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A MORBIDEZ DO MOMENTO - Edmir Saint-Clair

A morbidez dos noticiários diários não depende de guerras. É uma característica horrorosa desse momento histórico. Existe porque os assistimos avidamente e damos o retorno financeiro a esse mercado de espetacularização de todos os tipos de crimes, tragédias e sofrimentos humanos, animais e vegetais. Tragédia dá audiência. E precisamos ficar antenados a esse furacão de acontecimentos ininterruptos por todo planeta o tempo todo, sob pena de nos tornarmos defasados em questão de horas.

Mas, será que só acontecem tragédias, crimes e maus feitos?

Será que propagar e assistir um pouco do lado bom, das conquistas e dos bem feitos que, com certeza existem, não seria estimulante? Não alimentaria a esperança?

Sou defensor da ideia de que quanto mais transparentes e documentados os atos e eventos públicos em todos os níveis da vida social, maior controle essa sociedade terá sobre suas mazelas. Mas, retroalimentar a morbidez distribuindo-a compulsoriamente a uma assistência indefesa e sem opções, é alimentar o mal que existe em cada ser humano. É dar ideias para mais desequilibrados copiarem, seja pelo dinheiro ou pelo prazer doentio de se tornar notícia, aparecer na mídia.

Temos um lobo bom e um lobo mau brigando dentro de nós. Vencerá o que for mais bem alimentado. E não é só o indivíduo que alimenta seu próprio lobo, a sociedade como um todo e as redes sociais e de comunicação vitaminam e turbinam o lobo mau com todo tipo de anabolizantes abomináveis possíveis. Não é difícil prever os resultados.

Uma comunicação de massa(mídias eletrônicas) bem planejada, a propaganda(ideias) aliada a uma publicidade  criativa (consumo/comportamento) podem e devem se predispor e trabalhar por uma sociedade mais justa, mais honesta e em paz. Um pool interdisciplinar dessa natureza tem potencial para acelerar mudanças sociais extremamente benéficas, inevitáveis e necessárias com enorme celeridade e profundidade.



AMADURECER - Edmir Saint-Clair


O amadurecimento é o resultado de um aprendizado contínuo e profundo de como conviver com as próprias angústias, ansiedades, incertezas, inseguranças e todo esse conjunto de afetos. Eles definem nosso estar mais profundo. Se nos sentimos de bem ou de mal com a própria vida.

Vivemos uma época de grandes desequilíbrios. A segunda década do século 21 está nos impondo modificações profundas e surpreendentes. Perdemos antigas referências que norteavam nossas ações e, muitos dos valores que nos guiavam, estão obviamente caducos e obsoletos, ficamos desorientados.

Instituições seculares, que sempre estabeleceram os parâmetros para a humanidade, como a Igreja, a Família e o próprio Estado, foram profundamente afetadas em suas estruturas fundamentais e tentam se reinventar a todo custo adequando-se aos novos padrões e demandas que regem as novas leis de mercado, para onde tudo e todos convergem inevitavelmente.

Segundo o filósofo dinamarquês Kierkegaard, o ser humano busca desesperadamente um sentido, um significado para seu viver mundano, que lhe resgate do vazio que trás em si.

Na busca por significados tentamos dar sentido à vida, e esse sentido pode estar em qualquer lugar e pode ser qualquer coisa, desde que consiga nos iludir e nos fazer acreditar que aquilo tenha significado suficiente para aplacar nossa angústia  fundamental.

Quanto mais imaturos somos, mais facilmente aceitamos os significados que os mercados nos impõe, acreditando piamente que aqueles valores são, também, os nossos. E, a esmagadora maioria aceita o que recebem sem qualquer tipo de questionamento durante toda a sua existência. Seja no mercado das crenças e religiões, moda, artes, esportes, costumes,  educação e em todo tipo de exploração econômica envolvendo as necessidades humanas.

Amadurecer é entender esse mecanismo e, principalmente, preencher-se com o prazer que só o autoconhecimento e a experiência dos anos é capaz de ensinar. É reconhecer-se humano, entendo o que acontece consigo e interferindo conscientemente para melhorar-se e ir além do que a própria programação genética lhe designou. É evoluir.

Acima de tudo, amadurecer é aceitar que na maioria das vezes a vida não vai ter significado algum mas, apenas umas poucas vezes, vai fazer todo o resto valer a pena.

- Edmir Saint-Clair

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ACESSE - CONTOS, CRÔNICAS, POESIAS E ETC.


