THALITA REBOUÇAS - A cigana (não) leu o meu destino

Lá pelos meus 19, 20 anos, eu era louca para saber detalhes do meu futuro. E fazia de tudo para isso. Bola de cristal, jogo de búzios, cartomante. E astrólogo, tarólogo, numerólogo. O tempo passou, as previsões não aconteceram e jurei para mim mesma que nunca mais iria a um adivinho.

Nunca mais durou até o mês passado, quando me rendi à curiosidade depois de ouvir maravilhas sobre uma tal cigana do Humaitá. Cigana para os não-iniciados — ela realmente não gosta de ser chamada assim. Prefere se apresentar como quiromante. Quis saber a diferença, já que ambos fazem a leitura da mão.

- Cigana é cigana, quiromante é quiromante – tentou explicar, no dia que fui ao seu…vamos chamar de… escritório.

Tenho um estilo que flerta com uma espécie de patricice despretensiosa e uma peruice comedida (se é que existe uma perua comedida. Existe. Eu sou assim às vezes. Sou sim, pronto, falei). Também ataco de periguete elegante (sim, isso também existe) em alguns momentos, com shortinho, blusinha larga e sapatilha. No dia da… hum… consulta,  resolvi me vestir como jamais me vestiria. A intenção era que a leitora de mãos não “lesse” minha personalidade através da minha aparência.

Peguei emprestado de uma amiga um brincão desses de feirinha, arrumei uma sandália de dedos de couro com outra, comprei uma bolsa de franjas bem baratinha, vesti uma saia comprida vagabunda, combinei com uma blusa tie-dye e, com o cabelo desgrenhado, óculos escuros redondos e zero maquiagem, parti rumo ao futuro.

- Juraly vê paz – foi a primeira coisa que ela disse ao olhar para a minha mão. – Você tem muita paz, sabe?

- Sei. Eu sou a paz – reagi, tentando ser engraçadinha. –  Mas quem é Juraly? Uma entidade que está perto de você dizendo coisas sobre mim?

- Juraly não trabalha com entidades. Juraly não é macumbeira. Juraly não terceiriza. Juraly sou eu. E você não é a paz, você tem paz. É diferente, sabe?

Uia! Juraly falava na terceira pessoa. E Thalita se irrita profundamente com quem fala na terceira pessoa.

- Paz é Buda, cachoeira, hare-krishna, terra batida, biscoito recheado, sabe?

- S-sei…

- Peixe.

- Hum… Elefante!

Tentei, embarcando no que achei que era um jogo de adivinhação de animais.

- Não, menina! Juraly vê peixe! Peixe!

- Onde?

- Na sua mão!

- Por quê? Nem tenho peixe! Não gosto de bicho preso.

- Não tem peixe mas mora perto de onde tem, sabe?

Que frase ridícula. Estávamos na Zona Sul do Rio, de onde provavelmente vinha a maior parte de sua clientela. E Zona Sul é perto do mar. E mar tem peixe. Mas tudo bem. Ela seguiu em frente.

- Tenho certeza de que sua casa tem peixe perto. E peixe é bom, peixe é sorte, sabe? Você é uma pessoa de sorte, sabe? A sorte te acompanha sempre, sabe?

Ah, era isso que ela estava tentando me dizer, sabe?  Resolvi dar corda.

- Falando em peixe, queria saber da minha tartaruguinha, a Telúrica… Ando preocupada com ela.

- Fique tranquila. A tartaruga não vai morrer. É só uma doença passageira.

A única tartaruguinha que tive morreu há muito tempo. E por minha culpa. Eu mesma assassinei a coitada quando tinha uns oito anos. E se chamava Adamastor, não Telúrica. Joguei a pobrezinha do décimo andar na esperança de, como nos desenhos animados, sair correndo pelas escadas e resgatá-la antes de ela se esborrachar no chão. Fui impedida pelos meus avós de sair do apartamento. Ela morreu atrapalhando o tráfego e eu chorei por dias. Depois ganhei um pinto. Que também morreu. Eu não matei. A minha avó matou. Mas essa é outra história.

- Sua relação com bichos é muito bonita.

- Eu não tenho nenhuma relação com bichos.

- Tem sim. Tanto que sua beleza lembra a de um bicho.

- Que bicho? – perguntei, entre curiosa e irritada.

- Uma rã. Juraly está aqui olhando pra você e pensando: rã.

Tá de saca, né?, eu quis dizer. Não disse.

- Juraly está vendo você num sítio lotado de crianças. Você trabalha em uma creche?

- Não. Trabalho sozinha, mas para adolescentes – respondi, dando uma chance a ela.

- Então vai trabalhar cercada de crianças num lugar verde e distante de tudo. Seu futuro é esse.

- Creche? Crianças? Sítio? Não! E meus adolescentes? O meu trabalho com eles?

- Esquece. Não vai te levar a lugar nenhum, sabe?

Fiquei quieta. E muito injuriada  por saber que aquelazinha ia levar meu dinheiro sem merecimento nenhum.

