OS 4 MAIORES ERROS DE QUEM QUER EMAGRECER (E COMO EVITÁ-LOS)

Mais um ano começa e milhões de pessoas colocam em prática sua resolução de emagrecer. Infelizmente, não é segredo que poucos conseguirão. “Perder peso é uma das principais resoluções feitas todos os anos, porém apenas 20% das pessoas conseguem perder peso e não voltar a engordar”, aponta a médica Jessica Bartfield, do Loyola Center for Metabolic Surgery & Bariatric Care.
Contudo, o fracasso de uma dieta não é fruto de uma maldição, mas de certos descuidos, apontados a seguir por Bartfield:

1 – Subestimar seu consumo diário de calorias
Sem levar em conta os mínimos (mas constantes) “assaltos” à geladeira, muita gente sequer se dá conta do quanto come ao longo do dia. Outro risco é o de abusar em restaurantes, especialmente bufês, enchendo o prato mais para “provar de tudo” do que para se saciar.
Preste atenção na hora de se servir e use copos e colheres de medidas para manter as porções razoáveis”, aconselha a médica.

2 – Superestimar a queima de calorias em exercícios
Para perder em torno de 450 gramas, seria preciso queimar/cortar 500 kcal por semana. “É muito difícil conseguir isso apenas com exercícios, e seriam necessários 60 minutos ou mais de atividade intensa por dia”, explica. Seria melhor, portanto, praticar exercícios moderados ou intensos durante 30 minutos em alguns dias da semana; para ajudar a medir o progresso de caminhadas, ela recomenda o uso de um pedômetro.

3 – Refeições em horários irregulares
Você precisa de uma quantidade constante de glicose ao longo do dia para ter energia e evitar que o metabolismo desacelere”. Eis as sugestões da médica: tomar o café da manhã na primeira hora depois de acordar; fazer um lanche ou uma refeição a cada três ou quatro horas; e evitar ficar mais de cinco horas sem comer.

4 – Sono inadequado
Estudos já mostraram que pessoas que dormem menos seis horas por dia têm maiores níveis de grelina, um hormônio que estimula o apetite, particularmente por refeições altamente calóricas e ricas em carboidratos”, destaca Bartfield. “Além disso, pouco sono aumenta os níveis de cortisol, um hormônio do estresse que pode levar ao ganho de peso”.

Ela compara o desafio de manter uma alimentação saudável e uma rotina de exercícios a aprender a andar de bicicleta: é difícil no começo, exige prática, mas com o tempo você conseguirá o que deseja. Para facilitar a busca, ela também recomenda o apoio de especialistas: psicólogos, nutricionistas, médicos e, se necessário, cirurgiões.

A PALAVRA - Martha Medeiros

Falar e escrever sem necessidade 
de tradução ou legenda: 
eis um dom que é preciso 
desenvolver todos os dias.

Freud costumava dizer que poetas e escritores precederam os psicanalistas na descoberta do inconsciente. Tudo porque literatura e psicanálise possuem um profundo elo em comum: a palavra.

Já me perguntei algumas vezes como é que uma pessoa que tem dificuldade com a palavra consegue externar suas fantasias e carências durante uma terapia. Consultas são um refinado exercício de comunicação. Se relacionamentos amorosos fracassam por falhas na comunicação, creio que a relação terapêutica também naufragará diante da impossibilidade de se fazer entender.

Estou lendo um belo livro de uma autora que, além de poeta, é psicanalista, Sandra Niskier Flander. E o livro chama-se justamente a pa-lavra, assim, em minúsculas e salientando o verbo contido no substantivo. Lavrar: revolver e sulcar a terra, prepará-la para o cultivo.

Se eu tenho um Deus, e tenho alguns, a palavra é certamente um deles. Um Deus feminino, porém não menos dominador. Ela, a palavra, foi determinante na minha trajetória não só profissional, mas existencial. Só cheguei a algum lugar nessa vida por me expressar com clareza, algo que muitos consideram fácil, mas fácil é escrever com afetação.

A clareza exige simplicidade, foco, precisão e generosidade. A pessoa que nos ouve e que nos lê não é obrigada a ter uma bola de cristal para descobrir o que queremos dizer. Falar e escrever sem necessidade de tradução ou legenda: eis um dom que é preciso desenvolver todos os dias por aqueles que apreciam viver num mundo com menos obstáculos.

A palavra, que ferramenta.

É pena que haja tamanha displicência em relação ao seu uso. Poucos se dão conta de que ela é a chave que abre as portas mais emperradas, que ela facilita negociações, encurta caminhos, cria laços, aproxima as pessoas.

Tanta gente nasce e morre sem dialogar com a vida. Contam coisas, falam por falar, mas não conversam, não usam a palavra como elemento de troca. Encantam-se pelo som da própria voz e, nessa onda narcísica, qualquer palavra lhes serve.

Mas não. Não serve qualquer uma.

A palavra exata é uma pequeno diamante. Embeleza tudo: o convívio, o poema, o amor. Quando a palavra não tem serventia alguma, o silêncio mantém-se no posto daquele que melhor fala por nós. Em terapia – voltemos ao assunto inicial –, temos que nos apresentar sem defesas, relatar impressões do passado, tornar públicas nossas aflições mais secretas, perder o pudor diante das nossas fraquezas, ser honestos de uma forma quase violenta, tudo em busca de uma “absolvição” que nos permita viver sem arrastar tantas correntes.