LIVRE ARBÍTRIO - Edmir Saint-Clair

 A neurociência trouxe nova luz a uma das questões filosóficas mais importantes da humanidade: a existência do livre arbítrio.

As consequências de uma mudança de paradigma a esse respeito terá consequências incalculáveis para os rumos da História futura da humanidade.



O MEDO DA MUDANÇA - Edmir Saint-Clair

 

O medo está nos rondando o tempo todo, nos fazendo engolir sapos maiores que a boca. Sem que tenhamos consciência de quais são seus detonadores, de repente, aparece tentando encaixar as nossas atitudes e, pior, a dos outros também, em modelos que nem sabemos se servem aos nossos anseios. Tudo para termos a sensação de segurança.

 Quanto mais previsível, quanto menos mudanças na rotina, mais seguro o ser humano se imagina. A, estranhamente, chamada zona de conforto, de conforto não tem nada. O nome certo é zona de tédio, uma ilusão maléfica causada pelo medo que a simples idéia de mudança provoca. Mas, as mudanças ocorrem o tempo todo, percebamos ou não. Não dependem da nossa vontade.

O medo da mudança é uma força poderosa e vive escondido nas pequenas coisas e, é, na maioria das vezes, o grande responsável pelos maiores sofrimentos.

 

Ouvi de um amigo psicanalista, algo que me ficou na cabeça e que os anos só reforçaram a verdade que traduz:

 − "O ser humano se sente seguro vivendo uma rotina previsível, mesmo que isso signifique viver em péssimas situações, aparentemente insustentáveis, se vistas por alguém de fora mas, que ele já conhece e está acostumado. É péssimo, mas é um péssimo que ele conhece. Essa força é tão poderosa que a simples idéia de romper com a situação e partir para algo novo pode causar pânico a algumas pessoas. O ser humano prefere ficar no sofrimento conhecido a arriscar qualquer outra coisa que ele não conheça. ”

 Não raras vezes, nos deparamos com essa realidade em vários aspectos. Nas relações familiares, profissionais, amorosas, fraternas e quantos mais pensarmos.

 Admiro as pessoas que conseguem se desvencilhar rápido de situações incômodas. É claro que tudo tem sua peculiaridade e nada pode ser posto numa mesma sacola. Mas, existe uma linha, que pode não ser nem um pouco tênue, de onde, a partir dali, qualquer um tem certeza do dano que aquela situação está trazendo a um, ou a quantos mais estiverem envolvidos.

 

Seja em que âmbito for, chega um momento em que o desgaste é tão profundo e incomodo que a mudança é absolutamente inevitável e urgente. E; isso sempre gera insegurança, que é outro nome para o medo.

Nas relações amorosas isso é ainda mais nítido. Do início da descida até se esborrachar no fim, a gente vem se ralando todo, ladeira abaixo. E, não raras vezes, essa ladeira dura anos. Imagine quanta ralação, quantos machucados daqueles bem ardidos poderiam ser evitados.

 É bem doloroso. O que esquecemos é que podemos, a qualquer momento, interromper essa descida e evitar mais machucados. Saber interrompê-la antes que os traumas se aprofundem demais é o que decide como estaremos preparados para próximos relacionamentos. Essa decisão é das mais sérias com as quais nos deparamos na vida: a hora de parar. Há um momento que temos que dar um fim a uma situação de sofrimento e não olhar mais para trás. Por uma questão de sobrevivência e sanidade.

 Saber a hora de parar de sofrer é fundamental para não perder a crença em si mesmo. É necessário acreditar que podemos produzir nossa própria felicidade. E, antes, precisamos crer que somos capazes de nos proteger, de cuidar de nós mesmos, adequadamente. Porque, quantos mais machucados estivermos, mais tempo esses traumas levarão para cicatrizar. Isso significa que precisaremos de mais tempo para nos recompor até estarmos prontos para uma nova relação. E a vida não espera. O tempo passa. E, dependendo da intensidade e quantidade dos eventos traumáticos, e dos recursos disponíveis para enfrentá-los (terapias e redes de apoio), essa recomposição pode ser bastante demorada.

É importante sermos sinceros ao respondermos às nossas próprias perguntas. Precisamos saber pelo menos o que pensamos, de verdade, sobre nossos próprios assuntos e sentimentos. Precisamos estipular nossos limites. A Tolerância é necessária, sem ela não se vive em sociedade, não se aprende e nem se evolui. Mas, a partir de um tênue limite, passa a ser submissão, conformismo e covardia.