- Palhaço – disse Juraly, séria.

- Circo?

- Pa-lha-ço!

- Meu Deus, como você é enigmática!

- O seu próximo namorado vai ser um palhaço. Não vai durar mais que cinco semanas, sabe?

- Um palhaço de verdade, um sujeito engraçado ou um mané?

- Um mané – ela optou, afinal a probabilidade era muito maior.

- Eu sou casada – contei, vitoriosa ao ver que ela caiu no golpe da mão sem aliança.

- Por enquanto – escapou. – O palhaço vai tentar te tirar do seu marido, tá muito claro aqui, sabe?

Sei, sei, sua espertinha…

- O seu casamento não está bem, sabe?

- Não está bem, está ótimo.

- Recém-casada acha sempre isso.

- Sou casada há 15 anos.

- No coração, não na mente. Na mente, você está com ele há 179 dias. O seu príncipe vai aparecer. Dono de restaurante natural em Sana.

Olha a cigana lendo minha roupa!

- Você está vendo tudo isso na minha mão?! – questionei, espantada com tamanha cara de pau.

- Juraly tá sentindo, sabe? Juraly lê mão e sente energias. Você tem muitas energias.

Energias? No plural? Ah, para, vai!

- Juraly vê uma viagem.

Até que enfim! Um adivinho que não fala em viagem não merece o título de adivinho.

- Não vou viajar tão cedo.

- Vai sim! Viagem longa. Índia. Autoconhecimento. Vaca.

- Xingamento também não! Vaca é a…

- Vaca é um animal sagrado na Índia. Vaca, paz, luz, curry. Juraly vê tudo isso na viagem. Xiii…

- O que foi? Vou passar mal com tanto curry? – perguntei, debochada.

- Não. As energias pararam de fluir. A vela até apagou, ó!

- Foi o vento.

- Vento nada. Foi o seu ceticismo. Se não acredita em quiromancia por que vem na quiromante?

- Porque ouvi falar bem de você.

- Claro, Juraly é ótima. Mas vamos terminar por aqui.

- Mas disseram que você fica pelo menos uma hora com cada pessoa. Não estou nem há 15 minutos aqui – estrilei.

Ela deu de ombros.

- Juraly vai me dar um desconto, então, né? – arrisquei.

- Juraly não trabalha com descontos.

- Ah, claro. Esse futuro eu já estava prevendo.

- Juraly vai te dar uma chance: se você arrumar três amigos pra Juraly, Juraly te atende de graça da próxima vez.

- Juraly acha mesmo que vai ter uma próxima vez?

- Juraly tem certeza.

- Quer saber? Juraly não entende nada de futuro. Nada!

Quando entrei no carro nem precisei de adivinhos. Sabia o que viria pela frente: um engarrafamento gigante até a Barra e a certeza de que eu não iria a ciganas e afins nunca mais. Nunca mais mesmo.

Ou pelo menos até alguma amiga me contar que foi a um vidente fe-no-me-nal.

MANOEL CARLOS - Assim é...

Assim é… se lhe parece, em italiano Così è (se vi pare), é uma peça teatral de Pirandello, que eu vi no começo dos anos 50, no Teatro Brasileiro de Comédia, em São Paulo. Na história, uma mulher está desaparecida e surgem então várias hipóteses para esse desaparecimento, numa relação exaltada entre ilusão e realidade. Enfim: surge a verdade de cada um.

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Numa entrevista à Paris Review, revista literária americana, Tennessee Williams conta que Marlon Brando apareceu em sua casa para um teste. Na época, o autor procurava um ator para o papel principal de Um Bonde Chamado Desejo. E Williams diz: “Ele sentou-se muito naturalmente e leu o texto do personagem por cinco minutos. Não precisou continuar por mais tempo para ganhar o papel”. E o ganhou não apenas na Broadway,mas também no filme, que no Brasil se chamou Uma Rua Chamada Pecado. E continua o escritor: “Mas, antes da leitura, Brando foi muito gentil e prestativo: consertou um encanamento que estava arrebentado na cozinha e trocou lâmpadas queimadas”. Pode-se ver um Marlon Brando suado, a camiseta colada ao corpo, deslumbrando Tennessee. Será que foi exatamente assim que aconteceu?

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O escritor argentino Bioy Casares conta que, depois que seu pai morreu, sonhou com ele por noites e noites seguidas. Sonhos bons, prazerosos, em que os dois conversavam, riam, divertiam-se. Com o tempo, esses encontros oníricos diminuíram, até que numa noite o escritor sonhou que falava com o pai pelo telefone, mas que em menos de um minuto a ligação foi interrompida e ele não conseguiu restabelecê-la. E afirma Bioy: “De qualquer maneira fiquei feliz em ouvir novamente a voz do meu pai, mesmo por telefone”.