MOACYR SCLIAR - De volta ao primeiro beijo


"O primeiro beijo é uma coisa muito falada. Sem dúvida é uma experiência muito marcante, inesquecível. O primeiro beijo é uma maturação, uma descoberta. Ao mesmo tempo, para alguns, ele pode ser um monstro assustador", diz o cineasta Esmir Filho, diretor de "Saliva".
O filme conta como Marina, uma garota de 12 anos, é pressionada a dar o seu primeiro beijo no experiente Gustavo.
TINHA ACABADO de ler a matéria sobre o primeiro beijo, no pequeno apartamento em que morava desde que ficara viúvo, anos antes, quando (coincidência impressionante, concluiria depois) o telefone tocou. Era uma mulher, de voz fraca e rouca, que ele de início não identificou: - Aqui fala a Marília -disse a voz. Deus, a Marília! A sua primeira namorada, a garota que ele beijara (o primeiro beijo de sua vida) décadas antes! De imediato recordou a garota simpática, sorridente, com quem passeava de mãos dadas. Nunca mais a vira, ainda que freqüentemente a recordasse -e agora, ela lhe ligava. Como que adivinhando o pensamento dele, ela explicou: - Estou no hospital, Sérgio. Com uma doença grave... E queria ver você. Pode ser? - Claro -apressou-se ele a dizer- eu vou aí agora mesmo. Anotou rapidamente o endereço, vestiu o casaco, saiu, tomou um táxi. No caminho foi evocando aquele namoro, que infelizmente não durara muito tempo -o pai dela, militar, havia sido transferido para o Norte, com o que perdido o contato -mas que o marcara profundamente. Nunca a esquecera, ainda que depois tivesse beijado várias outras moças, uma das quais se tornara a sua companheira de toda a vida, mãe de seus três filhos, avó de seus cinco netos. E não a esquecera por causa daquele primeiro beijo, tão desajeitado quanto ardente.
Chegando ao hospital foi direto ao quarto. Bateu; uma moça abriu-lhe a porta, e era igual à Marília: sua filha. Ele entrou e ali estava ela, sua primeira namorada. Quase não a reconheceu. Envelhecida, devastada pela doença, ela mal lembrava a garota sorridente que ele conhecera. Consternado, aproximou-se, sentou-se junto ao leito. A filha disse que os deixaria a sós: precisava falar com o médico.
Olharam-se, Sérgio e Marília, ele com lágrimas correndo pelo rosto. - Você sabe por que chamei você aqui? -perguntou ela, com esforço. - Porque nunca esqueci você, Sérgio. E nunca esqueci o nosso primeiro beijo, lembra? Na porta da minha casa, depois do cinema... - Claro que lembro, Marília. Eu também nunca esqueci você... - Pois eu queria, Sérgio... Eu queria muito... Que você me beijasse de novo. Você sabe, os médicos não me deram muito tempo... E eu queria levar comigo esta recordação...
Ele levantou-se, aproximou-se dela, beijou os lábios fanados. E aí, como por milagre, o tempo voltou atrás e de repente eles eram os jovenzinhos de décadas antes, beijando-se à porta da casa dela. Mas a emoção era demais para ele: pediu desculpas, tinha de ir. A filha, parada à porta do quarto, agradeceu-lhe: você fez um grande bem à minha mãe. E acrescentou, esperançosa: - Acho que ela agora vai melhorar. Não melhorou. Na semana seguinte, Sérgio viu no jornal o convite para o enterro. Mas, ao contrário do que poderia esperar, apenas sorriu. Tinha descoberto que o primeiro beijo dura para sempre. Ou pelo menos assim queria acreditar.

SONHOS LÚCIDOS: APRENDA A CONTROLAR OS SEUS SONHOS

 Imagine se você pudesse controlar seus sonhos, criando possibilidades infinitas apenas com um pensamento. Embora possa acontecer espontaneamente, é um fenômeno raro e, nos últimos anos, vem ganhando atenção de pesquisadores e leigos que buscam entendê-lo (e, alguns casos, induzi-lo conscientemente).
“Sonhos nos dão um mundo em nossa mente para onde escapamos da realidade e aparentemente temos pouco controle sobre o que acontece”, explicam os autores do canal AsapSCIENCE, que publicaram um vídeo a respeito dos sonhos lúcidos, aqueles em que a pessoa tem consciência de que está sonhando e, com isso, consegue “tomar as rédeas”.
Eles apontam algumas dicas para quem deseja provocar o fenômeno. A primeira é manter um diário de sonhos, que ajuda você a se lembrar do que sonhou (além do registro propriamente dito, você treina a memória). Todo dia, depois de acordar, escreva o que lembra de ter sonhado – é bom fazer isso logo que acordar, pois mesmo os sonhos recentes são normalmente esquecidos em questão de minutos.
A segunda é fazer “checagens de realidade”: observe relógios em funcionamento ou conte seus dedos até fazer disso um hábito. Assim, há mais chances de você conseguir fazer isso durante um sonho e perceber que tem algo “diferente” acontecendo.
A terceira dica é praticar a técnica dos Sonhos Lúcidos Mnemonicamente Induzidos. Quando estiver com sono, faça um esforço para se lembrar de seu último sonho e se imagine lúcido nele, o que ajuda a reforçar sua capacidade de perceber que está sonhando. Mentalmente, repita a frase “eu vou ter um sonho lúcido hoje”. Levantar no meio da noite e passar meia hora acordado aumenta as chances de sucesso.
Depois de ficar craque na técnica, você pode passar para uma mais avançada: a dos Sonhos Lúcidos Induzidos Despertos, em que você mantém a consciência mesmo dormindo, sem a aparente “interrupção” que ocorre quando você começa a dormir. Há um risco de paralisia do sono, um fenômeno completamente normal que evita que seu corpo se movimente enquanto sonha. Nesse momento, você pode acabar sofrendo alucinações e se sentir aterrorizado antes de “acordar” – considere esses riscos antes de experimentar a técnica.
Neurologia dos sonhos lúcidos
Em artigo publicado em julho de 2012 no periódico Sleep, pesquisadores do Instituto Max Planck (Alemanha) explicaram quais regiões do cérebro ficam especialmente ativas durante os sonhos lúcidos. Por meio de ressonância magnética, eles compararam as atividades cerebrais durante os dois tipos de sonho.
“Em um sonho normal, nós temos uma consciência muito rasa, experimentamos percepções e emoções, mas não estamos conscientes de estar apenas sonhando. É apenas em um sonho lúcido que a pessoa tem noção de seu estado”, explica o pesquisador Martin Dresler.
Apesar das diferenças, a atividade cerebral tanto em sonhos lúcidos quanto em sonhos normais é muito parecida. Contudo, três áreas ficam especialmente ativas durante os sonhos lúcidos: o córtex pré-frontal dorsolateral (normalmente associado com a tomada de decisões); o córtex fronto-polar (responsável por processar nossos pensamentos e sentimentos); e o precuneus (ligado à autopercepção).
Estudos como esse podem ajudar a compreender melhor não apenas o fenômeno dos sonhos lúcidos, mas a própria ideia de consciência e a transição entre o sono e o estado de vigília.
Por Guilherme de Souza[AsapSCIENCE] [MedicalXpress] [LiveScience]