 

Vivemos como se houvesse um modo certo e outro errado de realizarmos nossa vida. Como se houvesse um gabarito. Não há. Ninguém nasce com manual ou destino traçado. Tudo que fazemos é inédito. Algumas vezes, é imprevisível, simplesmente porque ninguém fez daquele jeito antes. Do seu jeito, original é único.

 Mudar dá medo. Principalmente, quando a decisão de mudança envolve coisas básicas como mudar de casa, ficar sozinho, trocar um emprego medíocre, mas que paga as contas, por um projeto que, se der certo, vai te dar a vida que você deseja (isso não está ligado a dinheiro necessariamente!). Mas, que, também, pode dar errado.

 E daí? Tudo pode dar errado, principalmente, o que está dando certo. Já que o que está dando errado, se mudar, só pode mudar para dar certo.

 Se der errado é porque não mudou. Então, vai ter que mudar de novo. Até dar certo. E, pode ter certeza, uma das coisas que mais ajudam a persistir até que dê certo, é o bom humor. Sem ele a vida não tem graça. É preciso brincar de ser feliz, pelo menos...

 Ou seja, veja-se por que ângulo for, é preciso estar aberto à mudança sempre. Inclusive, para que o que já está dando certo, continue dando.

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O INIMIGO NÃO SÃO OS OUTROS - Edmir Saint-Clair

Pensar também tem níveis de qualidade. Existem pensamentos ótimos e outros péssimos. Todos nós os temos de todos os tipos.

Assim como o ato de comer, nem sempre pensar mais significa pensar bem. Assim como comer, pensar bem seria pensar o necessário e somente o necessário, pressupondo que pudéssemos determinar o exato momento de parar de pensar sobre determinado assunto chiclete. 

Sabemos que isso não acontece. Sempre que um assunto se entranha em nossa mente a tendência é que não consigamos desviar a atenção até estarmos fatigados mentalmente e, consequentemente, incapazes de decidirmos sobre qualquer coisa. E, quanto mais relacionado ao aspecto emocional, mais nos empanturramos neuroticamente daquele assunto. Chegamos a ter ressaca moral, como se fosse uma indigestão mental por excesso de pensamentos. Algo como enfiar o pé na jaca da neurose.

Estudiosos da mente humana tem publicado cada vez mais sobre esse tema: o excesso de pensamentos e seus malefícios.

Não sou especialista no assunto, apenas um curioso e ativo utilizador da minha própria mente, além de me utilizar, também, das brilhantes mentes que me socorrem através dos livros e textos que nos deixaram. Pelo menos como veterano utilizador de um cérebro, tenho algum conhecimento empírico agregado ao conhecimento adquirido por impulsos da saudável curiosidade.

O bom desse tempo todo de vida, é que os assuntos começam a se cruzar. Coisas que antes pareciam tão díspares, com o tempo passam a fazer parte de um mesmo enredo.

Uma das coisas que mais gosto na passagem dos anos, é testemunhar a forma como os eventos, lugares e pessoas se entremeiam no enredo de nossas vidas. A forma imprevisível dos acontecimentos é o que nos faz não morrer de tédio. A forma como lidamos com esses imprevistos e a rapidez com que os aceitamos determinam muito de nossa capacidade de vivenciar o que chamamos de felicidade, essa espécie de orgasmo existencial, que sem dúvida nenhuma existe. Geralmente, por apenas um pouco mais do tempo de um orgasmo.

O Viver tenso, sempre vigilante, ansioso, o viver inseguro das cidades grandes, diariamente preocupado...a sensação eterna de corda apertando o pescoço. Se as tensões cotidianas já são, por si só, insuportáveis, a potencialização que um cérebro fatigado e desorientado produz causam é sombriamente imprevisível.

O ser humano aguenta fazer isso apenas por um determinado período de tempo, depois se cansa, se esgota e se deprime. E, ás vezes, nunca mais recupera a capacidade da vida plena.

Muitas vezes, passa-se uma vida inteira sem perceber o quê e muito menos por que a vida aconteceu como aconteceu. O mais triste dessa história é que, na maioria das vezes, não aconteceu como gostaríamos. E, não é por falta de pensar, de tentar resolver, entender e fazer de tudo para melhorar, achando que saturar o cérebro com pensamentos é o caminho. Via de regra ocorre exatamente o oposto, quanto mais nos esgotamos em pensamentos sem qualidade e sem rumo, mais desorientados e doentes nos sentimos. E, menos capazes ainda de resolver satisfatoriamente nossos problemas.