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Meu amigo Reynaldo certa vez me mostrou uma foto em que seu jovem cunhado aparecia ao lado do pai, os dois muito sorridentes e felizes. Quem lhe deu essa foto foi o pai, depois que o rapaz morreu. Para demonstrar toda a sua imensa tristeza pela perda do filho, o velho homem escreveu: “Lembrança do tempo em que éramos vivos”. Obviamente, com essa frase expressava toda a sua dor de sobrevivente. Quando o Rey me mostrou a foto, o pai havia morrido fazia uma semana. E o Rey para mim: “A dedicatória agora ficou com novo sentido. O da verdade sobre a metáfora”.

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Uma vez, almoçávamos num restaurante em Nova York. Minha mulher, meus filhos e eu. Numa mesa próxima, um homem almoçava sozinho, enquanto passava os olhos num jornal. Ficamos em dúvida: seria o ator e diretor Mel Brooks?

De molecagem, usei de um velho truque: quando ele se levantou e ia se aproximando da nossa mesa para ir embora, eu falei numa voz razoavelmente alta: — Hei, Mel!

O homem virou-se, sorriu e me abraçou:

— Quanto tempo! Vi seu último filme. Gostei muito!

Aturdido, agradeci e ele se foi, porta afora. Até hoje nos perguntamos: por quem ele me tomou? Quem era eu para ele?

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A verdade de cada um. Repito muitas vezes para mim os versos de Fernando Pessoa, numa das odes de Ricardo Reis: “Nada se sabe. Tudo se imagina”.

CIENTISTAS CRIAM MÁQUINA QUE LÊ A MENTE

A tentativa de criar equipamentos que leiam os pensamentos não é uma novidade tão grande. Em 2009, pesquisadores americanos desenvolveram um aparelho que traduzia parte dos pensamentos humanos para uma linguagem visual, com imagens. Agora, uma nova empreitada nos EUA resultou em um equipamento que capta fragmentos do que as pessoas pensam, ao decodificar a atividade cerebral que acontece de acordo com o que elas ouvem.

Tal equipamento, conforme explicam os neurocientistas da Universidade da Califórnia, em Berkeley (a mesma que conduziu os estudos de 2009), tem o mérito de traduzir os pensamentos em palavras. Quinze pacientes com epilepsia, incapazes de falar, tiveram o cérebro acoplado ao aparelho, e o experimento decodificava a atividade no giro temporal, uma saliência no córtex cerebral próxima aos ouvidos, responsável por reconhecer o que escutamos.

Cada palavra que os pacientes ouviam era traduzida para linguagem verbal, que a máquina captava através da mente. Tudo foi feito a partir de eletrodos e um computador que ajustava a frequência das ondas cerebrais. A maioria das palavras que os pacientes tinham pensado (após terem ouvido) foi traduzida claramente, embora algumas tenham ficado difíceis de entender.

Os cientistas explicam, no entanto, que este é apenas um primeiro passo. O ideal é captar e verbalizar toda a atividade cerebral registrada em pacientes que não podem falar, e não apenas aquilo que eles ouvem. Embora a realização desse plano ainda esteja distante, o princípio já parece ser correto. 
Stephanie D’Ornelas [Guardian]

O CÉREBRO HUMANO PODE SER HACKEADO?

“Ler pensamentos” pode soar esotérico, mas não é uma ideia distante da ciência. No episódio de 03/07 do programa “Through the Wormhole” (“Através do Buraco de Minhoca”, em referência a um fenômeno da física teórica), o ator Morgan Freeman apresenta cinco pessoas que, à sua maneira, investigam a possibilidade de “acessar a mente” de alguém.

Leitores
Marc Salem, psicólogo que trabalha em Nova York (EUA), diz que é capaz de decifrar os pensamentos de uma pessoa graças a pistas dadas pela linguagem corporal. Ele conta, porém, que não basta ver um único sinal (“coçar o nariz pode significar que você está mentindo, ou [apenas] que seu nariz está coçando”), mas o contexto em que ele é realizado.

Fazendo uso de ferramentas mais tecnológicas, por sua vez, o inventor e neurologista Philip Low pretende captar e traduzir impulsos elétricos cerebrais através de um aparelho que ele está desenvolvendo, batizado de iBrain. Portátil, esse monitor deverá captar (a partir de sensores colocados no escalpo) sinais do cérebro da pessoa e transmiti-los para um computador, no qual poderão ser convertidos em ações virtuais específicas em um programa.

Outra abordagem é a do neurocientista Jack Gallant, da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA). Junto com sua equipe, Gallant trabalha na compilação de um “dicionário cerebral”, mostrando imagens a voluntários e analisando seus impulsos cerebrais por meio de ressonância magnética. Mais uma vez, uma máquina faria a “ponte” entre a mente de duas pessoas.

Interventores
O empresário e neurocientista Chris Berka não apenas quer ser capaz de acessar a mente de uma pessoa, mas também de provocar alterações nela.

Com foco e treinamento, um atleta profissional pode atingir um pico de concentração e executar uma tarefa com maestria. Berka analisa casos desse tipo em busca de padrões de impulsos cerebrais. A ideia é, de alguma forma, induzir artificialmente esse pico, melhorando o desempenho de um amador.