QUERO SABER - Pablo Neruda


Quero saber se você vem comigo
a não andar e não falar,
quero saber se ao fim alcançaremos
a incomunicação; por fim
ir com alguém a ver o ar puro,
a luz listrada do mar de cada dia
ou um objeto terrestre
e não ter nada que trocar
por fim, não introduzir mercadorias
como o faziam os colonizadores
trocando baralhinhos por silêncio.
Pago eu aqui por teu silêncio.
De acordo, eu te dou o meu
com uma condição: não nos compreender...

VINÍCIUS DE MORAES - Poética I

 
De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.
Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem
Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
– Meu tempo é quando.

LUIS VAZ DE CAMÕES - Eu Cantarei de Amor Tão Docemente


Eu cantarei de amor tão docemente,
Por uns termos em si tão concertados,
Que dois mil acidentes namorados
Faça sentir ao peito que não sente.

Farei que amor a todos avivente,
Pintando mil segredos delicados,
Brandas iras, suspiros magoados,
Temerosa ousadia e pena ausente.

Também, Senhora, do desprezo honesto
De vossa vista branda e rigorosa,
Contentar-me-ei dizendo a menor parte.

Porém, para cantar de vosso gesto
A composição alta e milagrosa
Aqui falta saber, engenho e arte.

VIVIANE MOSÉ - Rios

Rios, quando ainda são rios,
Conservam vegetação nas margens.
Córregos são águas geralmente claras
Que correm rasas entre as pedras.
Algumas vezes árvores chegam a cobrir um rio por inteiro:
Suas copas vão tecendo um véu verde sobre as águas
(em geral muito limpas) que correm.
As margens de um rio são plantas e terra molhada.
Terra e água em convivência pacífica.
Que não é lama, é terra e água,
Em sua diferença.
O leito se sabe leito daquele fluxo líquido inserido no chão.
Eu poderia chorar de coisas assim:
Corre um rio de minha boca corre um rio de minhas mãos.
Dos meus olhos corre um rio.
Na verdade sofro de excessos, que me dão certo vocabulário
Como derramar, escorrer, atravessar.
Tenho a impressão de que tudo vaza em sobras.
Tenho dificuldade em caber.
Pra caber mais derramo por nada derramo sem motivo.
Vou acalmar meu excesso pensei
Ministrando doses diárias de barcos ancorados ao sol,
Rodeados por pequenos pássaros em busca de restos de peixe.
Águas se lançando sobre as pedras e um vento que parece vivo,
Como se tivesse a intenção de às vezes fazer agrados
Em minha pele.
Meu rosto tem muita simpatia por ventos,
Reconhece certos humores próprios a vento.
Gosto de coisas que se movem.
Por isso aprecio rios e não sou tanto assim apegada a mares.
E árvores.
Se bem que tenho enorme ternura por bois
Fincados no pasto como palavras no papel.
Palavras são estacas fincadas ao chão.
Pedras onde piso nessa imensa que atravesso. 

PARA SER FELIZ - Mário Quintana



Com o tempo, você vai percebendo que
para ser feliz com uma outra pessoa:

Você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.
Percebe também que aquela pessoa que você ama
(ou acha que ama) e que não quer nada com você,
definitivamente, não é a pessoa da sua vida.

Você aprende a gostar de você,
a cuidar de você e, principalmente,
a gostar de quem também gosta de você.

O segredo é não correr atrás das borboletas
É cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando...
mas quem estava procurando por você!

MÚSICA NA INFÂNCIA DÁ OUVIDO MAIS APURADO PARA O RESTO DA VIDA

Muitos dos hobbies que temos quando crianças não dão frutos se a gente os abandona depois de alguns anos. Mas esse parece não ser o caso da música. Pesquisadores da Universidade do Noroeste, em Chicago (Illinois, EUA), apontam que adultos com uma infância regada a notas musicais apresentam audição mais apurada e aprendizado mais fácil.

A razão para isso, conforme explicam os cientistas, é meramente física. Crianças que tiveram treinamento musical tendem a adquirir grande habilidade em identificar a frequência fundamental nos sinais sonoros.
Ouvidos sensíveis

A frequência fundamental é a mais baixa das frequências possíveis em uma onda sonora: 110 Hz e nem um comprimento de onda completo. Quando somos educados com música desde cedo, o cérebro aprende a diferenciar, mesmo que inconscientemente, todos os comprimentos de onda da série harmônica.

A grosso modo, quanto menor a frequência da onda sonora, maior a necessidade de treino que o sistema auditivo precisa ter para captar. O cume desta evolução auditiva, portanto, é a frequência fundamental.

O que os pesquisadores americanos descobriram foi justamente isso: uma familiaridade infantil “afina” natural e permanentemente o ouvido da pessoa.
Quanto mais treino, melhor

Os cientistas de Chicago convocaram 45 jovens adultos e os separaram em três grupos. Aqueles que jamais tiveram qualquer instrução musical na infância, os que tiveram de um a cinco anos de prática, e os que passaram de seis a onze anos estudando música quando crianças.