A quantidade de tempo que despendemos pensando não garante a qualidade daquele pensamento. Qualidade no sentido de solucionar de alguma forma aquela agonia a qual damos o nome genérico de problema. Para pensarmos com qualidade só existe um caminho: abastecer nossa mente com informações de qualidade.  Através do Google e com um pouco de vontade de melhorar, podemos ter acesso ao que grandes pensadores, que sabiam pensar com qualidade,  sugerem como caminhos para as soluções das agonias, que são comuns a todos nós humanos. É o único atalho que existe!

Graças a tecnologias desenvolvidas nas últimas décadas, que possibilitaram avanços admiráveis e surpreendentes no conhecimento dos processos e funcionamento do cérebro, a melhor coisa que podemos fazer em benefício da nossa mente e deixar nosso próprio cérebro se curar, num processo chamado homeostase, que é a capacidade dos organismos buscarem o próprio equilíbrio, de tal forma que lhes possibilite as melhores condições de funcionamento, leia-se de vida. Nosso cérebro, assim como todo nosso organismo, é programado geneticamente para fazer isso, é só deixarmos ele fazer.

Ou seja, se aprendermos a parar de pensar excessiva e neuroticamente em tudo que nos rodeia e simplesmente deixarmos nosso cérebro se curar, ele o fará. Cada um tem que desenvolver um método próprio de defesa contra o excesso de informações e estímulos aos quais somos submetidos.

A milenar sabedoria oriental tem ciência disso há tempos, tendo desenvolvido um método extremamente eficaz de deixarmos nosso cérebro descansar e se recuperar em paz: a meditação. Vale a pena experimentar.

Uma corrente de estudos sustenta que a misteriosa e mágica intuição é uma  "resposta natural de um cérebro sadio à uma demanda específica", e que não se define satisfatoriamente através de palavras.

Nosso pior inimigo não são os outros. Somos nós mesmos. 

A gente complica tudo e muito. 

Edmir Saint-Clair

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ENCONTROS - Edmir Saint-Clair

 

"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos

 por aqueles que não podiam escutar a música.”. 

F. Nietzsche

            Sexta-feira, saída do metrô, estação Jardim Oceânico, 7h da noite, chovendo. Ele se maldizia pela escolha de ter deixado o carro estacionado e ter pegado o metrô para ir ao centro. Sua reunião não durara nem uma hora e o custo do estacionamento teria compensado a trabalheira das baldeações. Para completar esquecera o guarda-chuva no vagão do trem. Estava aguardando não sabe o quê, para iniciar a corrida de uns 200 metros até o local onde seu carro está estacionado quando um senhor grisalho, de uns 70 anos, segura seu braço embaraçosamente e lhe fala com uma dicção perfeita e expressando-se de forma absolutamente clara e pausada:

— Daqui a exatamente duas semanas, numa mesma sexta-feira, viaje de carro para Nova Friburgo e vá até Muri, ao local da entrada da estrada de terra que leva até o lugar onde você foi mais feliz na sua vida. Você sabe onde fica. Não falte, não haverá outra chance. Esteja lá no horário que você sabe qual será.

O Senhor acabou de falar e desceu para a estação do metrô, passando pela roleta e desaparecendo entre os transeuntes.

Flávio demorou alguns segundos tentando entender o que fora aquilo. Olhou para fora e percebeu que a chuva dera uma arrefecida e resolveu correr para seu carro. Entrou, ajeitou-se e só então começou a perceber o quanto aquele estranho evento o tinha afetado. Sentiu-se muito estranho. Não havia dúvidas sobre nada do que ocorrera. Para organizar os pensamentos, resolveu refazer passo a passo os momentos desde que descera do trem e chegara à marquise na saída da estação. Lembrou-se que aquele Senhor não estava dentro da estação quando o abordou, estava vindo de fora na direção de quem vai entrar no local.

Fato número dois; ele jamais vira aquele homem na vida. O homem também não falou o nome dele. Teria aquele Senhor o confundido com alguém?

O problema é o quê aquele estranho falou.

O trajeto até em casa, no Recreio dos Bandeirantes, foi feito pela praia da barra, reserva até chegar em casa.

Quando mais pensava no que aquele velho tinha falado mais fazia sentido. Pensou que logo aquele evento surreal sairia de sua cabeça e assunto encerrado.

Nos dias seguintes aquele encontro não sai de seus pensamentos e a cada dia ele ia se lembrando de um evento específico que remontava aqueles lugares em volta de Friburgo. Até que se lembrou que o velho havia falado especificamente de Muri...

Gelou, porque não fizera logo a ligação, a palavra Muri dava significado a tudo que aquele senhor falara.