Já a psicóloga Ilana Hairston, do Academic College of Tel Aviv Yaffo (Israel), adota uma abordagem de interferência mais sutil: ela treina pessoas para que associem cheiros a determinados sons, abrindo caminho para a “implantação” de pensamentos, o que pode ser usado com fins terapêuticos.

Considerando tudo isso, e também o fato de que é possível alterar sua noção de beleza por meio de estímulos elétricos, talvez a leitura e a manipulação mental não estejam tão distantes do presente.
Guilherme de Souza [LiveScience]

ARTHUR DA TÁVOLA - Conjugando o conjugal.

Palavra para a qual raramente se atina é conjugal. Por que conjugal? Porque viver junto (não me refiro apenas ao casamento contratual tradicional) é conjugar. Conjugar é viver todos os tempos e pessoas dos verbos. É saber ser eu, ser tu, ser ele, ser nós, ser vós e ser eles, sem perda da individualidade fundamental.

Conjugar é viver vários tempos – presente, passado e futuro – e várias pessoas em nós. Conjugar é, pois, articular a complexidade de cada ser com a complexidade do parceiro/a.

Mas conjugar é, também, com+jugo. É estar com o jugo amoroso do outro. É com jugar. Não é subjugar (como no machismo tradicional). É estar não sob o jugo, mas com o jugo (compreensivo e amoroso) do outro. É estar com a vivência do amor em todas as pessoas (eu, tu, ele, nós, vós, eles). É ser vários em um. É uma troca permanente e não a imposição de uma das partes.

Conjugal, cônjuge, portanto, mais do que a palavra tornada fria pelo uso, possui o sentido profundo de conjugação, integração, articulação do par amoroso, através de uma união que pode se chamar casamento, amor, amizade colorida, transa, tanto faz.

Cônjuge é quem conjuga com e não quem mora com ou tem o papel assinado ratificando o caráter legal da união.
Para conjugar o verbo amar é preciso conjugar o verbo ser. O amar é um exercício de felicidade, não de poder.

Sugestão a comunicadores:
1) Sentir o público e atendê-lo no que quer, mas sempre fugir de alimentá-lo com evasão e devaneio. Em relação ao que se emite, equilibrar o que abasteça a vontade com a necessidade do público.

2) Contribuir para que as comunicações não sejam alienações da realidade ou se transformem em desfiles de inconseqüências bem vestidas, bem despidas e bem maquiadas, apenas por motivos mercadológicos.

3) Saber como fazer para mostrar o que é e como funciona o egoísmo geral. Fazê-lo, no entanto, sem recolher a raiva correspondente. Mostrar as verdadeiras causas da dor, da injustiça e da miséria. Revelar também a possibilidade de amizade, amor e ternura.
4) Colocar o trabalho a serviço do próximo, sobretudo dos mais fracos, os pobres e os enfermos, sem transformá-lo, porém, em demagógico expediente de exibição da miséria e do sentimentalismo com fins mercantis ou de audiência.

5) Enfrentar, a cada dia, um novo desafio ético. E ética significa equilibrar as contradições em função dos objetivos maiores de elevação e aprimoramento da conduta e do comportamento humano.

VÍDEO - O NASCIMENTO DE UM GOLFINHO

Aos 12 anos, a golfinho Keo teve sua primeira filha, em 17 de setembro de 2012. A “mãe de primeira viagem” contou com o apoio de membros da organização internacional Dolphin Quest, que acompanharam tanto a gestação como o parto – evento presenciado por cerca de 50 pessoas. O vídeo foi gravado em um lago da vila Hilton Waikoloa (Havaí).


CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - Destruição


Os amantes se amam cruelmente
e com se amarem tanto não se vêem.
Um se beija no outro, refletido.
Dois amantes que são? Dois inimigos.

Amantes são meninos estragados
pelo mimo de amar: e não percebem
quanto se pulverizam no enlaçar-se,
como o que era mundo volve a nada.

Nada, ninguém. Amor, puro fantasma
que os passeia de leve, assim a cobra
se imprime na lembrança de seu trilho.

E eles quedam mordidos para sempre.
Deixaram de existir mas o existido
continua a doer eternamente.

ZUENIR VENTURA - Com muito orgulho

Assistindo ao jogo em casa pela TV, sozinho, fiz tudo aquilo que, em geral , acho ridículo nos torcedores fanáticos: a vibração histérica e a emoção barata.

Quando o gigante acorda — seja nas ruas, seja num estádio de futebol — também desperta na gente um pouco daquele conde Afonso Celso que temos dentro de nós. Quem não sentiu pelo menos uma vez vontade de afirmar “por que me ufano de meu país”? Se eu tivesse ido ao Maracanã domingo, teria deixado de lado o pudor da pieguice cívica para participar do coro que cantou o Hino Nacional à capela ou entoou o “Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor” — eu e mais de 70 mil pessoas. Assistindo ao jogo com a Espanha pela TV, em casa, sozinho, me arrepiei várias vezes, enxuguei lágrimas, dei pulos com o punho cerrado, fiz enfim tudo aquilo que em geral acho ridículo nos torcedores fanáticos: a vibração histérica e a emoção barata. Nunca pensei que fôssemos reeditar aquele espetáculo de 63 anos atrás, quando o velho Maraca cantou “Touradas de Madri”, enquanto dava um olé de 6x1 nos avós de Iniesta e Xavi.