A “prática na infância” não significa que os bebês já saíram do berço ensaiando um instrumento: a média de idade para o começo da vivência musical, entre os 45 participantes da pesquisa, foi de nove anos de idade.

Os voluntários foram colocados em uma espécie de estúdio, onde eram estimulados a dar resposta a determinados sons. Conforme as emissões sonoras foram ficando mais complexas e difíceis de identificar, os grupos com treinamento musical se mostraram mais rápidos e afiados para dar a resposta.

E quais são as vantagens de se ter uma audição apurada? Bem, em primeiro lugar, nunca se pode descartar a habilidade de ter um sentido superdesenvolvido: com uma audição apurada, por exemplo, uma pessoa pode ouvir sons que passaram despercebidos pela maioria, em determinada situação.

Isso sem falar que nunca é tarde para retomar a prática de um instrumento musical. Aqueles com habilidade já adquirida terão muito mais facilidade para retomar a prática em qualquer ponto da vida.

ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO GOSTAM DE MÚSICA, MAS NÃO DE QUALQUER UMA...

Quem aqui nunca viu seu animal de estimação “cantando” junto com uma música? 
Mas será que eles gostam do seu estilo musical?

Nós temos uma tendência humana de nos projetar em nossos animais de estimação e assumir que eles vão gostar do que gostamos”, afirma o pesquisador Charles Snowdon.

Mas não é porque você gosta de Mozart que seu cachorro não vai preferir rock. E vice-versa. Ao contrário da ideia convencional de que a música é um fenômeno puramente humano, pesquisas recentes mostram que animais possuem também essa capacidade.

Porém, ao contrário dos nossos estilos, cada animal tem o que Snowdon chama de “música específica para espécies”: estilos familiares para cada espécie em particular.

Com alcances vocais e batimentos cardíacos diferentes dos nossos, os animais não conseguem se conectar ao nosso estilo musical. Estudos mostram que eles geralmente respondem à nossa música com total falta de interesse. Mas com isso em mente, Snowdon trabalhou com o tocador de violoncelo e compositor David Teie, para compor músicas específicas aos animais.

Em 2009, eles compuseram duas músicas para macacos, com vozes três oitavas superiores a nossa e ritmo cardíaco duas vezes maior. A música soava estranha para os humanos, mas os animais pareceram gostar. Agora, a dupla está compondo música para gatos, e estudando a reposta animal a isso.

Nós estamos trabalhando para criar uma música com uma frequencia próxima a da voz dos gatos, e usando o ritmo cardíaco deles, que é mais rápido que o nosso”, comenta. “Nós descobrimos que os gatos preferem músicas compostas dessa maneira do que a música humana”.

Tem um gato? Teie está vendendo as músicas especiais online (começando com U$ 1.99 por música), através de uma empresa chamada “Music for Cats” (Música para Gatos).

Já os cachorros são mais complicados, principalmente porque eles variam muito no tamanho, na voz e no ritmo cardíaco. Mas se você tem um labrador ou um Mastiff, o gosto pode até ser similar ao seu. “Minha previsão é de que os cachorros grandes podem gostar mais da música humana do que um chihuahua”, afirma Snowdon.

De fato, uma pesquisa da psicóloga Deborah Wells mostrou que os cachorros conseguem discernir entre os diferentes tipos de música humana. “Eles demonstram comportamentos mais relaxados quando escutam música clássica e mais agitados quando ouvem heavy metal”, comenta ela.

Levando em conta essas pesquisas, o que será que seu animal de estimação pensa quando ouve Michel Teló?
Por Bernardo Staut [MSN]

A BELEZA E A GENIALIDADE SÃO FÁCEIS DE SE RECONHECER? LEIA E VEJA O VÍDEO DESSA EXPERIÊNCIA INCRÍVEL.

Muitas histórias que circulam 
pela internet não são verdades, 
ou são “meias verdades”. 
A história a seguir, porém, 
um tanto famosa na web, 
é totalmente verdadeira. 
Aconteceu mesmo, em 2007, na cidade de Washington, nos EUA. Um gênio (que não gostaria que usássemos essa palavra) parou na estação de metrô L’Enfant Plaza e posicionou-se contra uma parede ao lado de uma lata de lixo, usando calça jeans, camiseta de manga comprida e um boné de beisebol do Washington Nationals.

Em seguida, tirou um violino de uma pequena caixa. Colocou a caixa em aberto a seus pés, astutamente jogou alguns dólares para atrair outros mais, se virou para enfrentar o tráfego de pedestres, e começou a tocar.

 Às 7h51 de uma sexta-feira, 12 de janeiro, no meio do rush matinal, um dos melhores violinistas do mundo tocou seis peças clássicas das mais elegantes já escritas, em um dos mais valiosos violinos já feitos por 43 minutos conforme 1.097 pessoas passaram.

O que acontece quando um artista de rua comum toca, todos sabemos: um ou outro transeunte dão rápidas olhadas e jogam moedas, outros muitos se irritam com a “poluição sonora” e a indução de culpa se não pagar por uma performance pela qual não pediu, enquanto raros param para apreciar o talento do próximo.

Aí vem a questão: o que um músico consagrado estava fazendo tocando em um metrô? A “pegadinha” tinha sido arranjada pelo jornal The Washington Post como uma experiência de percepção de contexto e prioridades, bem como uma avaliação do gosto do público.

Em um cenário banal em uma hora inconveniente, a beleza transcenderia?
O músico não tocava músicas populares cuja familiaridade poderia ter atraído o interesse de quem passava. Esse não era o teste. A ideia era ver se as obras-primas seculares brilhariam por si sós, fazendo com que a grandeza da música provocasse a reação da população de reconhecimento do incrível.