         Negou-se o quanto conseguiu a fechar aqueles elos que se encaixavam perfeitamente. Mas, não havia a menor chance de alguém além dele próprio saber sobre aquilo. Não que fosse segredo, era apenas algo muito pessoal que ele nunca revelara a ninguém.

Aos 60 anos, não se tem dúvidas de quando se foi feliz. Ele não tinha, haviam sido muitas as ocasiões, temporadas longas, outras mais curtas, mas a felicidade sempre dava o ar e o enchia com suas graças. Mas, há algum tempo perdera a paixão pela paixão. Preferia o amor pelo amor e, nessa mudança, optara por não aceitar prêmios de consolação e, também, não se prestar a sê-lo.  Por isso, sentia-se muito bem vivendo solteiro.

Os dias seguintes foram de lembranças, todas cada vez mais convergentes e direcionadas pelo que o estranho velho anunciara. 

Jane já não voltava mais diariamente aos seus pensamentos porque não mais saíra a partir do momento em que ele aventou a possibilidade de cumprir aquela estranha missão. Mas, o que ele deveria encontrar naquele lugar? Já o identificara como a entrada da estrada de terra que leva ao local onde ele e Jane tiveram uma casa de campo por uns quatro anos. Segundo o velho, ele deveria ir até lá e ficar esperando o quê? Jane, com certeza, não seria. Ela estava casada e feliz. Há 10 anos ele não tinha notícia alguma dela. E o que adiantaria encontrá-la à meia noite naquele local ermo e deserto? Que coisa mais louca... sem sentido...

Ele se sentia mal toda vez que chegava nessa parte daquele pensamento cada vez mais obsessivo. Quem era aquele velho maluco que o deixara tão perturbado?

A verdade é que não precisaria de nada daquilo para aumentar a confusão mental em que vivera nos últimos anos. As consequências da pandemia da Covid-19 só não foram mais graves e profundas porque ele ainda estava vivo. Mas, não tinha certeza se isso havia sido um bem ou um mal a mais. A vida não o atraía o suficiente para esperar ou desejar qualquer coisa dela.  Entendia perfeitamente como Nietzsche deve ter se sentido após anos mergulhando nas profundezas da alma humana. Entretanto, discordava do alemão, o nada era plenamente suportável após o que experimentara. Na verdade, havia minutos tão suportáveis onde o simples fato de não haver dor física ou mental já lhe gerava prazer. Não é agradável se dar conta de que o nada é o melhor estado em que poderemos nos encontrar. E, o seu nada significava, também, sem ninguém.

Impressiona como um ser humano é capaz de ir reduzindo suas necessidades de sobrevivência a ponto de precisar de muito pouco e de ninguém mais. Mas, esse esvaziamento externo cria um correspondente vazio interno. As coisas vão perdendo o valor, a importância e o sentido. Pouco a pouco não fazem mais falta. As profundezas humanas são traiçoeiras e solitárias, quem as frequenta com assiduidade perde o contato com o mundo que vive na superfície.

Não tinha mais dúvida alguma de que iria subir a serra até o local onde aquele senhor lhe disse que deveria estar.

A NOITE

Saiu do elevador direto na garagem, escura e úmida como sempre. Cheiro de garagem, não é ruim, mas também não é bom. É cheiro de garagem. Pareado o smartphone, play na playlist especial para essa viagem que ele não faz há muito tempo.

Nova Friburgo tem um grande valor sentimental para ele. Além das melhores lembranças, sempre teve uma simpatia gratuita por aquela cidade e suas redondezas, Muri, Lumiar e São Pedro da Serra. O céu de inverno e das frias manhãs de sol esbranquiçado é de um azul forte, definitivo. A ele, fala à alma.

Tinha consciência de que se alguém soubesse o verdadeiro motivo da viagem naquele dia e naquela hora, duvidariam de sua sanidade. Ele próprio vinha duvidando seriamente desde que encontrara aquele senhor na saída da estação do metrô há duas semanas. Às vezes, se perguntava se aquele encontro teria realmente acontecido.

Quando entra na ponte Rio-Niterói o trânsito já não sofre reflexo algum do rush das sextas-feiras e corre livre como nas viagens com Jane. O banco do carona é dela, naquele momento ele percebe que nunca deixara de ser.

Não consegue descrever o que está sentindo. Tantos anos passados e a sensação do carro correndo na ponte é improvavelmente agradável... Como pode viver os últimos anos se arrastando na vida... como é bom sentir alguma coisa, como é bom lembrar da Jane. Quase consegue conferir de novo algum sentido a palavra felicidade. Naquele momento pode, ao menos, imaginá-la.