Só que desta vez foi melhor, porque fomos campeões, não morremos na praia do Uruguai, sem falar que o jogo foi mais dramático, com lances épicos eletrizantes, como aquele de David Luiz, com o nariz quebrado, deslizando em alta velocidade até a linha do gol para realizar o impossível: jogar a bola para o alto e por cima do travessão. Não é todo dia que se vê um milagre desses. E o gol de Fred deitado, ele, que no jogo anterior já tinha marcado com a canela? Tão original quanto a proeza foi o comentário do autor: “Fiz tanta coisa boa deitado, faltava um gol.” E Neymar, que começou o torneio carregado de dúvidas e terminou empunhando três taças só para ele? Porém, advertem as estatísticas, quem ganha essa competição não ganha a Copa do Mundo. Ótimo, porque pelo visto esse time gosta de contrariar expectativas pessimistas.

Não só em campo o Brasil costuma ser imprevisível. Assim como a Seleção deu a volta por cima, revertendo as piores previsões, também o cenário político mudou de um dia para o outro, desarrumando os prognósticos eleitorais para o ano que vem. Quem poderia prever que a popularidade de Dilma iria despencar de 57% para 30%? E a de Alckmin, de Haddad, de Cabral e de Eduardo Paes? O mais divertido é que não dá para partido algum comemorar. Todos perderam. Ainda bem. Ninguém pode cantar de galo e tripudiar: “Eu não disse?” Mais uma vez ficou provado também que todos nós — jornalistas, institutos de opinião, sociólogos, analistas políticos — não falhamos: acertamos sempre o que passou, nunca o por vir. Somos profetas do passado.

O QUE ORSON WELLES PENSAVA SOBRE SEUS COLEGAS DE HOLLYWOOD

 Livro reúne conversas do ator com amigo 
durante almoços nos anos 1980

Spencer Tracy era "um homem odioso", James Stewart, "mau ator", Charlie Chaplin, "arrogante" e Lawrence Olivier, "um estúpido". São opiniões muitos pessoais, feitas num contexto privado, mas como foram ditas pela boca de um dos maiores mitos do cinema, se tornam saborosas. O tipo de declaração sincera que gostaríamos de escutar mais vezes, no lugar das respostas tediosas dos manuais politicamente corretos.

No início dos anos 80, o cineasta Henry Jaglom gravou uma série de conversas com seu amigo Orson Welles ao longo de vários almoços no restaurante Ma Maison, em Los Angeles (dizem que Welles sempre estava no canto mais escuro do local). Eram conversas entre amigos, livres de preconceitos, nos quais o ator falava sem filtros sobre seus colegas de Hollywood, para o bem e para o mal, e dava opiniões sobre diferentes aspectos da indústria cinematográfica.

Trinta anos depois, o escritor e historiador do cinema Peter Biskind recuperou em um livro as transcrições dessas conversas, escondidas até então numa garagem desde a morte de Welles em outubro de 1985. O site Vulture publicou um trecho do livro há alguns dias no qual aparecem várias joias.

"My Lunches With Orson: Conversations between Henry Jaglom and Orson Welles" ("Meus almoços com Orson: conversas entre Henry Jaglom e Orson Welles", numa tradução livre) estará à venda (em inglês) a partir de 16 de julho. Biskind escreve uma introdução para dar contexto às conversas, explicando quem entra no restaurante, quem sai, o que comem, etc.

Fica a dúvida se Welles sabia que estava sendo gravado e que esse material poderia vir a ser publicado um dia. Apesar de isso pouco poderia importar para uma das figuras mais independentes e com personalidade mais forte da Era de Ouro do cinema americano — e que foi ele próprio muito criticado pela indústria. Um homem que, aos 80 anos, permanecia uma lenda do cinema, mesmo após quatro décadas do lançamento de seus principais filmes, como “Cidadão Kane” (1941), “Soberba” (1942) e “A marca da maldade” (1958).

Welles se preocupava menos ainda com a morte — o que parecia assustá-lo era o risco de não ser ele mesmo a contar suas histórias, como sugere o próprio Jaglom em uma coluna do Los Angeles Times, em 2008, na qual recorda seu último almoço com o amigo: “Orson me disse que começavam a chover ataques em resposta a um monte de livros que tinham sido recentemente publicados sobre ele, principalmente a biografia de Barbara Leaming, muito positiva em relação a ele, e na sua opinião muito acertada. Mas ele não havia lido nem iria ler, pois sabia que ficaria entediado, já ela usava suas melhores histórias. ‘Não deveria ter liberado, estava guardando elas para mim, para algum dia’, disse. Mas eu sabia que o sucesso do livro o deixava feliz...”.