O que você acha que aconteceu?
Antes da pegadinha ser posta em prática, a opinião de um especialista foi pedida pelo Washington Post, que se referiu ao acontecimento como “hipotético”.

Leonard Slatkin, diretor musical da Orquestra Sinfônica Nacional dos EUA, respondeu o que ele pensava que ocorreria se um dos grandes violinistas do mundo se apresentasse anonimamente ao público na hora do rush em um metrô.

Vamos supor que ele não é reconhecido e apenas tomado como um músico de rua. Ainda assim, eu acho que, se ele for realmente bom, não vai passar despercebido. Teria uma maior audiência na Europa, mas, sim, de 1.000 pessoas, o meu palpite é que pode haver 35 ou 40 que vão reconhecer a qualidade de seu som. Talvez 75 a 100 parem e passem algum tempo escutando”, chutou Slatkin.
Então, uma multidão se reuniria? “Ah, sim”, disse, convicto. E quanto esse músico deve ganhar? “Cerca de US$ 150 [R$ 300]”, opinou.
Em seguida, Slatkin soube que o evento não era hipotético. Tinha realmente acontecido. “Bem, quem foi o músico?”, perguntou.
- Joshua Bell.
- “NÃO!”.

Bell, o prodígio
Aos 39 anos, Joshua Bell é aclamado internacionalmente. Ele já tocou com as melhores orquestras por todo o mundo, mas também já apareceu em “Vila Sésamo”. Bell tocou até mesmo a trilha sonora do filme de 1998 “O Violino Vermelho”. Conforme o compositor John Corigliano aceitou o Oscar de Melhor Trilha Sonora Original Dramática, creditou Bell, que, segundo ele, “toca como um deus”.

Três dias antes de sua “performance de rua”, ele se apresentou de casa cheia no imponente Boston Symphony Hall, evento no qual os “piores” assentos foram vendidos por US$ 100 (cerca de R$ 200).

Bell é um galã. Alto e bonito, simples e direto, é difícil de não notá-lo. Ao aceitar a pegadinha do jornal, apesar de estar acostumado com elogios, pediu apenas que não fosse referido como um gênio.
O evento havia sido descrito a ele como um teste para saber se, em um contexto incongruente, pessoas comuns reconheceriam genialidade. “Não me sinto confortável se você me chamar de gênio”, disse. Segundo ele, era uma palavra muito utilizada, e podia ser aplicada a alguns dos compositores cuja obra ele toca, mas não a ele. Suas habilidades são em grande parte interpretativas, argumentou.

No entanto, se tomarmos gênio como a definição é aplicada no campo da música, é exatamente o que ele é. Genialidade é um brilho congênito – uma habilidade inata e sobrenatural que se manifesta cedo, e muitas vezes de forma dramática.

Um fato intrigante sobre Bell é que ele teve suas primeiras lições musicais quando tinha 4 anos de idade, em Bloomington, Indiana (EUA). Seus pais, ambos psicólogos, decidiram dar-lhe treinamento formal depois que viram que seu filho havia amarrado faixas de borracha nas gavetas de sua cômoda e estava replicando melodias clássicas apenas de ouvido, movendo as gavetas para variar o tom. Se isso não for uma criança prodígio, não sei o que é.
O dia D
Bell levou para seu show anônimo o mesmo instrumento que sempre toca: chamado Gibson ex Huberman, é um violino artesanal feito em 1713 por Antonio Stradivari durante o “período de ouro” do mestre italiano, no final de sua carreira. Nenhum violino soa tão maravilhoso quanto Stradivarius da década de 1710, diria qualquer especialista.

Bell toma o maior cuidado com seu instrumento. Nada pode acontecer com ele, ou o som que ele produz pode ser diferente. A frente do violino está em estado quase perfeito, com um lustroso brilho. A parte de trás, no entanto, é uma bagunça; seu acabamento escuro avermelhado vai se esvaindo até uma seção de madeira nua.
Isso porque a parte de trás nunca foi refeita, e está com seu verniz original. Muitas pessoas atribuem os aspectos do som de um violino ao verniz. Cada fabricante tinha a sua própria fórmula secreta. Acredita-se que a de Stradivari era um coquetel engenhosamente equilibrado de mel, clara de ovos e goma arábica de árvores da África subsariana. E este instrumento em particular tem um passado cheio de mistério. Por duas vezes, foi roubado de seu proprietário prévio, o polonês Bronislaw Huberman.
A primeira vez, em 1919, desapareceu do quarto de Huberman em Viena, mas foi rapidamente devolvido. Da segunda vez, quase 20 anos mais tarde, foi pego de seu camarim no Carnegie Hall. Somente em 1985 o ladrão – um violinista de Nova York – fez uma confissão no seu leito de morte a sua esposa, e devolveu o instrumento.
Bell o comprou alguns anos atrás. Para tanto, teve que vender seu próprio Stradivarius e dar muito mais. O preço foi relatado em cerca de US$ 3,5 milhões (R$ 7 mi).

Naquela sexta, pessoas esperando o metrô ganhariam algo provavelmente mais caro do que poderiam pagar: um concerto de um dos músicos mais famosos do mundo de graça. Isso, é claro, se o notassem.

Bell decidiu começar sua apresentação com “Chaconne”, de Partita nº 2 de Johann Sebastian Bach em D Menor. Segundo ele, “não apenas é uma das maiores peças de música já escritas, mas uma das maiores conquistas de qualquer homem na história. É uma peça espiritualmente poderosa, emocionalmente poderosa, estruturalmente perfeita. Além disso, foi escrita para um solo de violino, por isso não estarei fazendo alguma versão meia-boca”.

