destaque dado à matéria contrasta com seu parco embasamento empírico, que ignora fartas evidências sobre o uso medicinal da maconha, a segurança de seu consumo não abusivo, a existência de alternativas não tabagistas e as consequências nefastas do proibicionismo. 

O bom nome da ciência não pode ser usado ideologicamente para propagar preconceitos e fomentar pânico moral.

 A ciência deve sempre ser usada em prol do gênero humano, para arrefecer seus medos e não suscitá-los.

A CIÊNCIA DO CERTO E DO ERRADO - Selma Corrêa

Cada vez mais pesquisas oferecem embasamento para tormarmos decisões que podem parecer apenas fruto de valores religiosos e morais

Muitas vezes parece haver um muro sólido separando a ciência com o que conhecemos hoje da religião e dos valores éticos. Falar sobre regras e princípios (ou revê-los) parece ser, em certos meios, uma atitude muito mal recebida no meio científico, como se a “busca do conhecimento e da verdade” justificasse qualquer coisa – especialmente quando se trata de estudos sobre o cérebro. Em A paisagem moral – Como a ciência pode determinar os valores humanos, o filósofo e neurocientista americano Sam Harris discute a proximidade entre ciência e religião.

No livro escrito com base em sua tese de doutorado, Harris parte da ideia de que práticas religiosas podem se tornar, em muitos casos, precursoras de atitudes marcadas pela intolerância. “À primeira vista é impossível imaginar que a maneira como experimentamos o mundo à nossa volta e percebemos a nós mesmos dependa de mudanças de voltagem e interações químicas que acontecem dentro de nossas cabeças. E, no entanto, após um século e meio, as ciências do cérebro declaram que este é precisamente o caso”, escreve.

Mas pode ser importante olhar com alguma desconfiança essa divisão. Talvez seja precipitado aceitar que a moral e os valores sociais se baseiem simplesmente na maneira como “as coisas são”. Afinal, como elas de fato são? Admitir que haja uma maneira única e correta de ser seria dar como certo que os sentidos estão postos e a subjetividade é estanque. Segundo essa lógica, em última instância, tudo o que tomamos para nortear nossas escolhas deveria se firmar naquilo que aceitamos, queremos e suportamos, sem deixar de lado os atravessamentos da cultura e o reconhecimento do fato que o sujeito está em constante processo de mudança.

Com base na ciência, origem evolucionária dos sentimentos a respeito do que é certo ou errado pode nos ajudar a entender melhor o processo inerente às decisões de ordem moral – embora esse olhar não seja suficiente. Como primatas sociáveis que somos, desenvolvemos um profundo senso do que é correto ou não. Quase que intuitivamente (entendendo aqui intuição como uma forma sutil de inteligência) enfatizamos e recompensamos a reciprocidade e a cooperação, atenuando e punindo o egoísmo excessivo e a falta de limites. Como lembra Harris, “valores se traduzem em fatos” – sobre emoções, relações sociais, impulsos de retribuição, neurofisiologia da felicidade e da dor.

Calcado na neuroética, Harris recorre ao princípio do bem-­estar, a partir do qual podemos erguer um sistema de valores morais ancorado na ciência por meio da mensuração daquilo que aumenta ou diminui a satisfação – e a saúde física e mental das pessoas. Ele pergunta, por exemplo, se é certo ou errado forçar as mulheres a vestir sacos de estopa e lançar ácido em seu rosto por cometerem adultério. Não é necessário religião ou ciência de ponta para concluir que essas práticas comprometem a qualidade de vida e as possibilidades de bem-­estar das mulheres e, portanto, são moralmente erradas.

Um fato curioso a ser destacado é que cada vez mais pesquisas psicológicas e neurocientíficas comprovam aquilo que aprendemos desde pequenos: é importante seguir algumas regrinhas básicas: dizer obrigado quando recebemos algo, nos colocar no lugar dos outros para tentar entender o que pensam, e dividir o brinquedo com irmãos e amigos. Isso vale na infância, mas não só. Na verdade, gratidão, compaixão e generosidade fazem bem não apenas para quem recebe, mas para aqueles que praticam essas virtudes – inúmeros estudos comprovam isso. E isso vale para as mais variadas culturas. Mesmo nas terras altas da Guiné “felicidade ainda é felicidade”, argumenta o autor. De novo, poderíamos pensar que, em muitos casos, a ciência apenas chancela aquilo que já parece óbvio.

Pode parecer fácil para religião declarar enfaticamente que atos como trair ou roubar são errados porque destroem a confiança nas relações humanas que dependem de sinceridade, fidelidade e respeito à propriedade. Quando os princípios são afetados por fardos políticos, econômicos ou ideológicos, então a situação pode mudar um pouco de figura.

A ideia apresentada por Harris, a respeito de uma moralidade embasada na ciência é interessante, mas como resolveremos conflitos relacionados a assuntos polêmicos como impostos, por exemplo? Ou ao fato de que pesquisas também revelam que comportamentos como fazer fofocas ou mentir podem ser benéficos para a preservação da espécie?

A paisagem moral descrita por Harris permite a existência de picos e vales – mais do que uma única resposta, que determine o certo ou o errado, para dilemas morais. O que acontece quando o direito de uns esbarra no direito dos outros? Será que mais dados científicos ajudariam a resolver esse conflito?

Viva e deixe viver, poderíamos pensar, sugere o próprio Harris. “Essa pode ser uma estratégia sábia para diminuir os conflitos, mas só se aplica quando os desafios não são muito grandes ou as consequências de nosso comportamento, incertas”, afirma. Segundo ele, dizer que “mais dados científicos não ajudariam a resolver o conflito” é simplesmente afirmar que nada ajudará, pois a única alternativa é argumentar sem utilizar fatos. 

“Concordo que nos encontramos nessa situação de tempos em tempos, muitas vezes a respeito de temas econômicos, mas isso não demonstra que existam as respostas certas.

A Casa Encantada & À Frente, O Verso.

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