No livro, estão declarações sobre como Welles gostaria de morrer: “Gostaria de morrer sozinho num quarto de hotel, simplesmente desligar-me, como as pessoas costumavam fazer...”. O ator morreu em 10 de outubro de 1985 em casa, vítima de um ataque do coração. Foi encontrado no chão do quarto. Morreu no mesmo dia que Yul Brynner, com quem trabalhou, como ator, em “A batalha do Neretva” (1969). Suas cinzas jazem em Ronda, na Espanha, um de seus lugares favoritos.

Welles comenta como o aspecto físico de muitos de seus companheiros o repelia: “Nunca suportei olhar para Bette Davis, , por isso não quero vê-la atuar”. “Odeio Woody Allen fisicamente (o conheci em pessoa) (...) tem a doença de Chaplin, essa particular combinação de arrogância e timidez que me irrita”. Allen homenageou Welles em uma de suas cenas mais famosas, de “A dama de Xangai”, em “Um misterioso assassinato em Manhattan”.

Em dado momento, Jaglom sugere que na era de ouro de Hollywood os grandes negócios eram fechados com um aperto de mão, sem contratos, e Welles concorda: “De acordo com todas as culturas protestantes ou judias, a América se desenvolveu com a ideia de que sua palavra é uma garantia. (...) Se não fosse assim, a fronteira nunca haveria se expandido, pois não havia lei. A palavra de um homem precisava significar algo. Minha teoria é que tudo foi por água abaixo com a Lei Seca, pois era uma lei que ninguém podia obedecer.”

O caráter de Welles também aparece nas descrições de seus gestos e respostas a garçons e outros que se aproximam para falar com ele. Richard Burton chega e muito gentilmente explica que Elizabeth Taylor está sentada do lado de fora, mas gostaria de encontrá-lo. Seco e direto, Welles responde: “Não. Como pode ver, estou na metade da minha refeição. Passo por vocês na saída.”

Burton sai e Jaglom comenta que o amigo se comportou como “um babaca” e foi muito grosseiro. O ator contesta: “Não me chute por baixo da mesa. Odeio isso. Não preciso que você seja a minha consciência. (...) Richard Burton tinha um grande talento, mas arruinou seu dom. Se tornou uma piada com uma celebridade como esposa. Agora só trabalha por dinheiro, faz as piores merdas. E não fui grosseiro, para citar Carl Laemmle, 'dei uma resposta evasiva. Disse a ele, vá se ferrar’”.

Cada citação de Welles é uma pérola:

“‘O poderoso chefão’ é a glorificação de um grupo de vagabundos que nunca existiu. O melhor deles era o tipo de pessoa que você espera que dirija um caminhão de cerveja. Não tinham classe. Os gângsters como classe são uma invenção de Hollywood.”

“‘Cidadão Kane é uma comédia no sentido clássico da palavra, porque as situações trágicas são parodiadas.”

“Adorava Carole Lombard. Foi uma amiga muito próxima. Sabe por que seu avião caiu? (A atriz morreu em um acidente aéreo em 1942, em Nevada) O avião estava cheio de físicos americanos, foi derrubado pelos nazistas. Ela era uma das civis a bordo. Agentes nazistas na América. É um filme de suspense de verdade.”

“Sim, conheci Roosevelt (presidente dos EUA de 1953 a 1961). Gostava de ficar acordado até tarde e conversar. Comigo se sentia livre. Eu não precisava ser manipulado. Ele não precisava do meu voto. Apenas me dizia: ‘Nós dois somos os melhores atores na América.”

Entre os que mereciam seu elogia se destacam Joseph Cotten, "brilhante"; John Wayne, "um dos mais educados que conheci em Hollywood"; e o diretor Carol Reed, com quem trabalho em “O terceiro homem”. O clássico de 1949, com roteiro de Graham Greene, terá em breve uma adaptação musical que será encenada em Viena, onde se passa a história. Em 1999 “O terceiro homem” foi escolhido o melhor filme britânico do século XX, a frente de outros clássicos como "Lawrence da Arábia". Teria sido interessante ouvir os comentários de Welles sobre o musical...

SOBRE A MORTE - APOLOGIA DE PLATÃO SOBRE SÓCRATES


Passemos a considerar a Morte como uma questão em si mesma, 
de como há grande esperança de que isso seja um bem.

Porque morrer é uma ou outra destas duas coisas: ou o morto não tem absolutamente nenhuma existência, nenhuma consciência do que quer que seja, ou, como se diz, a morte é precisamente uma mudança de existência e, para a alma, uma migração deste lugar para um outro. Se, de fato, não há sensação alguma, mas é como um sono, a morte seria um maravilhoso presente. Creio que, se alguém escolhesse a noite na qual tivesse dormido sem ter nenhum sonho, e comparasse essa noite às outras noites e dias de sua vida e tivesse de dizer quantos dias e noites na sua vida havia vivido melhor, e mais docemente do que naquela noite, creio que não somente qualquer indivíduo, mas até um grande rei acharia fácil escolher a esse respeito, lamentando todos os outros dias e noites. Assim, se a morte é isso, eu por mim a considero um presente, porquanto, desse modo, todo o tempo se resume a uma única noite.