Como é gostoso subir a serra à noite com esse céu completamente iluminado pela lua cheia. É mágico.

Para ele não importava mais o que haveria no fim daquela viagem, o trajeto em si já lhe tirara todo o torpor mórbido que acompanhava seus dias.

Mas, alguma coisa muito estranha ocorrera e ainda estava acontecendo naquela noite. Sente que a cada curva suas energias e pensamentos se excitam progressivamente e de uma maneira inexplicável para quem estivera tão próximo do suicídio. Teve medo para onde aquela estrada o estaria levando. Para onde sua loucura o levaria naquela noite?

A depressão, a infelicidade profunda e a desesperança poderiam ter fabricado aquele velho na estação do metrô? Poderiam. Afinal, o que ele lhe falara não faria sentido para mais ninguém a não ser ele mesmo. O que aumentava a chance de ser produto de sua própria mente. Ele era teimoso e já que chegara até ali, iria até o fim. E, se fosse loucura, pelo menos não haveria ninguém para testemunhar seu surto.

Quando passa, o posto da polícia rodoviária está quase encoberto pela neblina sempre presente naquele horário. Às 2h da manhã o local está completamente deserto.

Pouco depois de uma grande curva à esquerda ele vislumbra a entrada de terra no mesmo lado, pouco antes da entrada para Lumiar. É ali.

Ele para no largo onde a estrada de terra que leva até a Casa Azul começa. Quando desliga o carro sente seu coração acelerar ainda mais. Não tem mais idade para suportar aquele ritmo cardíaco por muito tempo. Salta do carro buscando um pouco mais de ar e para esticar as pernas depois da viagem.

O local está completamente deserto, com era de se esperar, ali não há nada. Volta para o carro e deita o banco, tentando compassar a respiração e controlar aquelas descargas de adrenalina. O suor é tão intenso que encharca sua camisa, suas extremidades estão frias e azuladas. Uma dor aguda percorre todo seu braço esquerdo, a dor no ombro esquerdo aumenta e paralisa seu braço. Faz um esforço e consegue alcançar os dois comprimidos de diazepam que restam na cartela. Toma-os e deita no banco reclinado. Após um pico de dor aguda no ombro, que reflete intensamente no peito, sente um relaxamento profundo e apaga.

De repente, acorda assustado, ainda no mesmo local, e vê um vulto saindo da pequena estrada caminhando em sua direção. É Jane sorrindo.

Nada mais importa.

PERDEU O EMPREGO - Edmir Saint-Clair


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CONVERSAS NECESSÁRIAS – Edmir Saint-Clair

Todos nós temos pendências emocionais. 
Assuntos que nos incomodam e que evitamos pensar.

Algumas dessas questões são com pessoas importantes em nossas vidas. Importantes demais para que as deixemos se perderem de nós sem que, pelo menos, aconteça uma tentativa de esclarecimento que deixe, ao menos, a alma mais leve.

Quantas vezes, não nos  pegamos divagando numa suposta conversa com aquela(e) ex com quem tivemos um final confuso e cheio de mal entendidos. Ou, a conversa com o parente próximo, com quem tivemos conflitos nunca esclarecidos. Às vezes, nos afastamos de pessoas queridas por nunca termos tido a iniciativa de uma conversa que pode trazer luz aquele assunto pendente. Para esclarecer. Clarear a questão. Buscar um entendimento.

A maioria de nós, tem a tendência de ir acumulando pendências. Questões mal resolvidas, varridas para debaixo do tapete. Situações mal paradas. Incômodas. Das quais não nos damos conta na maior parte do tempo, mas que brotam nos momentos mais improváveis e incômodos, sempre atrapalhando alguma coisa.

Situações que poderiam ter sido esclarecidas e não foram.  E, por isso, criaram distâncias intransponíveis. Uma nódoa que incomoda num dia branco.

Uma coisa é certa, não adianta tentar tocar em frente aquela relação que sofre com pendências. Não adianta tentar varrer para debaixo do tapete. Porque na vida não tem tapete, e o chão é sempre duro. E, também, não tem embaixo, nem em cima. É tudo a mesma vida, uma coisa só.

Não podemos deixar tudo a cargo do tempo. Essas conversas necessárias tem que acontecer sob pena de se transformarem naquelas terríveis dores nas costas que nos fazem entrevar diante de seu peso invisível. Temos que correr atrás, agir para esclarecer nossos mal entendidos com as pessoas queridas. Não podemos deixar algo tão importante por conta do acaso. É muito arriscado e a vida é uma só.