Bell não disse, mas a peça também é considerada uma das mais difíceis de se dominar. Muitos tentam, poucos conseguem. É exaustivamente longa – 14 minutos – e consiste inteiramente de uma única progressão sucinta repetida em dezenas de variações para criar uma arquitetura assustadoramente complexa. Composta por volta de 1720, na véspera do Iluminismo europeu, é dita como uma celebração da amplitude da possibilidade humana.
Ele realmente não fez uma versão meia-boca: tocou com um entusiasmo acrobático, seu corpo inclinando-se para a música e arqueando na ponta dos pés nas notas altas. O som era quase sinfônico.

No entanto, três minutos se passaram até que algo aconteceu. 63 pessoas já haviam passado quando, finalmente, um homem de meia-idade alterou sua marcha por uma fração de segundo, virando a cabeça para perceber que tinha um cara tocando música. Só isso.

Meio minuto mais tarde, Bell conseguiu sua primeira doação. Uma mulher jogou um dinheirinho e continuou andando. Mais seis minutos depois, alguém finalmente se recostou contra uma parede para escutar.

Esse alguém era John David Mortensen. Ele não entende de música clássica. Mas, pela primeira vez em sua vida, parou para ouvir um músico de rua. Ele tinha três minutos para gastar, e ficou ali todos eles. No fim, outra atitude inédita: deu dinheiro a um músico de rua. Ele não soube dizer por que, mas algo sobre a peça o deixou em paz.

Depois de “Chaconne”, veio “Ave Maria” de Franz Schubert, que surpreendeu alguns críticos de música quando foi estreada em 1825: Schubert raramente mostrava sentimento religioso em suas composições, mas “Ave Maria” é uma obra de tirar o fôlego.
Um par de minutos se passa, e algo revelador acontece. Uma mulher e seu filho, em idade pré-escolar, emergem da escada rolante. A mulher anda rapidamente, segurando a mão da criança.

Sheron Parker está com pressa. Seu filho Evan, 3 anos, está intrigado, no entanto. Ele fica se deslocando, olhando para trás, tentando assistir Joshua Bell. Ele queria parar e ouvir, mas Sheron não podia. Ela habilmente se pôs entre Evan e Bell, cortando sua linha de visão. Mais tarde, quando soube o que havia perdido, riu. “Evan é muito inteligente!”, disse.

Crianças são mesmo inteligentes. Não houve padrão étnico ou demográfico para distinguir as pessoas que ficaram para assistir Bell, ou que lhe deram dinheiro. Brancos, negros e asiáticos, jovens e velhos, homens e mulheres, foram representados em todos os grupos. Mas um comportamento manteve-se absolutamente constante: toda vez que uma criança passava, tentava parar e assistir. Todas as vezes, um pai puxou a criança embora.

Bell toca em seguida a peça de Manuel Ponce “Estrellita”, então uma peça de Jules Massenet, e então começa novamente uma de Bach.
Conclusão: sete pessoas pararam o que estavam fazendo para lhe ouvir pelo menos por um minuto. 27 lhe deram dinheiro, a maioria deles sem parar; um total de US$ 32,17 (cerca de R$ 65). 1.070 pessoas sequer se viraram para olhá-lo.


Segundo Bell, nesse tempo todo, há seis momentos particularmente dolorosos de reviver: o que acontece logo após cada peça termina, que é… nada. A música para. As mesmas pessoas que não tinham o notado continuando não o notando. Nenhum aplauso, nenhum reconhecimento.

Observando o vídeo semanas depois, Bell se encontra mistificado por uma única coisa. Ele entende por que não há uma multidão o ouvindo na hora do rush, mas fica surpreso com o número de pessoas que não prestam atenção nenhuma nele, como se fosse invisível, quando na verdade está fazendo MUITO barulho.

E é verdade. Portanto, aqueles que passam, cabeça para a frente, como se não tivesse nenhum som ali, são totalmente alheios ao seu redor? Bell se pergunta se a sua desatenção pode ser deliberada: se você não tomar nota do músico, você não tem que se sentir culpado por não dar dinheiro.
Pode ser verdade, mas ninguém deu essa explicação. As pessoas simplesmente disseram que estavam ocupadas, tinham outras coisas em sua cabeça. Algumas pessoas que estavam falando em celulares gritaram mais alto quando passaram por Bell, tentando competir com o barulho infernal.

Na preparação para este evento, os editores do The Post discutiram como lidar com prováveis resultados. A suposição mais difundida era de que poderia haver um problema com o controle da multidão: eles achavam que várias pessoas reconheceriam Bell.

Conforme se reunissem, se uma multidão se formasse, câmeras provavelmente começariam a piscar, mais pessoas começariam a chegar, então o que aconteceria? Atrapalharia o metrô? Causaria brigas?
No fim das contas, apenas uma pessoa ficou mais de 9 minutos ouvindo Bell – John Picarello, porque gostava de música clássica e realmente adorou o que ouviu, distinguindo que era um músico muito bom que estava a sua frente.

E apenas uma pessoa realmente reconheceu Bell. Stacy Furukawa havia visto Bell tocar em um concerto antes, e certamente parou, surpresa, para ouvi-lo no metrô. “Foi a coisa mais impressionante que eu já vi em Washington”, diz Furukawa. “Joshua Bell estava lá tocando na hora do rush, e as pessoas não paravam, e nem mesmo olhavam, e alguns jogaram moedas para ele! Moedas!”, comentou. Graças a ela, que lhe deu US$ 20, a contagem final chegou a US$ 32,17.

Sim, algumas pessoas deram centavos ao cara que foi, semanas depois desse dia, aclamado o melhor músico clássico da América pelo prêmio Avery Fisher.

Não reconhecemos o belo, ou o belo é irrelevante?
Slatkin errou. Nunca houve uma multidão, nem mesmo por um segundo.
Foi tudo filmado por uma câmera escondida. Você pode reproduzir a gravação uma ou 15 vezes, nunca fica mais fácil de assistir.
Se um grande músico toca incríveis músicas e ninguém ouve… Será que ele é realmente bom?
Esse é um velho debate epistemológico. Platão já pesou sobre o assunto, assim como filósofos de dois milênios depois. O que é beleza?
É um fato mensurável (Gottfried Leibniz), ou apenas um parecer (David Hume), ou é um pouco de cada um, colorido pelo estado imediato da mente do observador (Immanuel Kant)?