Se, ao contrário, a morte é como uma passagem deste para outro lugar, e, se é verdade o que se diz que lá se encontram todos os mortos, qual o bem que poderia existir, ó juízes, maior do que este? Porque, se chegarmos ao Hades, libertando-nos destes que se vangloriam serem juízes, havemos de encontrar os verdadeiros juízes, os quais nos diria que fazem justiça acolá: Monos e Radamante, Éaco e Triptolemo, e tantos outros deuses e semideuses que foram justos na vida; seria então essa viagem uma viagem de se fazer pouco caso? Que preço não serieis capazes de pagar, para conversar com Orfeu, Museu, Hesíodo e Homero?

Quero morrer muitas vezes, se isso é verdade, pois para mim especialmente. a conversação acolá seria maravilhosa, quando eu encontrasse Palamedes e Ajax Telamônio e qualquer um dos antigos mortos por injusto julgamento. E não seria sem deleite, me parece, confrontar o meu com os seus casos, e, o que é melhor, passar o tempo examinando e confrontando os de lá com cá, os últimos dos quis tem a pretensão de conhecer a sabedoria dos outros, e acreditam ser sábios e não são.

A que preço, ó juízes, não se consentiria em examinar aquele que guiou o grande exército a Tróia, Ulisses, Sísifo, ou infinitos outros? Isso constituiria inefável felicidade.

Com certeza aqueles de lá mandam a morte por isso, porque além do mais são mais felizes do que os de cá, mesmo porque são imortais, se é que o que se diz é verdade.

Mas também vós, ó juízes, deveis ter boa esperança em relação à morte, e considerar esta única verdade: que não é possível haver algum mal para um homem de bem, nem durante sua vida, nem depois da morte, que os deuses não se interessam do que a ele concerne; e que, por isso mesmo, o que hoje aconteceu, no que a mim concerne, não é devido ao acaso, mas é a prova de que para mim era melhor morrer agora e ser libertado das coisas deste mundo. Eis também a razão por que a divina voz não me dissuadiu, e por que, de minha parte, não estou zangado com aqueles cujos votos me condenaram, nem contra meus acusadores.

Não foi com esse pensamento, entretanto, que eles votaram contra mim, que me acusaram, pois acreditavam causar-me um mal. Por isto é justo que sejam censurados. Mas tudo o que lhes peço é o seguinte: Quando os meus filhinhos ficarem adultos, puni-os, são cidadãos, atormentai-os do mesmo modo que eu os vos atormentei, quando vos parecer que eles cuidam mais das riquezas ou de outras coisas do que da virtude.

E, se acreditarem ser qualquer coisa não sendo nada, reprove-os, como eu a vós: não vos preocupeis com aquilo que não lhes é devido.

E, se fizerdes isso, terei de vós o que é justo, eu e os meus filhos. Mas, já é hora de irmos: eu para a morte, e vós para viverdes. Mas, quem vai para melhor sorte, isso é segredo, exceto para deus.

AMOR VEM ANTES E SEXO VEM DEPOIS, OU NÃO - Arnaldo Jabor

Quando contei que a Rita Lee tinha feito uma música com letra de um artigo que escrevi sobre "amor e sexo", choveram e-mails pedindo o texto. Fiquei feliz com a música (que é linda) e porque me senti coadjuvante dessa luz que ela acendeu na cultura brasileira. Rita é um caso sério. Ela brilha, purpurina, avermelha, cintila, se traveste, cresce e diminui, incha e emagrece mas, no fundo, ela é um caso sério. Ela faz essa visagem toda para nos fazer engolir uma dourada pílula: sua importância cultural e política no País. Rita tirou São Paulo da caretice, foi a guerreira da alegria durante a ditadura pois, em 68, ela estava de noiva, florida, com caras e bocas, mutante, provando que, marchassem ou não os soldados, sua metamorfose continuaria e que sua alegria, alegria, era mesmo a prova dos noves.

Rita não é só para ser ouvida; seus shows são um comício. A liberdade fica ali na cena, de back vocal, enquanto a Pátria, de botas e cabelo punk, dança rock, seguindo-a pelo palco como um Pluft. Eu não entendo de música, mas vejo a Rita aprontando há 30 anos, menina teimosa, sozinha, atacando o óbvio. Mas, seu protesto nunca foi chato, sua superficialidade é profunda.

Como Rita é original... ninguém é como ela no Brasil... Me lembro quando ela criou uma marca no braço, sei lá, "ritalee", como um Chevrolet, Shell, pois ela sabe que não somos um "sujeito único", muito antes dessas pós-modernidades aí. Ela é uma pré-Björk. Ela nunca cantou de um só ponto de vista, porque Rita são várias; no palco, ela parece um conjunto.