O tempo não pára. E, se deixarmos por conta dele as distâncias podem se alongar até que a possibilidade de volta não exista mais. Não existe relação, em nenhum nível, que não possa ser estragada pela falta de esclarecimentos mútuos sobre assuntos mal resolvidos. A mágoa deixa marcas, cria barreiras e distâncias que o tempo não resolve, ao contrário, só alimenta.

Esclarecer pendências com as pessoas queridas é necessário.  É o único caminho para que a distância definitiva não se estabeleça. 

Poder ver, através do olhar de quem amamos, a nossa versão mais bonita é um dos momentos mais sublimes e felizes que podemos experimentar na vida. Sentir o amor de quem amamos é ser feliz. Perder essa possibilidade é perder um pedaço gigante de felicidade possível. 

Definitivamente, varrer pendências emocionais para debaixo do tapete é um erro que pode custar muito caro. Pode nos custar quem amamos.

 – Edmir Saint-Clair

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UMA FÁBULA DE ANO NOVO - Edmir Saint-Clair

E, do nada, alguém inventou que naquele dia tudo ia mudar à meia-noite. E convenceu um monte de gente a acreditar e a fazer uma grande festa para comemorar a mudança.

Porque não? Pensaram todos. Verdade ou não, mal não fará.

E acreditaram que quando mais felizes estivessem naquela meia-noite, mais felizes seriam em todos os dias que se seguiriam.

E a festa foi grande!

A noite acabou e o dia nasceu como todos os outros. 

Mas, aquela crença, aquela esperança, mudou aquela noite e num efeito borboleta mudou todos os dias que se seguiram...

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PLENO - Poesia - Edmir Saint-Clair

 

Me darei inteiro,

Mas só a parte que te cabe, nunca tudo,

Porque sou muitos, tantos que nem sei,

E  você me dará o que quer e eu aceitarei se quiser,

Cobrar não está nesse roteiro, 

O inteiro pode estar numa fração

Só acredito no pleno, que mesmo se dando todo,

Ainda tem muitos todos para dar

Não sou metade, não busco metades,

Não acredito em metades

Porque à vezes até o pouco é demais

Seja o inteiro, a metade ou a fração

Em todos pode haver muitas verdades,

Em todos pode haver muita vontade, 

                                                    muito amor, muito tesão

Busco quem tenha sonhos próprios, 

                                                         os meus já os tenho

Preciso é de outros, para variar, 

para ter surpresas, para me encantar

Na verdade nem procuro, 

pois só assim poderei achar.


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NOITE DE NATAL - Edmir Saint-Clair

 

Seu pai o despertou lhe dizendo que era o dia de retirar os pontos. Dia 24 de dezembro, mas ele não tinha a menor ideia. Acordou e permaneceu deitado, tudo estava muito estranho. Ele se sentia muito estranho. Não tinha noção de que dia era aquele, nem de quanto tempo havia dormido, o que, até aquele momento, pensava ter sido um sono normal. Nunca se sentira daquela forma. O corpo fraco, tremolo, a cabeça não encontrava um ponto de equilíbrio sobre seu pescoço e parecia pender para os lados. Uma intensa coriza começou a escolher-lhe pelo nariz.

Passou a mão no rosto e sentiu o curativo grande no supercílio direito. Lembrou-se do acidente. Um pensamento racional no meio daquele caos mental o fez dar-se conta que havia passado muito mais tempo do que imaginava. 

Levantou-se com dificuldade.  Quando deu por si já estava deitado no banco de trás do carro do pai. As superquadras de Brasília possuem  quebra molas enormes e sua cabeça sente cada solavanco. Deve estar resfriado, ainda bem que trouxe um rolo de papel higiênico para dar conta dessa coriza horrorosa. Quando assua o nariz sente uma pontada aguda na cabeça e ouve um barulho vindo de dentro do crânio.

Quando o pai para na entrada do Hospital das Forças Armadas, mal consegue saltar do carro, no que foi ajudado por não sabe quem.

Apoiando-se no bom samaritano, foi conduzido até a entrada do prédio, enquanto seu pai fora estacionar o carro. Ouvia sua cabeça fazer uns barulhos esquisitos, nunca havia sentido aquilo. Seu nariz escorria numa coriza que nunca tivera antes. De repente, ouve uma voz elevar-se com autoridade:

- Tragam uma maca imediatamente para esse rapaz!

Era um médico e o rapaz era ele.

Deitaram-no numa maca que chegou junto com seu pai que vinha do estacionamento.