Kant pode estar certo.
No início, eu estava apenas concentrado em tocar a música. Eu não estava realmente vendo o que estava acontecendo ao meu redor. Quando você toca uma peça para violino, você é um contador de histórias, e você está contando uma história”, diz Bell.
Eventualmente, porém, ele começou a roubar um olhar de soslaio. “Foi uma sensação estranha, de que as pessoas estavam na verdade, ah…”. A palavra não vem facilmente. “… Ignorando-me”, fala, por fim.

Em um concerto, fico chateado se alguém tosse ou se o celular de alguém toca. Mas lá, as minhas expectativas diminuíram rapidamente. Comecei a apreciar qualquer reconhecimento, mesmo um olhar ligeiro. Eu ficava estranhamente grato quando alguém jogava um dólar, em vez de moedas”, conta. E isso vem de um homem cujo talento pode exigir US$ 1.000 (cerca de R$ 2 mil) por minuto.
Mark Leithauser é o curador sênior da National Gallery, e supervisiona o enquadramento das pinturas. Ele acha que tem alguma ideia do que aconteceu naquela estação de metro.

Fora de contexto, Leithauser acredita que mesmo especialistas não reconheceriam uma obra-prima. Poderiam notar a similaridade, mas talvez não validariam um quadro famoso ou valioso pendurado sem uma moldura elegante em um restaurante qualquer.
Portanto, ele acha que não devemos rotular prontamente os transeuntes americanos de “não sofisticados”. O contexto importa.

Kant concorda. Ele já argumentou que a habilidade de apreciar a beleza está relacionada com a habilidade de fazer julgamentos morais. Mas há uma ressalva. Para adequadamente apreciar a beleza, as condições de visualização devem ser ideais.

No metrô, com pressa, indo ao trabalho, de fato não é o momento ideal para apreciar Joshua Bell. E, fora de contexto, é difícil reconhecê-lo – como de fato foi, até mesmo para o cara que se sentou lá 9 minutos e gostava de música clássica – e de Bell.
Vamos dizer que Kant está certo. Vamos aceitar que não podemos olhar para o que aconteceu em 12 de janeiro de 2007 e fazer qualquer julgamento sobre a sofisticação do povo ou a sua capacidade de apreciar a beleza.

Mas e sobre sua capacidade de apreciar a vida?
Estamos ocupados. Somos ocupados. A vida moderna nos leva a uma constante busca pela acumulação de riqueza. Mas e o resto?
Se não temos tempo para parar um momento e ouvir um dos melhores músicos da Terra tocar algumas das melhores músicas já escritas, então o que mais estamos perdendo? Nossas prioridades estão todas erradas?

Isso somente cada um pode dizer a si mesmo. Eu sei que, da próxima vez que passar por qualquer alguém tocando qualquer coisa, vou fazer meu máximo para ouvir. Antes perder meu tempo com coisas demais do que perder meu tempo com coisas de menos.
Por Natasha Romanzoti [WashigtonPost)

AMAR, A GRANDE VOCAÇÃO HUMANA - Edmir Silveira

Uma das vocações humanas, que a evolução da espécie vem acentuando, parece se relacionar com as emoções e sentimentos que a vida e o mundo provocam, e não só sobreviver e se defender dos predadores e das condições climáticas, como já o foi no passado.

Os sentimentos diversos que somos capazes de sentir e de desenvolver é o que nos proporciona o combustível que a razão precisa para se interessar por algo e, consequentemente, estudá-la, e assim evoluir.

Até agora, e isso pode mudar a qualquer momento, parece que somos a espécie onde a sofisticação do sentir determinou os rumos de sua história, sua evolução e a qualidade de vida do indivíduo.

Freud enunciou e parece bem lógico que, mesmo o mais frio dos indivíduos, tem como objetivo maior amar e ser amado, desde que não seja portador de nenhum distúrbio psíquico.

O amor é o instinto mais bonito e, ao mesmo tempo, a maior loucura humana.

É dele que nasce toda a magia dessa grande aventura chamada vida.

Sentimentos de todas as cores, sem raça, de todos os credos, sem razão. Que desafia qualquer lógica, qualquer fórmula, qualquer coisa.

Existem infinitas nuances do amor, mas todas são amor. Várias formas para o mesmo conteúdo: querer profundamente o bem do outro e agir para isso.

Temos os amores que formam a nossa base, o amor da família. Temos o amor que nos faz maiores e mais fortes, que são os amigos. E temos o amor que nos faz transcender e até gerar outra vida.

O amor da pessoa amada é mágico. Transforma, transtorna, transborda. Transcende.

Olhares, cheiros, cabelos, rostos, corpos; meu, seu, nossos. Qual é o meu ou o seu? O que te dei ou o que você me entregou?

Louco, ridículo, alucinado. Louco, acredita em tudo. Louco, não acredita em nada. Ridículo, capaz das mais lindas atitudes. Alucinado, capaz do mais doce gesto.

Magicamente forte, capaz de brotar do nada, surpreendente, capaz de renascer das cinzas. Gozo da vida. A mais consciente das loucuras, a loucura dos mais conscientes.

O que nos faz acordar todas as manhãs é a possibilidade da continuação do amor antigo, da confirmação do amor presente ou do nascer de um novo amor.
Porque a maior vocação humana é amar. Amar a tudo, porque amar é tudo.

Ilógico, como tem que ser. Improvável, necessário, confuso, muito confuso, profundo, gostoso. Humano.

E a vida segue. Buscando, tentando, querendo, desejando, amando, encontrando, perdendo e de novo buscando, tentando, encontrando, querendo…

E, dentro desse aparente caos, o planeta humano vai se desenvolvendo. 