Rita é a "mina" das "minas" de Sampa, frágil e corajosa, do balacobaco. Por isso, orgulhoso, atendendo aos e-mails que pedem explicação sobre esses estranhos tremores, gemidos e espumas que chamamos de amor-sexo, "copidesquei" o antigo texto e o republico, com petulante jeito de quem sabe das respostas - ai de mim, pobre pierrô fingindo de arlequim!...

Aí vai o flash-back:

"Amor é propriedade. Sexo é posse. Amor é a lei; sexo é invasão.

O amor é uma construção do desejo. Sexo não depende de nosso desejo; nosso desejo é que é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre com tesão.

Amor e sexo são como a palavra farmakon em grego: remédio ou veneno - depende da quantidade ingerida.

O sexo vem antes. O amor vem depois. No amor, perdemos a cabeça, deliberadamente. No sexo, a cabeça nos perde. O amor precisa do pensamento.

No sexo, o pensamento atrapalha.

O amor sonha com uma grande redenção. O sexo sonha com proibições; não há fantasias permitidas. O amor é o desejo de atingir a plenitude. Sexo é a vontade de se satisfazer com a finitude.

O amor vive da impossibilidade - nunca é totalmente satisfatório. O seexo pode ser, dependendo da posição adotada. O amor pode atrapalhar o sexo. Já o contrário não acontece. Existe amor com sexo, claro, mas nunca gozam juntos.

O amor é mais narcisista, mesmo na entrega, na 'doação'. Sexo é mais democrático, mesmo vivendo do egoísmo.

Amor é um texto. Sexo é um esporte. Amor não exige a presença do 'outro'. O sexo, mesmo solitário, precisa de uma 'mãozinha'. Certos amores nem precisam de parceiro; florescem até na maior solidão e na saudade. Sexo, não - é mais realista. Nesse sentido, amor é uma busca de ilusão. Sexo é uma bruta vontade de verdade. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora. O amor vem de nós. O sexo vem dos outros. 'O sexo é uma selva de epilépticos' (N. Rodrigues). O amor inventou a alma, a moral. O sexo inventou a moral também, mas do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge.

O amor tem algo de ridículo, de patético, principalmente nas grandes paixões. O sexo é mais quieto, como um cowboy - quando acaba a valentia, ele vem e come. Eles dizem: 'Faça amor, não faça a guerra.' Sexo quer guerra. O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo. Amor é egoísta; sexo é altruísta. O amor quer superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas. O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica.

O sexo sempre existiu - das cavernas do paraíso até as 'saunas relax for men'. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetas provençais do século 12 e, depois, relançado pelo cinema americano da moral cristã. Amor é literatura. Sexo é cinema. Amor é prosa; sexo é poesia. Amor é mulher; sexo é homem - o casamento perfeito é do travesti consigo mesmo. O amor domado protege a produção; sexo selvagem é uma ameaça ao bom funcionamento do mercado. Por isso, a única maneira controlá-lo é programá-lo, como faz a indústria da sacanagem. O mercado programa nossas fantasias.

Não há 'saunas relax' para o amor, onde o sujeito entre e se apaixone. No entanto, em todo bordel, finge-se um 'amorzinho' para iniciar. O amor virou um estímulo para o sexo.

O problema do amor é que dura muito, já o sexo dura pouco. Amor busca uma certa 'grandeza'. O sexo é mais embaixo. O perigo do sexo é que você pode se apaixonar. O perigo do amor é virar amizade. Com camisinha, há 'sexo seguro', mas não há camisinha para o amor.

O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor é a lei. Sexo é a transgressão. Amor é o sonho dos solteiros. Sexo é o sonho dos casados. Amor precisa do medo, do desassossego. Sexo precisa da novidade, da surpresa. O grande amor só se sente na perda. O grande sexo sente-se na tomada de poder.

Amor é de direita. Sexo, de esquerda - ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta."

E, por aí, vamos. Sexo e amor tentam mesmo é nos fazer esquecer a morte. Ou não; sei lá...

PAULO COELHO - Da ponte

Muitas vezes temos que dar tempo ao tempo. Outras vezes, temos que arregaçar as mangas, e resolver – nós mesmos – determinada situação. Neste caso, não existe pior coisa do que adiar. Adiar traz angústias e sofrimentos desnecessários.

Eu aprendi a não adiar as coisas do modo que todo mundo aprende: levando na cabeça. Quando eu tinha dez anos, minha mãe me obrigou a fazer um daqueles chatíssimos cursos de educação física. Um dos exercícios era pular de um píer na água. Eu morria de medo. Ficava no último lugar da fila, e sofria vendo cada menino que pulava na minha frente – porque em pouco tempo chegaria o momento do meu salto. Até que um dia, para impressionar uma menina, resolvi ser o primeiro a pular. Tive o mesmo medo, mas acabou tão rápido que eu passei a ter coragem.

A Casa Encantada & À Frente, O Verso.

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