Ele não tinha a menor ideia do estava acontecendo, estava confuso e assustado. Sentiu-se frágil e indefeso. Não parecia um pesadelo, parecia real.

O médico lhe fez algumas perguntas que seu pai o ajudou a responder. Só então se deu conta de que dormira mais de uma semana e não se lembrava de nada do que acontecera nesse ínterim. A não ser de ter acordado num dia, com um dor lancinante na cabeça onde levara 10 pontos depois do impacto no chão que  lhe rasgou o lado direito da testa. Lembrou que gritou e que pediu para seus pais o levassem para um hospital. Porque  não o fizeram?  E ele dormiu mais alguns dias.

Não se lembrava de ter acordado nenhuma vez. Não se lembrava de como comera, bebera água, como fora ao banheiro ou como fizera qualquer outra coisa. Um ser humano não sobreviveria por uma semana sem cumprir essas necessidades fisiológicas. Era como se aqueles dias não tivessem existido. Mas, se ele estava ali naquele no hospital, com certeza aqueles dias existiram, pensou.

Deitado na maca, foi se lembrando do acidente e dos momentos consequentes, quando foi levado ao hospital para ser atendido e onde o costuraram o rosto.

Lembrou-se que, naquele momento, já sentia que havia acontecido alguma coisa mais grave com o seu cérebro e pediu que tirassem um raio-X do local da batida (ano 1975 - século XX). Em vez disso, sua mãe convenceu os médicos de que ele estava apenas muito “nervoso” e exagerando o ocorrido, e em vez do exame, lhe aplicaram um calmante endovenoso que o fez dormir e acordar somente uma semana depois (pelo menos era assim na memória dele) naquela maca, esperando para fazer o mesmo exame que ele tanto pedira.

Porque não acreditaram quando ele se queixou da estranha sensação que sentira no cérebro assim que chegou ao hospital, no dia do acidente?

Porque razão sua mãe não acreditara nos graves sintomas dos quais se queixara durante aquele trajeto para o hospital, logo após o violento choque de seu crânio com o chão? 

Quando viu seu pai e o médico que o socorrera na entrada se aproximando pelo imenso corredor, foi percebendo que a expressão de ambos era de tensão.

O pai se antecipou ao médico e falou:

- Você vai ter que ser internado.

- O que eu tenho? Perguntou assustado.

O médico tomou a palavra:

- Está com suspeita de fratura de crânio e ruptura da dura-máter. O líquido que estava saindo do seu nariz é o líquido que envolve e estabiliza o cérebro. A dor que você está sentindo é a pressão do ar que entrou quando o líquido saiu. Da mesma forma que o ar entra numa garrafa quando derramamos o líquido.

Antes que ele perguntasse ou esboçasse qualquer reação, um enfermeiro começou empurrar a maca em direção à sala de raios-X.

Ele estava muito assustado, com medo de morrer. Aos 19 anos, nunca havia passado por nada tão sério com relação à saúde ou a acidentes graves. Tudo aquilo que o médico acabara de lhe falar soava muito perturbador.

Os exames foram feitos e confirmou-se o diagnóstico inicial.

Foi levado para o andar da neurologia no HFA e instalado em um quarto branco, estéril e modernoso.

O médico regulou sua cama hospitalar para que a inclinação da cabeça ficasse num ângulo exato e devido. Ele não poderia se levantar para nada, absolutamente nada. Tampouco poderia se virar para os lados, na cama. Deitado de barriga para cima, sem poder ver televisão, ler ou qualquer outra atividade que pudesse exigir, mesmo que minimamente, esforço para o seu cérebro inchado. Não poderia sair daquela posição nem quando estivesse dormindo.

Veio à noite. Ele não acreditava no que estava vivendo.

A chuva intensa que começou a cair e a escorrer pelo vidro da janela parecia tornar aquela noite ainda mais surreal. Uma tristeza que ele não conhecia começou a tomar conta de tudo.

A tempestade fez com que as linhas telefônicas parassem de funcionar, o que não era raro naquele tempo, isolando-o ainda mais da vida.

Naquela noite de Natal suas únicas companhias foram o medo da morte, a solidão, o abandono e a ausência doída de todos que amava. E as lágrimas lhe caíram até que o sono o vencesse.

Nunca entendeu porque sua mãe, seu pai e seus irmãos o  abandonaram, daquela forma, durante um momento tão grave e crítico, quando acabara de saber que corria perigo de morte.

Naquele Natal, quando ele mais precisava, todos estavam ausentes, ocupados comemorando em família.

Nunca mais gostou do Natal.

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