As várias culturas, mesmo as mais diferentes entre si, possuem algo em comum: o amor que torna um indivíduo especial para outro. 

Seja o amor por um filho, um amigo, ou seja por uma pessoa estranha por quem outra se apaixona do nada. 

E, por esse sentimento, se muda o curso da história. Às vezes só a do indivíduo, outras vezes, muda o rumo da história do mundo e da evolução humana.

Ser humano significa fazer parte de uma espécie que só se realiza quando ama. 

TRÊS DIAS ANTES DO AMOR - MIguel Falabella

Tenho corrido tanto neste início de século, que mal tenho tido tempo de aproveitar a chegada do verão - mas ele chegou, finalmente, e trouxe as mudanças de espírito que estávamos aguardando desde o início de dezembro. Chegou meio inesperado, meio molhado, mas ainda assim merecia ter sido melhor recebido, reconheço. Mas a vida vai empurrando a gente pra lá e pra cá, um passo desajeitado aqui, um pisão no pé ali, e a gente sem se dar conta de que o céu já está se tingindo de outra cor.
Dia desses, entretanto, nem sei mais porquê, cheguei na varanda e me permiti ficar na contemplação da vida que estava passando ali, embaixo da minha janela, numa tarde de janeiro. E que tarde beijava a lagoa, que grande iluminador, esse! - eu pensei comigo mesmo. Uma luz perfeita, de um amarelo vibrante, uma vontade de ficar debruçado e admirado com aquilo tudo, sem nada que quebrasse o mágico daquele momento.  Uma brisa que se podia sentir mergulhando no corpo e até ver no encrespado do espelho d’água. Fiquei lembrando de uma frase de Virginia Woolf, acho que está em Mrs Dalloway e ela se refere à beleza da manhã - como para crianças numa praia! - acho que é isso, e eu pensei que aquela tarde era o cenário ideal para crianças numa praia e todos os seus castelos de areia. E celebrei, ali, em silêncio, o meu festival do estio, acendendo o coração e enchendo as narinas com o cheiro que vinha pelo ar. O meu festival do estio.  Cheio de entidades tropicais, eu ia pensando, sereias e índios, sacis e caiporas. Dias antes, com alguns amigos, eu tinha assistido a um vídeo de um balé irlandês e ficamos comentando sobre a antiga religião celta. De repente, Mary começou a contar a história de uma raça de fadas, as pixies, na verdade humanóides alados, que habitavam as florestas da Irlanda.  Daí que, ali, pendurado na sacada, lembrei da história e fiquei inventado as minhas entidades, umas fadas brasileiras, cheias de gingado no bater de asas, despudoradas no vôo, que eu fui soltando pelo céu da minha imaginação.
O verão tira as pessoas de casa e coloca a cidade num movimento gracioso. A volta da Lagoa ia ondulando com o tanto de gente que passeava e corria e pedalava, celebrando a temporada. É bom olhar pra gente. Tem gente que gosta de observar os pássaros. Eu gosto de observar gente.  Fico inventando histórias e acontecimentos, partindo de alguém que acabou de cruzar o meu campo de visão. As histórias vão se misturando e trazendo outras e, no final, a cidade é cheia de personagens, porque é isso que elas são, na verdade.
A brisa ganhou corpo e mexeu com tudo lá embaixo. Era só uma ameaça de vento, mas não ia se concretizar. Ela soprou a calçada e um bando de folhetos fez um vôo rasteiro, para aterrisar mais adiante. Devem ser folhetos de cartomantes e adivinhos, eu pensei, porque eles proliferam nesta época do ano.
Trago a pessoa amada em três dias.
Eu adoro isso. Trago a pessoa amada em três dias.
Cada vez que alguém me entrega um desses panfletos, eu me imagino sentado numa cadeira, na frente da clássica cigana da bola de cristal. Sempre reluto, antes de atirar o papel fora. Sabe Deus quando é que vai se precisar de uma força extra!, eu penso, tentando gravar o número do telefone. E tudo porque me fascina essa única frase: trago a pessoa amada em três dias.
O que faríamos, se soubéssemos, com certeza, que dali a três dias ia chegar o amor que se foi? Não é tão simples assim, se a gente pensar bem. Se o amor chegasse com hora marcada, na estação, como alguém querido que se ausentou por um tempo, esses três dias antes do amor iam ser inacreditáveis! Afinal, esta volta com hora marcada exige um encontro impecável.
Sarita chegou sem se anunciar, pousou o queixo no meu ombro, leu o início da crônica e disse que estava sem pé nem cabeça. Depois, concluiu que não esperaria os três dias estipulados para a volta da pessoa amada.
- Não esperaria nem um! Nem um minuto! Se não esbarrasse com o cachorro na porta da cartomante, dava a visita por perdida!
E concluiu, com uma careta de desprezo:
- Quer saber do que mais? Estou chegando à conclusão de que amor é coisa pra desocupado!
Saí do computador e abandonei a crônica. Arrastei Sarita pra varanda, achando que a visão da cidade maravilhosa à noite, acalmaria aquele coração, mas ela não me deu trégua. Praticamente exigiu que eu mudasse o rumo da crônica e eu concordei, tentando não alongar a conversação. De repente, ela parou de falar.
A noite estava linda. A lua, nos céus, era uma lua árabe. A tarde generosamente tinha ofertado sua perfeição à noite. Havia uns pássaros voando na lagoa. Volta e meia um planava sob a luz e era como se ele brotasse do nada, uma mancha de branco que estendia as asas, uma, duas vezes, até desaparecer de novo na escuridão.
O que é aquilo? – Sarita espichou o pescoço, abruptamente.
São pixies – eu disse, sem pensar.
Ela me olhou com um ar de interrogação e desenhou a palavra, puxando o queixo pra baixo: pi – xies?
Eu não respondi.

A Casa Encantada & À Frente, O Verso.

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